(Quando você está aqui comigo)

—- Como que ficou o Cameron com esse processo? Ele conseguiu a pena alternativa? – perguntou Lúcio.

—- Ele conseguiu passar no vestibular, mas vai ter que ter aulas a distancia e avisar a justiça quando for fazer alguma prova presencial, está usando tornozeleira eletrônica – respondeu Gustavo a Lúcio.

—- No caso do Gabriel ele conseguiu a pena alternativa por prestar serviços a comunidade – disse Anna.

—- Sou testemunha de que essa pena alternativa fez muito bem pro meu filho, ele pode conviver com Manu

—- Estou tão feliz de ver nossos pais se dando tão bem – disse Manuella vendo os casais ali se divertindo.

—- Estou feliz por eles também, isso significa que se as famílias estão se dando bem melhor pra gente.

Manuella sorriu e abraçou Gabriel que retribuiu o abraço sorrindo abertamente para a família reunida.

O primeiro dia de férias fora intenso, apresentações as famílias, despedida de Luciano e Flávia que fariam faculdade longe, ambos seriam advogados e estudariam em Harvard a despedida fora dolorosa para Anna vendo o filho único/mais velho ir morar numa república, mas estava feliz por Flávia ir junto, ele estava feliz

Gabriel ficou em silencio enquanto manobrava o carro e voltávamos para cidade, depois da cena que Ramona armara para me separar de Gabriel nunca tocamos realmente no assunto, mas aquilo sempre aparecia em nossas mentes em algumas situações, mas ambos éramos tímidos e isso era muito difícil.

Talvez naquelas feras escolares seria bom conversarmos sobre isso, não significava que iríamos fazer alguma coisa, mas também não significava que nunca o faríamos, só precisávamos conversar sobre isso.

Assim, ficamos ambos em silencio até chegarmos à minha casa, meus tios haviam ido fazer compras de moveis e eletrodomésticos e eletroeletrônicos na cidade vizinha, economizaram meses para fazer isso.

—- Tem alguma coisa pra fazer aqui hoje? – perguntou Gabriel assim que estacionamos o carro na rua.

—- Não muito, acho que só vou arrumar meu quarto e guardar a bagunça que o Luciano deixou aqui.

—- Acha que tenho permissão para entrar na sua casa sem seus tios estarem aí? – perguntou ele receoso.

—- Ninguém vai dar um ataque porque estamos sozinhos no mesmo quarto – respondi descendo do carro, mas parei um pouco para pensar uma coisa seria levar o sermão de Luciano e outra dos meus tios, tremi.

Entramos dentro de casa e Gabriel me seguiu quando guardei a bolsa numa das prateleiras de meu guarda roupa e liguei o computador, Luciano cismou que gostaria de conversar conosco via Skype e uma vez ou outra por email, ligações normais eram um pouco caras então dissera para deixarmos tudo carregado.

Arrumei todas as coisas no computador para facilitar quando meus tios precisassem o usar sem mim, depois de feito tudo isso fiquei organizando algumas fotos nas pastas e deixando uma para quando Luciano mandasse novas fotos para não misturar os períodos e as viagens que ele e Flávia fariam naquele período.

E depois que terminei toda a organização e parti para abrir o email que fizera para Luciano quando quisesse mandar alguma coisa para meus tios, mas a internet estava lenta então esperei que ela voltasse ao normal e fiquei encarando aquela tela que carregava com tédio e respirei fundo me espreguiçando.

—- Quanta preguiça essa minha loira tem – murmurou Gabriel atrás de mim.

Olhei para cima, mas o rosto dele estava mais perto do que eu imaginava, os olhos estavam a centímetros dos meus e nossos narizes quase se batiam, a respiração calma dele batia lentamente em meu rosto.

Gabriel deu um meio sorriso e acabou com a pouca distancia entre nossos rostos e selou os lábios com os meus, delicadamente ele conduziu o beijo movendo os lábios com os meus no mais delicado dos beijos.

Ele me surpreendeu quando entrelaçou os dedos em meus cabelos e segurou meu rosto junto ao dele e puxou um de meus braços para trás de se pescoço e eu o segurei firmemente ali, uma das mãos dele que puxara meu braço para cima desceu por minhas costas e me apertou contra seu peito forte, eu me aconcheguei no peito dele o máximo que aquela posição permitia e senti a ponta da língua dele deslizar pelas curvas de meus lábios e fiz o mesmo com o dele, mas ele logo começou a afrouxar o aperto e se afastou lentamente de meu rosto, ele segurou meus braços e os tirou de sua nunca e sorriu envergonhado.

 -- Vamos parar um pouco com isso? Está ficando um pouco complicado pro meu lado – disse ele sorrindo.

—- Se acha que é necessário...

Gabriel sorriu constrangido e se afastou de mim indo em direção a janela e se sentou na cama de Luciano.

Só voltei a olhar para Gabriel depois que desliguei o computador e me afastei da mesa, o quarto estava organizado e as roupas de cama e pijamas dobrados apenas a espera de serem guardados no lugar.