A Desdente escrita por Angel Carol Platt Cullen
Capítulo 5
Após a condenação do pai de Ana, Esme e Carlisle conseguiram a guarda da menina e a mãe apesar de tudo ficou com a guarda dos irmãos mais novos.
O ano letivo acabou depois de mais um mês e os dois levaram a filha para o Rio de Janeiro. Carol diz ao chegar ao aeroporto de Foz do Iguaçu:
— Essa é a primeira vez que viajo de avião.
— Você não está com medo querida? – pergunta Esme.
— Não. Eu sei que a chance de acidente é mínima. Estou segura. Nunca tive medo de altura. Eu subia nas árvores, só me preocupava se o galho iria aguentar, por isso não subia mais alto. Eu cheguei até a copa uma vez, lá de cima é tão diferente ver as coisas!
— Eu também gostava de escalar árvores, foi por isso que eu cai e quebrei a perna. Mas valeu a pena porque conheci meu marido. ‘Quebrar a perna’ é uma expressão no teatro que significa sorte e eu definitivamente tive sorte. Depois vamos levá-la para conhecer o mar.
— Que legal! Eu também nunca vi, só pela TV. Não acho que seja para tanto como as pessoas reagem ao ver.
— Você vai ver porque elas se emocionam
— Você ficou deslumbrada ao ver as Cataratas, quando fomos ao Parque Nacional, e o tamanho do rio Paraná, filha. O mar é bem maior – diz Carlisle.
— Mesmo assim não entendo porque as pessoas ficam do jeito que ficam quando chegam na praia, é só um monte de água; assim como não vejo qual é a graça de ver a neve.
— Assim como a imensidão do céu faz as pessoas se sentirem próximas de Deus, acho que o mar também faz se sentirem assim – diz Carlisle. – Eu sou filho de um pastor, eu iria ser um pastor, minha formação é essa filha. Nesses mais de 300 anos de existência nunca vi nada que me fizesse duvidar da existência de Deus. Nem a imagem no espelho.
— Você tem reflexo papai?
— Claro que nós temos, os espelhos não são mais de prata como antigamente.
— Ahn?
— Pensavam que a prata era um metal nobre e puro e por isso não nos mostraria nossa imagem. Mas já vi espelhos antigos em museus e refletimos nele igual que nos outros.
— Quando chegarmos nos EUA você vai ver neve. Conosco você vai fazer muitas coisas que nunca fez – comenta Esme contente.
Carlisle compra as passagens para o próximo vôo sem escalas. Por isso que vieram até Foz para pegar o avião que vai direto ao Rio sem parar em Curitiba ou São Paulo.
...XXX...
Ao chegar ao Rio de Janeiro aterrissam no Aeroporto Santos Dumont e procuram um taxi. Carol olha pela janela como se quisesse guardar tudo na memória, cada cantinho, e percebe que realmente a cidade faz jus ao apelido de ‘cidade maravilhosa’.
— O que está achando querida? – Esme pergunta para a filha.
— Linda! – diz encantada, os olhos brilhando de satisfação.
— Vamos para a praia agora ou você quer comer antes?
— Vamos ver ‘la mer’.
— Está ansiosa?
— Nem tanto, só não estou com fome.
Esme sabe que no avião ela comeu um lanche.
— Curiosa, então?
— Talvez, gosto de aprender coisas novas. Seja lá o que for, vou acabar com isso logo.
— Apressadinha! – Esme afaga o cabelo da filha. – Está bem, depois tem outra surpresa.
Chegam depois de alguns minutos na praia:
— Uau! – exclama a menina de queixo caído.
— É muito maior do que a TV faz parecer, né? Ver pessoalmente e totalmente diferente.
— É sim. Mas e agora?
— Quer molhar os pés?
— Boa ideia. Eu não sei nadar e tenho medo que a onda me leve, pode vir comigo mamãe?
— Claro sweetie!
— Pode vir também papai.
— Vou ficar aqui e tirar fotos de vocês duas, podem ir.
— Vocês aparecem nas fotos?
— Sim sweetie, pelo mesmo motivo dos espelhos agora a prata não é usada mais nas fotos para formar as imagens.
— Ah bom.
— Vamos! – Esme pega a filha pela mão e leva até a beira d’água.
Aos poucos Carol supera o medo inicial e as duas se divertem na margem do oceano. Esme parece até mais jovem, ela ainda é uma jovem, embora na maior parte do tempo tenha que ser a mais adulta da família Cullen.
— Vamos antes que fique tarde filha.
— Antes pode tirar uma foto de mim com Carlisle?
— Claro querida!
— Papai – chama.
— Estou aqui – ele vem e pára perto das duas.
— Tira uma foto comigo para ficar de lembrança desse dia?
— Claro, filha – entrega a câmera para Esme que faz o registro e vem mostrar a foto.
— É muito longe aonde vamos mãe?
— Um pouco, mas vamos de lancha.
— Nunca andei em uma embarcação espero não passar mal.
— Eu dirijo bem criança – diz Carlisle.
— Vai ser outra estréia – diz Esme.
— Então vamos lá. Onde mesmo?
— À Ilha Esme.
— Ilha Esme?
— Sim, meu marido, seu pai comprou para mim como presente de aniversário de casamento há alguns anos.
— Oh!
Os três vão ate a Marina da Glória pegar o barco e Carlisle ajuda a filha a subir.
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