Retornos & Reencontros escrita por Auto Proclamada Rainha do Sul


Capítulo 18
Capitulo 18




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Um septão fora chamado para Ponta Tempestade e estava em um canto do jardim principal do castelo, onde havia começado o trabalho de parto que traria Ned.

Esse não estava a vista no pequeno grupo que se encontrara em frente a uma árvore frondosa. Não era uma árvore coração como os Starks queriam, mas ao menos estavam em frente a uma árvore. Bran não estava presente, ao menos não fisicamente, pois um grande corvo negro havia se sentado elegantemente sobre um galho baixo e parecia acompanhar a conversa com muito interesse.

Arya chegou em um passo rápido, usava suas calças e camisetas no branco e cinza de sua casa e os cabelos presos como de costume, apesar das insistências de Sansa para que usasse um vestido nas cores da bandeira Stark.

Ned vinha em seu colo, os olhos bem abertos para tudo que acontecia ao seu redor, ele também usava as cores Starks e sorriu quando o viu a comitiva com seu pai, Jon, Sansa, Tyrion, Davos e Brienne que esperavam sob a árvore e junto ao alto septão.

Gendry fora o primeiro a erguer os braços para segurar o menino e então beijou a testa de Arya, recebendo sua noiva como deveria.

— Está com medo? — ele perguntou segurando a mão dela que tremia.

Sansa se aproximou e esticou os braços para pegar o pequeno Ned Baratheon que resmungou, querendo se manter junto dos pais, apertando o dedo da mãe que lhe beijou o topo da cabeça.

— Um pouco — Arya respondeu depois de soltar a mãozinha do bebê.

Gendry segurou a outra mão dela e então beijou as duas para acalma-la. E então o septão começou o cerimonial, juntando o corpo dos dois e a alma dos dois, pedindo que dessem as mãos e que bebessem da mesma taça.

— Gendry Baratheon, Lorde protetor de Ponta Tempestade — falou o septão, sob os olhares de todos — Você promete, perante os deuses antigos e novos e ao seu rei, guardar e proteger Arya Stark, lady de Winterfell e princesa real de Westeros?

Todos prenderam a respiração, mas fora Gendry quem interrompeu a longa explanação do septão para corrigi-lo. Ele não era uma pessoal adaptada as formalidades da realeza e por isso ainda não sabia como se portar em muitos momentos, não que Arya se importasse e nenhum dos presentes iria se por contra ele.

— Arya Stark não é lady, ela abriu mão dos títulos — Sansa e Jon torcaram olhares e até o corvo em sua árvore parecera desconcertado. Nenhum deles iria dizer que, se fosse necessário, Arya realmente deveria assumir seu papel de herdeira. Até porque nenhum deles contava com isso.

O septão por outro lado, apenas deu de ombros e aceitou a sugestão do homem, refazendo sua frase que foi prontamente aceita pelo homem.

— Arya Stark de Winterfell — ele falou, procurando uma forma de se referir a ela sem a utilização de títulos — Você promete, perante os deuses antigos e novos e ao seu rei, amar de forma incondicional e estar sempre ao lado de Gandry Baratheon, protetor de Ponta Tempestade.

Ela assentiu, os olhos presos nos dele quando a cerimônia acabou. Em um casamento tradicional os dois seriam guiados até o quarto enquanto os despiam para poderem consumar o casamento, mas aquilo não aconteceria ali.

— Então, perante os deuses antigos e novas e as testemunhas aqui presentes, rei Aegon Targaryen, Lady Sansa Stark de Winterfell, Lorde Tyrion Lannister de Rochedo Casterly e os Sores Brienne de Tarth e Davos Seaworth, eu os declaro marido e mulher.

O registro de Ned ocorreu logo depois, abaixo do registro do casamento dos pais sob o nome de Eddard Baratheon, lorde de Ponta Tempestade e príncipe real de Westeros por descendência materna sob o testemunho de rei Aegon Targaryen, rei dos 7 reinos, Sansa Stark, lady de Winterfell, de Lorde Tyrion Lannister de Rochedo Casterly e dos Sores Brienne de Tarth e Davos Seaworth.

Mas o belo vestido nas cores Starks não ficaria sem uso naquele dia. Fora Sansa quem aparecera usando ele no jardim apenas algumas horas depois e fora Jon quem a recebera em matrimônio.

Mas havia uma coisa bem diferente dessa vez. Enquanto Arya fizera a questão de entrar sozinha, Sansa entrara de braços dados com Tyrion, os dois haviam conversado muito naquela manhã e o pedido dela deixara o Duende emocionado.

Ele sabia que havia um pequeno padrão em sua vida, de perder as mulheres que ele amava, mas desde o seu casamento fajuto ele soube que Sansa nunca o amaria, então, depois de tudo, ficava feliz de fazer parte de um pequeno momento de felicidade da pequena Stark.

Sansa lhe beijou as faces quando foi entregue ao rei e o anão apertou a mão de Jon, apresentando um olhar de aviso para ele que fez o homem rir.

Jon também segurou as mãos de Sansa, beijou-lhe a testa e os nós dos dedos e perguntou se tudo estava bem ao pé do ouvido da garota.

— Não é exatamente a minha primeira vez — ela respondeu de forma delicada, mas as mãos tremeram com essas palavras e as lembranças que vinham, lembranças em que o rosto de Ramsay se misturava ao do Jeoffrey.

— Você não precisa ter medo, eu estou aqui e ninguém mais vai tocar em você — ele falou, a abraçando com força contra o peito e afundando os dedos de nos fios alaranjados e acariciando a pele sob eles.

Um grande grasnar do corvo os retirou do transe e trouxe de volta para o momento que precisava da atenção dos dois.

O cerimonial seguiu como havia seguido com Gendry e Arya e logo Sansa e Jon estavam casados com a promessa de que logo que voltassem a Westeros, o casamento seria oficializado para o povo e os demais lordes para entregar a Sansa o título de Alteza real, mas principal, contar a pequena Rhaella que agora sua adorada tia Sansa seria sua nova mãe.

— Vida longa ao rei Jon Snow, o bastardo — disseram em coro — Vida longa a Rainha Sansa Stark.


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