Laços de Sangue escrita por Mel Dobrev


Capítulo 59
Amizade de infância.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindezas, me desculpe por demorar a postar. :)
Ótima leitura para vocês.



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— Você está bem querida? – Lily chegou perguntando, discretamente Damon se afastou de Elena.

— Só bebi um pouco a mais do que estou acostumada. – Elena tentou dar uma desculpa para se safar. – Lily acho melhor eu ir pro campus, melhor eu me cuidar.

— Claro meu amor, amanhã passo pra ver como você está. – Lily prometeu dando um abraço em Elena.

— Quer que eu te leve? – Damon perguntou visivelmente preocupado.

— Não precisa Damon, a Bonnie ou a Car. me levam, e também não quero estragar a festa pra você e sua namorada. – Elena disse enfatizando a última frase. Damon percebeu a entonação da garota ao se referir da sua relação, e alguma coisa dentro do rapaz vibrou, ele então abriu espaço para que a garota fosse atrás de suas amigas e Lily se despediu da garota.

— Qualquer coisa me ligue! – Damon pediu pegando na mão de Elena. Elena assentiu positivamente com a cabeça, e caminhou para o quintal. Lily que presenciou o pedido de Damon ficou um pouco angustiada, pois havia pensado que ele realmente estava apaixonado pela nova namorada, mas aquele pedido tinha sido o suficiente para ela perceber que seu filho mais velho ainda não tinha esquecido Elena. Damon percebeu o olhar reprovador de sua mãe e preferiu não falar e nem questionar nada, ele não estava afim de ter aquela conversa novamente e saiu daquele ambiente para procurar por Vicki, ele precisava manter sua mente ocupada, para não pensar em sua cunhada.

Elena foi em busca das amigas e esbarrou com Giuseppe mais bêbado que tudo.

— O Sr. está aproveitando muito hein? – Elena sentia o cheiro de álcool de longe.

— Preciso aproveitar minha querida, afinal sou um homem solteiro agora. – Giuseppe abraçava Elena alegremente.

— É bonita a relação que vocês tem, mesmo não sendo mais um casal o respeito e amizade continuam. – Elena admirava muito aquilo em seu sogro e sua sogra.

— A Lily foi um dos meus grandes amores, a mulher que me deu meu melhor presente que é o Stefan, nossa ligação será eterna, então porque não ser amigos e conviver harmoniosamente?! – Giuseppe explicava tentando manter os pés firmes, ele estava realmente bêbado.

— Admiro muito isso entre vocês, muito mesmo.

— E eu admiro muito a mulher que ela é, ambos erramos e muito, porém sempre foi na intenção de acertar... Ah Elena, se ela soubesse o segredo que guardo a sete chaves, ela nunca iria me perdoar. – Giuseppe confessou tomando mais um gole de seu drink.

— Do que o Sr. está falando? – Elena perguntou confusa.

— Um segredo que me assombra há anos, um erro meu que poderá me arruinar para sempre... A Lily nem imagina o quanto eu a fiz sofrer, mas não tive escolha. – Giuseppe voltou a abraçar Elena e continuou não dizendo coisa com coisa. Elena pensou que talvez seu sogro estivesse bastante bêbado ao ponto de estar se martirizando por algum deslize do passado, a morena foi se desvencilhando aos poucos do velho, o cheiro forte do álcool estava fazendo seu estomago embrulhar novamente.

— Giuseppe preciso ir embora, vou ali chamar minhas amigas. Uma ótima solteirice por Sr. e vê se toma cuidado com a bebida. – Giuseppe sorriu para Elena e se sentou na cadeira mais próxima, terminando seu drink.

Elena encontrou as duas amigas se divertindo e dançando ao som animado da festa.

— Preciso ir embora. – Elena disse um pouco próxima do ouvido das garotas.

— Então vamos todas. – Bonnie disse já pegando na mão de Elena para sair.

— Ah, logo agora que estava ficando divertido. – Caroline realmente adorava uma festa.

— Fica Car. eu vou com a Bonnie.

— Não Srta. viemos juntas e vamos voltar juntas. – Caroline pontuou.

— Caroline fica, você está precisando mesmo se divertir, e beber todas. – Bonnie disse dando apoio a amiga.

— Já que vocês insistem então tá bom, mas caso eu siga o seu conselho e beba todas você vem me buscar? – Caroline pediu com jeitinho a Bonnie.

— Claro que sim, desde que não seja muito tarde.

— Prometo que não será. – Caroline disse piscando para Bonnie.

As amigas se despediram e Caroline retornou para o centro da pista de dança aonde ela podia se soltar e balançar a vontade.

Caroline permaneceu entregue a música por mais um longo tempo, até que os convidados foram indo embora e já não tinha tanta graça dançar sozinha na pista. A loira aproveitou para comer mais alguns petiscos e tratou de se despedir de Giuseppe e Lily.  

Caroline parou na entrada da mansão e pegou seu celular para ligar para Bonnie ir busca – lá, ela não estava bêbada e podia perfeitamente chamar um táxi, porém já que sua amiga tinha se disponibilizado em ir busca – lá ela não ia desperdiçar a oportunidade.

— Precisamos parar com essa terrível coincidência de se encontrar em festas. – Uma voz bastante familiar chamou a atenção da loura. Caroline ao se virar deu de cara com Klaus, elegante como sempre.

— Preciso começar a frequentar lugares melhores. – Caroline alfinetou.

— Mal cheguei e já sou recebido com patadas, vejo que nada mudou. – Klaus dizia com seu sotaque inebriante. Caroline lhe deu um sorrisinho debochado e iniciou a ligação para Bonnie. Klaus não tirava os olhos da loura, ele observava cada expressão, cada detalhe da roupa da garota, media milimetricamente seu rosto, seus lábios... Klaus havia prometido para si mesmo que não iria mais insistir com Caroline, pois na última vez ela havia sido muito rude com ele, porém era  só ele ficar na presença da loura que suas intenções mudava rapidamente, e mesmo não querendo se relacionar com ela lá estava ele vidrado nela, não piscando um segundo sequer, somente pra não perder o esplendor da beleza dela.

Caroline começou a ficar aborrecida, pois o celular de Bonnie só dava caixa postal e o de Elena só chamava.

— Estou vendo que o namorado não está de atendendo. – Klaus comentou sarcástico.

— Não estou ligando pra ele, e a proposito não estou namorando mais. – Caroline anunciou, depois que falou a garota ficou se perguntando pra que ela tinha falado aquilo, ele não precisava saber que ela estava solteira, por hora. Klaus sentiu seu peito disparar com a boa notícia e não conseguiu disfarçar o sorriso que brotou em seus lábios.

— Obrigada por ficar feliz com a desgraça dos outros. – Caroline disse séria ao perceber que o britânico tinha ficado feliz com seu termino.

— Desculpe – me, mas sou transparente, não consigo fingir. – Klaus confessou ainda sorrindo. Caroline ao ouvir a palavra “transparente” se lembrou do que Stefan havia lhe contado sobre Klaus, ela pensou em pedir desculpas por ter o julgado tão mal, mas Caroline era muito orgulhosa para fazer aquilo, e certamente o britânico não merecia aquele pedido.

— Tanto faz. – Caroline retornou a tentar ligar para suas amigas.

— Está ligando pra quem com tanta urgência? – Klaus perguntou curioso.

— Pra Bonnie e pra Elena. – Caroline respondeu sem muito entusiasmo.

— Elas não vieram?

— Vieram e já foram, por isso preciso que elas venham me buscar.

— Eu te levo. – Klaus respondeu na hora.

— Não obrigada. – Caroline respondeu rispidamente.

— Para de ser orgulhosa e aceita minha carona. – Klaus pediu se aproximando da garota.

— Não estou sendo orgulhosa, apenas não quero sua carona. – Caroline deu de ombros.

— Está sendo sim, mas vou relevar. – Caroline revirou os olhos e continuou discando o número de suas amigas, Caroline estava xingando mentalmente tanto Bonnie quanto Elena.

— Já vou ligar o carro. – Klaus saiu em direção ao seu Porsche preto.

— Eu não vou com você, uma delas vai atender logo, logo. – Caroline disse alto, porém Klaus continuou indo para seu carro.

Caroline tentou mais algumas vezes se comunicar com suas amigas, porém era vão. Caroline interrompeu a ligação quando Klaus parou ao seu lado.

— Para de ser mimada e aceite minha carona. – Klaus pediu novamente de dentro do carro. Caroline odiou ouvir a palavra “mimada” e deu a volta para entrar no carro. Mesmo com a cara fechada a garota continuava linda, Klaus soltou um sorriso vitorioso e andou rumo ao campus da universidade. Caroline permanecia calada, olhando pela janela do seu lado, Klaus resolveu ligar o som, pra ver se surgia algum diálogo entre os dois.

— Gosta de Florence The Machine? – Klaus perguntou se referindo a canção que tocava naquele momento, ele alternava seus olhares entre a estrada e Caroline.

— Até que gosto. – Caroline respondeu não dando muita atenção.

— Que tipo de música lhe agrada? – Klaus perguntou educadamente.

— Eu sou bem eclética, gosto de tudo um pouco.

— Que bom, assim você se encaixa em qualquer festa.

— Não tinha pensado por esse lado. – Caroline agora olhava para o rapaz.

— Eu também sou bem eclético, porém adoro um rock.

— Você ouvindo rock? Essa eu queria ver.

— Minha querida, saiba que eu sou fã assumidíssimo de Bon Jovi. – Klaus confessava. O rapaz mexeu no som que logo começou a tocar uma música da banda que ele era fã.

— Nunca imaginaria você dirigindo ao som de Bon Jovi. – Caroline falava enquanto observava o rapaz dirigir e bater as mãos no volante em sincronia com as batidas da música. Klaus foi mais além e começou a cantarolar junto com a música.

— Meu Deus, isso já é demais. – Caroline falava entre risadas, naquele momento ela nem se lembrava o do porquê ficava “atacando” o loiro.

— Fala sério, eu canto bem demais. – Klaus ria da reação da loira, e certamente também estava feliz por enfim engatar uma conversar com a garota.

— Se dependesse disso pra sobreviver você estaria ferrado, ia morrer de fome. – Caroline zombou, tendo a liberdade de mexer no som.

— Ei. – Klaus reclamou quando Caroline retornou a música que estava tocando minutos antes.

— Assim você só dirigi e não estoura meus tímpanos com sua voz afiada. – Caroline adorava debochar do britânico.

— Mas então, se me permite, o que aconteceu desta vez entre você e seu namorado? – Klaus indagou curioso.

— O de sempre. – Caroline respondeu não brava, porém séria.

— Eu? – Klaus perguntou surpreso. Caroline o olhou séria, e balançou a cabeça positivamente.

— Já disse que me sinto lisonjeado por isso? – Klaus realmente adorava ser a “ponta do iceberg” da relação de Caroline, porque de algum jeito isso lhe dava esperanças com a garota. Caroline fez uma careta para aquele comentário, e retornou a ficar em silêncio.

— Mas falando sério, o que eu fiz dessa vez?

— Você ainda pergunta? – Caroline respondeu com cara de poucos amigos.

— Sinceramente eu não sei. – Klaus estava intrigado, o que ele poderia ter feito agora que contribuísse para o fiasco da relação da garota.

— Tyler descobriu o que fizemos no aniversário da Elena.

— Ele descobriu? Mas e daí, vocês nem estavam mais juntos. – Klaus era muito desapegado, ele não entendi como Tyler podia ser tão ciumento, tudo bem que se ele namorasse Caroline ele também certamente seria ciumento, mas para ele Tyler era demais.

— É o que eu penso, porém o jeito como ele descobriu foi o que lhe magoou. – Caroline sabia bem que não tinha sido só aquilo, mas ela não deixaria Klaus saber que Tyler o odiava, que ele era seu teor de ódio.

— Bom, minha visão é bem clara quanto a isso: Ele é inseguro e não confia em você. – Klaus observou.

— Não vou ficar conversando justo com você sobre meu namorado.

— Tudo bem, falar de ex-namorados então está proibido de agora em diante.

— Até porque se formos falar das suas não vamos para mais né? – Caroline não perdia a oportunidade de alfinetar Klaus.

— Já disse a você que sou solteiro, porém tenho certas necessidades. – Klaus insinuou dando um sorriso de lado para Caroline. Caroline bufou com aquela citação.

— Está entregue Srta. Forbes. – Klaus avisou estacionando o carro.

— Obrigada. – Caroline agradeceu se desprendendo do cinto de segurança.

— Caroline. – Antes que a loira saísse Klaus pegou em sua mão, Caroline olhou para o toque.

— Teu lugar nunca foi e nunca será com o Tyler, ele não é homem para você. – Klaus disse numa voz rouca e autoritária.

— E por acaso você seria homem pra mim? – Caroline indagou.

— Se você me desse pelo menos uma chance, eu te garanto que eu não iria te decepcionar. – Klaus confessou. Caroline sentiu um arrepio percorrer sua espinha, uma sensação assustadora lhe invadir.

— Eu te amaria como você realmente merece. – Klaus continuou se aproximando mais da garota. Klaus foi de encontro aos lábios de Caroline, porém antes que os tocassem Caroline o interrompeu: - Não podemos, não posso. – Caroline pronunciou antes que se entregasse ao beijo. Caroline sentia a frenesia de sentir o frescor do hálito dele bem perto dela, ela sentia à vontade de saciar aqueles lábios perfeitamente esculpidos, mas se ela fizesse aquilo ela estaria indo contra seus princípios, ela podia sim sentir algo por Klaus, algo que ela ainda não sabia definir, porém ela queria seu namorado de volta, e não poderia fraquejar nem que fosse por um segundo.

— Não importa, eu vou te esperar. – Klaus prometeu acariciando o rosto de Caroline. Caroline não imaginava escutar aquela promessa justo de Klaus. Caroline naquele momento se desarmou, sentiu toda sua raiva se dissipar.

— Lhe devo desculpas por aquele dia. – Caroline pediu. Klaus ficou a observando surpreso.

— Stefan me contou que você foi casado e que não é mais.

— Fico feliz que você tenha percebido que tudo aquilo foi um mal-entendido. – Klaus respirava aliviado. Caroline deixou escapar um pequeno sorriso e Klaus fez o mesmo.

— Preciso entrar.

— Fica mais um pouco. – Klaus pediu.

— Klaus é melhor eu entrar, sério.

— Prometo que vamos só conversar, a não ser que você queira algo a mais. – Klaus disse lançando um olhar malicioso para a loira. Caroline novamente não conseguiu conter o sorriso.

— Tá, mas vamos na cafeteria ali que eu já estou com fome. – Caroline impôs saindo do carro.

— Garota, você é um saco sem fundo hein! Pra onde vai toda essa comida que você come? – Klaus ficava abismado com o tanto que sua musa comia, Caroline fez uma careta para o loiro e preferiu não responder o insulto.

— Espera. – Klaus pediu, ele tirou seu casaco e cobriu os ombros de Caroline que estava vestindo um vestido fino de alcinha. Caroline adorava o cavalheirismo de Klaus, ela admirava o jeito que ele cuidava dela.

O casal seguiu então para a cafeteira que estava vazia. Surpreendentemente o casal não trocou nenhum insulto e ficaram conversando por longas horas. Pela primeira vez eles tinham uma conversa sensata, madura. Klaus contava a Caroline sobre sua difícil infância, sobre a relação com seu único irmão Elijah, sobre como ingressou no ramo do empreendedorismo e dos vinhos. Caroline descobria um novo Klaus ali, um Klaus brincalhão, amoroso, generoso e com bastante cicatrizes da vida. Klaus também estava tendo outra visão de Caroline, a garota birrenta e mimada estava abrindo espaço para uma garota leal, forte, guerreira e inteligente. Ao perceberem que já era de madrugada, eles decidiram encerrar a noite e Klaus acompanhou Caroline até o dormitório.

— Pelo menos hoje você não precisa que eu durma contigo, já que desta vez não está bêbada. – Klaus falava se lembrando da noite em que cuidou de Caroline depois do porre que ela passou.

— Gracinha. Obrigada pelo café e pelos donuts. – Caroline agradeceu amigavelmente.

— Obrigada você pela doce companhia. Tenha uma boa noite de sono sweet. – Klaus desejou chamando Caroline pelo carinhoso apelido.

— Boa noite Klaus. – Caroline desejou adentrando no quarto.

Caroline tomou cuidado para não fazer barulho já que Elena estava praticamente desmaiada na cama. A garota tirou suas sandálias e caminhou até o banheiro, quando levou um susto com Bonnie saindo sonolenta dele.

— Sua vaca, porque vocês não me atenderam? – Caroline perguntou brava.

— Meu celular descarregou. E o da Elena deve estar no silencioso, por isso não vimos que tinha ligações.

— Muito amiga vocês hein. – Caroline se despia para tomar seu banho enquanto dava uma dura em Bonnie.

— Afinal de contas você demorou, a festa estava tão boa assim? – Bonnie perguntou olhando no relógio e vendo que já passava das 3hrs da manhã.

— Na verdade peguei uma carona inusitada e ficamos conversando. – Caroline explicava – se em muitos detalhes.

— Com quem? – Bonnie perguntava sem muito entusiasmos, afinal ela estava morrendo de sono.

— Klaus. – Caroline respondeu receosa.

— KLAUS? – Aquele nome fez a garota acordar de vez.

— Shiuu!! Fala baixo, quer acordar a Elena?

— Pode me contar direitinho essa história. – Bonnie se animou sentando na tampa do vaso enquanto Caroline tomava banho.

Caroline contou exatamente tudo o que aconteceu para Bonnie, contou seus sentimentos, suas intenções, entre ela, Bonnie e Elena não havia segredos, ela sabia que por mais errada que estivesse suas amigas nunca a julgaria, diferente dela em várias ocasiões, ela realmente não queria julgar suas amigas nos momentos de deslizes, mas é que ela não conseguia ficar de boca fechada, e isso era um defeito que ela queria muito melhorar.

(...)

Elena juntava seus materiais calmamente ao final da aula, afinal naquele dia ela não tinha nenhuma atividade pós universidade.

— Elena tem uma menina te procurando. – Jesse avisou.

Elena pensou ser alguma colega de curso, ou colega de Tyler para lhe dar a matéria do dia. Elena terminou de guardar suas coisas e ao cruzar a porta de saída ficou paralisada ao ver quem era a menina que a procurava.

— Não vai me abraçar não?! – Hayley questionou vendo a cara de surpresa da amiga.

Elena correu de encontro a sua amiga de infância e a abraçou com toda força que ela podia. Hayley era sua amiga mais antiga, sua primeira melhor amiga, ela amava tanto aquela garota.

— Por que não me avisou que estava vindo? Teria de pegado no aeroporto.

— Se eu te avisasse não seria surpresa né?! – Hayley disse abraçando novamente Elena. – Estava com tantas saudades.

— Eu também amiga.

— Agora me coloca por dentro das novidades, já quero conhecer o gostoso do Stefan, o Deus grego do Tyler, Caroline, Bonnie e claro o outro gostoso do Damon, oh família pra ter homem gato hein?! – Hayley era muito atirada e direta.

— Ei, mais respeito com meu namorado, só eu posso chamar ele de gostoso. – Elena disse dando um tapinha no ombro de Hayley.

— Aff, pare de ser ciumenta. – Hayley tornava a abraçar a amiga, ela não conseguia descrever a felicidade de estar ao lado de Elena.

Elena levou a amiga para almoçar num restaurante que ela adorava, durante o almoço Elena contou sobre os últimos acontecimentos em sua vida para Hayley, contou sobre suas aulas e cursos extracurriculares, contou como estava indo a relação com Stefan e lhe contou que em breve seria mamãe, porém estava com um problemão em suas mãos: não sabia quem era o pai do bebê e ainda tinha que fazer o teste de DNA.

Hayley ouvia tudo atentamente e prometia a Elena que a ajudaria no que fosse preciso. Ela aconselhava Elena e procurava de alguma forma lhe confortar. Depois das longas horas de conversas Elena levou Hayley para fazer um tour pela universidade e finalizou levando ela para conhecer seu dormitório.

— Você já sabe qual vai ser seu quarto? – Elena perguntava curiosa.

— Sim, número 23.

— É no andar de cima, até que vamos ficar pertinho uma da outra. – Elena informava enquanto abria a porta de seu quarto. Ao abrir Elena encontrou Caroline e Bonnie sentadas na cama estudando.

— Meninas quero que conheçam minha amiga de infância: Hayley Mayer.

— Já te conheço de tanto a Elena falar de você, seja muito bem – vinda. – Bonnie foi a primeira a abraçar a nova colega.

— Você com certeza é a Bonnie, a amiga psicóloga, conselheira. – Hayley falou ainda no abraço.

— Você deve ser Caroline, a amiga animada que adora decoração. – Hayley observou indo de encontro com Caroline.

— Acertou, prazer. – Caroline estendeu a mão para a nova colega, porém Hayley foi logo lhe dando um abraço. A princípio Caroline ficou com uma cara de “eu lhe dei essa liberdade?”, mas logo retribuiu o abraço. Elena e Bonnie se olharam e concluíram que Caroline não tinha ido muito com a cara de Hayley, porém Elena ia fazer de tudo para que suas amigas se dessem bem.

(...)

Elena esperava ansiosa por Stefan no aeroporto juntamente com Hayley.

— Amiga calma, vai dar tudo certo. – Hayley falava percebendo que Elena estava nervosa.

Ao avistar Stefan a garota abriu um largo sorriso e foi de encontro com o amado. Stefan não conseguia explicar a sensação de felicidade ao ver seu amor lhe esperando.

— Senti tanto sua falta. – Stefan confessava abraçando Elena e lhe rodando.

— Também sentia a sua. – Elena falava ao ser levantada no ar pelo rapaz.

Stefan rapidamente colou seus lábios com o da morena, num beijo saudoso, emotivo... Elena correspondeu o beijo já no começo enroscando sua língua com a do namorado. Ela sentia tanto a falta daquele carinho, a falta dos braços dele a envolvendo, o doce sabor dos lábios tão bem desenhados dele.

— Ruum ruum. – Hayley coçou a garganta interrompendo o beijo do casal.

— Amor essa é a Hayley. – Elena tratou de apresentar os dois.

— Olá Hayley, seja muito bem vida, se é amiga da Elena então já é minha também. – Stefan cumprimentou abraçando a garota. Hayley ajudou Stefan com as malas e o trio foi para o carro de Elena. Durante o trajeto do aeroporto para a mansão dos Salvatores Stefan aproveitava para saber um pouco mais sobre Hayley, ele sabia que era importante para Elena que sua amiga se entrosasse com todos e se sentisse em casa, e o que era importante para sua amada era pra ele também. Stefan simpatizou logo de cara com Hayley, a garota lhe transmitia uma energia boa, uma leveza, além de ser muito divertida. Hayley também sentiu uma conexão incrível e sincera com o namorado de sua amiga, e Elena adorou aquilo.

Ao chegar na mansão dos Salvatores Stefan foi recepcionado por Caroline, Bonnie e seus pais. Stefan lhes contou como foi a viagem, o que havia aprendido no curso e as comidas mais loucas que ele havia experimentado.

— O papo está ótimo, mas amanhã temos que acordar cedo, então vamos meninas? – Bonnie disse a Caroline e Hayley vendo que já estava a noite e que com toda certeza Stefan e Elena queriam ficar a sós.

As meninas se despediram de Stefan e Elena, que ia dormir naquela noite na casa dos Salvatores, e de Lily e Giuseppe. Giuseppe também se retirou, já que agora não morava mais naquela casa, assim ficou só o casal e Lily.

— Meus amores vou subir e descansa, uma ótima noite para vocês. – Lily desejou piscando para Elena e Stefan.

— Que vergonha Stefan. – Elena sabia muito bem o que Lily estava imaginando que eles iriam fazer.

— Vergonha do que? Amar agora é uma coisa pra se ter vergonha? – Stefan questionou abraçando Elena por trás. Elena sorriu e ficou um bom tempo daquele jeito, envolvida pelos braços dele, num abraço que era seu refúgio, seu abrigo.

— Vamos subir, preciso tomar um banho. – Stefan disse entrelaçando sua mão com a de Elena. Elena seguiu o rapaz até o quarto.

— Enquanto você toma banho posso ir desfazendo sua mala? – Elena perguntou.

— Pensei que a Srta. fosse tomar junto comigo. – Stefan questionou estreitando o olhar para sua namorada. Elena sorriu.

— Se importa de tomar banho sozinho? Não estou muito bem. – Elena deu uma desculpa, ela sabia que se tomasse banho com o namorado eles iriam ter relações, e ela queria, muito, porém não sabia se era certo agora que ela estava grávida e que o filho nem poderia ser de seu namorado.

— Claro que não. – Stefan disse cavalheiro, porém Elena percebeu o desanimo na fala dele, a expressão meia triste. Stefan adentrou no banheiro e Elena começou a desarrumar a mala do rapaz. Elena guardou algumas camisas, posicionou uns livros novos na estante, Elena parou por um minuto e ficou imaginando Stefan no banheiro... com o barulho do chuveiro ela podia perfeitamente visualizar seu namorado debaixo dele. Elena tentou afastar os pensamentos e continuar com o que estava fazendo, porém o desejo estava lhe consumindo, e se o filho fosse dele? Se fosse dele não teria nada de errado certo? Ela estava com saudades dele, de ter um momento mais íntimo com seu namorado.

Elena caminhou em passos lentos até o banheiro e avistou Stefan de costas, tirando o sabão de seu cabelo. A água quente escorrendo pela macia pele dele, o bumbum dele bem contraído, a masculinidade dele em evidencia... Elena não pensou duas vezes e despiu -se silenciosamente. A morena entrou no chuveiro sorrateiramente, Stefan só percebeu sua presença quando sentiu o corpo da garota atrás do seu e suas mãos tocando seu peitoral.

— Mudou de ideia? – Stefan perguntou juntando suas mãos com as de Elena.

— Completamente. – Elena respondeu distribuindo beijos delicadamente nas costas de Stefan. Sentir os lábios dela contra sua pele era uma sensação incrível, para Stefan não era só uma coisa sexual, mas uma conexão carnal, uma entrega de alma. Stefan foi virando aos poucos e foi de encontro com os lábios de Elena.

— Te amo tanto. – Stefan falava enquanto tocava a pele de Elena juntamente com a água quente.

— Eu amo você. – Elena se declarou descendo os beijos pelo corpo molhado do rapaz. Elena se posicionou de joelhos e começou a estimular o membro de Stefan numa fricção delicada, ao poucos Elena já passava sua língua por toda extensão do membro de seu namorado, alternando em beijos e sucções. Stefan ia nas nuvens com aqueles toques, com aquelas caricias, a boca dela o envolvendo completamente era uma coisa surreal... aos poucos Stefan não conseguia se conter e gemia de prazer. Elena retornou a boca de Stefan e o casal ficou um longo tempo embaixo do chuveiro se beijando e se tocando, ambos dando prazer um pro outro. Stefan iniciou a relação ali mesmo, penetrando sua garota debaixo da água quente. Stefan sentia tudo mais vibrante, mais intenso. Elena abafava os gemidos mordendo e beijando o ombro de Stefan. Depois que ambos se satisfizeram eles terminaram o banho e foram para cama. Stefan e Elena não aguentaram e se entregaram ao desejo novamente, tendo mais um dose de prazer sobre os lençóis macios da cama do Salvatore. 

— Acho que agora vamos dormir né? – Stefan perguntou acariciando os cabelos de Elena que repousava sobre seu peitoral.

— Vamos, afinal amanhã eu tenho aula.

— Boa noite meu amor. – Stefan desejou apagando o abajur.

— Boa noite amor. – Elena desejou se aconchegando no colo do rapaz.

(...)

Após dois dias que Stefan havia retornado Elena finalmente tinha conseguido pegar um fio de cabelo do rapaz (Na verdade foi Caroline que havia arrancado literalmente um fio de cabelo do amigo com a desculpa que era um cabelo branco, Caroline era ótima com desculpas elaboradas), e estava indo juntamente com as três amigas para a clínica. Ao chegar no recinto Elena primeiro precisou passar com uma médica ginecologista/obstetra para que esta pudesse avaliar os exames anteriores de Elena e saber se a garota estava em condições de se submeter ao exame. Depois de algumas horas de conversa e recomendações Elena entrou para a sala de coleta e foi escoltada por olhares preocupantes de Hayley, Caroline e Bonnie. Elena sentiu uma dor suportável, como a de tirar sangue, porém a agulha era um pouco maior e ao penetrar sua pele ela sentia perfeitamente o gelado do alumínio. Assim que terminou a coleta Elena retornou a sala da Dra. que lhe fez mais algumas perguntas e avaliou a garota mais uma vez, Elena também aproveitou para tirar suas dúvidas.

— E ai como foi? – Hayley assim que avistou Elena já foi perguntando.

— Tranquilo, como tirar sangue, porém na barriga. – Elena apontou para sua barriga que era indetectável ainda. Caroline fez uma careta imaginando que a amiga houvesse sentido dor.

— Não doeu, quer dizer, uma dorzinha suportável, mas eu tomei anestesia.

— Mas como é realizado? – Caroline questionou.

— Eles introduziram uma agulha no meu abdômen, para que este pudesse coletar resíduos da placenta, assim eles irão comprar o material genético com o do Stefan.

— E o resultado sai quando? – Bonnie perguntou preocupada.

— Depende do laboratório, pode demorar de 7 a 14 dias.

— Mas e o fato deles terem praticamente o mesmo material genético, por que eles são irmãos? – Hayley indagava confusa.

— Conversei com a Dra. sobre isso, e ela falou que mesmo que eles são irmãos eles possuem DNA diferentes, tem semelhanças, porém são diferentes, então se o resultado for 99,9% é o Stefan.

— Amiga eu sinto que vai dar tudo certo, sinto não, eu sei. Esse bebê vai ser lindo, ter os olhos do Stefan e seu cabelo, meu Deus que perfeição. – Caroline falava sonhando alto. Elena e as meninas riram.

— Então assim que eles me mandarem mensagem eu convoco todas vocês para virem pegar o resultado comigo, combinado?

— Combinado. – As três garotas responderam tudo em sincronia.

Depois da realização do exame Bonnie e Caroline voltaram para a universidade, para assistirem o segundo tempo de aula, já que Elena havia precisado “matar aula” para realizar o exame sem que Stefan desconfiasse de nada. Como Hayley ainda não havia começado as aulas Elena resolveu leva – lá em alguns lugares bacanas do bairro. As amigas iam andando e conversando sobre a vida quando passaram por uma loja de roupinhas de bebês.

— Não. – Elena respondeu já percebendo pela cara da amiga o convite que seria feito.

— Vamos vai, não precisa comprar nada, só dar uma olhadinha. – Hayley pedia quase que implorando para a garota.

— Hayley não quero fazer isso sem saber o sexo e mas ainda sem saber quem é o pai. – Elena falava em frente a grande vitrine.

— Por favor vamos só olhar, e além do mais amarelo e branco são cores unissex. – Hayley falava pegando na mão de Elena e a “arrastando” para dentro da loja.

(...)

Naquela manhã Damon havia prometido a Lily que a levaria para comprar um carro, já que o que ela andava era de Giuseppe e ela havia feito questão de que seu ex-marido ficasse com ele. Damon e Lily fora em umas três concessionarias até que a Sra. achasse o carro que lhe agradasse.

— Em toda minha vida nunca tinha comprado uma coisa tão valiosa. – Lily falava enquanto dava mais uma olhada no seu futuro carro.

— Nós vamos envelhecendo e com isso gastamos mais, acostume – se. – Damon disse conferindo o moto do carro novamente.

— Não sabia que nas horas vagas você era mecânico. – Uma voz muito familiar advertiu chegando perto de Damon, o moreno sem olhar para trás já sorriu, ele sabia que se tratava de seu amigo.

— Se for pedir pra eu consertar aquele lixo que você chama de carro nem conte comigo. – Damon respondeu abraçando Alaric.

— Mas é um imbecil mesmo, nem apreciar carro sabe. – Alaric devolvia observando o motor. – Vai trocar de carro?

— Não, minha mãe que comprou.

— Filho tudo certo, eles disseram que podemos vim buscar na segunda. – Lily chegou avisando Damon quando avistou o homem que estava ao lado de Damon.

— Mãe esse aqui é o meu amigo Alaric Saltzman. – Damon falou apresentando seu amigo para Lily.

— Prazer Sr. Saltzman. – Lily lhe cumprimentou com um aperto de mão saudoso, e Alaric fez o mesmo. Damon não entendeu o porquê, mas sentiu tanto sua mãe quanto Alaric desconfortáveis.

— Damon eu vou precisar ir no cabelereiro, fica com seu amigo que eu peço um táxi.

— Mas assim de última hora? Eu te levo lá sem problemas.

— Isso acompanha sua mãe. – Alaric aconselhou sério.

— Não precisa, não quero atrapalhar, e o salão é aqui pertinho. – Lily disse já se despedindo de Damon com um beijo no rosto.

— Passar bem Sr. Saltzman. – Lily desejou saindo.

— Essa eu não entendi. – Damon soltou ainda observando sua mãe sair da grande loja.

— Melhor não entender. – Alaric disse ainda com um semblante sério.

— Como assim? – Damon questionou.

— Mulheres, as mulheres são complicadas certo? – Alaric desconversou fechando o capô do carro.

— Você tem razão. Ei, tá com tempo livre? – Damon perguntou animado.

— Sim, o que tem em mente?

— Quero te mostrar um prédio que eu estou pensando em comprar, quero expandir a empresa. – Damon piscou antes de colocar seu óculos de sol.

— Então vamos, vou te seguindo. – Alaric avisou adentrando no seu carro. Damon assentiu e se acomodou em seu carro.

Damon foi andando calmamente pelas ruas, o prédio em questão ficava bem próximo da região aonde eles estavam, o moreno estava pensando em abrir outra filial e fazer uma proposta para que Alaric cuidasse desse novo lugar.

Damon estava com seus pensamentos longe, imaginando como seria a decoração do local, como recrutaria uma nova equipe, quando parou no sinal vermelho, por pouco ele não ultrapassava a faixa de pedestre. Damon num momento de distração olhou para a janela do seu lado e ficou surpreso ao avistar Elena com sua nova amiga saindo de uma loja, Nova York era enorme e encontrar uma pessoa por acaso naquelas ruas era como encontrar uma agulha no palheiro.

O primeiro pensamento do moreno foi abaixar a janela e buzinar, fazer alguma gracinha como sempre, ou só dá sua irresistível piscadinha a garota, mas seus pensamentos se tornaram obscuros quando ele viu a garota que estava acompanhando Elena retirar de uma sacola uma roupinha pequena, que da distância que ele estava não dava pra enxergar direito, o rapaz então direcionou seu olhar para a faixada da loja que as garotas saíram e tudo fez sentido. O mal estar da garota agora tinha uma causa, uma causa que ele não queria acreditar, não queria conviver: Elena estava grávida. Ele sentiu a falta de ar repentina em seus pulmões, sentiu seu coração assolar em seu peito vorazmente, sentiu sua garganta trava, a tristeza o inundar, um furação agora tomar sua alma... não havia dúvidas para o que estava acontecendo, Elena esperava um filho de seu irmão e ele seria tio, quando na realidade ele sonhava em ser o pai.

 

 


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? O que será que Giuseppe esconde? E como Damon irá reagir a essa descoberta sobre Elena? Aguardem os próximos capítulos. Xoxo.

Músicas:

— Damon preocupado com Elena (Halsey – Colors)

— Klaus dirigindo e cantando (Bon Jovi – It’s my life)

— Klaus e Caroline conversando no carro (Florence The Machine – Heartlines)

— Elena reencontrando Hayley (Aloe Blacc – Wake Me up Acoustic)

— Elena encontrando Stefan no aeroporto (John Legend – Love Me Now)

— Hot Stelena (Ingrid Michaelson – Light Me Up)

— Damon descobrindo que Elena está gravida. ( Fleurie – Hurricane)



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