The Curse escrita por Fantasminha98


Capítulo 13
Be Our Guest.




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Enquanto isso na torre Hermione, após a briga, voltou testar o comprimento de sua corda de fuga, mas era inútil. Mesmo usando todos os tecidos que encontrara no quarto não era o suficiente nem para alcançar a metade da torre. Ela continuava presa ali sem saber como fugir. Desolada, escorregou pela parede e abraçou os joelhos, estava sem ideias e não sabia o que esperar daquele que, com voz cruel, havia condenado seu destino e sonhos.

 

Foi interrompida por novas batidas na porta e levantando a cabeça gritou.

 

— Eu disse para ir embora.

 

— Não se preocupe, querida. - Falou uma voz feminina divertida e um pouco presunçosa. - Sou só a Pansy.

 

Mesmo antes de receber uma reposta a porta foi aberta e por ela passou um delicado carrinho de madeira escura estava um bule de porcelana junto a uma pequena xícara.

 

— Definitivamente é linda! - Falou o bule divertido e alegre. - É um prazer conhecê-la. Eu me chamo Pansy. - Apresentou–se o Bule que logo viu a tentativa de fuga da garota amarada ao pé da cama. - Oh, é uma longa jornada. - Comentou levemente entristecida. - Deixe-me cuidar de você antes que vá, sim? Uma coisa que aprendi com a vida foi que a maioria dos problemas parece um pouco menor depois de uma boa xícara de chá!

 

Hermione estava tentada a gostar de Pansy, assim como se viu gostando das outras decorações do castelo e teve que sorrir quando viu a bule repreender a xícara que saltava do carrinho rapidamente e se aproximava da garota. Quando a jovem tomou um gole da bebida quente, realmente se sentiu melhor, o chá de laranja com gengibre era reconfortante e a fez pensar que, talvez, seu problema não fosse assim tão grande. Ela era inteligente, descobriria em outra forma de escapar e afinal, tinha feito uma promessa para seu pai.

 

— Prazer em conhecê-la! - Falou a pequena xicarazinha. - Eu me chamo James. Quer ver um truque? - E mesmo antes da garota responder a xicarazinha já estava inflando o que seriam suas bochechas fazendo o chá se encher de bolhinhas que rapidamente se estouravam.

 

— James! - Repreendeu novamente Pansy enquanto a xicarazinha levemente lascada em um dos cantos ria contagiando Hermione. - Foi muito corajoso da sua parte o que você fez pelo seu pai, querida. - Continuou.

 

— Sim. Todos concordamos. - Falou Daphne, a armário.

 

— Eu estou preocupada com ele. Ele nunca ficou sozinho. - Admitiu a jovem enquanto se sentava na cama, confortável com a presença das que talvez viessem a ser suas amigas dentro daquele castelo.

 

— Anime-se, querida! No fim, tudo vai dar certo – Afirmou Pansy. - E você vai se sentir bem melhor após o jantar.

 

— Mas ele disse que se eu não comece com ele não comeria nada. - Falou intrigada com a afirmativa da outra.

 

— As pessoas dizem muitas coisas quando estão com raiva. É nossa escolha ouvir ou não! - Falou piscando para a garota. - Agora vamos, querida.

 

Hermione apenas sorriu e seguiu o carrinho que levava Pansy e James. Esse último, a garota imaginava que fosse o filho da primeira.

 

Na grande, todoestavam alvoroçados em retomar os preparativos de um grande banquete.

 

— Estão vindo, checagem final. - Gritou Blaise para o pessoal.

 

— Se Draco descobrir que você desobedeceu uma ordem direta dele, não venha implorar minha ajuda depois. - Falou Theodore, que estava encostado perto da lareira com os braços cruzados. - Mas nunca ninguém perdeu dinheiro apostando na desonestidade. - Riu e perguntou. - No que eu posso ajudar? Desde que depois ele não venha me culpar.

 

— Fique tranquilo Theodore. Vou me certificar que você seja o primeiro da lista de agradecimentos quando Draco quebrar a maldição e ainda se apaixonar! - Brincou o Candelabro enquanto se voltava para o relógio que o seguia. - Porque estou dizendo, essa garota é a escolhida! E ele precisa se apaixonar para que nós nos tornemos humanos novamente. E como ele pode se apaixonar se ela ficar trancada naquele quarto? - Continuou tagarelando enquanto saltava de mesa em mesa fazendo a vistoria dos talheres e o Theodore a dos pratos. - Ei Goyle, você deixou passar esse aqui. - Falou o primeiro devolvendo uma faca para o cabideiro.

 

— Você sabe que ele nunca vai amá-la. - Afirmou Theodore. - Ela é filha de um muggel.

 

— Um relógio quebrado só está certo dua vezes ao dia e essa não é uma dessas vezes, meu amigo. É hora de brilhar! - Gritou para toda a cozinha e saltou para o enorme fogão. - Hum… Crabbe! Eu não tenho mais paladar, mas isso está divino e requintado! - Elogiou, Blaise, ao provar um pouco da sopa temperada de tomates.

 

— Saia! Saia! Estou trabalhando! Alguém me passa a pimenta moída? - Gritou o fogão.

 

— Ah, é claro! Quase me esqueci da música. O que é um jantar sem um pouco de música? - Perguntou o candelabro para ninguém em especial enquanto saia da cozinha para o salão de bailes e chamava por Astória. - Maestra, está pronta?

 

— Ha! Faz tanto tempo desde a última vez que toquei. - Falou saudosa, logo executando uma rápida e complicada melodia nas teclas do cravo que agora ela era. - Mal me lembro de como tocar. - Concluiu rindo sarcástica.

 

— Astória, se lembre que sua irmã está lá em cima. Achando cada vez mais e mais difícil ficar acordada. Ela está contando com você para nos ajudar a quebra a maldição.

 

— Então devo tocar mesmo com minhas cordas arrebentando! - Falou determinada.

 

— Mas toque baixo. - Falou o relógio.

 

— Mas é claro! Baixo. Sweetly. Mais alguma exigência insípida que você quer fazer sobre a minha arte!? - Perguntou extremamente ofendida.

 

— Não, é só isso. - Riu. - Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem. - Afirmou Theodore ácido.

 

— Chegamos, querida. - A voz de Pansy foi ouvida na sala de jantar interrompendo a discussão que teria início entre um cravo e um relógio.

 

Blaise logo bateu suas hastes, fazendo o som que anunciava o início do jantar e esperou para que Millicente com uma bandeja de prata direcionasse a luz da lua para o parceiro que apresentaria esse jantar como o mais incrível dos shows!

 

— My Lady… É com o mais profundo orgulho e grande prazer que a recebemos essa noite! E agora, nós a convidamos a relaxar. Puxe uma cadeira enquanto a sala de jantar orgulhosamente apresenta… - Interrompeu-se para o suspense e esperou que todos os pratos e talheres magicamente flutuassem entorno da jovem, arrumando-se nos devidos lugares com precisão e elegância. - Seu jantar! - Concluiu com uma mensura e uma piscadela quando todas as luzes das velas encantadas se acenderam e revelaram a riqueza do banquete mágico.

 

E assim o show começou cheio de música e alegria! Um verdadeiro musical de louças e talheres

 

— Be… Our… Gest! Be our guest! E coloque nosso serviço a um teste. Arrume seu guardanapo no seu colo e, querida, faremos o resto! - A música animada contagiava Hermione que mesmo confusa não conseguia parar de sorrir, encantada com tudo aquilo. - Sopa do dia, aperitivos quentes, vieram exclusivamente para servi. - Continuou Blaise, enquanto os quitutes aos poucos eram colocados no prato da garota que logo se deliciava. - Eles cantam eles dançam, afinal nós somos bruxos! E um jantar com a gente é sensacional! Então, vá em frente e abra o cardápio, de uma olha e Be our geste! Be our gest!

 

Rapidamente o Candelabro foi nomeando os diversos pratos que com a música e as luzes coloridas faziam suas entradas triunfais.

 

— Guisado de carne, suflê de queijo, tortas e um pudim flambado! Estamos aqui para servir e a comida é para você! Um verdadeiro musical culinário! - Brincou, vendo a jovem apreciar o vinho.

— Você está só e com medo, mas o banquete está pronto! - Acenou e a mesa se iluminou num segundo farta de tudo que pudesse imaginar. - Ninguém fica triste ou reclamam quando os talheres estão dançando. Nós entretemos, contamos piadas e fazemos truques com os camaradas!

 

— E está tudo uma delicia! - Respondeu a jovem.

 

— Venha, levante seu copo, não merecemos um brinde? - Riu o Candelabro. - Be our gest! Be our guest!

 

Rapidamente a música mudou, agora mais introspectiva e saudosa.

 

— A vida se tornou tão enervante… Para um Bruxo sem magia, já que ele não está completo sem sua alma. Ah aqueles velhos tempos em que éramos úteis. - Continuou cantando. - E de repente esses velhos tempos se foram… - O violino chorou no solo, sentimental e triste, de Blaise que falava com a alma. - Há muito tempo estamos aqui enferrujando, precisando de muito mais do que ser espanados, precisando de uma chance de usar nossas habilidades! Na maioria dos dias só deitamos ou andamos sem direção… Preguiçosos e inúteis… Mas então você chegou e uh lá temos um motivo para comemorar!

 

— È uma convidada, convidada! - Cantou Pansy. - Pelo, bom Merlim, fomos abençoados! Vinho é servido e guardanapos são usados. - Continuou enquanto os tecidos faziam um baile entorno de Hermione. - E com a sobremesa, ela vai querer o chá na mesa. E querido isso é comigo mesma! Temos muito que fazer, é com açúcar ou não? Be our gest! Be our gest!

 

— She’s our gest! Be our gest!

 

— Seu pedido é uma ordem. - Cantavam todos. - Faz muitos anos que não recebemos ninguém então estamos exultantes! Sim nosso objetivo é agradar! E enquanto as luzes brilham... deixe-nos ajudá-la… E Be our gest! Be our guest!

 

— Sim, cantamo até que esteja satisfeita e a vontade! Hoje a noite é sua e por enquanto cantamos! Be our gest! Be our guest! Pleas be our guest! - E num piscar de olhos todo o show se desfez em cores e sumiu!

 

— Pudim? - Perguntou divertido Blaise ao oferecer uma última sobremesa.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Pessoal to postando, mas se tiver esquisito parecendo que faltou pedaço no meio do caminho me grita!



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