Confusão em Dose Tripla escrita por Lelly Everllark


Capítulo 30
Mamãe.


Notas iniciais do capítulo

Ooolá!
Voltei mais que rápido dessa vez!
Esse capítulo foi mais pra recompensar vocês por eu ter sumido, então talvez no fim da semana tenha outro! Mas só talvez!
Espero que gostem do capítulo, BOA LEITURA!!



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A meu ver ainda era cedo demais pra qualquer um estar de pé, mas eu estava, eram 5h00m da manhã e Molly tinha acordado atrás de comida. Ethan tinha chegado tarde ontem, perdeu o jantar apenas para deixar tudo pronto para nossa viagem, então não me admirava ele não ter ouvido Molly ou a babá eletrônica.

  Eu e minha bebê descemos depois dela me acordar antes das cinco, mas foi só tomar a mamadeira que ela se acalmou, porém não parecia nenhum pouco interessada em voltar a dormir, por fim desisti de tentar e apenas a coloquei em sua cadeirinha em cima da mesa, ela não ficou contente com isso, já há algum tempo Molly parecia não curtir tanto assim ficar apenas sentada sem conseguir se mover, principalmente desde que começou a engatinhar há algumas semanas. A pequena era rápida como um raio e já havia me matado do coração algumas vezes, sumindo debaixo de móveis e atrás de cortinas.

  Molly se mexeu e resmungou o que me pareceu um protesto, sorri dando de ombros.

  - Sinto muito meu amor, mas está cedo demais para eu perdê-la pela casa.

  Eu estava terminando de preparar alguns sanduíches para que pudéssemos levar, Ruth estava de folga por causa da viagem então éramos apenas nós. Hoje era sexta-feira, a grande festa só seria amanhã à noite, mas Ethan decidiu que se íamos a um resort era melhor que aproveitássemos o máximo possível. As crianças não viram problema nisso, sobretudo por que perderiam um dia de aula. Eu também não vi, afinal era apenas um dia.

  - Mamãe? - Seth murmurou aparecendo no batente da porta de pijamas e coçando um olho.

  Eu estava prestes a respondê-lo quando me dei conta do que ele tinha dito. Mamãe. A palavra me atingiu com tanta força que fiquei sem reação, só conseguia olhá-lo e sorrir, eu amava esse garoto, amava suas irmãs e tinha certeza de que o amor que nutria por eles era amor de mãe. Eu os amava mais que qualquer pessoa no mundo e faria qualquer coisa por cada um deles. O rosto corado e os olhos arregalados do garoto ao se dar conta do que tinha dito me fizeram sorrir ainda mais. Fui até ele e o apertei em um abraço mesmo que ele quisesse fugir.

  - Oi - disse simplesmente quando o soltei. - O que foi?

  - Eu... Isso... Quer dizer... O que você está fazendo aqui? - ele perguntou depois de desistir de se justificar.

  - Vim fazer sanduíches com a Molly – respondi divertida voltando à bancada e indicando a bebê em cima da mesa. - E você? Por que acordou tão cedo? Eu ia chamar você e Lottie mais tarde.

  - Eu ouvi a Molly chorar, depois fiquei com vontade de ir ao banheiro. Mas quando passei pelo quarto dela eu não vi ela, mas o papai tava dormindo, então eu vim ver se você estava com ela.

  - Sua irmã estava com fome e seu pai com sono, então no fim viemos só nós duas. Pode voltar a dormir se quiser.

  - Quero não. Posso te ajudar, ma... Olivia?

  - Pode - sorri mesmo que quisesse ouvi-lo dizer outra vez. - Vem aqui.

  Molly acabou desistindo de sair da cadeirinha e estava empenhada em morder sua bonequinha de borracha, Seth e eu estávamos na nossa árdua tarefa de preparar sanduíches, com os mais diversos recheios, queijo, presunto, salada, geléia e vários outros. Depois da nossa quarta pilha com cinco sanduíches cada uma ele finalmente me olhou.

  - Eu com fome, Olivia. Posso pegar algum?

  - Pode, vamos comer, eu também estou com fome - disse e nós nos servimos de suco também antes de irmos nos juntar a Molly na mesa.

  - Você ficou chateada? - Seth perguntou de repente sem me olhar.

  - Com o quê?

  - Com o que eu disse na hora que cheguei.

  - Ainda não sei do que você está falando - eu sabia que era maldade mentir assim, mas eu queria ouvi-lo dizer, ao menos mais uma vez.

  - Eu chamei você de... Daquele jeito lá!

  - Que jeito lá?

  - Olivia! - Seth disse com as bochechas vermelhas finalmente me olhando. Acabei rindo.

  - Que você me chamou de “Mamãe”? Eu não me importo.

  - Não? – ele perguntou com expectativa e eu neguei com a cabeça, talvez Seth quisesse dizer tanto quando eu queria ouvir, mas não tinha coragem pra isso. Charlotte talvez tivesse. – Então se por acaso eu quiser, sabe te chamar assim, às vezes, eu posso?

  - Não só pode como deve. Eu vou amar. Sou sua mãe lembra? É pra sempre – disse e para minha surpresa dessa vez foi Seth quem saiu do seu lugar e veio me abraçar.

  - Amo você, mãe – ele murmurou tão baixo que eu achei ter imaginado essas palavras tão lindas. Eu o apertei com mais força contra mim.

  - Também amo você, meu filho.

  - Você chorando? – Seth perguntou uns minutos depois quando uma de minhas lágrimas molhou seu cabelo. Ele levantou a cabeça e se soltou de mim. Eu neguei com a cabeça limpando o rosto, Seth sorriu. – sim.

  - Não estou, você está vendo coisas – disse sorrindo em meio as lágrimas.

  - chorando, por quê?

  - Por que um garoto muito lindo me disse uma coisa que me deixou muito feliz.

  - Que seria? – uma voz que não fazia parte da nossa conversa perguntou e eu e Seth olhamos para a porta apenas para ver Ethan parado ali de pijama e com o cabelo meio amassado.

  - Desculpe, Ethan, mas é um segredo. Pergunte ao Seth depois.

  - Seth? – ele olhou para o filho que voltou para o lugar rapidinho.

  - Não é nada – Seth disse antes de encher a boca de sanduíche. Ethan me olhou e eu dei de ombros sorrindo.

  - Você estava chorando, Olivia? – ele perguntou e eu e Seth caímos na risada.

  Quando Ethan apareceu já passava das 6h00m da manhã então nós começamos a nos organizar realmente para viajar. Ethan foi comer e pedi ao Seth para levar Molly para o cercadinho na sala e ficar de olho nela. Não demorei muito mais com os lanches e fui chamar Charlotte. Ethan queria chegar na hora do almoço e como gastaríamos em torno de umas três horas até o resort era bom que não demorássemos a sair. Mas em se tratando da confusão que éramos, óbvio que demoramos.

  Seth perdeu os sapatos, Ethan a carteira, eu não conseguia achar a mamadeira reserva de Molly e Charlotte virou o copo de leite praticamente todo encima dela mesma, então tive que deixar tudo para ajudá-la com o banho. Felizmente ela não se machucou. Depois dar banho na minha loirinha tagarela, pentear seus cabelos e prendê-los com laços eu a deixei apenas para calçar os sapatos e comecei a descer as malas das crianças para a sala.

  Quando cheguei à sala vi Molly de pé dentro do seu cercadinho tentando sair dele, felizmente ela ainda não conseguia fazer isso. Seth passou por mim ainda de pijama e eu o olhei sem acreditar.

  - Seth, por que não tomou banho e se arrumou ainda?

  - Eu tava ajudando o papai.

  - Com o que, posso saber? – perguntei sem acreditar.

  - A procurar a carteira dele.

  - E achou?

  - Sim.

  - Ótimo, então vai tomar banho e pede pra Charlotte descer.

  - bom – ele suspirou e se arrastou escada acima.

  - Eu também vou levar bronca por não ter me trocado ainda? – Ethan perguntou sorrindo vindo da cozinha ainda de pijama.

  - Isso depende. Você tem uma desculpa? A do seu filho era que estava ajudando você. E a sua?

  - Que estava ajudando ele? – Ethan tentou me alcançando e me segurando pela cintura. Eu sorri.

  - Acho que não.

  - Ah, é? – ele perguntou me beijando. Envolvi seu pescoço com meus braços e o puxei mais para mim. Eu amava Ethan e beijá-lo sempre teria esse efeito sobre mim, meu coração disparava e eu me sentia quase flutuar.

  - Olivia eu posso ir com a minha fantasia de fada? – ouvi a voz de Charlotte antes de vê-la. Eu e Ethan interrompemos o beijo, mas continuamos abraçados vendo a garotinha loira descer as escadas aos pulos usando suas asas de fada cor de rosa por cima do vestido que eu tinha colocado nela e com sua varinha mágica na mão.

  - Não, você não pode ir de fantasia de fada, agora vai tirar isso e encontrar seu chinelo para colocar na mala.

  - Mas, Olivia!

  - Nem “mas”, nem “menos”, Charlotte. Vai tirar essas asas.

  - Papai? – a pequena tentou fazendo bico e Ethan sorriu.

  - Olivia disse que não então é não. Vai tirar as asas, fadinha.

  - bom – ela resmungou voltando pela escada. Eu ri.

  - Você viu o bico dela? – perguntei e Ethan sorriu.

  - Vi. Esses seus filhos estão cada vez melhores em?

  - Agora são meus filhos é? – quis saber e ele assentiu antes de me beijar outra vez.

  Mas nosso pequeno momento não durou muito mais por que Ethan ainda precisava se arrumar. Eu tinha que trocar Molly e alguém precisava ter certeza que Seth e Charlotte tinham conseguido se arrumarem sem mais problemas. No fim só depois das 8h30m foi que conseguimos colocar todas as malas no carro e entrarmos todos também. Foi só então que conseguimos sair.

  Essa coisa toda de estarmos os apenas nós cinco indo viajar me deixava muito animada, me sentir parte de uma família desse jeito, já fazia muito tempo que eu me sentia assim. Tia Sarah era a única que ainda me fazia sentir assim, mas mesmo com ela e sua família eu às vezes ainda me sentia uma estranha. Aqui com Price’s eu não me sentia mais assim. Sentia-me verdadeiramente parte da família e isso me deixava realmente feliz.

  Graças ao engarrafamento antes da primeira hora de viajem metade dos lanches tinham ido embora junto com a minha paciência para as briguinhas de Seth e Lottie. Estava prestes a dar outra bronca neles quando o celular de Ethan começou a tocar, ele deu uma olhada rápida para o aparelho e suspirou.

  - Livy, pode atender pra mim? – pediu para minha surpresa e eu sorri.

  - Claro - quando vi o nome na tela meu sorriso aumentou. – É sua mãe. Oi Susan.

  - Olivia? Oi!

  - Aconteceu alguma coisa?

  - Não, eu só liguei para perguntar se estavam bem. Como está a viajem? Já chegaram?

  - Estamos todos bem. A viajem está bem divertida e talvez um pouco barulhenta, mas ainda não chegamos. Estamos na estrada.

  - Bem, com três filhos dificilmente vão ter silêncio. Mas eu fico realmente feliz por você estar com eles.

  - Susan? – chamei sem entender.

  - Eu amo meus netos e meu filho e eles precisavam de alguém como você, Olivia. Um anjo para alegrar os dias deles, obrigada por ter aparecido e ficado.

  - Assim você me faz chorar e eu já chorei hoje – digo divertida, mas com um sorriso genuíno no rosto. Ethan me olha curioso diante de minhas palavras e eu acho graça.

  - Mas foram lágrimas de alegria ou tristeza? Por que tem muita diferença.

  - Alegria. Com certeza alegria, não se preocupe.

  - Enfim, era só isso, aproveitem! Se divirtam e namorem bastante! Quem sabe não me dão outro neto?

  - Susan! – disse sem acreditar e a ouvir rir, ela se despediu e eu desliguei o telefone.

  - O que minha mãe queria? – Ethan perguntou dando seta e mudando de faixa.

  - Perguntar se estávamos bem.

  - Só isso? – ele perguntou e eu sorri.

  - Mais ou menos.

  - Outro segredo?

  - Talvez – disse por fim divertida.

  Depois de quase uma hora ainda estávamos na estrada, as crianças estavam cansadas de ficar sentadas e eu também, graças ao calor e ao engarrafamento nossa viagem estava durando muito mais do que o esperado. Mas só depois de muito as crianças insistirem e eu finalmente falar que a gente tinha que parar que foi que Ethan concordou com a ideia, sua desculpa era que estávamos muito perto do resort para pararmos, mas as crianças precisavam comer e ir ao banheiro e eu também.

  - Ethan, por favor – disse já impaciente.

  - Só um minuto, eu... Droga! – exclamou quando um louco num carro mais rápido do que devia nos fechou. Ethan pisou no freio com tudo e fui com tudo para frente e apesar do cinto de segurança ter me apertado eu estava bem. Virei-me imediatamente para ver as crianças.

  - Vocês estão bem? – perguntei e todos disseram que sim. Molly apesar de um pouco assustada parecia bem também. – Está bem, Ethan?

  - Estou, e você? As crianças? – ele perguntou se virando para ver os filhos.

  - Estamos bem. Só vamos continuar, sim? E chegar de uma vez.

  - Sim, senhora – ele sorriu e deu partida no carro, mas nada aconteceu. Ethan tentou outra e outra vez, mas nada aconteceu.

  - Ethan? – chamei e ele me olhou meio perdido. – O que aconteceu?

  - O carro não quer ligar.

  - Como? – perguntei sem acreditar olhando pela janela, estávamos literalmente no meio do nada. Molly começou a chorar e eu sai do carro uma vez que estávamos perto do acostamento e não havia ninguém na rua.

  - Olivia! O que você está fazendo?

  - Indo pegar minha filha que está chorando no banco de trás uma vez que aparentemente nós não vamos a lugar nenhum – disse ironicamente abrindo a porta de trás e tirando Molly da cadeirinha e trazendo-a comigo. Seth que estava sentado do lado do acostamento saiu também.

  - Olivia o que aconteceu? – o pequeno pergunta.

  - Aparentemente o carro estragou – digo ninando Molly. Ethan continuava tentando ligá-lo, mas nada acontecia.

  - Livy! Eu quero fazer xixi! – Charlotte gritou ainda sentada no banco de trás.

  - Eu também quero ir no banheiro – Seth concordou e eu suspirei.

  - Ethan, isso vai demorar? – perguntei e o ouvi suspirar e sair do carro também.

   - Eu não sei, provavelmente – Ethan disse abrindo o capô, ele olhou lá dentro, mas a julgar pela sua expressão confusa ele não tinha ideia do que procurar.

  - Você sabe consertar carros? – perguntei só pra ter certeza, ele me olhou com um meio sorriso.

  - Não.

  - Ethan!

  - O quê?

  - Seus filhos querem ir ao banheiro!

  - Tem um restaurante a alguns metros – ele apontou para o telhado vermelho não muito longe. – Mas como vê não vai dar pra gente chegar até lá agora. Vou ver se a gente consegue um guincho.

  Charlotte reclamou mais uma vez que queria ir ao banheiro e quando Ethan encerrou sua ligação o encarei.

  - Ah nós vamos chegar lá sim, aqui, segure a Molly – pedi lhe entregando a bebê e fui até Charlotte tirá-la do banco de trás. Trouxe a pequena comigo e peguei Molly outra vez. – Lottie, me dê à mão – pedi e ela se apressou em fazer isso.

  - O que você está fazendo, Olivia? – Ethan perguntou e eu sorri.

  - Indo. As crianças querem ir ao banheiro e comer. Seth, pegue a bolsa da Molly, por favor, e venha aqui.

  - Indo pra onde? – Ethan insistiu e eu o olhei.

  - Para o restaurante, não sei se você sabe, mas se esperarmos mais, um desastre vai acontecer, e não estou falando do carro quebrado. Vem, Seth!

  - Ok! – ele respondeu me seguindo.

  - É serio isso vocês vão me deixar aqui? Até você, Seth?

  - Se eu não fizer isso vou levar bronca e quero ir no banheiro também, papai – o garotinho deu de ombros com a bolsa da irmã presa a ele.

  - Olivia? – Ethan tentou e eu sorri.

  - Até daqui a pouco – disse e nós começamos a andar.

  - Hei! Esperem, só vou fechar o carro! – Ethan disse meio segundo depois e eu sorri. Quando nos alcançou pegou a bolsa com Seth e colocou em se próprio ombro e pegou Lottie no colo. – Vamos?

  - Vamos, logo de uma vez.

  Ele nos acompanhou até o restaurante, mas no fim teve que voltar até o carro, por que o guincho ligou e quando ele apareceu não tinha ninguém lá. O concerto não demorou muito, mas quando o carro foi liberado já passava da uma da tarde então resolvemos almoçar no restaurante antes de seguirmos viajem. E felizmente depois disso não tivemos mais nenhuma surpresa e conseguimos chegar sem mais nenhum problema.

  O resort, pelo pouco que vi quando chegamos, era lindo. Coqueiros, árvores, jardins, até uma fonte. Fora é claro, as piscinas, quadras, SPA e tudo mais que eu tinha lido na internet que havia ali. Ethan estacionou o carro e os funcionários do hotel vieram nos ajudar. Peguei Molly, Ethan pegou a bolsa da bebê e ajudou Charlotte, Seth já havia descido e se juntou a mim. Quando as portas de vidro se abriram Lottie correu na frente e Seth foi atrás dela, eu suspirei.

  - Não corram! – gritei, mas foi em vão. Eu olhei para Ethan ao meu lado que sorria. – Ethan! Faz alguma coisa?

  - O quê? Amarrá-los? É o único jeito que fazê-los parar e sabe disso.

  - Pior que é verdade – murmurei e Ethan continuou a olhar as crianças mais a frente e sorrir, ele me olhou e seu sorriso aumentou.

  - Obrigado.

  - Pelo quê? – perguntei confusa.

  - Aparecer na minha vida me atropelando na entrevista de emprego e me manchando de batom. Desde desse dia minha vida melhorou de um jeito indiscutível. Na última vez em que vim aqui, há uns dois anos, eu já havia me separado, então vim sozinho, não trouxe nem as crianças, elas ficaram com a minha mãe, eu não era pai o suficiente para isso. Então nem aproveitar com meus filhos eu conseguia, então obrigado por isso, Olivia.

  - De nada, mas eu só dei o empurrão inicial, isso – eu apontei para Seth e Charlotte mais a frente. – É mérito seu.

  - Bem que eu queria que fosse. Mas é seu e da minha mãe e até da Brianna. Eu tenho pouco mérito nisso.

  - Duvido. Mas então as crianças nunca vieram aqui? – quis saber curiosa.

  - Já vieram, quando Charlotte era mais nova que Molly. Uma única vez, Evelyn na época ainda bancava a madrasta boazinha então era toda sorrisos. De qualquer for eu duvido que se lembrem. De qualquer forma, essa festa, não é todo ano que acontece.

  - Entendi, mas vamos logo antes das crianças destruírem o saguão.

  - Olivia? – Ethan me chamou e eu que tinha começado a me afastar parei e o olhei.

  - Sim?

  - Ninguém sabe sobre Molly. E sinceramente eu não queria ter que explicar exatamente como ela está aqui. Evelyn não fez questão dela então não quero nem mesmo associar minha bonequinha a ela. Pode me ajudar com isso?

  - Claro, é só não tocar no nome da ridícula da sua ex-mulher, certo? – perguntei e Ethan sorriu divertido colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

  - Eu estava pensando em outra coisa na verdade.

  - O quê?

  - Você disse ao Seth que era mãe dela, não disse? Assim como dele? – Ethan perguntou e eu corei assentindo. Talvez não fosse certo o que eu fiz, mas não me arrependia. – Então posso simplesmente dizer a todo mundo que é a mãe dela?

  - Você falando sério? – pergunto sem acreditar e ele suspira.

  - Tudo bem, você não precisa...

  - Hei! Calma – o seguro no lugar e sorrio olhando dele para a bebê no meu colo que me olha curiosa tentando mastigar meu colar. – Eu vou amar ser a mãe da Molly, mesmo que por um fim de semana.

  - Não precisa ser só por um fim de semana – Ethan disse sério e eu estava prestes a perguntar o que isso significava quando fomos interrompidos.

  - A Olivia vai ser a mãe da Molly? – Charlotte perguntou surgindo do nada com Seth logo atrás dela, ambos vermelhos de tanto correr. Eu e Ethan nos afastamos para olhá-los. – Então eu quero que ela seja minha também! Isso não é justo!

  - Hei, Lottie! Calma, se quiser posso ser sua mãe. Não precisa ficar brava – digo achando graça da situação. – Mas isso é só se você quiser.

  - Eu quero! Quero muito! Você pode ser mãe do Seth também, não é Livy? – ela perguntou animada ao passo que eu sorri, vi o garotinho atrás dela corar. Se a Lottie ao menos soubesse da conversa que eu e seu irmão tivemos hoje de manhã.

  - Claro, vou ser mãe de todo mundo, mas agora obedeçam, e não corram!

  - bom, mamãe! – Charlotte exclamou animada e eu sorri sem conseguir me conter, talvez fosse só uma brincadeira, um fim de semana, mas ainda assim eu estava amando cada minuto. Ouvi-la me chamar assim só me fez ainda mais feliz.

  Eu iria aproveitar tudo o que pudesse desses momentos preciosos com essa família maravilhosa que tinha ganhado meu coração.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo (por que eu amei! Principalmente as cenas do Seth e da Olivia ♥) e fiquem sabendo que essa viagem está só começando e prometo que vai ser bem divertida!
Comentem!
Beijocas e até, Lelly ♥



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