Cicatrizes escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 1
Cicatrizes




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Eu nunca pensei que você seria aquele a segurar o meu coração
       Mas você apareceu e me tirou do chão desde o começo

(Arms- Christina Perri)

Tudo que se vê não é

Igual ao que a gente

Viu há um segundo

Tudo muda o tempo todo no mundo

(Como uma Onda- Lulu Santos)

 

Muitas vezes a guerra é necessária para que se tenha paz, outras vezes não.

Mais sem que todos soubessem, a Grande Guerra fora necessária para que muitos que antes se sentiam acuados e com medo pudessem se erguer e soltar o grito de bravura que se encontrava preso em suas gargantas, para outros a Grande Guerra foi algo ruim, algo que eles sabiam que aconteceriam mais rezavam para todos os deuses que não acontecesse, mais para alguns a Grande guerra foi uma maldição, algo que carregavam suas almas e muitas vezes em seus próprios corpos.

Cicatrizes adquiridas e que faziam partes da pequena e muitas vezes publica coleção, muitos carregavam cicatrizes em seus corpos, marcas avermelhadas, outras brancas quase pálidas que apenas decoravam seus corpos lhes lembrando talvez das sessões de tortura ou até mesmo da guerra em si, muitos as carregavam com orgulho.

Algo que para muitos é normal, soldados carregam suas cicatrizes para se lembrarem da própria bravura muitas vezes as mantem como homenagem a um amigo que se sacrificará por ele, mais para muitos as cicatrizes são lembranças do horror vivido, um horror que lhe fora cravado na pele e banhado muitas vezes em sal para curar a ferida, outras vezes apenas para causar ainda mais dor a pobre alma quebrada.

E ali estava Hermione com sua cicatriz oculta, a cicatriz que a jovem carregava não era apenas a marca em seu braço que lhe lembraria para toda vida o horror, mais sim na alma, a jovem- pobre alma- virá o horror de perto, vira amigos morrerem, amores se desfazerem, mães perderem seus filhos, filhos perderem mães e pais, algo que a quebrara.

Algo que lhe mostrara que em meio à guerra muitas vezes pessoas sãs enlouquecem, suas almas se quebravam e seus cacos cortantes se encontram espalhados ao seu redor, ela conseguia se lembrar dos documentários que vira sobre as Grandes Guerras Trouxas, como elas dizimaram povos, fizeram pessoas abandonarem seus lares, crianças morrem.

—Eles não são tão diferentes assim de nós— Foi isso que a jovem moça disse enquanto observava o céu cinzento da Cinzenta Londres pela alta janela de seu apartamento.

A jovem moça apenas fica ali parada com os braços ao redor do corpo como se estivesse se protegendo do frio que se encontrava do lado de fora, mais o que ela estava fazendo na verdade era se proteger das cicatrizes que carregava em seu coração, das dores que lhe tomavam a alma nas noites frias do invernos, dos pesadelos que lhe assombravam mesmo com o passar dos anos.

Poderia passar anos, décadas, milênios as cicatrizes da Grande Guerra ainda estariam ali, eram monumentos erguidos para os que morreram na Guerras, eram as pessoas sãs que enlouqueceram, eram os museus erguidos nos destroços, tudo isso eram cicatrizes que lembrariam sempre que ela participou da Grande Guerra.

Que ela esteve do lado do Bem, virá de perto a dor e desespero.

Ela também viu a luz, mais a luz naquela época era tão fraca que parecia mais um farol para os que estavam se afogando, porque eles eram os únicos que a viam.

Hermione suspira enquanto ergue a mão até a pequena mecha de cabelo que se encontra a deslizar por sua têmpora, ela a leva para trás da orelha enquanto que com seus olhos da cor do ouro observava a neve deslizando pelo ar em pequenos redemoinhos em direção ao infinito.

—No final sempre era o inverno que nos fará companhia. —A jovem diz enquanto que com sua varinha erguida desliza pelo ar em um pequeno circulo esquentando o ambiente.

Foi num dia de inverno, o qual a mesma não se lembrava qual, que ela o viu.

Sobretudo preto, cabelos platinados e claro... Os olhos.

Tão tempestuosos que pareciam que faziam parte do ambiente, ela o viu andar entre aquelas pessoas com passos decididos, ele podia ter lutado do outro lado mais mesmo assim ainda era um Malfoy.

Um homem que não tivera escolha...

Não, um menino que vira sua mãe ser morta enquanto que suas lagrimas se misturavam com o sangue que ainda manchava as mãos do jovem homem, ninguém nunca soube de verdade o que aconteceu naquela sala, só sabia que o Pequeno Malfoy não teve escolha.

O jovem homem que nunca teve escolha ao não ser seguir sem abrir os olhos as regras do sangue, ele desde de pequeno fora treinado para ser o melhor e foi.

Foi o melhor general.

Foi o melhor Comensal da Morte.

Foi aquele que carregou a marca sem poder se orgulhar porque no final ele não teve escolha ao não ser um cego que seguia as ordens sem perguntar.

Hermione sabia que para ele seguir ordens nunca foi algo fácil e nunca seria, ele era um líder nato.

Alguém que tinha o poder de liderar massas de pessoas sem praguejar.

Mais no final ele não pode liderar, porque ele estava sendo liderado sem escolha.

 

Foi num dia de inverno que as coisas começaram a fazer sentindo para aquela jovem moça, talvez tenha sido no dia 3 de novembro ou quem sabe no Natal, ela não saberia lhe dizer se caso perguntasse.

Mais foi nesse dia desconhecido que ela o reencontrou.

A neve caia como um pequeno manto frio em suas cabeças, suas mãos estavam cobertas por suas luvas vermelhas enquanto que as dele estavam cobertas por luvas de couro negro, suas vestes negras estavam com pequenos flocos de neve grudados nelas, mais ainda assim ele ainda parecia elegante a ponto de todos que o viam se virassem para olha-lo.

Ele andava como se estivesse sozinho, sua elegância era algo solitário porque ele aprendeu a caminhar sozinho, mais assim que ele sentira que estava sendo observado apenas erguera a cabeça dando de cara com olhos dourados que o examinavam.

Que tentavam desvendar os segredos que aqueles olhos tempestuosos escondiam, mais a única coisa que a jovem moça receberá fora um sorriso de lado, algo que não se via nos lábios carmesins do jovem loiro há anos.

A jovem ainda se encontrava parada olhando para o homem loiro enquanto que nas suas costas pequenas luzes piscavam como um farol.

Ela apenas lhe ofereça um sorriso enquanto que caminhava na direção do mesmo, ele apenas fica a esperar que ela chega até o mesmo. Não existia ali naquele momento Tempo, Hora, Minutos, Segundos, porque foi naquela hora em que tudo fez sentido.

Os olhares que ambos compartilharam enquanto que a jovem moça de cabelos cheios caminhava até ele, o sorriso de lado que o mesmo lhe ofereceu e a mão.

Há mão gelada como o inverno mais protegida pela luva de couro que lhe fora estendida enquanto que a mesma apenas deslizava a palma da mão naquele tecido enquanto que o mesmo fecha a mão ao redor da dela.

—Estive te esperando. —Ela disse enquanto a neve deslizava ao redor deles, fazendo com que eles vissem pequenos pontos brancos entre os mesmos.

—Eu sei. —Ele diz enquanto apenas lhe oferece um sorriso de lado, mais seus olhos tempestuosos estavam frios, não existia outra estação naqueles olhos.

Seria sempre o inverno naqueles olhos tempestuosos.

 

Foi num dia de inverno que a jovem moça virá pela primeira vez as cicatrizes que contornavam o corpo e a alma do jovem loiro.

A neve já tinha deixado de cair a muito tempo atrás, mais para a jovem moça de cabelos castanhos parecia que a neve ainda caia do lado de fora do café, porque a única coisa que a mesma via era a tempestade que se formava dentro dela nessa época, não era uma época boa para o mundo Bruxo.

Nunca seria e por isso a jovem apenas levará a xicara de chá de hortelã aos lábios enquanto que observava pelo vidro da cafeteria as pessoas deslizando entre si de cabeça baixa, com os ombros curvados, como se estivessem com medo.

Não era medo, era apenas saudade.

Fora isso que ela pensou enquanto virá uma jovem morena caminhar entre as pessoas ali com um pequeno buque de flores virginais acompanhada por uma pequena menina que olhava a tudo com curiosidade sem saber que estava indo em direção ao tumulo do próprio pai morto pelo avô.

Suspirado a mesma deixa com que a xicara de chá fumegante descanse na mesa enquanto que com suas mãos de unhas muito bem-feitas folheia o Jornal Bruxo que fora deixado da mesa ao lado.

Era reportagens sobre os heróis da Guerra, sobre a mesma, como ela enfrentou o Mal reencarnado, mais eles esqueceram de algo...Das cicatrizes que ficara nela, ninguém queria tocar no assunto da cicatriz que a mesma tinha na alma, preferiam tocar no assunto da cicatriz que a mesma tinha no braço.

Uma cicatriz feita com magia, a qual a mesma não queria tirar, não porque a mesma achava bonita, passava bem longe disso, mais sim porque lhe lembrava o que ela passou.

Era sua marca de guerra a qual a mesma não sentira vergonha de mostrar, porque ela sabia que ela era sim uma Sangue-Ruim, uma mestiça, uma jovem que só descobrira sobre a magia quando já estava quase colocando os pés no Mundo Bruxo.

E ela tinha orgulho de ser mestiça, de ser filha de dois dentistas, de ser a jovem Mestiça mais Inteligente da Sua Geração e nada disso a faria deixar de se orgulhar.

Porque ela era tudo isso e um pouco mais.

—Desculpe-me, estou atrasado. —Uma voz masculina rouca lhe diz enquanto que a mesma apenas pisca os olhos enquanto abaixa a folha amarelada do jornal e olha para o jovem loiro que se encontrava na sua frente.

Seus ombros estavam curvados e sua face antes tão obscura como o céu no inverno se encontrava torturada, como se algo o torturasse de dentro para fora, como se algo lhe corroesse a alma.

—Tudo bem. —A jovem moça diz enquanto pega a xicara de chá que naquele momento se encontrava fria e com sua varinha a deixa outra vez quente. —Está tudo bem? —Ela pergunta enquanto leva a xicara aos lábios tentando fazer com que a pergunta fosse apenas algo normal entre eles.

Não como se ela estivesse preocupada com os olhares gelados do mesmo e nem mesmo com o fato dele ter coloca ambas as mãos em cima da mesa enquanto que com seus dedos finos e pálidos batucavam a mesa.

—Sim, está tudo bem. —Ele diz com um pequeno sorriso contido.

Essa época do ano não era fácil para eles, não era necessário que o mesmo disse.

A jovem sabia que para ele era mais difícil porque o julgamento nessa época se tornavam comum, as ofensas ocultas, os olhares atravessados e o olhar de nojo que lhe eram dirigidos eram mais fortes nessa época do ano.

Suspirando o jovem loiro virá o rosto e passa a observar a paisagem do lado de fora, as pessoas caminhado em direção aos seus destinos, outros caminhavam com suas cabeças baixas como se estivessem quebrados o bastante para erguerem as cabeças e enfrentar o dia.

—Bom dia, o que o senhor deseja? —Uma voz feminina enjoativa e com um tom de sarcasmo diz.

—Um Bubble Tea de chá Inglês com Hortelã. —O jovem loiro diz sem olhar para a mulher que se encontrava ao seu lado anotando o pedido como se estivesse assinando sua própria sentença de morte.

A jovem moça de cabelos cacheados apenas observa a tudo sem se envolver, ela sabe que o jovem loiro não ia querer sua ajuda.

 Hermione sabia que Draco nunca deixaria com que ela visse seu pior lado e nem mesmo suas cicatrizes que carregava na alma, porque ele estava aprendendo a lidar com elas sozinho, porque por quase três anos o jovem loiro teve que enfrentar de frente seus próprios pesadelos sozinho.

Então ela apareceu como sol no final do inverno, o deixando quente com seu toque, lhe dando palpitações quando a mesma o olhava, o deixando bobo quando ela lhe dizia com todas as letras que o amava.

Foi naquele dia naquela cafeteria no Beco que ambos se desnudaram de suas próprias crenças e preconceitos.

 Foi com um sorriso que ambos enfim entenderam que cicatrizes eram parte deles.

 

Foi num dia de Outono que Draco enfim soube de verdade que suas cicatrizes não lhe impediam de ser feliz, porque quando ele a olhava era como se tudo que aconteceu no passado ficasse lá.

O passado não era tão distante assim, ainda lhe assombraria nas noites frias e ainda se encontrariam em sua pele porque ele tinha as cicatrizes que lhe lembrariam de tudo, mais ele também teria a luz.

A luz em forma de Hermione que com seus raios quentes lhe tomaram em seus braços quentes, o esquentando enquanto que o mesmo se deixava levar, se deixava sentir que o inverno poderia sim ser deixado para trás mesmo se fizesse parte dele.

O jovem loiro apenas suspira enquanto tenta manter a própria sanidade que ele tanto lutou para manter, essa sanidade que com tudo que ele podia agarrou como se fosse um bote de salva-vidas em meio a Grande Guerra.

—Você tem certeza disso? — A jovem morena que se encontrava na frente do mesmo pergunta enquanto que com um pequeno guardanapo limpa a boca da pequena Lily que com seus olhos verdes examina o ambiente que se encontrava.

—Sim. —Ele diz enquanto suspira, não era necessário que seus amigos lhe dissessem que aquilo era uma loucura.

Uma loucura que parecia para o mesmo fazer todo o sentido, ele tinha tomado a decisão talvez em um momento de insanidade, mais para si fazia todo o sentido.

—Tá legal que os preconceitos não são tão fortes assim, mais você tá preparado para lidar com as fofocas? —A jovem pergunta enquanto deixa com que a pequena menina brinque com a ponta de seu longo cabelo.

—Sim, eu sempre lidei com fofocas, não se esqueça disso, sei como lidar.

—Não é disso que estou falando, Draco. Você sabe não será fácil, será uma caminhada com muitos obstáculos pela frente, pessoas que não terão medo de lhe dizer o que pensam na sua cara, e ela, Draco? Como será para Grande Heroína da Guerra? —A jovem pergunta enquanto observa o jovem homem na sua frente. —Você já pensou como seria esse relacionamento? Como ele será visto pela sociedade Bruxa? Você sabe que foi sua tia quem quebrou a Hermione, você sabe que todos lhe julgaram por isso.

—Sim, eu sei. Mais como eu também que não sou ela. Nunca quis participar da guerra. Se pudéssemos voltar no tempo eu faria tudo diferente para salvar a minha mãe, não sacrificaria toda a minha vida.

—Mais no final o sacrifício foi o que te manteve sã.

—Sim, foi pela minha mãe que me mantive sã em meio a toda aquela loucura, tenho as cicatrizes que me lembraram para toda a vida o que eu fiz, mais também terei a imagem de minha mãe morta em minha mente me lembrando que no final eu não podia fazer uma escolha sem ter uma cicatriz.

—Toda ação tem uma reação.

—Sim, toda ação tem uma reação. —Draco sussurra enquanto desliza a mão pela pele oculta pela jaqueta negra de couro.

Ali oculto, escondido como um segredo sujo estava a marca.

Uma marca que assim como Hermione, o jovem loiro não quis que fosse retirada, porque mesmo se quisesse ela fora gravada em ferro em sua pele, ele apenas a mantinha ali oculta, mais quando se olhava no espelho seus olhos se voltavam para a marca em seu pulso.

Ela era a lembrança de que ele um dia fez uma escolha errada e se arrependerá.

 

 

O céu da fria Londres naquele momento se encontrava cinzento e chuvoso, mais a jovem morena ainda se encontrava ali parada olhando o céu que lhe lembrava e muito os olhos tempestuosos do Loiro.

Com um pequeno sorriso nos lábios a jovem se virá assim que ouve o barulho da chave na fechadura, seu sorriso lhe chega aos olhos como se pequenas estrelas cintilantes estivessem ali.

—Mãe, tá muito frio lá fora. —A pequena menina loiro diz enquanto se treme toda dentro do sobretudo do pai que naquele momento se encontrava do lado da pequena garota com um sorriso nos lábios.

—Vá, trocar de roupa, Cissa. —Hermione diz enquanto observa seu marido retirar o paletó e pegar a blusa de lá quentinha que a jovem morena tinha deixado ali para o mesmo.

Hermione sabia dos pequenos costumes de Draco, assim como ele sabia dos dela.

Muitas vezes ambos tinham que lidar com pequenas fofocas que surgiam a todo momento sobre ambos a quase cinco anos.

—Olá, querida. —Draco diz enquanto puxa as mangas da blusa de lá até os cotovelos, ela conseguia ver a marca negra ali quase apagada mais ainda era visível.

—Olá, querido, como foi na Empresa? —Hermione pergunta enquanto o mesmo caminha na sua direção, seus passos como de um predador, sua face limpa como um dia de verão.

—Um tedio. —Ele responde enquanto a abraça por trás, ele descansa a cabeça contra a curva do pescoço da mesma enquanto que ela com suas mãos descansadas em cima dos braços musculosos dele. —Nunca fiquei tanto tempo longe de você.

—Sim, eu sei, mais foi por uma boa causa . —Hermione diz enquanto se vira dentro daquele abraço e com suas mãos em seu pescoço sorri para o esposo que apenas lhe dá um pequeno beijo na testa.

— Eu sei, mais ainda assim senti sua falta. —Ele diz enquanto a abraça mais ainda.

Foi num dia de Inverno com a neve caindo do lado de fora entre os braços do homem que a ela aprendera a amar, ele pode ter a xingado no passado, mais como o mesmo lhe dissesse uma vez...

O passado me ensinou que podemos nos arrepender do que fizermos no presente, o presente me ensinou que posso ama-la por ser quem é sem medo, sem preconceitos.

A neve naquele momento caia como um manto mais ambos se encontravam olhando um para o outro se lembrando de todas as coisas que enfrentaram, não saberiam lhe dizer quando foi que começaram a se apaixonar.

Será que foi naquele dia de inverno com a neve caindo do lado de fora? Ou quem sabe num dia de Outuno? Não importava qual fosse a estação.

Porque no final as cicatrizes lhes mostraram que não eram tão diferentes assim, poderiam terem lutado de lado diferentes, por objetivos opostos mais eram tão iguais que ainda carregavam suas cicatrizes em seus corpos e em suas almas.

Mais um estava ali pelo outro, Hermione estava ali para mostrar para Draco que em meio a toda uma escuridão que lhe rodeia ainda existe luz, Draco estava ali para mostrar que mesmo em meio a Guerra algumas pessoas tem que sacrificar o que lhe são mais importantes.

—Eu te amo. —A jovem diz enquanto se inclina e lhe dá um beijo nos lábios e desliza as mãos pelos braços marcados de cicatrizes como se fosse uma obra de arte.

—Eu também te amo. —Ele diz enquanto toca delicadamente a cicatriz em seu pulso. —Você me salvou, Obrigado Hermione. –Draco diz enquanto pega o pulso da mesma e beija a cicatriz que ali se encontravam.

—Ambos nos salvamos porque no final ambos descobrimos que mesmo quebrados podemos ser fortes. —A jovem diz enquanto lhe dá um pequeno beijo no queixo. —Eu preciso lhe agradecer por estar lá quando ninguém pode ver minha alma cheia de cicatrizes, você foi o único que viu.

—Somos iguais querida. Ambos nossos quebrados e cheios de cicatrizes. —Ele diz enquanto a olha fundo. —Podemos ser quebrados mais fizemos a coisa mais linda e perfeita do mundo.

—Mãe, pai. —A pequena menina loira diz enquanto volta para a sala com um pequeno gorro natalino a cabeça e com sua roupa de balé.

—Bem, em breve talvez tenhamos outra. —Hermione diz enquanto que o jovem loiro apenas a olha para logo em seguida a puxar para si e lhe beijar.

Não era necessário palavras entre eles, seus olhares eram o que bastava, seus sorrisos.

 

“Somos quebrados, mais quem não é?”  


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