Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 14
We are under the same sky.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Que saudades daqui, espero que ainda estejam acompanhando, me desculpem, prometo explicar no próximo capítulo.

Gente, assunto sério. Vocês estão se cuidando? Se cuidem, saiam o mínimo possível de casa. ♡



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Estava tão perto de Elliot, de uma maneira que eu nunca fiquei com outra pessoa. – Suas mãos tocaram com suavidade as minhas, que ainda permaneciam em seu rosto.

Só neste momento me dei conta de que, por mais que tenha tomado a decisão de beija-lo, eu ainda não havia feito isso. Nem mesmo me movi quebrando a pouca distância entre nós, congelei ali.

Seus olhos procuraram os meus, e notei a pequena confusão que se formava ali. – Comecei a cair na realidade e sentia meu rosto esquentar de vergonha.

Céus! Eu realmente ia beija-lo. – Nem mesmo sabia se ele queria isso.

Minhas mãos escorregaram do seu rosto, enquanto me sentia constrangida e idiota.

Fiz menção em me afastar dele, mas Elliot segurou minhas mãos, me fazendo permanecer onde estava. – Sentia seus dedos entrelaçarem nos meus. – Meu coração bateu tão forte que parecia que subiria pela minha garganta.

O que ele estava fazendo?

— Você está bem? – indagou preocupado.

— Estou. – Minha voz saiu como um sussurro.

— Quer sair daqui?

— O que? – agora eu o olhava com confusão.

— May! Até que enfim te achei... – Izzie adentrou a área aberta com um olhar de preocupação. – Elliot... – Ela lançou um olhar confuso pra mim, mas logo se normalizou.

 

Nós afastamos tão bruscamente quando escutei a voz dela, Izzie não poderia ter visto.

— Izzie a gente...

— Imaginei que você estivesse mal pelo Guss ter se candidatado com a Lindsay... – Izzie me olhou e sabia o quanto ela estava irritada com o irmão.

Só aí me lembrei do grêmio, do porquê eu e Elliot estávamos aqui sozinhos. – Sai com tanta pressa e raiva do auditório, assim que vi Guss subindo naquele palco ao lado da Lindsay e concorrendo contra nossa chapa. – Mas tudo isso ficou pra trás quando olhei nos olhos do Elliot, quando estávamos próximos tudo isso simplesmente sumiu.

— Não imaginei que meu irmão fosse descer tão baixo pela Lindsay! Todo mundo sabe que ela odeia essa coisa toda do grêmio! Está fazendo isso só pra fazer vocês perderem... – Izzie começou a falar com tanta irritação que ela parecia uma criança raivosa.

Agradeci que pelo menos ela não notou o que havia acontecido a poucos minutos atrás. – Olhei rapidamente para ele, e Elliot parecia normalmente calmo, o contrário de mim.

— Pensei que você estaria realmente mal com o que Guss fez. – Izzie disse.

— Ela ficou muito mal, por isso vim atrás dela. – Elliot enfim disse algo, Izzie olhava para nós dois. – Seu irmão é um babaca.

— Eu sei! – Ela concordou prontamente. – Pretendo acabar com ele.

— Izzie... Se Guss se importasse ele não teria feito isso. – falei suavemente. E por mais doloroso que isso fosse, era verdade.

Os dois ficaram em silêncio, e isso já era constrangedor demais.

— Vou pra casa. – falei lançando um olhar para Elliot. Queria tanto ter respondido que gostaria de sair daqui com ele, mas acho que o melhor era eu ir pra casa.

— Vou com você. – Izzie falou.

— Tchau Elliot. – lancei um último olhar a ele antes de sair dali.

— Até mais, Rose May. – Ele me olhou de maneira indecifrável.

Izzie falou durante todo caminho, enquanto eu apenas permanecia calada, imersa em meus pensamentos. – Absorvida no breve momento com Elliot.

Me perguntava com preocupação como as coisas ficariam entre nós dois agora. – Porque isso era diferente. Deixei tão claro quanto a água mais cristalina que o beijaria.

E se ele não quisesse? – Até porque, não consigo imaginar alguém como ele querendo me beijar.

Só de pensar em encarar Elliot na segunda feira, meu rosto pegava fogo de vergonha.

— May? Você está realmente mal, não é? – Izzie indagou assim que paramos em frente à minha casa.

— O que? Não... Eu estou bem.

— Você não disse uma palavra desde que saímos da escola. – Izzie me lançou um olhar preocupado. – Nossa, vou matar o Guss por ter feito isso com você. – Ela achava que o motivo principal do meu silêncio era o que Guss havia feito, mas na verdade não. Uma grande parte de mim preferia que Izzie continuasse achando isso.

E foi exatamente por isso que não disse nada. Apenas me despedi abraçando-a demoradamente.

As horas já haviam se passado, e a noite caiu. – Meus pensamentos continuavam a me levar até ele. – Por mais que agora, eu já não quisesse mais reviver o momento.

Me sentia envergonhada por aquilo.

Izzie me mandou várias mensagens dizendo que havia acabado com Guss em uma discussão em que apenas ela gritou com ele. – Já Guss, me ligou algumas vezes, e eu apenas o ignorei, e também suas mensagens me pedindo desculpas e dizendo que em explicaria tudo.

Guss sabia o quanto o grêmio era importante pra mim, e mesmo assim ficou do lado da Lindsay. – Ele tinha consciência de que nessa disputa, minha chapa com certeza perderia.

Meu celular vibrou mais uma vez e eu bufei irritada ao ver mais uma mensagem do Guss acender na tela.

“Só me deixei te explicar, May. Sei que não mereço essa chance, mas por favor.”— Guss.

Joguei o aparelho contra a cama com raiva. – Como ele ainda tem coragem?

O celular vibrou mais uma vez, e perdi a paciência. – Peguei ele decidida a mandar Guss para o inferno.

“Rose May?”— Elliot.

Meu coração acelerou vendo o visor do celular. – Mordi o lábio nervosa, imaginando o que responder, o que ele queria?

“Ei, oi?!”— Rose May.

Fiquei fitando minha mensagem, esperando uma resposta dele. – Não larguei o celular até ver a resposta chegar.

“Como está? Espero que melhor do que hoje de dia.”— Elliot.

Notei que ele apenas se referiu ao que aconteceu com o grêmio, com Guss.

Me perguntava se ele citaria o que houve entre nós dois. – Na verdade, não houve nada, mas ele percebeu o que eu faria, certo?!

Estou bem. Obrigada por ter ido atrás de mim.” – Rose May.

Será que ele acharia que eu estava querendo entrar naquele assunto?

A todo momento sentia meu coração bater forte. – O nervosismo enquanto olhava pra tela do celular me consumia.

“Posso te ligar?”— Elliot.

A mensagem surgiu quase cinco minutos depois. – Li mais de uma vez antes de responder.

Meu Deus, o que será que ele queria comigo? – E se ele falasse sobre aquilo que quase aconteceu?

Sim.” – Rose May.

Digitei com a mão trêmula. – Esperei por uns quinze minutos com o celular na mão. – Elliot não havia mandado mais mensagem, e nem ligado.

Me senti frustrada e assim que larguei o celular o ouvi vibrar. – Era ele.

Respeitei fundo antes de atender. – É só agir com calma, não fala nada idiota.

— Alô?

— E aí, desculpa ter demorado, estava esperando meu irmão dormir...

— Você tem um irmão? – indaguei surpresa.

— Sim – Elliot riu e comecei a me sentir mais confortável. – Ele tem dez anos.

— Nunca imaginei... – comentei.

— Não dá pra imaginar esse tipo de coisa. – Ele retrucou ainda rindo do outro lado da linha.

Conversamos coisas aleatórias durante alguns minutos, até ele me pedir pra ir até minha janela.

— Você não está aqui em baixo né?! – perguntei brincando.

— Talvez. – Ele devolveu a resposta no mesmo tom. – Olha para o céu...

Assim fiz quando cheguei perto da janela, me certifiquei de que ele realmente não estava lá. – Apesar de saber que era apenas brincadeira.

Me surpreendendo, Elliot começou a falar sobre as estrelas, galáxias e planetas. – Descobri o quanto ele gostava de astronomia, e ele disse que até mesmo fazia um curso online. Mas só se interessou pelo céu depois de começar a fotografar as coisas, e as estrelas eram as preferidas da lente da câmera dele.

— É isso que você pretende cursar? – perguntei quando ele havia acabado de me explicar algo referente a fotografar.

— Talvez. Gosto de muitas coisas.

— Mas você parece amar fotografia. – pontuei.

— Rose May e o amor... – escutei sua risada do outro lado da linha.

— Elliot e sua teoria de que o amor não existe. – entrei na onda dele o fazendo rir.

Ficamos em silêncio durante alguns minutos, e não era constrangedor, era reconfortante e me deixava a vontade.

— Estamos sob o mesmo céu. – Elliot disse.

— Estamos.

Conversamos durante mais algum tempo, até nos darmos conta de que já havia se passado quase duas horas.

— Tenho que dormir... – falei fitando o teto com o celular contra meu ouvido, escutando a voz reconfortante dele.

— Eu também.

— Então... Boa noite?!

— Boa noite. – Mas nenhum de nós dois desligou. Continuamos na linha apenas em silêncio.

Até eu não saber mais se estava sonhando, ou se era realidade.

Quando acordei notei que tinha rolado por cima do celular. – A recordação dos eventos de ontem vieram a minha cabeça. – E tudo o que eu conseguia pensar era em Elliot.

Peguei o celular e olhei o visor. – Izzie me chamando para ir até a lanchonete mais tarde. E mais nenhuma outra mensagem.

O sábado passou rápido, e eu sempre verificava o celular, mas nada dele. – Izzie chegou por volta das oito da noite.

Apertei meu casaco contra meu corpo enquanto caminhávamos até a lanchonete, a noite era fria.

Izzie falou mal do Guss até não poder mais, e tudo o que eu fazia era concordar. – Até porque, também estava morrendo de raiva dele.

Adentramos a lanchonete e sentamos nos nossos lugares de costume. – Fizemos os nossos pedidos e jogamos conversa fora. – Não falei nada sobre o Elliot para ela. Achei melhor deixar as coisas assim, por enquanto.

Vi o rosto de Izzie ficar vermelho quando escutei a porta do local bater, Briana entrou e olhou em nossa direção.

Ela estava aparentemente sozinha, alguns segundos se passaram, até que ela caminhasse até nós.

— May, Izzie. – cumprimentou sorrindo.

— Oi. – sorri com sinceridade pra ela.

— Briana. – Izzie nem conseguia sorrir direito, de tão nervosa que estava.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós, entre elas, pra ser sincera. – Já que as duas se olhavam.

— Quer se juntar a gente? – indaguei, Izzie arregalou os olhos, espantada.

— Ah... – Briana parecia constrangida também. – Pode ser.

Ela se sentou e fez seu pedido. – A conversa surgiu aos poucos até nós três estarmos rindo.

As duas estavam claramente apaixonadas. – E isso era tão bonito de ver. O jeito que Izzie ficava com vergonha perto da Briana.

Torcia para que o envolvimento que Izzie teve com o irmão da Briana não as impedisse de ficar juntas.

Na volta pra casa ela era só sorrisos. – Fiquei tão feliz de vê-la assim.

— Obrigada por ter chamado ela pra se juntar a nós, eu não teria tido coragem. – Ela me agradeceu antes de nos abraçarmos.

— Só fiz o que qualquer amiga faria. – sorri pra ela.

Entrei em casa depois de ver Izzie seguir pela rua.

Verifiquei o celular e vi duas mensagens na tela.

Não pode me ignorar pra sempre!”— Guss.

Mais uma noite? Queria ouvir sua voz.” – Elliot.

A segunda mensagem me fez sorrir. – Fazia cerca de meia hora que ele havia me mandado mensagem.

Claro, só me ligar” – Rose May.

Esperei por alguns minutos até ouvir a voz dele. – Meu coração batia acelerado, e não pude evitar sorrir.

Passamos mais uma noite conversando, mas dessa vez, não peguei no sono. – Elliot me contou que trabalhava em uma loja nos finais de semana para ajudar a mãe – que era enfermeira.

— Vai ser ótimo para o seu currículo na universidade. – comentei contente por ele. – Pretendo arrumar um emprego no verão também.

— Sim, espero que consiga.

Falamos de tantas coisas, e ele me fazia rir durante tanto tempo. – Não conseguia pensar em mais nada naquele momento.

Quando a ligação se encerrou não sabia exatamente o que estava sentindo.

Passei todo o domingo esperando que a noite chegasse, para que mais uma vez ele pudesse me ligar. E assim aconteceu.

Só que dessa vez Elliot me ligou um pouco mais cedo. – Meu corpo estava deitado no colchão confortável da minha cama, enquanto eu escutava ele dar seu ponto de vista sobre o livro Frankenstein. – Minha atenção estava totalmente voltada pra ele, quando escutei batidas na porta.

— Espera um pouco Elliot. – pedi enquanto me levantava da cama.

Deixei o celular sob o colchão e atendi a porta.

— May, o Guss está aqui. – minha mãe disse.

— O Guss? – indaguei surpresa. – Eu já desço mãe.

Fui até o celular – E por algum motivo pedia mentalmente para que ele não tivesse ouvido que Guss estava aqui.

— Vou ter que desligar...

— Ah, tudo bem. – notei um tom quase imperceptível de decepção em sua voz.

— Até amanhã, no Colégio então? – indaguei.

— Até, Rose May.


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente ♡

Desculpe se houve erros, as vezes passa na hora que estou corrigindo.

Saudades de vocês, não vou demorar!

Beijos ♡



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