Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 12
You're really romantic.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

Desculpe se houver algum erro, eu tô um pouquinho doente, mas nada grave.

Boa leitura!



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“Você acredita no amor?”— de todas as perguntas possíveis no mundo, eu realmente não esperava que ele me fizesse essa.

— O que? – digo pensando não ter ouvido direto.

— Vai me fazer repetir?

Mordo o lábio inferior pensando no que ele havia falado. – Elliot me observava, seu olhar fitou meus lábios e depois voltou para os meus olhos. – Pareciam mais intensos.

— Se eu acredito...? – fiz uma pausa enquanto ele me olhava atento. – Bom... eu acho que sim, acho que acredito... – Ele parecia pensar em algo depois que respondi. – E você?

Ele sorriu pra mim – Elliot úmideceu os lábios antes de me responder.

— Não. – disse com orgulho. Como se tivesse acertado uma importante questão.

— Não?!

— Não. Acredito que as pessoas se atraem fisicamente, e se desejam... Mas acham que isso é amor, e aí quando a atração física acaba, elas simplesmente se magoam. – diz com convicção.

Olhei surpresa pra ele. – Não sabia que ele pensava desse jeito.

— Como pode dizer essas coisas? – pergunto. – É claro que em muitos casos acontece somente uma atração física, mas dizer que o amor não existe?!

— Não disse que não existe. Eu disse que não acredito. – fala com tranquilidade. – É ridículo como as pessoas idealizam isso como um objetivo de vida!

— Quase todo mundo, exceto você e mais alguém que pense assim, quer viver um amor, uma paixão ardente. – falo me lembrando de Darcy e Elizabeth, de Orgulho e Preconceito.

— Sério?! Viu como é ridículo! – rebateu me fazendo olhar com irritação pra ele. – As pessoas não querem um amor, ou uma paixão ardente, elas querem sexo, Rose May.

— Isso é tão depravado! – digo fazendo ele rir.

— É a verdade. Se as pessoas fossem honestas e falassem exatamente o que querem umas com as outras, não estariam sofrendo por “amor”.

— Exatamente? Então é isso que você faz com as garotas? – indaguei sem pensar e logo havia me arrependido da pergunta.

— Sou honesto com as garotas com que saio. – respondeu com naturalidade. – Preferia que as iludisse dizendo que as amo?! Digo o que quero, e se elas quiserem... – Ele sorriu com malícia e eu revirei os olhos.

— Isso parece muito ruim!

— Ruim?! Não. Na verdade todas as partes ficam satisfeitas e com seus sentimentos intactos.

— Então eu tinha razão, isso é realmente ruim!

— É ruim pra você que acredita no amor. – Ele riu.

— Então você nunca se apaixonou? Nenhuma vez?

— Não preciso perguntar se você já, certo?! – devolveu a pergunta.

Sabia que se referia a Guss. Já que havia me visto chorando por isso. – Me sinto constrangida e mexo com impaciência no cabelo pensando em como responde-lo.

— Errado. – falo fazendo ele rir.

— Mentirosa! – diz olhando-me.

— Ah cala boca vai! – rebato com impaciência querendo encerrar aquele assunto. – Agora eu preciso ir. Até mais, Elliot. – me viro de costas e caminho até a porta da minha casa.

Assim que entro vejo minha mãe na janela. – Ela tentou disfarçar, mas não conseguiu.

— Você estava me espiando? – perguntei incrédula.

— Claro que não! Só estava vendo o tempo lá fora... parece que vai chover né?! – diz rindo sem graça.

— Você é inacreditável, mãe! – Bufei indo até meu quarto. Ela me seguiu.

— Quem era aquele garoto em?! Seu amigo?

— Não. Não somos amigos. – falei abrindo a porta e entrando no cômodo.

— Então são o que...? – a curiosidade e intromissão dela estava me irritando.

— Não somos nada mãe! Licença. – fecho a porta.

Encostei meu corpo na madeira fria da porta e fechei os olhos.

Pensei nas coisas que Elliot disse sobre o amor. – Como poderia ser tão cético? Será que ele já havia se apaixonado por alguém? Ou realmente não acreditava no amor?

Sinto meu celular vibrar no bolso da calça jeans. – Quando desbloquiei a tela do celular vi que era uma mensagem da Izzie.

Tentei terminar com o Brian, mas quando fui conversar com ele, ele me contou que havia combinado um almoço na casa dele com a mãe dele. Como eu poderia dizer que não? O que eu faço pra sair dessa confusão? A Briana mal trocou duas palavras comigo.” – Izzie.

Precisa dizer a verdade a ele Izzie! Ou isso vai ficar cada vez pior.”— Rose May.

Eu sei. Ele tentou me beijar e eu não deixei. Acho que Brian está realmente gostando de mim! Me sinto um monstro por ter que partir o coração dele.” – Izzie.

“É o melhor a ser feito.” – Rose May.

Depois disso não trocamos mais mensagens. – Mas essa situação da Izzie me fez pensar que talvez a lógica de Elliot poderia ter algum fundo de verdade. – Se Izzie tivesse dito deste o começo que não gostava de Brian e deixar clara suas reais intenções, ele não iria ter o coração partido.

Apesar de ser ridículo. Quem pode não acreditar no amor? – minha indignação era grande.

— Ele ainda diz que as garotas que ele sai concordam com isso! – falei revirando os olhos.

O restante do dia passou rápido. Nada de especial aconteceu. O que poderia acontecer em uma segunda entediante?

No dia seguinte eu e Izzie já estávamos caminhado com pouca disposição para a aula.

— Como posso ser tão burra? – Izzie se colocava pra baixo a cada um minuto. – Eu sou uma pessoa muito ruim!

— Você fez besteira, mas pode concertar!

Enquanto pegava meus livros no armário Brian se aproximou de onde eu e Izzie estávamos. – Ele a abraçou por trás e Izzie congelou.

— Bom dia. – falou da maneira mais fofa que eu já havia visto e depois deu um beijo na bochecha dela.

Izzie olhou nervosa para a outra direção e logo saiu dos braços dele. – sigo o olhar dela com discrição e vejo Briana olhando para onde estávamos.

— Brian! – Guss chegou cumprimentando o amigo com um toque. – Está cuidando bem da minha irmã?

— Deixa de ser ridículo, Guss! – Izzie responde com antecedência e Brian riu.

— Só estou perguntando! – Guss riu junto com Brian.

— Acho que ela que está cuidando de mim! – Brian diz e vejo os olhos de Izzie se encherem de lágrima. Não porque gosta dele, mas porque está se sentindo uma pessoa horrível.

— Ah que lindo, casal! – a voz de Lindsay se fez presente e pouco tempo depois ela já havia se enroscado no pescoço de Guss.

— Vamos, May? – Izzie pegou na minha mão e saímos dali.

— Eu sou uma pessoa horrível! – falou com tristeza quando já estávamos no outro corredor.

— Você não é! Ah Izzie. – passei meu braço por cima de seus ombros e a abracei de lado.

— Vou acabar logo com isso. – diz antes de nos separamos e ela ir pra aula dela.

As primeiras aulas passaram com a velocidade de uma tartaruga. Quando o intervalo chegou procurei Izzie por todo lugar, mas não a achei.

A onde você está? Estou te esperando na biblioteca, lugar de sempre.” – mandei uma mensagem pra ela. Mas Izzie não respondeu.

Me sentei no chão da biblioteca e peguei o exemplar que tinha ali de Orgulho e Preconceito. – Fui direto para as páginas que mais gostava e as li. – Já havia lido esse livro muitas vezes, meu exemplar estava até surrado de tanto que li.

Estava tão concentrada que demorei para perceber que alguém havia se sentado ao meu lado.

— Izzie. Você demorou, onde estava caramba? – falo sem tirar os olhos das páginas.

— Lamento decepciona-la. – a voz de Elliot me arrancou das páginas do romance.

— Você? O que está fazendo aqui? – Não disfarcei a surpresa.

— É um bom lugar... Você deveria ter me mostrado antes.

— Se eu tivesse te mostrado, deixaria de ser um bom lugar. – brinquei e ele riu.

— Minha companhia não é tão ruim assim, é?!

— Bom... Quando você não está implicando comigo é até legal. – falo e ele me olha com ironia.

— Eu que implico com você?! – ironizou.

— Você, sim! – respondo rindo.

Elliot se aproximou de mim, me deixando surpresa. – seus olhos fitavam os meus. Azuis tão claros que eram penetrantes. – sinto sua mão pegar o exemplar de orgulho e preconceito de mim.

— Você é realmente romântica. Incurável! – diz se afastando e dando uma boa olhado do livro.

— Não sou! – digo sentindo meu rosto vermelho de vergonha. – Francamente, quem não gosta desse livro?!

— Verdade. Quem não gosta? – Ele sorriu e achei que estava me zoando, até ver que ele falava sério.

— Você já leu? – a surpresa no meu rosto era nítida.

— Claro. – falou. – Gosto de ler. E seria burrice não admitir que esse é um belo livro!

— Mas você disse que não acredita no amor! Isso é um romance.

— Não acredito mesmo. Mas gosto do livro... Só não dá ideia que as pessoas fazem dele.

— Que ideia?

— A ideia do amor. Do romance perfeito. Você sabe. Todas essas bobagens românticas. – Ele riu da expressão contrária que fiz.

— Você é estranho!

— Por que não acredito no amor? – Elliot perguntou me olhando divertido.

— Porque finge não acreditar. – as palavras saíram tão facilmente da minha boca que mal percebi quando as disse.

— É o que acha? – Ele parecia tranquilo, mas algo em sua voz me dizia que o que eu falei havia feito ele pensar em algo.

Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa para responder, o sinal do fim do intervalo tocou. – Elliot se levantou e estendeu a mão pra mim.

— Quanto cavalheirismo! – deixei um pouco de ironia transparecer e ele apenas riu.

Minha mão tocou na dele. – A sua estava fria, e não sei se foi por isso, mas senti uma eletricidade na minha pele. – Os dedos dele envolveram minha mão, e Elliot me ajudou a levantar.

Nós dois estávamos de pé, um de frente para o outro. Sua mão ainda segurava a minha e seus olhos olhavam diretamente para os meus com intensidade. – sinto o dedo dele acariciar a pele das costas das minhas mãos. O toque foi tão delicado e rápido, mas ele logo afastou sua mão da minha.

O rubor de vergonha toma conta do meu rosto. Me sinto constrangida. – O que aquilo significava? Quer dizer. Nós só nos suportamos, certo?

— Rose May... – Ele falou meu nome baixo.

— Tenho que ir pra aula! – digo rápido atropelando as palavras, abaixo e pego minha bolsa no chão. Saio dali tão rápido que quando me sento na cadeira da sala de aula estava ofegando de leve.

Não conseguia organizar meus pensamentos. – Queria me proibir de pensar nele. De pensar no que estava acontecendo.

Então peguei minha pasta onde guardava meus desenhos. – Uma folha e um lápis seriam o suficiente para esvaziarem minha mente. – Não sabia exatamente o que iria desenhar, só deixei que acontecesse.

Mal vi quando as aulas do dia finalmente acabaram. – Me concentrei tanto no desenho que o tempo pareceu voar.

Olhei para a folha antes de guarda-la na pasta. – Ao invés de esvaziar minha mente, me dei mais um motivo para pensar. “Por que diabos eu desenhei o Elliot?”

Preciso de você na sala do grêmio.” – Sam Scott.

Peguei minha mochila e coloquei nos ombros, a pasta estava em meus braços, não demorei mais para ir até a sala do grêmio. – Quando cheguei já estavam todos lá. Elliot me olhou, mas desviei o olhar pra qualquer outro lugar.

— Pensei que pudéssemos começar a fazer os cartazes, para a nossa campanha eleitoral... – Sam começou a falar, mas eu não estava prestando atenção.

Sentia como se alguém estivesse me encarando. E estava, Elliot estava me encarando. – As duas garotas do grêmio cochichavam baixinho olhando para ele e depois pra mim.

— Preciso falar com a May! – Izzie rompeu pela porta como um furacão, Sam Scott se assustou e achei que seus óculos iam cair no momento em que ele os ajeitou.

— May... – Ele fez sinal com a cabeça para que eu fosse conversar com ela fora da sala.

— O que houve? Você sumiu no intervalo! – perguntei preocupada.

Izzie parecia que iria explodir se não me contasse o que tinha acontecido. – Suas bochechas estavam vermelhas como se ela tivesse corrido até aqui.

— Você não faz ideia do que aconteceu!

— Se você me falar, eu vou saber! – o tom de impaciência na minha voz fez ela revirar os olhos.

— Briana me chamou pra conversar na hora do intervalo... Ela me disse que terminou com a Nina, namorada dela... – Izzie não escondeu a ansiedade em suas palavras.

— E isso não é bom?!

— Seria. Se eu tivesse terminado com Brian.

— Você... Não? – indaguei olhando-a.

— Eu ia. Mas no momento a Briana me chamou pra conversar sobre isso... Procurei ele na hora da saída, mas hoje começa a temporada de treino do futebol. – explicou. – Mas, deixa eu concluir... Briana me disse que terminou com Nina porque já não a amava mais, e que achava que estava se apaixonando por outra pessoa. – o rosto de Izzie ficou ainda mais vermelho, e seus olhos transmitiam dúvida.

— Tenho quase certeza que ela estava falando de você! – digo sorrindo, mas ela ainda me parecia triste.

— Não sei... Ela me pediu para cuidar bem do Brian. Acha que se estivesse gostando de mim, me pediria isso?

— Acho que ela está tão confusa quanto você. E Brian é irmão dela, já imaginou como ela se sente estando apaixonada pela “namorada” dele?!

— Não somos namorados. Ele não chegou nem a fazer o pedido, ainda bem. Seria ainda mais doloroso pra ele. – Izzie diz soltando um suspiro. – Mas você tem razão... Imagino que se ela realmente estiver apaixonada por mim... – Izzie falou com um pouco de incredulidade. – Deva ser difícil. Eu nunca deveria ter beijado o Brian!

— Não pode mudar o que passou, Izzie. Mas pode ser honesta com o Brian. – falo.

Ela me olhou por alguns segundos antes de me abraçar.

— Você é a melhor, May!

— Você não costuma demonstrar tanto carinho assim... – falei rindo.

— Acho que estou de tpm... – Ela diz rindo assim que nos afastamos do abraço.

— Rose May? – a porta da sala do grêmio se abriu, e Elliot me chamou. – O Sam...

— Já estou indo. – o interrompi.

Izzie me olhou provocativa e depois deu um sorrisinho.

— E vocês dois? Mais nada aconteceu? – perguntou com interesse.

— Claro que não! Nem vai. – minto.

Queria evitar as brincadeiras da Izzie sobre isso.

— Sei...

— Preciso ir. Sam quer começar a fazer os cartazes para a campanha eleitoral.

— Eu ajudo vocês. Já que vou ter que esperar pelo Brian.

Izzie e eu entramos na sala e Sam logo nos deu algo pra fazer. – Fiz alguns desenhos em alguns cartazes. Tentei ao máximo evitar Elliot, aquilo que havia acontecido entre nós na biblioteca foi... estranho! – Eu não precisava de muito para saber que alguém como eu, só seria uma piada pra ele.

Enquanto Izzie entrava em uma discussão besta com Sam por causa de uma régua, eu tentava finalizar o desenho no cartaz que estava fazendo.

— Você é muito talentosa. – Elliot falou atrás de mim. Sinto seu hálito perto do meu pescoço, um arrepio involuntário e estranho percorreu meu corpo.

O que era aquilo? – Fechei os olhos e me remexi inquieta na cadeira.

Eu estava sentada em um lugar mais afastada do restante do pessoal, então ninguém parecia notar o que estava acontecendo.

— Está tudo bem, Rose May? – Ele falou baixo, sua voz saiu rouca e mais um arrepio percorreu meu corpo. Fechei os olhos, sentia meu coração bater acelerado contra o peito.

Será que ele viu a sensação que me causou? – indaguei mentalmente.

— Estou bem. – minha voz falhou quando o respondi, me levantei da cadeira pegando o cartaz e saindo de perto dele.

Coloquei com cuidado na pilha de outras cartazes. – Fui até Izzie, sem coragem nenhuma para olhar na direção dele.

Me sentei de frente pra ela, Izzie demonstrava sua irritação enquanto olhava feio para Sam.

— Ele é insuportável! Não sei como você aguenta, sinceramente... Aquela ideia de que ele é Lindsay se dariam bem agora me parece ainda mais possível!

— Você acha? – falei rindo. Mesmo prestando atenção em Izzie, as sensações de poucos minutos atrás ainda estavam frescas na minha mente.

— Tenho quase certeza. Ambos são insuportáveis!

Um pouco antes de irmos embora, Izzie discutiu de novo com Sam, fazendo todo mundo rir.

— Já chega! Vamos parar por aqui. – Ele diz ajeitando os óculos com impaciência e irritação.

— Você me espera? – Izzie perguntou quando estávamos saindo da sala. – Vou pedir para Brian ir lá em casa para que eu possa ter mais privacidade para conversar com ele... – confirmei que sim com a cabeça. – Vou até o campo de futebol, se você quiser me esperar lá fora... Acho que o Guss vai nos dar uma carona.

— Tudo bem então.

Fiquei do lado de fora esperando por Izzie, alguns minutos se passaram e ela ainda não havia voltado.

— Esperando a Izzie? – Elliot indagou se aproximando.

— Estou sim. – sinto o constrangimento me invadir.

Será que ele faz alguma ideia do que me causou lá dentro? Será que ele sabe que nenhum garoto jamais se aproximou de mim assim?

— Até mais, então. – assim que ele se despede escuto a voz de Izzie e Guss, e eles logo se aproximam de mim.

Elliot caminha até sua moto que está estacionada mais a frente, eu o observo montar nela, colocar o capacete e sair dali. – Imagino como seria andar com ele...

— May? – Guss me desperta dos pensamentos.

— Esse é o garoto novo que você falou, Guss? – Tyler Moroles fala e só aí noto que ele e Brian também estão aqui.

Tyler Moroles. – Só pelo sobrenome você já o conhece. Filho do diretor Moroles. Totalmente babaca, eu particularmente não vou com a cara dele. – Por motivos dê: ele é machista, costumava colocar apelidinhos ridículos em mim quando estávamos no sexto ano. – Graças a Guss, ele parou.

Faço uma careta ao ouvir a voz dele, Izzie percebe e faz o mesmo.

— É ele sim. – Guss diz. Noto uma antipatia em sua voz, como se não gostasse do Elliot.

— Hum... – Tyler diz e da um sorrisinho presunçoso.

— Vamos? – interrompo eles quando pergunto impaciente para Guss.

— E aí, Rose May. – Tyler me cumprimenta, ele me olha de cima a baixo, mas não diz nada.

Penso que alguma piada ridícula sobre mim passou pela mente dele. E tenho vontade de dar um soco em seu rosto.

Balanço a cabeça me limitando a responder mais do que isso.

Guss, Izzie e eu entramos no carro. – eles na frente e eu atrás. – Izzie acena de volta para Brian que sorri todo feliz pra ela.

— Acho que o Brian tá apaixonado mesmo por você em, Izzie. – Guss comenta rindo e Izzie me olha apreensiva pelo espelho do carro.

— É... – ela diz encostando a cabeça no vidro da janela.

— May?! O que o Elliot queria com você? – Guss indaga.

— O que? Nada. – digo rápido. Quero cortar o assunto.

— Você se lembra do que eu te falei dele né?! Não se mete com um garoto problema por favor. – Guss fala e me sinto irritada.

Como ele pode me pedir isso?

— Guss, eu já te disse pra não se meter na minha vida! E não me interessa esses boatos ridículos sobre o Elliot. – digo e Izzie se vira pra mim sorrindo.

— Você é minha melhor amiga May, vou me meter sim, se precisar te proteger. – Ele diz e eu fico cada vez mais perplexa.

— Você ia gostar se eu me metesse na sua? – indago com irritação.

— Eu sei me virar!

— Tá dizendo que eu não sei?!

— Não é isso. Você é uma garota inocente, May. Não sabe das intenções das pessoas... – Ele diz e tudo o que quero é mandar ele calar a boca.

Guss estava passando dos limites. - Nunca me meti em nenhum dos “rolos” dele, nem mesmo agora com Lindsay. – Ele não pode controlar minha vida.

— Guss, somos amigos a bastante tempo... Mas eu já falei pra você parar de se intrometer na minha vida. Lindsay é sua namorada, cuida da vida dela e da sua! – digo e ele bufa.

Sei que está com raiva, o conheço o suficiente pra perceber isso, mas não vou ceder.

Nem amizade, ou paixão platônica vai fazer ele ter o poder de controlar minha vida.

Izzie da um sorriso de quem adorou minha resposta e volta a posição que estava.

Quando ele estaciona o carro, eu desço e para minha surpresa Guss vem atrás de mim.

— Desculpa May. – fala enquanto caminha comigo até a porta da minha casa. – Só não quero que ninguém machuque você.

Olho em seus olhos quando paramos de caminhar. – Sinto algo diferente agora, quando olho pra ele. Não consigo entender o que é.

Fui apaixonada por tanto tempo por ele... Mas não sei o que mudou.

Penso em Elliot ainda olhando pra Guss. – Ele me lança um olhar confuso e só aí percebo que não respondi seu pedido de desculpas.

— Tudo bem Guss. – digo. – Eu sei me cuidar.

— Sabe mesmo? – indaga sorrindo. Seu polegar toca minha bochecha com carinho.

— Sei. Confie em mim.

— Então se cuide, por favor. Se não terei que cuidar de você. – ele diz e sinto minhas bochechas corarem de vergonha.

Guss percebe, mas não diz nada. – As vezes me pergunto se algum dia ele notou que eu era apaixonada por ele.

— Até, Guss. – Me despeço e espero que ele entre no carro, aceno para Izzie e não demoro mais para entrar em casa.




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Notas finais do capítulo

Comente, faça uma autora feliz e motivada! ❤

Teve bastante Melliot, quem aí ama?
E também teve Muss, e a Rose May deixando claro pro Guss que ele não pode se meter na vida dela haha

Ps: gente, eu ainda não consegui responder os comentários, mas mesmo assim obrigada por tirarem um tempinho para deixar um comentário aqui! ♡

Obs: fiz uma nova conta no Twitter, já que a minha antiga foi excluída. Se vocês quiserem conversar comigo por lá, seria incrível! @ravenclawus

Beijos, até ♡