Olha a Onda escrita por gridpudim


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

História feita para o Bloco da FNS.
Baseada em um crackshipp (até agora) maluco, mas que amamos.
Minha primeira SuiKa ao som de Tchakabum - Onda Onda
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775160/chapter/1

Vou te pegar
Essa é a galera do avião
Se liga, agora, nessa nova onda
Somos piratas os reis da embarcação
Oh, oh, oh

 

A música do trio elétrico soava alto por toda a avenida. Confetes e serpentinas eram atirados por todos os lados, crianças e adultos fantasiados dançando e pulando pela rua. O clima de festa contagiava todas as pessoas, menos uma em específico, Karin.

— Eu não acredito que você me trouxe aqui, Sakura. — a ruiva perguntou com a cara fechada.

— Relaxa um pouco, Karin. É Carnaval! — Sakura sorriu, e colocou na amiga uma tiara com um chifre de unicórnio.

— Tá linda, miga. E para um pouco de ser chata! — falou Ino jogando um pouco de glitter em Karin.

— Cacete, Ino! Glitter? Eu vou tirar isso de mim como?

— Não vai tirar. — a loira sorriu para a amiga e entregou-lhe uma cerveja. — Nós sabemos que você é gótica trevosa do rock’n’roll, mas é carnaval, meu amor. Divirta-se.

Karin bufou e abriu a cerveja que estava bem gelada em sua mão, tomou um bom gole e respirou profundamente, sabia que não tinha mais o que fazer, então simplesmente decidiu que naquele dia, beberia e muito.

— Isso ai, tira essa cara de brava e vamos lá perto do trio elétrico. — Sakura e Ino puxaram a amiga.

— Pera, trio elétrico? — perguntou Karin já sendo levada. — Não, não, não, dá pra ouvir tudo daqui.

— Para de ser chata. — Ino e Sakura não deram muita bola e a ruiva foi parar ao lado do trio elétrico

Onda, onda. Olha a onda
Onda, onda. Olha a onda
Onda, onda. Olha a onda
Onda, onda. Olha a onda

Karin, mesmo sem vontade nenhuma de ouvir aquelas músicas, e ficar ao redor daquelas pessoas suadas, decidiu que não ficaria com a cara fechada. Se deixou levar pelas amigas e não sabia se queria matá-las ou ria por causa disso. Inúmeras pessoas esquisitas com fantasias mais esquisitas ainda e dançando como se ninguém pudesse ver.

A ruiva bebeu uma, duas, três, quatro latas de cerveja enquanto escutava o axé soando por seus ouvidos e mesmo que não gostasse daquilo tudo, dançava e cantava junto com suas amigas. Estava bêbada e iria curtir mesmo que aquele não fosse o ambiente que ela queria estar.

Vai te molhar, vai te banhar, vai sacudir, vai abalar
Vai te molhar, vai te banhar, vai sacudir, vai abalar
Molhou o seu rostinho, molhou a barriguinha
Molhou o seu pezinho, molhou todo corpinho
Deixa que eu vou te enxugar

De cima do trio, Suigetsu podia ver, aquela ruiva com chifre de unicórnio na cabeça, camiseta preta com estampa de uma banda que ele não fazia ideia qual era, mas o que o deixou vidrado em Karin logo de cara era o jeito como ela ria e gesticulava. Achou Karin bonita logo de cara, o óculos a deixava com cara de inteligente mais toda a performance da dança que ela fazia mostrava que realmente ela havia sido arrastada para aquele lugar. O que, para ele, era indiferente. A ruiva que estava movida a álcool, glitter, suor e risadas escandalosas com as amigas e aquilo já bastava para chamar a sua atenção.

Balança pra lá, balança pra cá
Sacudiu, tremeu, remem sem parar
Balança pra lá, balança pra cá
Sacudiu, tremeu, remem sem parar

Suigetsu rebolava e podia ouvir muitas meninas chamando seu nome e delirando ao ver como ele dançava bem, inclusive chamou a atenção de Karin assim que tirou a camisa e jogou para longe exibindo o seu tanquinho definido.

— Até que o branquelo é gostosinho, né? Pena que rebola mais que eu. — Karin falou para as meninas que cairam na gargalhada.

— Qualquer um rebola mais que você, miga. — falou Ino.— Mas eu acho que ele tá te encarando, viu?

Karin olhou para o menino dançando em cima do trio elétrico e mesmo que achasse aquilo ridículo, não poderia negar que ele era realmente muito bonito e saber que ele a encarava, elevou seu ego.

— Não tá nada. — Karin falou dando mais um gole de sua cerveja.— Só tá rebolando a raba por ai.

O vocalista da banda de Axé, Kisame, adorava brincando com o público que os assistiam, chamava vez ou outra alguma pessoa para subir no carro, mas dessa vez Kisame fez questão de dar o microfone para Suigetsu que não parava de encarar a menina no meio do público.

— A ruiva ai. — falou Suigetsu apontando para Karin no meio da multidão. — Você mesma, suba aqui.

— Magina, ele tá louco. — gritou Karin para Ino e Sakura que já estavam empurrando a amiga.

— Para com isso, Karin. — falou Ino. — Vai lá sim, ele é gatinho.

— E daí? — gritou Karin. — Esse idiota nem me conhece.

Sakura empurrou Karin com tanta força que fez com que a ruiva chegasse ao lado do trio elétrico em um segundo.

— Eu não vou subir!

— Claro que vai! — falou Sakura acenando para Suigetsu que já dava a mão para a ruiva subir nas escadas do carro.

— Vem! Suba aqui, eu não mordo. — Suigetsu respondeu dando um largo sorriso cheio de dentes.

Karin subiu já sabendo que não teria como correr dali. Seu coração estava na boca e suava frio, estava, realmente, apavorada.

— Só mordo se você quiser.

Andou na prancha, cuidado, tubarão vai te pegar
Andou na prancha, cuidado, tubarão vai te pegar
Andou na prancha, cuidado, tubarão vai te pegar
Andou na prancha, cuidado, tubarão vai te pegar

Kisame cantava e jogava água na galera que vinha atrás do trio elétrico, cada balde d’água era um grito mais alto.

O Capitão mandou, o marujo, sim senhor
O Capitão mandou, o marujo, sim senhor
O Capitão mandou, o marujo, sim senhor
O Capitão mandou, o marujo, sim senhor

O cantor colocou um pequeno chapéu em Suigetsu que se posicionou a frente de todos e dançava em destaque. Karin olhou para aquele menino magro, com cabelos brancos platinados e compridos e o achou estranho, mas dançava bem. Rebolava melhor que todos ali e sorria para ela como se quisesse algo.

Karin retribuiu o sorriso tomando mais de sua cerveja e fingindo que sabia rebolar também.

Onda, onda. Olha a onda
Onda, onda. Olha a onda.
Onda, onda. Olha a onda
Onda, onda. Olha a onda

A música terminou e Karin saiu do trio junto com suas amigas, comprou mais uma cerveja e sentiu que alguém colocou a mão em seu ombro, era ele.

— Ah, oi! — falou Karin já alegre da bebida.

— A gente poderia conversar? — perguntou Suigetsu sorrindo e coçando a nuca.

Mas Karin já estava muito alterada para pensar ou formular frases concretas. Puxou o abadá de Suigetsu com força e tascou um beijo no lábio do menino que não estava entendendo absolutamente nada.

— Era tudo o que eu queria ver hoje. — falou Ino cutucando Sakura que abri outra latinha de cerveja. — A gótica trevosa beijando o axézeiro.

— Obrigada Deus! —Sakura e Ino gritaram juntas.

***

Um dia depois, na casa de Sakura

— Bom dia de ressaca, meninas. — falou Mebuki Haruno trazendo o café da manhã das meninas em uma bandeja e colocando na escrivaninha do quarto de Sakura.

Mebuki não demorou muito, mas acendeu as luzes, já era mais de duas horas da tarde, Sakura foi a primeira a acordar e sentou na beirada da cama. Ino e Karin demoraram mais um pouco e sentaram no colchão preparado a elas no chão do quarto.

— Minha cabeça ta rodando tanto. — falou Ino colocando a mão na testa. — Só lembro da Karin beijando o branquelo e mais nada.

— Eu beijando? — falou Karin olhando as horas no celular e se deparou com uma mensagem de um número desconhecido. — Pera, que número é esse?

— Beijou e beijou muito. — falou Sakura estendendo as grandes xícaras de café preto para suas amigas. — Não desgrudou do menino.

— Tá louca, Sakura. — Karin falou mais alto do que sua cabeça suportava e colocou a mão na cabeça pressionando-a.

— Olha isso então. — Ino rapidamente pegou seu celular e mostrou uma foto de Karin beijando o menino que estava no trio elétrico.

— Meu Deus. — Karin arregalou os olhos ao olhar a imagem e não queria acreditar. — Vocês estão de sacanagem comigo.

— Sacanagem foi o que vocês quase fizeram no meio do bloco. — falou Sakura rindo e bebendo um gole do café. — E tenho certeza que o tal número desconhecido é o seu branquelo.

— Meu? Ah por favor. — Karin não queria acreditar, mas era ele mesmo.

“Adorei ontem, quando vou te ver de novo, gatinha?
A propósito, meu nome é Suigetsu!”

— Ah!!! — gritou Ino pescoçando o celular da amiga. — Viu!

— Viu o que, tá louca? — Karin gritou também e Sakura pegou o celular da mão dela. — Ei, devolve.

— Quero ver também.

— Devolve agora, Sakura.

A amiga desbloqueou o celular que ela já sabia a senha e viu a mensagem do menino, olhou para Karin que estava mais vermelha que seu próprio cabelo.

— Devolve, Sakura. — respirou fundo e pediu, ainda calma.

— Tá, tudo bem, mas que você pegou o gostosinho da bunda bonita do bloco, isso você fez.

— Obrigada Senhor, era só isso que eu queria pro meu Carnaval. — falou Ino rindo junto com Sakura.

— Vão a merda.

Karin terminou seu café e comeu o lanche que a mãe de Sakura havia preparado a elas, mas não respondeu a mensagem para Suigetsu no instante em que viu. Não queria dar o braço a torcer para as amigas.

Curtiram a tarde juntas, viram filmes e comeram os doces que Mebuki preparou, Ino e Sakura prometeram não falar mais nada sobre o tal menino do bloco de carnaval. Mas vez ou outra Ino soltava alguma gracinha para irritar a amiga.

Quando anoiteceu, Karin resolveu voltar para sua casa que era próxima, colocou uma playlist e foi andando, ao chegar em seu apartamento voltou a olhar o celular e não havia nenhuma mensagem mais do menino. O que a deixou aliviada, pelo menos não era grudento, mas como levaria a sério uma pessoa que não tem exatamente nada incomum com ela? Se fez essa pergunta e foi tomar um banho. Embaixo do chuveiro, começou a pensar em qual hora que havia beijado esse menino e, pela foto que Ino havia mostrado, realmente tinha uma bunda bonita e braços fortes.

Saiu do banho querendo lembrar da cara dele e resolveu pegar o celular novamente, abriu a conversa e viu que a foto do perfil era bem nítida com o rosto dele. Olhos claros e um sorriso convidativo.

— Esse idiota é bonito, pelo menos.

Resolveu respondê-lo então:

“Depende.”

Não demorou muito e Suigetsu respondeu:

“Se depender de mim então, vou fazer por merecer.”

Karin riu sozinha ao ver que ele já havia respondido e estava disposto, bloqueou o celular e jogou-o na cama. Mas logo ouvi-o vibrar e voltou a ver o que era.

“ E, pode me dizer seu nome?”

Era outra mensagem de Suigetsu. Karin sorriu novamente e sentou na cama ainda de toalha. Suspirou e pensou se realmente devia dar bola para esse menino, ainda mais depois de suas amigas encherem seu saco por conta disso.

“ É Karin, e o que você vai fazer para merecer?”

Perguntou curiosa, já havia sofrido tanto por caras que tinham o mesmo estilo que o seu, talvez estivesse apenas sendo preconceituosa.

“ Isso!”

Suigetsu mandou uma foto do seu espelho embaçado por causa do banho escrito Karin dentro de um coração desenhado de batom.

Karin gargalhou quando viu aquilo e mandou a risada por escrito.

“ Acho que eu mereço uma chance por estragar o batom da minha mãe e sujar o espelho do banheiro só por você!”

Karin gargalhou mais ainda depois dessa explicação e, realmente não sabia porque havia gostado daquilo, mas só sabia que realmente ele a fazia rir, mesmo que não quisesse demonstrar isso para nenhuma de suas amigas.

“Tudo bem, acho que merece.”

“Posso te ver amanhã, gatinha?” — Suigetsu respondeu rapidamente.

“Pode.”
“Me encontra na estação Konoha às 14h então, vou te mostrar como é que o marujo aqui faz.”

— Meu Deus, no que eu me meti… — Quando Karin pensou nisso recebeu outra foto e era uma foto muito parecida com a que Ino havia tirado deles dois. — Não acredito, tem mais provas. E ele tava de marujo.

“Tá, tudo bem, mas sem fantasias, ok?” — Karin falou já se arrependendo do que estava fazendo.

“Como você quiser, minha sereia.”

— Poseidon dos mares, faça ele parar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Olha a Onda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.