Loves To Me escrita por Dallarosa
Notas iniciais do capítulo
[RA - FAMILY: Callian+Annie]
Para Victória Duran, que sempre me incentiva e com quem compartilho todas minhas ideias (e neuras) sobre esse casal, tão fofo e adorável.
Boa leitura, espero que gostem.
— Mamãe é sua menina preferida? Annie perguntou, abandonando as folhas cheias de desenhos coloridos, os lápis e canetinhas no chão do escritório.
— O que você disse, querida? - Cal, afastou os olhos dos vídeos que examinava no computador, e encarou a filha caçula, com bastante atenção.
— Mamãe... - Ela continuou, caminhando até ele, e subindo em seu colo - Ela é sua menina preferida?
O especialista em micro expressões, não pode deixar de sorrir. Sua garotinha sempre aparecia com alguma pergunta ou comentário inesperado; e aquela era realmente bem interessante.
— De onde você tirou isso, amor? - Cal desligou o computador, e dedicou toda sua atenção aos questionamentos da menina.
— No parque... - Annie respondeu, simplesmente, balançando os pézinhos distraída - Gabe disse que eu sou a menina preferida dele - Ela sorriu, radiante.
Gabe? Cal enrijeceu. Mas, quem era esse tal de Gabe?
— Ah é... e como foi isso? - Sondou, fingindo não se incomodar com o tal garoto.
Annie sorriu, contente por estar tendo uma conversa de gente grande com o papai, e começou a explicar:
— Eu fui no parque com a mamãe... e o Gabe me ajudou lá no escorregador - Baixando o tom de voz num sussurro, como se contasse um segredo, ela se inclinou levemente para a frente - Porque era muito alto, e eu fiquei com medo, papai.
— Não tem problema sentir medo, querida - Cal sussurrou, encorajando-a, e ela sorriu, contente.
— Aí, ele disse que eu sou a menina preferida dele - Annie exclamou alto, com uma alegria repentina.
— Ah... e isso é bom, não é? - Ele disfarçou seu repentino ciúme é instinto de proteção. Sua menininha estava crescendo, e tinha outro alguém que a fazia sorrir tão alegremente. Um outro alguém que não era era... mesmo que fosse apenas um garotinho de quatro anos.
— Sim! Gabe é o meu melhor amigo! - A pequena contou, orgulhosa.
Cal não pode deixar de sorrir com a empolgação da filha. Annie estava crescendo rápido demais, e ele tinha que admitir que cada nova descoberta sua, o enchia de orgulho.
— Eu fiquei pensando... - Ela murmurou, séria demais para alguém tão jovem - Se eu sou a menina preferida do Gabe, e ele é meu melhor amigo - Enumerou os pontos mais importantes, com as mãos pequeninas - A mamãe é a sua menina preferida?
Cal sorriu ainda mais com a lógica da criança. Mesmo tão nova, Annie já estava criando pequenas teorias muito interessantes e válidas.
— Bem... sim - Ele fingiu pensar no assunto - Se ela não se importar de dividir o posto com você e a Em - Concluiu, rindo.
— Mas, a Emmie não é mais uma menina, ela já é grande... - Annie argumentou, pensativa - E a mamãe também é grande!
— Vamos ter que resolver isso então - Cal colocou a pequena sentada na mesa, de frente para ele, e murmurou, pensativo - Se a sua mãe já é grande, e a Emmie também já é grande... só resta você para ser a minha menina preferida!
Os olhos da pequena se iluminaram, e ela sorriu de orelha a orelha.
— Mas e a mamãe? O que ela é então? - Annie voltou à sua pergunta inicial.
— Bem... - Cal pensou, mais alguns segundos - Se você é a minha menina preferida... Em é a minha garota preferida - Sugeriu, e ela concordou com um aceno - Sua mãe, só pode ser a minha mulher preferida!
A pequena arregalou os olhos, surpresa a fascinada com a inteligência e dedução do homem que sorria tão amorosamente para ela.
— Então foi aqui que você se escondeu! - Uma voz feminina e bastante familiar foi ouvida na porta do escritório.
— Mamãe! - Annie exclamou animada, e desceu da mesa, com a ajuda de Cal, correndo para abraçar os joelhos da mulher mais velha - Eu contei pro papai que sou a menina preferida do Gabe! - Sorriu.
— Sério? - Gillian pegou a filha no colo, e beijou suas bochechas - E o que foi que o papai disse? - Sorriu para Cal, que observava a interação das duas, enquanto se aproximava.
— Que eu sou a menina preferida dele! - Ela bateu palmas, e se virou para o homem que apenas acenou, concordando.
— Eu tenho que contar tudo pra Emmie! - Annie começou a se mexer incomodada, e foi colocada no chão.
Beijando rapidamente os dois adultos, ela correu para fora do escritório, em busca da adolescente, que provavelmente estava estudando na pequena cozinha, ou conversando com Loker e Torres.
Gillian observou a filha desaparecer no corredor, e se virou sorrindo para o marido, que a esperava com as mãos nos bolsos da calça jeans.
— Então, Annie também é a sua menina preferida? - Perguntou sorrindo, quando ele a puxou para um abraço.
— Nós chegamos num acordo - Ele comentou, casualmente, sem maiores explicações - Eu sou o seu menino preferido, Gill?
— Mas, é claro que não!
— Não? - Cal se surpreendeu, mas conseguiu disfarçar rapidamente, encobrindo com um sorriso malicioso.
— Não! - Gillian insistiu, se aproximando ainda mais - Você sabe muito bem, que meu menino preferido é o Chord - Ela sorriu, mencionando o filho recém nascido, do amigo tão querido deles, Ben Reynolds.
— Justo - Ele concordou, sorrindo também - Acho que Chord também é meu menino preferido... Pobre, Loker, foi rebaixado - Provocou.
— Você é impossível! - Ela o socou de leve no braço, e ele fez uma careta, reclamando exageradamente.
— Então... o que eu sou, Gill? - Cal insistiu, curioso.
— Oh, bem... você sabe... você é meu homem preferido - respondeu, divertida.
— Hmm, bem, acho que pensamos igual. Você também é minha mulher preferida - Sorriu, roçando os labios, nos dela.
— Eu sou? - Gillian, corou, suavemente.
— Você sabe: Annie é minha menina; Em é minha garota; e você é minha mulher... - Cal sorriu, com os olhos brilhando - Eu gosto muito mesmo dessa última parte!
— Eu também - Ela concordou, permitindo que ele a beijasse corretamente.
— Espere... - Cal se afastou, sério - Se Chord é seu menino e eu sou seu homem... Loker foi mesmo rebaixado para o posto de garoto!
— Sério, Cal? - Gillian, o encarou incrédula.
— Pobre, Loker! - Ele repetiu, maquinando várias maneiras diferentes de irritar seu funcionário.
— Sim, sim... pobre, Loker! - Gillian concordou, puxando-o para mais um beijo apaixonado.
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