We Love You, Olivia! escrita por Sunny Spring


Capítulo 26
ღ CAPÍTULO 25


Notas iniciais do capítulo

Boa tardeee! Obrigada NaruShibuya pelo comentário ❤❤

Estamos na reta final. Desculpa o capítulo pequeno, o próximo será maior. Espero que gostem. Bjs *•*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/774934/chapter/26

 

 

"Era uma pessoa igual a cem mil outras pessoas. Mas, eu fiz dela um amigo, agora ela é única no mundo."

 

—O Pequeno Príncipe

 

O pior tipo de cego é aquele que não quer enxergar. Eu posso me encaixar nesse grupo. Não percebi que era por causa do Bash que o ponteiro da roda do amor estava girando. Não percebi que era por ele que estava apaixonada o tempo inteiro. E, para completar, nunca consegui dizer a ele sobre os meus sentimentos e, como consequência, Bash não vai querer me ver nunca mais porque eu percebi tudo tarde demais. Virei piada na escola mais uma vez por causa de um vídeo maldoso. Tudo em apenas um dia. Ou melhor, em apenas algumas míseras horas.

A noite já chegou e eu caminho pelas ruas em passos lentos. Puxo o casaco contra o meu corpo por causa do ar frio. Não há estrelas no céu hoje. Muito menos o brilho da lua. Há apenas nuvens que deixam o céu num azul cinzento triste. Eu quero chorar, mas não consigo. É como se o aperto em minha garganta fosse me sufocar, mas não consigo derramar mais lágrimas. Pareço ter entrado em choque. Não sei como vou enfrentar isso pela frente. Eu nem mesmo sei se posso. Tudo que eu quero é poder me esconder de todos. Fugir como eu sempre faço.

Eu respiro fundo quando chego na porta de casa. Conto até três antes de tocar a maçaneta. Abro a porta lentamente e quando entro na sala, encontro meus pais sentados no sofá. Os dois me encaram no mesmo instante, sérios. Neste momento, eu sei que eles já sabem de tudo que aconteceu. É óbvio que Henry contou a eles e com riqueza de detalhes, imagino. Não há mais como mentir. Nem há razão para isso.

Sentir os olhares penalizado e preocupado de minha mãe e meu pai me faz perder a trava que me impedia de chorar. Meus olhos ardem e se enchem de lágrimas, mesmo que eu não queira isso. Minha mãe estende os braços para mim da forma que somente uma mãe sabe fazer. Automaticamente, vou direto para o sofá, deitando minha cabeça em seu colo como costumava fazer quando era criança. Lágrimas saem de mim sem permissão, num choro silencioso, enquanto minha mãe acaricia os meus cabelos. Não é preciso contar muita coisa, pois eles já sabem. Henry me poupou de remoer toda a história de novo. Meus pais apenas ficam na minha companhia, sem fazer muitas perguntas. Depois de algum tempo, minhas lágrimas secam e eu apenas fico quieta, deitada no colo de minha mãe.

—Por que não nos contou que estava com problemas? - Minha mãe pergunta baixo. Não há acusação em sua voz.

— Eu não queria aborrecer vocês com os meus problemas. - Confesso baixinho. Minha mãe troca um olhar com o meu pai.

— Não iria nos aborrecer. - Meu pai responde calmamente. - Somos seus pais. Você precisa e pode nos contar as coisas. - Suspira. - Nós vamos resolver esta situação. Eu prometo.

—Sim. - Minha mãe concorda. - Vai ficar tudo bem, meu amor. - Alguns minutos passam e o cansaço me vence, fazendo-me cair no sono.

 

ஐﻬﻬஐ

Eu não vou à escola na manhã seguinte. O medo do que eu posso encontrar pela frente me faz ficar em casa praticamente o dia inteiro. Sei que isso não pode durar para sempre, mas por enquanto, prefiro ficar em casa e não enfrentar os meus colegas. Principalmente Jaden. Quero esperar a poeira abaixar e sei que meus pais vão conversar com o diretor da minha escola. Eles estão decididos a encontrar o culpado pelo vídeo e a provar tudo. No entanto, eu ainda temo que isso não resolva o meu problema. Eles sempre me odiarão, não importa o que eu faça. Tento não pensar nisso tudo, por mais que seja impossível. Quando lembro do que aconteceu, meu coração se aperta.

Passo a maior parte do dia no meu quarto, deitada em minha cama e maratonando séries. Leio alguns livros no tempo que me sobra. Henry me prometeu que me traria a matéria de hoje quando voltasse para casa e eu apenas o espero. Não tenho muito o que fazer durante todas as horas que fico em casa, a não ser tentar distrair minha cabeça. Quando o fim da tarde chega, desço até a sala para esperar por Brownie. Não demora muito até alguém tocar a campainha. Eu abro a porta imediatamente, surpreendendo-me com minha visita.

—Oi. - Rosie diz baixo. Seus cabelos cacheados estão soltos e ela tem uma mochila nas costas.

— Rosie! - Não contenho a surpresa em minha voz. Rosie não costuma me visitar muito em casa, o que me deixa desconfiada. - Entre! - Abro mais a porta, dando espaço para que Rosie entre e assim ela o faz.

— Você não foi à aula hoje. - Comenta, enquanto fecho a porta novamente. - Fiquei preocupada. - Dou um longo suspiro.

—Ainda não estava preparada para voltar.

Rosie apenas assente, contendo um suspiro logo em seguida.

—Não precisa se preocupar. Ninguém vai mexer com você, eu juro.

—Mesmo assim…

Ela assente, em silêncio. Rosie parece ter algo para dizer que não consegue.

—Sinto que isso é um pouco culpa minha também.

— Não é culpa sua, Rosie.

Ela cruza os braços, me analisando.

—Por que não me contou que gostava do Bash? - Questiona. Encolho os ombros, sem saber o que dizer. - Achei que fôssemos amigas. - Acrescenta. - Por que não me contou sobre isso?

— Eu não sei. - Confesso baixinho. Talvez porque eu tenha demorado demais para constatar esse fato. Talvez porque não quisesse dizer em voz alta. Ela sorri, áspera.

— Eu nunca teria pedido para você sair com o Noah se eu soubesse que você gosta do Bash. - Responde no mesmo tom.

— Eu só queria ajudar. - Encaro minhas próprias mãos. - Você parecia tão apaixonada pelo Noah que eu decidi aceitar para fazer tudo voltar ao normal. - Rosie balança a cabeça. - Não queria atrapalhar.

—Mas a que custo, Liv? - Não respondo. Ela dá um sorriso sem vontade. - Uma amizade que só beneficia um lado não é uma boa amizade. - Suspira.

—O que quer dizer?

—Eu não deveria ter pedido isso à você. - Diz séria. - Mas eu estava tão cega para ter meu namorado de volta que nem hesitei em usar você para isso. - Ela respira fundo.

— Não entendo.

— A verdade é que eu fiquei com ciúmes. - Admite. - Estava acostumada a ter toda a atenção para mim e de repente, isso tudo virou para você. - Franzo o cenho, surpresa com a revelação. É difícil acreditar que alguém como Rosie teria ciúmes da minha vida.  - Não imagina o quão mal me sinto por isso. - Rosie estreita os lábios. - Você tem sido uma boa amiga, Liv. Ao contrário de mim. Sinto muito por isso.

Tanta revelação me pega de surpresa. Eu nunca poderia imaginar tal coisa, principalmente de Rosie. Não estou com raiva, no entanto. Eu aceitei tudo o tempo inteiro mesmo quando eu poderia ter dito não. Se há alguém culpado nessa história, esse alguém sou eu.

— Está tudo bem. - Respondo por fim. Ela esboça um sorriso fraco.

—Espero que possa me perdoar algum dia, Liv. - Diz baixo. Rosie me dá um abraço apertado e vai embora.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We Love You, Olivia!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.