Escritos pelas estrelas escrita por Sofia Bellatrix Black


Capítulo 5
Parte V




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Tinham-se passado quinze dias desde de que os dois tinham concordado com aquelas tréguas para poderem ter acesso ao cofre, ou pelo menos tentarem! Com as trocas de turno de Sirius, ele e Bellatrix conseguiam ver-se ainda menos, e pior, o baile marcava o fim do prazo que o velho Cromwell tinha dado. E ao fim de quinze dias os dois tinham de voltar lá, para o ‘informarem’ dos progressos deles. Se bem que para os dois terem progressos, era necessário que conseguissem passar algum tempo juntos. Ela precisava de fazer uma nota mental sobre o maldito açúcar líquido, que o que Andromeda lhe tinha dado irá acabar em breve, não iria incomodar mais a irmã. E Sirius Black que comprasse o maldito açúcar líquido, ela não era o elfo doméstico dele, ele é que a devia servir a ela!

Bellatrix sorriu, ela visitava com mais e mais frequência a casa da irmã mais velha, Andromeda, e incrivelmente, cada vez mais sentia um carinho especial por aquele pequeno ser de três anos, cabelos arco-íris e olhos brilhantes, Nymphadora era uma bebé divertida, alegre e geralmente muito bem-disposta, e adorava a tia Bella e a tia Cissy, como ela chamava.

“Onde está a minha pequena flor?” Cissy disse quando entrou na sala. Nymphadora sorriu imediatamente, saltando do sofá para o colo da tia. A menina olhou Narcisa com atenção e em menos de alguns segundo o cabelo da menina ficou loiros e os olhos passaram a ser azuis. “Devias adotar esse teu visual Dora, ficavas absolutamente linda.” Cissy comentou beijando a testa da sobrinha. “A tia Bella está na sala?”

“Sim ‘tá” Ela apontou para o sofá onde Bella observava a cena e bebia um chá “E a mamã?”

“cozinha” Ela disse feliz quando retomou ao chão, ainda mantendo a aparência loira de olhos azuis. “Gostava sinceramente que ela mantivesse a cor natural dela” Andromeda comentou sorrindo. “Nymphadora, não queres mostrar as tias as tuas cores de verdade as titis?”

“Não” Ela respondeu sorrindo “É em vão” Ela comentou com as irmãs “Ela nunca mostra”

“Dora, vem cá” Bella chamou-a “Só uma vez, por favor, Dora” Bella pediu e Dora sorriu-lhe e em alguns segundos, os cabelos loiros foram escurecendo e crescendo, dando lugar a longos cabelos escuros em fechados caracóis, os olhos ficaram negros e a pele aclarou, ficando um contraste marcado entre o negro do cabelo e dos olhos e a pele profundamente branca. As pestanas enormes dando um ar de boneca a pequena menina. Os lábios, finos e vermelhos ficavam mais visíveis. “És linda Dora” A mãe comentou “Igual a nós! Uma Black” Bellatrix sorriu “Tu és tão bonita Dora, és uma Black” Ela comentou e dali em diante, a pequena Nymphadora foi sempre muito orgulhosa do seu cabelo negro comprido.

“Black, titi, eu sou Black”

(…)

“O Sirius está cá vez mais estranho” Bellatrix comentava enquanto experimentava alguns vestidos para o baile que se aproximava a passos largos, o baile teria lugar em cinco dias e enquanto as irmãs já tinham os respetivos vestidos, o seu ainda estava por escolher.

“A semana passada fomos jantar juntos” Ela disse sorrindo com a memória de um Sirius atencioso e prestável, do jantar num pequeno e exclusivo restaurante em Mayfair “Eu ainda não acredito que conseguiste jantar no Le Gavroche, ando há meses a tentar ter um lugar, é exclusivíssimo”

“Já tentaste usar o teu nome Narcisa, e não o do Malfoy” Andromeda comentou e Bellatrix concordou “A mãe, ao que parece, costumava ir lá almoçar com os avós” Bellatrix comentou “Monsieur Giraldin conhecia a mãe” Bellatrix finalizou “Tenho a certeza que se a reserva for feita no TEU nome, consegues vaga numa semana, ou até mesmo na hora”.

“Deixa-te de pormenores desse Bella” Andromeda comentou “Conta-nos como é que foi a noite”

“É sempre encantadora” Ela disse com um ar desanimado “E porquê essa cara?” Narcisa acrescentou.

“Exatamente por isso, a NOITE é encantadora, mas a manhã é sempre confusa”

“Confusa?” Repetiu Andromeda, como que incentivando à irmã a continuar. “Sim confusa…” Mas calou-se quando a Madame Malkin entrou com um novo vestido para Bellatrix experimentar. “Acabou de chegar de França Miss. Black, é único, confecionado e desenhado na melhor alfaiataria de Paris, uma jovem feiticeira Madame Gabrielle Bonheur Chanel…” Ela leu a etiqueta que o vestido trazia “Costurou, diz-me que é um verdadeiro talento” Acrescentou sorrindo.

            E a verdade, é que por muito dinheiro que elas tivessem e pela infância abonada que sempre ostentaram, as irmãs Black nunca tinha visto semelhante vestido.

            De costas totalmente abertas e sustentado por finas tiras de tecido, o vestido parecia mágico, de tule e cetim azul escuro, adornado com pequenos pontos brilhante, que se assemelhavam com uma tamanha perfeição, inigualável, um céu estrelado, pareciam mover-se com um simples movimento dela, e em Bella, o vestido parecia ainda mais perfeito. A pele branca trazia ainda mais destaque ao vestido, e nem mesmo Madame Malkin, sempre tão cheia de comentários e observações, parecia ter palavras para o que comtemplava. “Bella, é este” Narcisa disse sorrindo “É este o vestido, Madame Malkin, muito obrigada.”

            Ainda se olhando ao espelho, Bellatrix pensou Será que ele também gostará? Mas rapidamente afastou esses pensamentos, sorrindo “Sim, é este.”

(…)

            Era suposto naquela noite, a dois dias do baile, Sirius jantar com ela, como já era habitual, no entanto, e sem razão aparente, ele não apareceu, sim não tinham nada combinado, e ele podia ter um imprevisto, mas a verdade é que ele não apareceu, e ela não tinha jantar feito nem vontade de jantar sozinha, porque não ir ter com a irmã mais velha, aproveitava para pôr a conversa em dia com irmã sobre Sirius, e as suas constantes dúvidas, e podia aproveitar para relaxar junto da sobrinha cuja inocência sempre proporcionava a Bella uma imensa paz de espirito.

            Aparatou com o tão característico ruído metálico em frente da casa da irmã, e preparava-se para tocar quando pode ver Narcisa conversando com Andromeda, pelos vitrais que adornavam a porta de entrada. A noite ia silenciosa, e como que inconscientemente, ela esperou ali, observando as duas, quando percebeu que conversavam era a seu respeito. As irmãs, apesar de estarem sozinhas, mantinham as vozes baixas, e Bellatrix precisou de um feitiço amplificador para ouvir melhor.

            “Então a poção não funcionou?” Narcisa perguntava apressada a irmã mais velha “Não como queríamos Cissy, só o Sirius a tomou, a Bella não, claro que não teve o efeito que queríamos”

            “Então e agora?” A mais nova perguntou novamente “O melhor é conformarmo-nos com a situação, o Sirius nunca vai tentar nada com a Bella, e ela é demasiado orgulhosa para dar o primeiro passo, tenho pena, mas demos o nosso melhor.”

            “Podíamos tentar mais uma vez, quer dizer, só mais um frasco de açúcar” Narcisa tentou “Não é como se eles desconfiassem” Acrescentou.

            Bellatrix estava incrédula, do lado de fora da casa, a mente fervilhava furiosamente, sentia-se traída, não! Traída era pouco, ela sentia-se humilhada, como é que as irmãs ousaram usá-la para isto, uma poção do amor! Elas tinham-se intrometido na vida dela de uma maneira absurda e cobarde, ridicularizando-a. Uma imensa raiva consumia Bellatrix a uma velocidade estonteante e ela tinha vontade de entrar casa adentro, furiosa, gritando todas as coisas que se formavam no nó da garganta dela. Mas antes que pudesse fazer ou dizer mais alguma coisa, a pequena sobrinha dela viu-a, de dentro de casa para fora, a pequena Dora gritou um feliz “Titi Bella” e as irmãs olharam para fora, pelos vidrais, que transparentes deram as duas habitantes da casa a verdade, sem palavras, Andromeda e Narcisa souberam que Bellatrix ouvirá toda a conversa, entre os punhos cerrados e o semblante fechado, elas souberam, e o coração de Andromeda, antes que ela disse alguma coisa, quebrou-se. Pela primeira vez, ela pode ver os olhos negro de Bella, inundados de lágrimas.

            Antes de qualquer explicação, Bellatrix desaparatou, preparada para nunca mais trocar uma palavras com as irmãs, para o resto da vida.


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