Careful escrita por LostInStereo


Capítulo 4
And who will you become, now that we’re done?


Notas iniciais do capítulo

Tá aqui o cap 4. Não sei ainda quantos capítulos mais eu vou escrever, depende de como a história se desenvolva.
Anyway, espero que gostem! =)



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Eram 9:30 da manhã. Os garotos e eu havíamos decidido que queríamos descansar um pouco da comida do hotel, por isso estávamos agora tomando café no Starbucks localizado a umas duas quadras de lá.

Justamente como eu havia esperado, eles, exceto Josh, estavam agindo de uma maneira meio estranha. Zac em especial. Ele obviamente contara aos outros o que tinha visto – Mas isso não me surpreendia. Afinal, quem poderia esperar isso da doce e inocente Hayley?

Mas eu tinha que admitir: a estranheza deles começou a me irritar.

“Ok, vocês já podem parar de me olhar torto.” Eu disse, minha voz saindo um pouco mais ríspida do que eu desejara. Jeremy pigarreou, Zac deu mais uma mordida em seu muffin e Taylor levou seu copo de café à boca. Coloquei o meu na mesa com força. – Minha irritação crescia a cada segundo silencioso que se passava. “Pelo amor de Deus, qual é o problema de vocês?!” Levantei de supetão, o que fez com que algumas pessoas ao redor olhassem para nossa mesa. Senti a mão de Josh em meu ombro, tentando me acalmar, e me sentei novamente, respirando fundo. – Não seria muito agradável se alguém nos reconhecesse naquele momento. -  Olhei para ele e vi que ele estava lançando um olhar de reprovação aos outros.

“Parem de agir como idiotas, só estão piorando a situação.” Ele disse, também irritado. “A Hayley já anda confusa o bastante sem vocês assim.” Jeremy deu um suspiro.

“Foi mal, Hay...é que...” ele começou.

“...é meio estranho.” Completou Taylor. Fitei-os, incrédula, ao perceber o que eles queriam dizer.

“Nunca declarei nada.” Disse.

“Então você não...?” começou Zac. Os três me olharam com curiosidade. Engoli em seco. – Me sentia como um suspeito de um crime sendo interrogado.

“Err...não? Não sei...talvez?” Isso era muito constrangedor...eles não faziam ideia do quanto. Cruzei os braços e mordi meu lábio inferior. – Eles continuaram me olhando. “Escutem...o que tem acontecido comigo e a Katy eu tenho que resolver com ela. E gostaria que, qualquer que for minha decisão em relação à isso, vocês não me tratassem de uma maneira diferente.”

“Nós não faríamos isso.” Consentiu Taylor, lancando-me um olhar sincero. “Você é como nossa irmã, Hay, estávamos meio preocupados.”

“Só uma coisa...” começou Jeremy. “O que exatamente há entre você e a Katy?”

“Ahn...boa pergunta.” Vi que Josh também passara a me olhar com curiosidade. – Senti meu rosto corar. “Nós nunca chegamos a realmente falar sobre isso.”

“Olha, ela tá com vergonha.” Brincou Zac, sorrindo. “Que bonitinho.”

“Ah, parem com isso!”  eu definitivamente estava muito vermelha agora. – Escondi o rosto nas mãos. Os quatro riram.

“Ainda confusa sobre seus sentimentos?” perguntou Josh. Abaixei as mãos e olhei para ele.

“Sim.” Tristeza tomou conta da minha voz de repente. “O problema é que ela acha que eu estou brincando com os dela.” Suspirei.

 “Mas e quanto ao Chad?” perguntou Jeremy. -  Eu havia previsto que essa pergunta surgiria, mas não sabia como respondê-la. – Coçei minha cabeça, já imaginando que as coisas só ficariam ainda mais complicadas.

 

...

 

Me encontrava agora em uma praça em frente ao hotel. Estava sentada em um banco, afogada em em meus pensamentos. Felizmente, o lugar estava praticamente vazio, devido ao clima frio dos últimos dias. – Eu realmente precisava de um momento sozinha.

Apenas uma coisa passava pela minha cabeça: Chad Gilbert....meus sentimentos por ele pareciam agora extremamente irreais. De alguma maneira, Katy havia tomado seu lugar em meu coração. – E essa realização me assustava.

Mas simplesmente não parecia certo continuar com ele.

Por ironia do destino, meu celular começou a tocar naquele segundo no qual havia finalmente desvendado meus sentimentos. – O nome dele estava piscando na tela. – respirei fundo.

“Alô?” falei com uma voz que não parecia ser a a minha.

“Oi, amor.” Sua voz profunda parecia cheia de entusiasmo. “Já faz um tempo que eu queria te ligar.”

“É? O que andou fazendo?” tentei fingir que estava interessada na conversa. – não estava dando muito certo.

“Bom, ensaiando com os caras.” Ele disse, referindo-se aos outros integrantes do New Found Glory. “Mas percebi que sentia muito a sua falta...” Infelizmente, não podia dizer o mesmo. “...e decidi aparecer por aí.” Meus olhos se arregalaram.

Ele só pode estar brincando. – Pensei. Ele estar aqui era a última coisa que eu precisava.

“Nossa, que...ineseperado, Chad.” Eu disse. Desespero estava começando a crescer dentro de mim slienciosamente. “Onde você tá agora?”

“Na frente do hotel.”

Levantei o olhar. Lá estava ele, parado em frente à porta dupla, segurando o celular com uma expressão animada.

“Ah...já te vi.” Desliguei o meu. Ele olhou para frente e me lançou um sorriso ao perceber que eu estava ali. Me levantei e atravessei a rua que separava o o hotel da praça. No segundo em que me aproximei, ele colocou as mãos em minha cintura e me puxou para perto, para me beijar.

Retribuí o beijo com certa relutância. Para minha surpresa, não eram os lábios dele que eu queria sentir. – Ele parecia querer ter todo o controle da situação, o que não era nada agradável.

“Vamos lá pra dentro?” ele perguntou com um tom esperançoso em sua voz, após se afastar. Consenti com a cabeça, já que precisava conversar com ele em privado.

 

Mas, ao entrarmos no quarto, ele deixou claro que essa não era sua intenção. – Em poucos segundos, ele estava me beijando novamente, mas com muito mais ansiedade que antes. E rapidamente ele havia feito com que eu me deitassse na cama, seu corpo sobre o meu.

Não podia deixar que isso continuasse...coloquei as mãos em seu peito e o afastei.

 “O que foi?” ele perguntou, confusão estampada em seus olhos. Suspirei.

“Chad, a gente precisa conversar.” Eu disse. Ele se sentou na borda da cama e eu fiz o mesmo. Percebi por sua expressão que ele ficara alarmado.

“Eu fiz algo de errado?” engoli em seco. – Como dizer a ele que as coisas não eram mais as mesmas? “Não me diga que vim até aqui pra você terminar comigo.” Ele franziu a testa, com aparente irritação. Isso não estava indo nada bem.

“Tente se acalmar, eu nem disse nada ainda.” Protestei. Ele cerrou os punhos.

“Você não pode terminar comigo.” O olhar dele estava começando a me asustar. “Eu te amo, você não pode fazer isso comigo!”

“Deixe-me explicar...-” supliquei.

“Não…não vou deixar você desistir de nós assim.” Num piscar de olhos, ele havia me agarrado e forçado os lábios nos meus. Dessa vez, eu tive que empurrá-lo com força.

“Chega, Chad, não posso continuar assim!” agora era eu quem estava com raiva. “Tente entender...as coisas mudam. O que eu sentia antes acabou.” Detestava ter que ser assim, mas de nenhuma outra maneira ele entenderia.

Ele me encarou, incrédulo. Respirei fundo.

“Ainda podemos ser amigos.” Disse.

“ Não...não podemos.” A voz dele tornara-se ríspida. “Eu vou embora.”

“Como quiser.” Respondi com repentina indiferença. “Depois não diga que não tentei.”

Foda-se.” Ouvi-o murmurar. Com isso, ele se levantou e deixou o quarto, seus passos ecoando pelo corredor.

 

Fiquei olhando para a porta, sem saber o que fazer. Foi então que a Katy apareceu, parecendo profundamente incomodada.

“O que ele tava fazendo aqui?” aparentemente ela havia entendido mal a situação.

“Katy, eu...”

“Não, esqueçe.” Ela levou as mãos à cabeça. “Não sei nem por que tinha esperanças de que você correspondia meus sentimentos.”

“Não, você não entende...!”

“É, Hayley, eu realmente não entendo!” sua expressão era de agonia. “Não entendo por que você deixou que eu te beijasse duas vezes, se quem você realmente quer é ele. Eu não sou seu passatempo!” Dizendo isso, ela também se retirou.

Hoje definitivamente não era meu dia.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que deveria acontecer?