Dear Future Husband escrita por Brigadeiro


Capítulo 3
2 - And don't forget the flowers every anniversary


Notas iniciais do capítulo

Vocês pensaram que eu tinha morrido, não é?

Não, não é. É porque eu tinha determinado que, por mais que esse capítulo já estivesse pronto, eu não ia postar até terminar o capítulo da minha outra história. O que não aconteceu. E eu simplesmente cansei de enrolar por ai.

Sugiro que não percam tempo com ódio pela minha demora, e o usem para ler esse capítulo, que é uma continuação quase direta do prólogo.



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~ And don't forget the flowers every anniversary ~

Dava pra ver tudo por debaixo daquela venda, mas ainda assim Evie andava segurando as mãos de Mal como se ela pudesse tropeçar no corredor vazio a qualquer minuto.

E, mesmo que a venda não tivesse sido completamente inútil, as risadinhas dos seus amigos que eram fisicamente incapazes de fazer completo silêncio denunciava todo o esquema. Ela podia ver o topo do topete de Carlos por trás do sofá. Pra que se esconder se ela estava vendada?

Mal segurou um suspirou, o rolar de olhos, os resmungos e tudo o mais que entregasse sua completa desanimação para o evento que se seguiria.  Medindo pela animação estranha de Evie em torno dela nos últimos dias, eles estavam planejando aquilo já há algum tempo.

Ela se perguntou se Ben sabia daquilo, se tinha sido uma fatalidade ocasional a viagem ocorrer bem naquela semana, ou se tinha sido uma escolha consciente correr para o mais longe possível que seus compromissos reais pudessem levá-lo depois do desastre do último encontro que tiveram. Ao pensar naquilo, tocou o anel em seu dedo – o de Ben, com o rosto da Fera, não o que ela tinha rejeitado – quase como um reflexo.

Quando Evie acabava de arrastá-la para o andar de baixo, ela tratou de expulsar os pensamentos incômodos e forçar um sorriso.

— O que está acontecendo?

Mais risadinhas. Não era possível que eles realmente achavam que ela não sabia.

— Vou tirar a venda. Pronta? — a voz de Evie saiu até mais fina pela animação.

Não, eu quero voltar pro meu quarto e ficar em paz.

Mas ao invés de dizer isso, ela fingiu estar empolgada e respondeu com a mesma voz da amiga:

 — Vai logo com isso!

Foi um alivio quando a venda parou de pinicar seu nariz ao ser retirada. Diante dela, tudo o que já tinha sido visto por debaixo do pano se tornava mais nítido: uma mesa decorada demais abrigava um bolo exageradamente grande no meio da sala de estar onde seus amigos tinham se escondido e agora saltavam para se fazerem presentes e gritar “SURPRESA!”.

Mal levou as mãos ao peito tentando se lembrar de como atuar. Fazia tanto tempo que não fingia mais que tinha perdido um pouco a capacidade de dissimular. Mas nunca completamente.

— Uau! — ela se esforçou pra dizer. — Ah, vocês não fizeram isso.

Então ela foi empurrada para trás da mesa e obrigada a suportar a tortura do “Parabéns pra vocêêêêê, nesta data queridaaaaa...” com classe enquanto os amigos batiam palmas com sorrisos assustadoramente animados como se tivessem acabado de acordar na manhã de Natal. Jane era a mais empolgada, parecendo querer mais do que tudo que seu trabalho valesse a pena. Curiosamente, porém, Evie cantava apenas algumas partes, concentrada em olhar para a tela do seu celular.

A maioria de seus conhecidos estava ali. Além dos amigos mais próximos, ela viu Dizzy, Audrey e Chad, Aziz, Freddie, Ally, Jordan, Diego e mais alguns entre os rostos. Mal evitou olhar para os convidados, pois embora conhecesse todos, não deixava de ser constrangedor. Pelo menos Evie teve a presença de espírito de não encher o apartamento deles de estanhos, como ela costumava fazer em quase todos os eventos que organizava. Ela sempre dizia que isso impedia a festa de ficar chata e acabar cedo. E, pelos dragões, tudo o que Mal mais queria era que aquilo acabasse o mais cedo possível.

— Não esquece de fazer um pedido! — a voz de Dizzy gritou assim que ela se inclinou para a soprar a estúpida velinha em formato de dragão no topo do glacê.

Ela rolou os olhos, mas os fechou e suspirou antes de assoprar a chama, sem pensar em nada especifico além da vontade de pode desfazer sua reação ao pedido de Ben dias atrás. Era a única coisa em seus pensamentos nos últimos dias.

— De quem é o primeiro pedaço? — Lonnie perguntou assim que Evie cortou o bolo, depois de perceber que Mal não se mexeria após soprar a vela. Um prato com o famigerado primeiro pedaço foi empurrado para as mãos dela enquanto todos aguardavam que ela decidisse qual de seus melhores amigos merecia comer primeiro.

Ben estava longe, de forma que todos provavelmente estavam esperando que ela estendesse o prato para Evie, o que ela não faria, porque Evie era uma traidorazinha que deu o primeiro pedaço de bolo para Doug em seu último aniversário. E não dava pra escolher entre Jay e Carlos, porque eles passariam meses se provocando sobre aquilo depois.

Olhou para o doce nas mãos, percebendo com aprovação que ele era feito de massa branca e diversos pedaços de morango no recheio, e lembrou que há pouco tempo atrás tinha mesmo pensado que tudo o que precisava para se curar da frescura melancólica que estava sofrendo ultimamente era se empanturrar de morangos.

Ah, dane-se. Essas tradições de aniversário eram todas estúpidas de qualquer jeito. Lambeu os lábios e, dando de ombros, puxou o garfo do bolo e colocou na própria boca.

— Meu mesmo — informou a todos, e em seguida saiu de trás da mesa, buscando um assento.

— Isso é trapaça! — Jay reclamou.

— Meu aniversário, minha regras — ela respondeu, e comeu outra garfada cheia de bolo.

Jay mostrou a língua para ela e se apressou em pegar um grande pedaço para si próprio.

— Tem mais gente pra comer, espertinho — Lonnie o cutucou nas costelas.

Um sorriso de lado brotou nos lábios do ex-ladrão quando seus olhos se estreitaram para a filha da Mulan. Ele estendeu o pedaço que tinha cortado para ela, e em seguida encheu outro prato com outro maior.

— Pronto, estamos garantidos.

— Eu não estava falando de mim, gênio. Tem outras pessoas aqui, sabia?

Jay deu de ombros.

— Não é culpa minha se eles não são rápidos o suficiente.

Mal sentou no sofá, observando a discussão dos amigos. Jay correu pra se acomodar do lado dela e Lonnie o acompanhou, se empoleirou no braço do sofá e apoiou-se no ombro de Jay enquanto comia.

 — E ai, Mal? Gostou da festa? — Jay bateu seu ombro com o dela, deixando farelos cair de sua boca enquanto tentava falar e comer ao mesmo tempo.

— Claro. Festa. Yupi.

Geralmente Mal consegui controlar melhor sua atuação rotineira de ‘fingir que está se divertindo em algo mortalmente chato’, mas seu humor não estava dos melhores. Há anos que não tinha uma festa de aniversário, mesmo que simples como aquela. Nunca tivera uma na Ilha, e, depois do primeiro aniversário em Auradon, Ben aprendeu rápido que ela não gostava daquele tipo de comemoração tradicional, tediosa e constrangedora, e desde então ele a tirava da cidade todos os anos, para passeios inusitados onde ficavam a sós e nos quais ela realmente se divertia.

Mas, graças a ela e seu estúpido descontrole irracional, ele não estava ali. E Evie, que todo ano reclamava de ser privada da companhia da melhor amiga no dia do aniversário dela, se aproveitou dessa ausência para fazer aquilo.

Ok, talvez fosse injusto pensar daquela maneira fria. Evie estava preocupada com ela, e tinha feito a festa com o objetivo de animá-la. E Mal não podia negar que o bolo estava muito bom, mas ainda assim...

— Desculpe não termos conseguido controlar a Evie — Jay continuou falando.

— Ou a Jane — Carlos chegou com seu pratinho, e ocupou o lugar do outro lado da amiga. — Foi mal. Essas duas deviam ser proibidas de organizarem qualquer coisa juntas.

Mal olhou para as duas, ainda na mesa do bolo. Evie ainda cortava e distribuía pedaços, com Doug ajudando-a a distribuir já que ela parava a cada cinco minutos pra digitar algo no smartphone, e Jane se esforçava pra encher o copo de todos com refrigerante, que só agora Mal se lembrava de que tinha esquecido de pegar.

— A intenção delas foi boa — ela sorriu um pouco, acima de tudo feliz por elas estarem mantendo a pequena massa de convidados longe da aniversariante. Não queria ninguém em volta dela fazendo perguntas.

— Então... — Lonnie começou, a voz se alterando para um tom sugestivo, e aquele biquinho malicioso surgiu em seus lábios brilhosos. — Você e o Ben estão mesmo noivos?

— Jay! — Mal rosnou para o filho do Jafar, irritada com a traição. Só os três VK’s sabiam do que tinha se passado entre ela e Ben, e certamente não tinha sido Carlos quem contou à chinesa. — Seu boca aberta.

— O quê? — ele se defendeu. — Não sabia que era um segredo. E a Jane sabe também!

— Carlos!

Valeu, Jay!

Mal encarou os amigos com raiva, quase não acreditando nas duas velhas fofoqueiras que eles tinham se tornado.

— Argh, gente namorando é tão chata. Aposto como Doug sabe de tudo também, como vocês — ela bufou, por fim.

Jay e Lonnie se olharam, constrangidos. A garota se afastou alguns centímetros.

— Não somos um casal.

Mal riu, e Carlos a acompanhou.

— Só porque o Jay é frouxo demais.

— Hey!

Não somos um casal — Lonnie repetiu, enfática.

Mal e Carlos trocaram um olhar que dizia: “ninguém merece”.  Eles tinham ficado juntos por um curto período de tempo após o Cotilhão, e então ido juntos ao baile. Depois da formatura, porém, quando estagiaram juntos com o pai da moça e disputaram uma vaga na tropa do comandante Shang, aprenderam a lidar com a rivalidade tornando-se melhores amigos que fingiam não ser apaixonados um pelo outro. Mas também não se relacionavam com mais ninguém. Era como um relacionamento sério, só que formado apenas por tensão e sentimentos reprimidos.

Mal abafou uma risada.

— Continue mentindo pra si mesma. Não vou me meter.

Lonnie achou melhor não responder a provocação, e ao invés disso provocar de volta.

— Você está noiva ou não está?

Mal suspirou.

Era aquilo que era queria evitar ao ter passado os últimos dias trancada em casa vendo séries.

— Provavelmente — se o pedido ainda estiver valendo depois que eu ter saído correndo, ela completou em pensamento.

— Uau, como isso aconteceu?

— Eu te contei como — Jay virou pra ela. — Ele pediu, ela fugiu, ele saiu da cidade, dai ela mandou uma carta dizendo sim.

— Obrigada, Jay — Mal socou ele no braço.

— Será que dá pra parar de me bater?

— Será que dá pra parar de ser intrometido?

— Não, quero dizer, não como aconteceu — Lonnie retomou o rumo da conversa. — Mas sim, como aconteceu, entende?

Mal assentiu, entendendo. Como ela tinha conseguido chegar naquilo? Como a maluca que chegou naquela terra achando que o amor era uma piada, agora tinha aceitado casar com alguém que ela piegamente considerava o amor da sua vida?

— Acho que eu arrisquei. Qualquer coisa pode acontecer quando você arrisca. Eu nunca achei que ia acontecer, até que aconteceu — ela sorriu um pouco, pela primeira sentindo menos medo e mais ansiedade desde que tinha escrito aquela carta. Era estranho penar que por mais que fosse óbvio que aquilo aconteceria algum dia, ela não estava mesmo esperando, e por isso tinha sido pega tão de surpresa.

Benjamin podia fingir que não era Rei um pouco e voltar logo. Ele tinha dito por mensagem que recebera a carta, mas então não comentou nada sobre o fato desde então. Se era algum tipo de vingança pelo tempo que ela o fez esperar pelo sim, estava sendo bem executada.

— As coisas estão mesmo mudando. — Lonnie comentou, a voz soando mais baixa. Séria. — É pra valer. Estamos começando uma nova era.

— Não exagera.

— É serio! — ela arregalou os olhos para a filha da Malévola. — Vocês vão se casar! E quanto tempo acha que vai demorar pra Evie fazer o mesmo? E depois o Carlos? E dai vocês vão ter filhos, e eu vou ser chamada de tia, e seremos velhos...

— Ow ow, vamos com calma ae! — Mal pediu, já com os olhos arregalados com o raciocínio rápido da jovem. Qual era o problema com aquele pessoal de Auradon, pelo amor aos morangos? Eles não conseguiam viver um dia de cada vez sem atropelar as coisas e fazer vinte anos de futuro parecerem um segundo? — Você tá querendo me fazer fugir de novo? Se não me quer como rainha é só dizer — tentou fazer piada pra acalmar a si mesma.

— É, cara, relaxa — Carlos também tinha se sobressaltado. Não tinha planos nenhum de mudar o status de seu relacionamento com Jane tão cedo. — Se querem avançar no tempo, pulem pra parte onde vocês param de enrolação e se beijam.

— Cala a boca! — os dois exclamaram juntos, e então ficaram vermelhos.

— Mal! — Evie a chamou, vindo na direção deles antes que Mal pudesse rir dos dois. — Interagir com os convidados faz bem sabia?

Mal apontou para Carlos, Jay e Lonnie.

— Eles são convidados — evidenciou. — E você não pode falar nada sobre interação quando mal tira os olhos da tela do celular.

Evie rolou os olhos e olhou para trás, parecendo esperar por Jane. Ela maneou a cabeça em direção à filha da Fada Madrinha, que então chegou até eles apressadamente com dois copos de refrigerante na mão. Estendeu um pra Carlos, que pegou após agradecer, e ficou parada na frente de Mal.

— Pode se levantar?

Mal estreitou os olhos para ela. Jane parecia nervosa, mas se esforçando pra parecer natural.

— E por que eu faria isso?

— Eu quero me sentar com Carlos.

Alguma coisa estava errada. Jane nunca falava assim com ela, e nunca se comportava daquela maneira também. Evie continuava lançando olhares para o celular de modo suspeito.

— O que vocês estão aprontando?

Evie emitiu um som que dizia que sua paciência tinha acabado. Ela puxou a amiga pela mão, quase fazendo-a derrubar o prato sujo em cima de Carlos, e puxou-a em direção à saída.

— Onde estamos indo? — Mal perguntou, confusa. — Você me faz uma festa pra depois me mandar embora dela meia hora depois?

— Como se você quisesse continuar lá.

— Quem disse que eu não queria?

Evie cruzou os braços, parando de puxá-la quando chegaram na porta da frente.

— Acha que eu não sei perceber a diferença quando você finge que está adorando algo que, na verdade, está odiando? Você nunca foi boa nisso e não adquiriu a habilidade em uma noite, sinto muito.

Mal suspirou. Claro que Evie não tinha sido enganada.

— Então porque insistiu em fazer?

— Em parte, porque nunca vi Carlos e Jay tão empenhados em algo que eles detestam, e Jane teria uma síncope se cancelássemos. E, em parte, porque a noite ainda vai te animar.

— Como?

Os lábios de Evie se curvaram em um sorriso tão misterioso quanto o do Gato de Cheshire.

Ela abriu a porta do apartamento e empurrou Mal pra fora.

— Sai daqui. Vai aproveitar o seu aniversário da maneira como realmente deseja.

— O qu- — ela não teve tempo de questionar antes da porta de madeira se fechar bem diante do seu nariz. — Evie! O que é que eu vou fazer aqui for...

A frase morreu quando ela se virou. Ali, no meio do corredor exterior do apartamento que Mal divida com os amigos, estava Ben. Parado, segurando um buquê de lírios com as duas mãos firmas, sorrindo torto todo convencido.

— Oi.

Ela queria xingá-lo. E virar as costas, por ele tê-la deixado passar três dias em agonia sem respostas. Mas, antes que pudesse dar um passo para trás, já tinha dado cinco pra frente e o rodeado com os braços.

— O que está fazendo aqui? — ela disse após soltá-lo, recriminando-se mentalmente por não ter se controlado.

— Meu coração nunca saiu daqui, eu só trouxe o corpo de volta.

— Mas não deveria voltar até a semana que vem. E a vistoria?

Ele decidiu deliberadamente ignorar a pergunta sobre seu trabalho, que certamente quebraria todo o clima que ele tinha se esforçado pra montar, e puxou o queixo dela para beijá-la.

— Feliz aniversário — ele entendeu o buquê.

Mordendo os lábios que ainda estavam com o gosto de beijo dele, ela pegou as flores para cheirar por um segundo, e então bateu com elas no braço dele. Algumas chegaram a cair no chão, e ele tentou esconder o riso com aquilo.

— Por quê não me respondeu sobre a carta?

Ele levou as mãos ao bolso do paletó e tirou de lá o papel dobrado em várias partes. Ele estava carregando-o no bolso e certamente relido tantas vezes quanto possível.

— Porque foi bonita demais pra falar sobre ela por mensagem. Eu tinha que voltar — ele piscou pra ela, e olhou para o buquê arrasado em suas mãos. — E a culpa não foi do buquê, sabe? Ele era inocente.

Ela deu de ombros, contendo uma risada, e deixou cair o restante dos caules no chão.

— Sabe que não sou chegada em flores. Elas são inúteis, você colhe e elas morrem e coisa e tal.

— Na carta você dizia pra eu não esquecer as flores em todo aniversário — ele argumentou.

— Sabe o que significa a palavra ironia, Benjamin? — Mal revirou os olhos.

— Não dá pra distinguir o tom de voz em uma carta.

— Eu sempre sou irônica.

Ele envolveu-a pela cintura com delicadeza, e a aproximou até que ela estivesse com os cotovelos apoiados no peito dele. Então, puxou uma mecha de cabelo roxo e brincou com ela entre os dedos ao pergunta:

— O sim foi irônico também?

Ela soltou o ar que nem sabia que estava segurando, e ergueu um pouco os pés para tocar seu nariz com o dele.

— Não, o sim foi real.

Sem se afastar por nem um sentimento, ele soltou o rosto dela e levou a mão ao bolso, tirando de lá uma caixinha dourada onde estava o mesmo anel que ele tinha ofertado pra ela há noites atrás. Um legítimo anel de noivado, que desta vez ele apensar retirou da caixinha e deslizou pelo dedo anelar dela, na mesma mão onde já havia o anel que ele tinha lhe entregado desde a sua coroação. De certa forma, combinavam.

Puxando-a com delicadeza pela mão, ele beijou a aliança e então seus lábios, fazendo-a fechar os olhos para poder aproveitar aquele sentimento que se acomodava em seu peito. Era forte, marcante, e permanente. E ela não teve nenhuma vontade de fugir para qualquer lugar a não os braços de seu agora noivo.

Som de palmas assustaram os dois, que se afastaram só para descobrir que a porta tinha sido aberta, e os convidados estavam todos amontoados nela, assistindo a cena com sorrisos felizes. Lonnie tinha uma câmera na mão.

— Então... Estão noivos? — a chinesa perguntou uma última vez.

Agora não havia duvidas ao responder.

— Sim — Mal afirmou, e o sorriso que se abriu em seu rosto foi sincero.

Os amigos explodiram em comemoração, aguardando que eles entrassem para poderem ser abraçados e questionados sobre cada detalhe, alguns até já avançando. Ben apertou a mão de Mal e eles se olharam, sabendo exatamente o que fazer.

Dali pra frente os dois teriam muitas coisas da qual não poderiam fugir, mas aquela não era uma delas. De mãos dadas, viraram as costas e correram escada abaixo o mais rápido que conseguiram, deixando os convidados da festa falsa para trás, parara comemorarem a sós à sua própria maneira.


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Notas finais do capítulo

Eu não faço a menor ideia do que vai acontecer em D3 (e, sinceramente, estou com um pouco de medo), e talvez o filme torne essa parte da história não-canon. Vai saber se eles vão ficar noivos no filme ou não (pelos teasers já divulgados, eu acho que sim), mas eu não tenho intenções de modificar esse capítulo após a estreia do filme.

Então, se o filme invalidar completamente esse capítulo, finjam demência como eu fingirei. Por enquanto, ele ainda é válido.

Comentário é bom e eu gosto.

Vamos lá, eu sei que você quer dizer algo.





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