A Falsa Lealdade escrita por Lari Teefey, Indignado Secreto de Natal
Notas iniciais do capítulo
Esse presentinho vai pra minha amiga secreta, Lya. Eu espero muito que você e quem mais estiver lendo, aprecie.
Fazia um dia particularmente frio no Largo Grimmauld n°12. O lugar que recentemente fora designado para ser a sede da Ordem da Fênix.
Um barulho de aparatação foi ouvido na entrada da Mui Antiga e Nobre Casa dos Black. Uma figura masculina observou, por detrás dos óculos meia lua, os apartamentos perfeitamente alinhados junto um do outro. Qualquer pessoa de fora que visse o erro de número entre as portas pensaria que isso se tratava de falha do construtor. Do n°11 pulava para o n°13.
As ruas estavam desertas. Ele olhou vagamente para a esquerda e direita, certificando-se que não estava sendo vigiado. Acenou com a varinha e magicamente a porta n°12 se ajustou entre suas vizinhas.
Ele tinha consciência de que ainda não tinham nenhum plano na manga. A Ordem estava apreensiva. No ano anterior tiveram de lutar com a revolta dos comensais e um deles havia partido por entre aquele véu sem fim. E sem volta. Não conseguia deixar que o sentimento de culpa não o atingisse. Deveria ter se certificado de que Severo ensinasse bem oclumência ao garoto e, mais do que tudo, deveria ter previsto que Voldemort poderia criar memórias falsas e com isso trazer Harry até ele. Suspirou. Não poderia deixar esse ar melancólico refletir na Ordem.
Subiu calmamente as escadas, que já rangiam devido sua antiguidade, e adentrou a sala que servia de encontro entre os seus integrantes.
Lá estavam seus companheiros. Os quem podia confiar. Tinham o mesmo ar melancólico que ele tanto prezava para esconder. Um ar de luto também preenchia o vazio que estava aquele lugar. Recostou-se na cabeceira da mesa. Era uma longa mesa. Com seus dezoito lugares. Nem todos preenchidos. Suspirou e abriu os braços, convidando-os a sentar-se.
— Meus amigos, — olhou atentamente todos na mesa. Alguns com marcas da luta anterior. — É bom vê-los aqui. A pergunta que nós temos agora é: agora que o ministério sabe sobre a volta de Voldemort, — Dumbledore teve vontade de dizer, não tremam! — quais vão ser suas decisões e providências? Temo que o Ministro sequer tenha pensado em um, devido ao seu estado estupefato.
— Dumbledore, você não pode simplesmente esperar reação do ministério! — Minerva McGonagall exclamou, os lábios tremiam em exasperação. — Hogwarts, por exemplo! Precisa de cuidados redobrados.
— Me certificarei de que Hogwarts esteja em seu estado de segurança máxima. Voldemort pode atacar a qualquer momento.
— Em quanto a Harry? — Remus perguntou. Se possível sua aparência era a mais desgastada possível. Tinha profundas olheiras por debaixo dos olhos pretos. O cabelo estava revolto e seu rosto marcado por arranhões. Era óbvio que não estava se dando bem com a perda de mais um amigo.
— Não há nada para ser feito por Harry, Remus. A não ser o precioso e reconfortante consolo. Ele já sabe do que Voldemort é capaz.
Um silêncio torturante tomou conta da sala naquele momento. Todos sabiam o que Sirius Black significava para Harry Potter.
— E agora? O que vamos fazer, no geral? — Era a primeira vez que Dumbledore via Nimphadora não fazer algum tipo de piada em uma reunião. Ela parecia exausta, mas não mais que Remus.
Era incrível o estrago que Bellatrix Lestrange poderia fazer em apenas uma noite. Matara Sirius e tentara fazer o mesmo a própria sobrinha. Até onde ela iria pra fazer algo para o Lord das Trevas? Por que essa obsessão tão doentia?
Olhou para o teto. Não tinha pensado numa resposta a altura de Tonks. Subitamente a ideia lhe voltou a cabeça. Ela era a única esperança. Era um palpite que ele já estava pensando a alguns dias.
— Senhores, é hora de trazer Bellatrix Lestrange de volta para nosso lado.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!