Christmas Wedding escrita por Semideusadorock, Tia Ally Valdez


Capítulo 3
Ok, estamos casados!


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas, tudo bem?
Não é mais Natal, mas o especial continua.
Se você está perdido no que está acontecendo aqui vai a recapitulação:
Nico descobriu que teria que assumir o cargo tão odiado por ele de Papai Noel e de brinde ainda se casar com uma completa estranha, com tal noticia ele decide fugir e nisso ele conhece Thalia, uma fanática por Natal que o arrasta até sua casa e o convence a ficar e participar das coisas da família Grace e nisso ele acaba por adormecer no sofá.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/772106/chapter/3

Nico teve um sobressalto ao ver um elfo o acordando, de cara pensando que seu pai o tinha descoberto e feito ele voltar para casa. Alguns segundos depois ele notou que estava em um sofá, e logo as lembranças da noite anterior o vieram a mente e não foi difícil reconhecer Percy Jackson, o primo mais velho da Grace que por algum motivo desconhecido estava vestido de elfo.

— Bom dia, flor do dia! — o Jackson falou sorrindo animado, arrumando a postura. — Vamos tomar café da manhã!

— Bom dia.... — Nico disse perdido e se levantando e ele quase engasgou ao ver Thalia.

A garota usava uma perfeita roupa de Mamãe Noel, ela tinha uma bota vermelha pontuda com salto nos pés, que ia até a metade de sua panturrilha, e tinha uma decoração felpuda branca, uma meia calça bege, um vestido de manga comprida vermelho que ia até metade de sua coxa e com a barra do mesmo material branco felpudo, e claro o gorro de Mamãe Noel e Nico se sentiu estranho de a achar magnifica daquele jeito.

Os olhos elétricos se destacavam, já que ela tinha um delineado nos olhos e o batom vermelho pintando sua boca sendo a única maquiagem que ela usava, deixando a sardinha perfeitamente amostra e a pele corada devido ao frio, mesmo tendo o aquecedor.

— O que está acontecendo? — ele perguntou confuso, a fazendo sorrir para ele.

— Bom dia! — cumprimentou sorrindo — O que acha? É a nossa fantasia, estamos vendo se ela está perfeitamente no local ou precisa se algum reparo.

— Venha, querido! — Sally saiu da cozinha com um sorriso acolhedor. — O café está pronto!

Thalia não deu a Nico tempo de negar: segurou seu braço e o puxou, obrigando-o a sair do sofá e ir até a cozinha, que estava com um cheiro ótimo. Sobre a ilha no centro, estava um prato cheio de panquecas azuis em formato de árvores de natal. Ao lado das panquecas, uma garrafa térmica contendo café. Além das panquecas, havia um recipiente contendo torradas e outro contendo várias frutas diferentes. Uma jarra com suco se encontrava ao lado da garrafa de café.

Toda a família já estava ali aproveitando o café da manhã. E todos sorriram levemente e cumprimentaram Nico com um “bom dia” em uníssono. O di Angelo forçou um sorriso e respondeu ao cumprimento, sentando-se sobre um dos banquinhos ao redor da ilha. Sally depositou um prato e uma xícara em frente a ele.

— Então, Nico... — Zeus começou enquanto alcançava a calda de chocolate para colocar na panqueca. — O que você faz da vida?

Nico quase engasgou com seu café, mas fez seu melhor para disfarçar. Ele endireitou a postura e limpou a garganta, fitando o pai de Thalia.

— Meu pai tem uma fábrica de brinquedos... — Ele começou, optando por dar a eles uma meia verdade. — E eu estou sendo treinado para assumi-la.

Tyson desviou o olhar de suas panquecas cobertas com calda de chocolate até demais, encarando Nico com os olhos brilhando.

— Espera! — Ele exclamou, atraindo a atenção dos demais. — Se estamos no Polo Norte e seu pai tem uma fábrica de brinquedos, então isso significa que seu pai é o Papai Noel e você vai ser o próximo Papai Noel?!

Nico paralisou, sem saber ao certo o que responder para Tyson. Ainda estava elaborando uma boa desculpa para dar a ele, mas o garotinho prosseguiu:

— Faz todo sentido! Você vai ser o Papai Noel e tá namorando a minha prima, que é a Mamãe Noel!

Apoiada na pia, Thalia engasgou com o café. Nico sentiu seu rosto esquentar.

— Em primeiro lugar, eu não estou namorando a sua prima. — Ele disse. Pela expressão de Tyson, ele não acreditou muito. — Mas, sobre ser o próximo Papai Noel, é verdade. Mas vai ser o nosso segredo.

Completando o que disse, Nico deu uma piscadela, sorrindo de canto. O sorriso de Tyson cresceu e ele encarou Thalia, que já havia se recuperado de seu engasgo.

— Você tem que casar com ele! — A frase quase a fez engasgar de novo.

— Não é assim que funciona, Tyson... — Ela abriu um sorriso. As bochechas estavam enrubescidas.

— Por que não? — Tyson questionou. — Vocês se gostam! E ele é da família, até colocou a estrela na árvore!

Nico ficou constrangido. Principalmente quando sentiu os olhares recaírem sobre si. Ele limpou a garganta, tentando ficar calmo.

— Eu... — Ele começou, pretendendo dizer que não era exatamente parte da família, mas foi novamente interrompido.

— Não! — Tyson cortou. — Se colocou a estrela na árvore, é da família. É a mais absoluta lei aqui dentro.

Seria mentira dizer que Nico não cogitou tirar a estrela do topo da árvore.

— Você é o Papai Noel, a prima Thalia é a Mamãe Noel e o maninho Percy é o elfo! — Ele disse. Percy ergueu as sobrancelhas, descrente de que havia sido incluso na conversa. — E todo mundo sabe que o Papai Noel e a Mamãe Noel são casados, como vocês!

Foi a vez de Zeus engasgar com o café, levando uma das mãos ao peito enquanto tossia.

— Quem diria que sua filha seria casada por um menino de seis anos de idade e com o estranho que ela sequestrou! — Cronos comentou, encarando Zeus com um sorriso brincalhão. Jason riu baixo da piada e encarou Nico.

— Qual o seu argumento agora? — Ele questionou, erguendo uma sobrancelha.

Nico sentia que estava mais vermelho. A boca abria e fechava, mas nenhum som saía de lá. Ele encarou Tyson, que parecia mais um advogado que havia acabado de vencer um caso.

— Ok então! — Ele se deu por vencido. — Estamos casados.

Thalia finalmente cedeu aos risos, atraindo a atenção dos que estavam sentados. Ela se curvou para frente, ainda rindo, o que levou os outros a rirem. Vendo a situação, Nico deu um riso nervoso. Num dia estava fugindo de seu pai, no outro estava casado e oficialmente declarado como Papai Noel. Provavelmente, se seu pai estivesse ali, estaria realizado.

— Agora... — Tyson começou um novo assunto, voltando sua atenção para as panquecas. — Você vai ficar para o jogo da família, não vai?

Nico comprimiu os lábios, pronto para recusar o convite, mas Thalia sequer lhe deu a oportunidade de fazê-lo:

— É, maridinho, você tem que ficar. — Ela deu um pequeno sorriso de incentivo. — Fique.

Nico olhou para ela. Depois olhou para Tyson, que deixava bem claro que ele não sairia de lá tão fácil. Por fim, o di Angelo deu um longo suspiro e se forçou a sorrir. Umas horas a mais não o matariam, certo?

— Tudo bem. — Ele disse. — Eu fico.

***

Na Fábrica, o silêncio prevalecia sobre a grande mesa do café da manhã, cortado apenas pelos elfos murmurando entre si. Bianca estava desconfortável, variando o olhar entre seus pais, seu prato e a cadeira vazia de Nico em frente à sua. Estava num pequeno surto interno, dividida entre contar ou não sobre a fuga de seu irmão mais novo.

Ela fitou Leo, um dos elfos sentados à mesa, e se conteve para não praguejar. Com tantos álibis para ter na noite da fuga de Nico, era justamente o Valdez o seu.

— Então... — Ela começou, tentando não dizer nada que a fizesse suspeita. — Não vamos comentar nada sobre a ausência do Nico no café da manhã?

Sentada de frente para Hades, Maria, a mãe dos di Angelo, assentiu.

— Tem razão — disse, fitando o marido. — Nico nunca perde o café da manhã. Estou preocupada com ele.

— Mesmo tendo vinte e quatro anos, ele tem a atitude de um adolescente rebelde. — Hades resmungou, pegando um dos biscoitos em seu prato e o encarando como se o doce fosse lhe dar alguma resposta. — Eu falei para ele ontem sobre seus deveres. Ele se irritou e fez birra como uma criança. Deve estar enfurnado no quarto ouvindo aquelas músicas horrorosamente agressivas.

Bianca se conteve para não defender o gosto musical do irmão, com o qual também se identificava. Ela fitou Leo discretamente, porém o elfo negou sutilmente.

— De qualquer forma... — Maria começou. — Mesmo com todas as suas brigas, Nico nunca deixou de tomar café. Ele considera o café da manhã tão sagrado quanto você considera o Natal.

Hades revirou os olhos, levando o biscoito à boca. Estava totalmente disposto a não falar com o filho de forma alguma. Maria fitou Bianca, que estava em silêncio e não deu um único sinal de que iria até o quarto do irmão, e suspirou alto, se levantando calmamente e pegando o prato de biscoitos em frente a Hades.

— Você fala de Nico, mas é tão birrento quanto ele. — Ela disse. A voz séria, mas a expressão serena. — Sempre soube que foi a você que ele puxou.

Hades ergueu as sobrancelhas, mas nem teve tempo de se defender, já que Maria já havia se afastado levando consigo o prato de biscoitos. Bianca apertou os lábios para conter o riso e os elfos tentaram não encarar seu chefe. Ninguém ali queria ganhar carvão.

— Você me acha birrento? — Ele perguntou em voz baixa para Bianca, que o encarou com um sorriso nervoso.

— Claro que não, pai. — Só quando o assunto é Nico. Ela se conteve para não acrescentar a segunda parte.

O silêncio voltou a prevalecer sobre a mesa. Hades suspirou, se dando por satisfeito com a resposta da filha, e pediu a um dos elfos que lhe passasse o panetone próximo da outra ponta da mesa. Ele deu um pequeno sorriso enquanto tirava uma fatia e a colocava sobre seu prato. Já estava prestes a comer o primeiro pedaço quando Maria empurrou o prato para longe dele.

— Mas não se pode mais tomar café nesse lugar?! — Hades exclamou, indignado. Sua esposa tinha os braços cruzados.

— Seu filho sumiu. — Ela foi direto ao ponto. Não parecia nada satisfeita. — Agora ache-o.

— Não fale como se a culpa fosse minha! — Hades retrucou, também cruzando os braços.

— A culpa é sua! — Maria disse, severa. Bianca e Leo trocaram um olhar de alerta.

— Não é não! — Ao ver Maria erguer as sobrancelhas, Hades desviou o olhar. — Ok, talvez seja um pouquinho.

Maria revirou os olhos, negando em reprovação.

— Seu filho está lá fora, com os poderes começando a se manifestar! — Ela disse, deixando claro como a situação era urgente. — Você causou isso, você vai consertar!

Dito isso, Maria deu as costas e se retirou, deixando Hades atônito para trás.

— Quando faz merda o filho é meu. — Ele resmungou. E Bianca se conteve para não dizer como estava parecido com Nico agindo daquela forma.

O silêncio que prevaleceu ali agora era desconfortável. Os elfos trocavam olhares entre si e Bianca se continha para não surtar.

— E agora? — Ela quebrou o silêncio. Hades respirou fundo e ergueu o olhar.

— Valdez. — Ele chamou. — Venha comigo para a minha sala.

Leo arregalou os olhos, encarando Bianca num pedido silencioso de socorro. Ela ergueu as sobrancelhas e negou, deixando claro que não iria piorar uma situação que podia nem mesmo estar ruim.

— Pai? — Leo encarou seu pai, Hefesto, sentado à extremidade oposta da mesa. — Ele chamou você, não é?

Hefesto negou, deixando claro que o filho estava ferrado.

— Não. — Ele disse. — Foi você mesmo.

Leo engoliu em seco e se levantou, vendo Hades se afastar e o seguindo enquanto pensava em todos os tipos possíveis de justificativas. Eu sou um elfo! Onde vou trabalhar se for demitido?!

Com um pequeno suspiro, Hades adentrou seu escritório, deixando a porta aberta para que Leo também entrasse e a fechasse atrás de si. A mesa de madeira tinha algumas pilhas de cartas abertas. Um grosso livro de aparência antiga estava ao centro, de frente para a poltrona vermelha. Inúmeros nomes estavam listados ali em letras douradas.

— Bom... — Hades sentou-se na poltrona, indicando a cadeira do outro lado da mesa. Leo engoliu em seco e se sentou ali, fechando as mãos em punho e as deixando sobre as pernas.

— Não foi minha culpa! — Leo começou a sua justificativa, que, no entanto, não era esperada por Hades.

— Como? — O Papai Noel questionou, confuso. Leo ergueu as sobrancelhas, se limitando a dar um sorriso nervoso.

— Sobre o que estamos conversando mesmo? — Ele questionou. Hades ergueu uma sobrancelha.

— Leo... — O di Angelo começou. O tom de voz mais severo. E o Valdez percebeu que havia se entregado de bandeja ali mesmo.

— Eu juro que não foi minha culpa! — Ele exclamou. — Eu não fiz nada, eu nem sabia que ele iria fugir!

— Fugir?! Você sabia que ele tinha fugido?! — Hades questionou. Leo arregalou os olhos, mas se forçou a dar um sorriso nervoso.

— C-claro! Todo mundo sabe! A chefe fez o maior show lá! — Ele ergueu as mãos. — Não que tenha sido um show ruim, foi um show legal, bem agradável até! Eu sei que não foi educado prestar atenção mas eu não tinha nenhum amigo para conversar porque meu único amigo tinha fugido!

— Leo... — Hades começou novamente, mais repreensivo.

— Ok! — Leo se deu por vencido. — Eu descobri ontem à noite! Eu fui levar o jantar para ele e ele não estava lá! Mas eu pensei que ele estava tomando banho e não sabia que ele tinha fugido até ver que não apareceu no café da manhã!

Hades suspirou alto, pressionando a ponte do nariz e pedindo paciência a todos os seus ancestrais. Leo comprimiu os lábios novamente, agora nervoso.

— Tudo bem... — O di Angelo se forçou a permanecer calmo, fitando o elfo em sua frente. — Já que foi o primeiro a perceber a fuga, então você é que vai atrás dele.

Leo arregalou os olhos, se levantando no mesmo instante, mas sem saber ao certo o que dizer. Hades, pelo contrário, parecia bem claro e seguro de sua decisão.

— M-mas... — Ele começou. — Eu nem sei por onde começar a procura-lo!

— Então quanto mais cedo começar, mais cedo pode acha-lo. — Hades pontuou.

— E o que eu ganho com isso? — Leo se arrependeu de ter perguntado. Por que tinha que ter uma boca tão grande?

Pacientemente, Hades o encarou, cruzando os braços com um pequeno sorriso vitorioso.

— Eu continuo fingindo que não sei que você está namorando a minha filha. — Ele disse, vendo Leo enrubescer.

— Ok, é justo. — O Valdez se deu por vencido com uma careta.

— Agora... — Hades indicou a porta, que se abriu sozinha com o gesto. — Vá logo. E traga Nico para cá a qualquer custo, nem que precise amarrá-lo ou coloca-lo numa caixa de presente para isso!

Com essa ordem, Leo respirou fundo e assentiu, dando as costas para Hades e saindo pela porta do escritório, sem ter ideia de como começar a procurar por Nico.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* O que acharam?

* O que querem que aconteça?

* Estão gostando da fanfic? Gostaram de nossa escrita juntas?

* Esse Tyson presumindo que Thalia e Nico já estão casados?

* Nos dê uma chance se é novo por aqui, nossos perfis são cheios de fanfics, principalmente Thalico, você vai gostar!

* Sigam o insta para não perderem nenhuma novidade: : https://www.instagram.com/inspiracao_nerd/

Beijos e até!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Christmas Wedding" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.