Conspirações de Natal escrita por Thay Paixão


Capítulo 1
Reunidos.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro especial de Natal quase aleatória que faço! Digo quase, porque estou trabalhando nessa história, mas ainda não postei.

Espero que gostem >



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Conspirações de Natal

 

Era mais um Natal na mansão da família Cullen. Por mais que o evento fosse descrito como ‘’apenas para os familiares e amigos mais íntimos’’ tinha cerca de trezentas pessoas ali. Bella suspirou e revirou os olhos prevendo a noite de competições de egos.

 

—Eu não sei porque faz questão de vir se odeia tanto. Você já vive rodeada dessas pessoas. -Edward, marido de Bella apareceu ao seu lado com duas taças de champanhe oferecendo uma a ela. Bella aceitou agradecida, tomou todo o líquido em um único gole. Olhou o marido, do cabelo acobreado cuidadosamente despenteado ao smoking impecável que marcava tão bem seu corpo esguio e forte. Os olhos verdes estavam divertidos.

 

—Se não viéssemos seu pai iria ficar revoltado. - Ela explicou limpando uma sujeira inexistente de sua roupa, apenas uma desculpa para tocar no seu marido. Edward fez uma careta a menção do pai.

 

—Não acho que Carlisle iria se importar, ou notar. Tem muita gente aqui. - Ele olhou em volta, entre fotógrafos oficiais e revistas convidadas, havia muita, muita gente no grande salão de festas da mansão Cullen.

 

—Acredite ele iria, vai fazer um discurso em sua homenagem. - Ela disse e logo se arrependeu diante da cara de pânico dele. A relação entre Carlisle e seu filho não era das melhores. - Edward não…

 

—Por que só está me dizendo isso agora?  -Ele sussurrou para ela a pegando pela cintura para posarem para uma foto. Seus dedos se vingaram com mais força que o necessário na pele exposta de sua cintura e ela teve certeza que ficaria uma marca. O flash a cegou por um momento, mas teve certeza de que estava linda e impecável, o vestido vermelho abraçava seu corpo com perfeição, era longo com um decote que ia até seu umbigo, mangas compridas e costas nuas. Sentiu os dedos do marido em suas costas e os imaginou em outros lugares do seu corpo…

 

—Ele quer falar sobre como você foi incrível nesse último ano, como salvou a empresa dele, adquiriu outras, garantindo o emprego de milhares de pessoas aqui e na América Latina.

 

Edward ergueu uma sobrancelha cética. O pai não era exatamente agradecido por Edward ter assumo o controle das empresas de moda.

 

Bella bufou.

 

—Apenas sorria, ok? Seu rostinho bonito faz o resto. - Ela ergueu a cabeça esperando que ele a beijasse. Ele a beijou de leve nos lábios e se afastou.

 

—Rosalie acaba de chegar, vou recebê-la. - Ele se foi sem esperar que ela respondesse.

 

Ótimo, a santa Rosalie estava na festa. Bella pensou em segui lo, mas foi interceptada por Alec Volturi, sócio de Edward que pediu para dançar com ela. A mulher sorriu duro ao aceitar. A dança foi divertida, de todos os sócios de Edward, Alec era o único que ela realmente gostava. Era jovem como ela, bonito e elegante.

 

E estava sempre a elogiando com duplo sentido.

 

—Seu vestido não deixa muito para minha imaginação.- Ele comentou e ela corrigiu sua percepção dele. Hoje ele estava bem direto. Ela riu e se inclinou mais perto do ouvido dele.

 

—Estou facilitando suas fantasias. Porque é só isso que terá comigo, Fantasias não realizadas.— Ela sentiu com prazer os pelos da nuca dele se arrepiarem. Os olhos de Alec estavam em chamas com o comentário.

 

—Acho que já manipulou demais a senhora Edward Cullen. - Eleazar um dos diretores da revista e o velho menos insuportável do covil que seu local de trabalho era.

 

Alec inclinou a cabeça para ele, e ofereceu a  mão dela. Quando ele se afastou os dois respiraram aliviados.

 

—Te resgatei? - O homem perguntou começando a guiá-la no ritmo lento da dança.

 

—Não exatamente, sempre é divertido com Alec.

 

Eleazar riu.

 

—Fico feliz em saber disso.

 

A conversa não passou disso, logo estava sozinha de novo e com outra taça em mãos, e antes que pudesse procurar por Edward, Tanya a achou.

—Achei que ela não fosse dar as caras -  Se prostrou ao seu lado num longo igualmente vermelho, mas não tão revelador quanto o de Bella.

 

Claramente falava de Rosalie.

 

—Sabe Tanya, você perdeu o primeiro lugar em minha vida. - Bella disse deixando a taça vazia na bandeja de um garçom que passava e pegando outra.

 

Tanya abriu a boca perfeitamente redonda num batom carmim em falso alarme.

 

—A loira que mais odeia hoje em dia em Rosalie Hale. - Ela disse baixo tomando o cuidado para que somente Tanya ouvisse.

 

—Isso é muito anticristão da sua parte. Sabe que Rosalie teve um ano terrível. - A outra contou com um sorriso conspirador.

 

—Muitas pessoas tiveram um ano terrível, mas só ela tem a atenção do meu marido. - Bella deixou o veneno atingir a sua voz, seus olhos focados no marido com a mulher recém chegada, num vestido preto que apesar de discreto marcava bem seu corpo mostrando seus grandes atributos. O ano de Rosalie poderia ter sido terrível, mas ela estava mais linda que nunca.

 

—Concordamos completamente aí. - Tanya comentou. - Prefiro o nosso Edward com você, gosto de pensar que sou a única loira na vida dele.

 

—Tanya, você nunca fez parte da vida de Edward.

 

—Eu poderia estar magoada agora, mas sei que está abalada pela atenção que nosso Edward dispensa a ela, e claro não podemos esquecer que a matriarca da família preferia o filho com ela e não com você.

 

Antes que Bella pudesse responder um fotógrafo pediu para tirar uma foto das duas. Elas ergueram os rostos como sincronia e deram seu melhor sorriso frio.

 

—Seu marido parece bem Tanya. - Bella provocou apontando discretamente o marido de Tanya, Vladmir um velho milionário que a loira tinha fisgado para se manter na alta sociedade de Nova York. Tanya sorriu para ela.

 

—Não por muito tempo. - Confidenciou. - Vou deixá-la um pouco, Isabella querida, preciso circular.

 

—Fique a vontade.

 

—Ah uma dica; seja simpática com Rosalie, ou amanhã estará em todos os tabloides que Edward Cullen preteriu a ex namorada a esposa. até mais tarde. - Tanya soltou dois beijinhos no ar ao se afastar a passos elegantes para até onde estava o marido acompanhados com os outros velhos incluindo o avô de Edward.

 

Tanya era uma vadia, mas uma vadia que Bella conhecia e controlava. Já Rosalie Hale…

 

Era um completo pesadelo.

 

Ela decidiu cumprimentar Rosalie que agora estava pendurada no braço de Edward enquanto os dois conversavam com Alice, irmã parideira de Edward.

 

—Alice olha só para você! está tão linda! - E aquilo era verdade, Alice estava com um vestido verde escuro de seda, com uma pequena faixa preta abaixo do busto, a barriguinha já era visível. Bella pôs a mão no local sem cerimônias.

 

—Já sabemos se é minha sobrinha ou sobrinho? - Brincou. Alice sorriu radiante.

 

—Ainda não, acredita que estava com as perninhas cruzadas na última ultrassom? Mas tenho fé que na próxima saberemos. -Seu rosto de expressões suaves eram reluzentes. Como Carlisle e Esme tiveram filhos tão bons quanto Alice e Edward? Era um mistério para Bella.

 

—Espero que um dia eu me torne uma mãe tão boa quanto você. - Rosalie disse tão baixo que se Bella não tivesse uma audição apurada graças aos seus instintos de jornalista não teria ouvido. Notando que os três ouviram ela corou olhando para baixo. Edward afagou suas costas. Reprimindo a vontade empurrá-la para longe do do marido, Bella se aproximou mais dele.

 

—Você será Rose, com toda certeza. - Edward disse com aquele sorriso que fazia qualquer mulher ovular.

 

—Você já está sendo querida. - Alice completou e diante dos olhares de alerta de Edward e Rosalie, corou.

 

—Você está grávida? - perguntou Bella olhando sua barriga plana. Não era possível!

 

—Sim, mas por favor quero manter em segredo pelo maior tempo possível. - ela disse com a voz baixa, naquela tom de sonsa que só ela sabia usar.

 

—É claro que isso não será problema, Rosalie. Você é uma  grande amiga de Edward te tenho em alta estima. - Bella disse.

 

—Cunhada, não se sinta deixada de lado, sua fama de jornalista a precede.

 

—Alice, sou da coluna Teen e de moda, não de fofocas. -O tom de Bella saiu mais rude do que ela pretendia. Alice corou com a reprimenda.

 

—Desculpe Isabella, Alice só quis… explicar meu jeito reservado. Foi um ano difícil. - A loira disse baixo e Edward afagou suas costas mais uma vez. Bella bufou.

 

—Você vai depor na corte dia três de janeiro, certo? - Bella alfinetou.

 

—Sim… mas é algo sem sentido, não sei de nada das transações ilegais do Garrett. - Os olhos azuis eram muito sinceros, era difícil alguém duvidar dela, mas Bella não, Bella não era fácil de enganar.

 

—Não como esposa, mas como secretária de gabinete… - Bella sorriu deixando a frase no ar.

 

Rosalie pareceu horrorizada.

 

—Bella querida, pode me ajudar a achar Julia? - Alice interviu prevendo que o nível poderia baixar. Julia era a filha do meio com dois anos de Alice. Deveria estar correndo de um lado por outro.

 

—Claro. - Ela se inclinou e buscou os lábios do marido em um beijo mais profundo. Edward a olhou censurado após afastar seus rostos.

 

—Comporte-se. - Ele sussurrou. A mulher sorriu angelical para o marido.

 

—Até mais Rose.—Bella enfatizou o apelido carinhoso que ela repudiava.

 

—Bella, você não precisa olhar desse jeito para Rosalie, ela não é sua rival. Vamos fazer assim, será sua promessa de ano novo; ‘’em dois mil e dezenove não odiarei Rosalie Hale’’- Alice disse quando as duas estavam de braços dados se afastando dos dois em busca de Julia.

—Eu não a odeio, só não gosto do jeito que ela se porta do lado de Edward. Como se eles tivessem alguma coisa.

—Isso é coisa da sua cabeça. - Alice apertou o seu braço.

—Chifre o nome. Isso não pode ter na minha cabeça. - Bella sibilou e Alice riu.

—Olha quem eu achei na porta!

—Mamãe! - Uma Julia radiante gritou do colo de uma mulher que vestia jeans e um grosso casaco de time de futebol.

A mulher colocou a menina no chão que correu para Bella.

—Tia Bella! - Bella pegou a menina no colo tomando cuidado para que os sapatos da criança não entrassem em contato com seu vestido.

—Como você está linda Ju! - Beijou a menina na bochecha.

—’’Eu pego bocê na poita’’. - Ela apontou a mulher que a trouxe. Julia achava incrível a semelhança entre as duas mulheres, por isso quando estava na presença das duas dizia que a outra era ‘’bocê’’ para a tia. Como se houvesse duas Bella’s.

—Elizabeth.- Bella suspirou olhando o jeito desleixado da prima. - Achei que só viesse para o ano novo.

—Cheguei mais cedo. - Ela sorriu. Fora o cabelo - o de Isabella era longo e castanho, o de Elizabeth era curto e loiro - as primas eram idênticas.

—Beth, tenho certeza que um vestido da minha mãe vai cair com perfeição em você . -Alice já estava trabalhando.

—Deixe que eu tome conta disso, Alice. -Bella colocou a sobrinha no chão. Alice a pegou pela mão.

—São quase meia- noite, meu pai vai fazer o discurso para Edward.

Bella olhou o grande relógio na parede. Tinha tempo.

—Dá tempo. Vem Bethy. - puxou a prima pela braço, passando por entre convidados que olhavam divertidos a cena. - Você podia ter ido direto para o meu apartamento!

—E passar a véspera de Natal sozinha? Nunca! - Elas subiram as escadas procurando o quarto de Esme Cullen.

—Se queria ser motivo de chacota conseguiu com sua entrada alá mendiga. Estava com Jasper? Porque ele chegou cedo com Alice.

A porta do quarto da sogra estava destrancado e as duas seguiram para o enorme closet.

—Sim, passamos o fim de semana juntos, ele só me deixou essa manhã. - O olhar sonhador estava presente.

Bella respirou fundo.

—Você precisa parar de foder com meu co-cunhado! - Aquilo já durava mais de um ano! Um dia Alice iria descobrir que a prima de sua cunhada fodia com seu marido, e isso não seria nada bom.

—Foi a última vez. - Beth disse culpada.

—Você disse a mesma coisa da ultima vez que esteve na cidade, e logo depois Jasper teve uma viagem de ‘’negócios’’ - Bella teria aberto aspas no ar se não estivesse cercada de vestidos. Achou um preto longo discreto. - Toma.

Jogou para a prima que fez uma careta.

—Ai, não tem nada mais bonito? Vermelho como o seu? Poderiam ficar idênticas e transar com Edward.

—Não estou com paciência para seu joguinhos Elizabeth. Acho bom aproveitar o novo ano e dar um rumo real a sua vida.

Elizabeth pegou o vestido oferecido e sentou no buff.

—Bella é sério, foi a última vez com Jasper. Nós fomos tão felizes naquele mês em Londres… ele me fez tantas promessas, sabe? Mas agora eu sei que ele nunca vai deixar Alice, que já tratou de engravidar de novo!

Os olhos da prima cheios d’agua fizeram Bella sentar ao lado dela e passar um braço por seu ombro.

—Beth, você sabia disso quando se envolveu com ele. Ele ama Alice, do jeito torto e infiel dele, mas ama. Ele nunca vai deixá-la e quer saber? Acho bom, você merece alguém melhor. Imagina ser madrasta de quadro pestinhas?  -Bella fez cara de pavor.

A prima riu.

—Você os amas.

—Sim, mas sou tia, só os vejo como visita. Agora vista-se, tem um jovem cavaleiro que quero lhe apresentar.

—Ele tem todos os dentes?

—Todos. - Bella garantiu e rindo saiu para que a outra se vestisse.

Ela iria esperar a prima do lado de fora do quarto, caso a sogra aparecesse  ela logo explicasse a situação, mas quando colocou a mão na maçaneta ouviu vozes do outro lado e esperou.

Era a sogra com a falida senhora Danali.

—Não vai ter mais nenhum tostão meu! - A sogra disse baixo, porém firme.

—Então já não te incomoda mais que caia no boca do mundo seu affair com um garoto que tem idade para ser seu neto?

Bella tapou a boca com as duas mãos evitando que seu afar saísse.

—Não vai ter mais um centavo meu. -Repetiu a sogra mais fria.

—Então vou vender essa notícia a um preço justo. - A  mãe de Tanya parecia tranquila.

—Não queira ser minha inimiga Sasha…

—Já não pareço ter sua amizade mais, não é mesmo Esme.

Um barulho um tanto alto foi ouvido, Bella supôs que o braços de uma delas tinha batido na porta. Sobressaltada correu nas pontas do pés de volta ao closet.

—Na verdade fiquei muito bonita nesse modeli...credo parece que viu um fantasma!

 

A porta do quarto foi aberta com força batendo na parede.

—Sim Beth você ficou linda, Esme não vai se importar tenho certeza. - Bella disse alto. Beth a olhou sem entender.

Esme apareceu na porta do closet, a expressão altiva como sempre, não parecia ter sofrido uma ameaça de exposição.

—O que fazem aqui?  -foi direta. Os olhos verdes idênticos aos do filho mais velho queimavam.

—Desculpe Sogra, minha prima apareceu de surpresa, e não podia deixá-la vestindo jeans. -Bella se explicou.  

Esme olhou com nojo para prima de Bella.

—Tente não estragar meu vestido. - Sentenciou e saiu.

Bella teve certeza que só voltou a respirar quando ouvi a porta da frente bater.

—O que houve? - Beth quis saber.

—Parece que a senhora Danali está chantageando minha sogra. - Sussurrou.

—Uau, você sabe o motivo? posso chantagear, também! Nunca gostei dela.

—Não seja idiota! É coisa séria.

—E eu estou super séria com isso. Sua sogra é horrível comigo!

 

—Porque você dá motivo. Vamos, é quase meia-noite e Carlisle vai discussão em nome de Edward.

 

—Ai o Jasper vai tá lá? não quero vê-lo.

 

—Elizabeth você tem trinta anos! Aja como uma mulher adulta!

 

—Falou a mulher que faz biquinho quando o marido fala em Rosalie Hale. Por falar nela, ela veio? Achei que Esme estaria num humor melhor se ela viesse.

 

Bella revirou os olhos seguindo para fora do quarto.

 

—Sim, está pendurada em Edward. Vamos logo.

 

Elizabeth seguiu a prima em direção ao salão de festa da casa, apesar de estar sem maquiagem e o cabelo revolto, ter posto um vestido a dava um ar selvagem e desejável.

 

—Esses homens velhos me olhando! - Reclamou com a prima.

 

—Deveria ficar grata, arrumaria um casamento ótimo com um deles. Siga o exemplo de Tanya.

 

Beth fez uma careta, não precisa de homem para nada!

 

—Senhoras e Senhores, o nosso anfitrião Carlisle Cullen.

 

Um coro de palmas balançou o salão, Bella esticou o pescoço procurando o marido, o encontrou do outro lado, próximo a outra saída com a Hale do lado.

 

Carlisle subiu ao pequeno palco, como sempre se destacava dos demais convidados, desta vez graças ao terno roxo quando todos os presentes usavam preto.

 

—Quanto mais velho fica, mais excêntrico. - Bella ouviu o comentário feito por Aro Volturi, igualmente velho ou até mais que seu sogro.

 

—Velho demais para sair do armário? - Demitri filho de Aro comentou com o pai. Os dois pareciam alheios ao fato de que a nora do motivo da fofoca deles estava ao seu lado.

 

—Não, Carlisle não é gay tenho certeza. Só excêntrico. -Aro afirmou. Demitri riu.

 

—Se o senhor diz…

 

—Se ele fosse séria eu ao seu lado e não Esme.

 

—O senhor não é gay. - Demitir disse serio.

 

—Sou o que os negócios pedem, filho. Pense, se eu e Carlisle fossemos um casal...parceiros na vida, nossa rincha nas passarelas acabariam.

 

—Prima, seu sogro é cobiçado!-  Beth sussurrou no ouvido de Bella rindo. Bella agitou a mão no ar como se espantasse uma mosca.

 

Carlisle iria fazer um discurso para Edward e ela tinha que estar o lado dele antes que o sogro apontasse o filho e todos no salão vissem Rosalie Hale ocupando seu posto ao lado do empresário.

 

—Fique aqui, não chame atenção. - Ela disse a Beth e se afastou ouvindo a prima resmungar algo sobre ‘’ser impossível devido a semelhança entre as duas’’.

 

Bella pensou que Carlisle iria falar de Edward só no fim do seu discurso, mas o sogro apontou o filho logo nas primeiras palavras. As pessoas aplaudiram com o foco de luz iluminando a Edward e Rosalie Hale pendurada ao seu braço. Bella parou de andar em direção a eles, vendo o casal sobre o feixe de luz tão fudidamente perfeitos!

 

Rosalie se afastou do braço dele e beijou o seu rosto o indicando para subir ao palanque.

 

Bella se prostrou ao lado dela assim que a luz saiu de seu foco.

 

—Nunca mais ouse beijar o meu marido. - Disse entre dentes trincados mantendo os olhos no marido que estava ao lado do pai agora.

 

—Foi sem pensar, você sabe que Edward e eu somos bons amigos.

 

—Isso foi escolha sua, Rosalie. - Bella se virou de frente para a loira. Graças aos saltos muito altos ela não precisava levantar o rosto para olhá-la nos olhos, a outra deveria estar com saltos baixos, pois era bem mais alta que Bella.

 

—Edward te amou parte da adolescência, e você decidiu ficar com aquele politico de merda que te ferrou de várias formas. Não vou mais tolerar toda essa intimidade entre vocês.

 

—Isabella, querida… eu não fazia ideia de que você se sentia assim. Edward a ama e eu nunca iria querer…

 

—Você quer. - Bella a cortou. -Você o quer, mas não pode ter. Ele é meu.

 

Elas ficaram tão presas em sua discussão que não ouviram o discursos de Carlisle em agradecimento ao filho e tão pouco as poucas palavras de agradecimento de Edward ao pai. Durante a troca dos dois o Natal chegou e pai e filho desejaram um feliz Natal e próspero ano novo juntos.

 

—Você viu aquela Jessica Stanley? Nossa ela vai ser uma senadora e tanto tem meu voto. - Ângela Weber prima de Edward chegou sem cerimônias quebrando a ‘’encarada’’ das duas.

 

—Jessica está aqui? - o fim de ano só ficava pior! Todas as mulheres interessadas no seu marido iriam aparecer para festa? Se bem que Jessica não era ameaça, Carlisle a odiou durante seu namoro com o filho mais velho, e quando Bella surgiu na vida de Edward foi fácil separar os dois.

 

—A futura senadora Jessica. Ela está linda! - Ângela apontou a mulher. Não era possível aquela ser Jessica.

 

—Ela deu a volta por cima. Quem diria que uma linda mulher se escondia ali de baixo. - Rosalie disse a meia voz.

 

—Ela está vindo até nós. - Bella disse para ninguém em especial, sua postura mudando para algo se possível mais frio. Jessica tinha o cabelo mais loiro, os olhos mais espertos e atentos, contrariando o padrão feminino da noite, vestia um terninho branco que caia com perfeição e elegância nela.

 

—Sr Cullen. - Ela comprimentou Bella primeiro ignorando as demais.

 

—Jessica Stanley. - Bella disse o seu nome de vagar. - Não vou negar que estou surpresa com sua presença aqui. E feliz é claro.

 

Jessica sorriu descrente. Depois de ser humilhada, enganada, e ter seu namorado roubado por Bella tinha certeza que está não ficava feliz em lhe ver ali, dando a volta por cima.

 

—Já tem o meu voto, Jess.-  Ângela declarou.

 

—Espero ser digna de merecê-lo, ser Senadora é um grande passo, que pretendo conquistar em nome de todas nós mulheres. - Bella e Rosalie reviraram os olhos para a declaração.

 

—Já é uma grande conquista você ter aprendido a se vestir. - Bella sorriu ao notar que o comentário fez a outra estremecer. Ótimo, ela ainda sabia o seu lugar.

 

Um silêncio desconfortável caiu sobre as três mulheres.

 

—Tiaaaa. - Uma criança se chocou em suas pernas. Bella olhou para Peter, filho mais velho de Alice e Jasper.

 

—Menino não grite. - Ralhou o afastando um pouco do corpo. Ajeitou os cabelos bagunçados do menino de seis anos.

 

—Onde está minha avó?

 

—Não sei querido. - Respondeu. De fato não voltou a ver a sogra depois do episódio no quarto.

 

—Ela disse que ia me dar bolo de chocolate. - Fez um biquinho adorável.

 

—Ah Peter você está tão lindo! Se a vovó não der a tia Rose dá! -Rosalie se meteu.

 

—Você não é tia dele. - Bella disse gélida. Contrariando seu jeito, e repulsa pelo menino suado que sujaria seu vestido, o pegou no colo. -Tia Bella vai te dá bolo!

 

—Sério tia?! - comemorou, os olhos azuis brilhando empolgado.

 

—Sim! - olhou feio para Rosalie que revirou os olhos.

 

—Com licença, vou falar com o governador. -Jessica pediu se afastando. Ângela a seguiu.

 

As pessoas começavam a se abraçar e desejar um feliz Natal, Edward veio em direção a eles e pegou o menino do seu colo.

 

—Como está meu sobrinho favorito? achou a vovó?

 

—Não tio, mas a tia Bella vai me da bolo!

 

—Isso é muito bom, feliz Natal campeã!  -Abraçou o menino forte.

 

—Feliz Natal, meu amor. - Edward estendeu o braço para a esposa, para abraçá-la ainda com o garoto no outro braço. Bella se aninhou ali e beijou o pescoço do marido.

 

—Feliz Natal. - sussurrou sentindo seu cheiro.

 

—Feliz Natal, Rose. - ele disse por cima da cabeça da esposa.

 

—Feliz Natal. - Bella a ouviu responder. Um fotógrafo veio e tirou a foto do trio, Petter sorrindo mostrando todos os dentes.

 

—Tia vai me da bolo agora?

 

—Sim, só vamos….

 

—SOCORRO! - O grito apavorado era de Alice, não havia dúvidas. Ela conseguiu se sobrepor a música suave que preenchia o ambiente.

 

—Edward correu atrás da voz da irmã com o sobrinho nos braços. Bella e Rosalie o seguiram.

 

Alice estava no andar de cima, próximo a escada. Havia já um tumulto a sua volta, Jasper a abraçava.

 

—O que foi? - Bella  perguntou a prima que tinha a bebê caçula de Alice, Mel nos braços.

 

—Alice encontrou a mãe de Tanya no chão espumando!

 

—Mamãe! - Tanya gritava ao lado da mãe.

 

—Chamem uma ambulância! - Alguém gritou.

 

Foi quase um tumulto, todos queriam ver o que tinha acontecido no andar de cima, mas Carlisle e Esme (que finalmente tinha aparecido) indicaram seus convidados para irem a mesa de jantar. Quando os paramédicos chegaram foi constatado a morte da senhora Danali.

.

Edward decidiu ficar na casa dos pais naquela noite, para ajudar a irmã com os filhos, e insistiu para que Rosalie também ficasse.

 

—Está muito tarde, não é prudente você ir para casa. - Tinha dito.

 

Assim ela tomou para si a responsabilidade de por Peter para dormir, Beth que ficou bastante quieta depois do acontecido tomou conta de Júlia e Bella ficou com a pequena Mel de oito meses. Alice ainda estava em choque com a cena que encontrou, Jasper estava no quarto com ela.

 

—Mel é um anjo, mamou e dormiu. - Ela sussurrou para Edward após deixar a bebê na cama onde eles iriam dormir. O marido estava na cadeira de estudos que usava quando morava com os pais, com um copo de whisky na mão, a expressão pensativa, tinha os primeiros botões abertos, alguns pelos do peitoral à mostra. O quarto que um dia lhe pertenceu agora tinha todo um ar de quarto de hóspedes, fora a mesa de estudos.

Bella se despiu do longo vestido ficando apenas com a calcinha vermelha de renda. seus seios eram pequenos e redondos, os mamilos intumescidos ao ansiar o toque do homem à sua frente.

—Banheiro? - Convidou.

 

—Mel? - ele lembrou divertido.

 

—Colocamos travesseiros em volta, ela não vai acordar, nem rolar até o chão.

 

—Vem cá. - Ele a chamou indicando sua perna esquerda para que ela se sentasse. Quando se sentou ele retirou o cabelo que caía pelo seu ombro e beijou a pele exposta. Ela fechou os olhos à medida que ele ia subindo os beijos pelo seu pescoço,rosto e finalmente lábios. As mãos puxando seus cabelos na nuca com um pouco mais de força, a dor a fez gemer de prazer.

 

—Shi… não amor, hoje não. Aconteceram muitas coisas, e não vou conseguir foder você com a Mel no quarto. - sussurrou deixando leves mordidas em seu ouvido.

 

—Vamos para o banheiro. - Bella respondeu já se esfregando de encontro a proeminente ereção dele.

 

—Mel ainda vai estar aqui, e estarei morrendo de preocupação que ela caia da cama.

 

Bella resmungou.

 

—Amor, uma mulher foi morta aqui essa noite. - Seus olhos verdes eram sérios.

 

—Sim, eu vi lembra?

 

—Tanya deve estar sem rumo.

 

Bella não podia discordar, sabia que Tanya amava a mãe.

 

—Mas o que podemos fazer? Nada. Ela morreu, pessoas morrem.

 

—Ela foi assassinada. -Ele sussurrou.

 

Aquilo a sobressaltou.

 

—Tem certeza?

 

—Tenho, Emmett meu segurança a viu conversando com alguém um pouco antes do incidente, parecia que ela discutia com a pessoa. Ele não pode distinguir quem era, estava escuro e a outra pessoa protegida pelas  sombras da biblioteca.

 

Não poderia ser Esme, as duas já teriam discutido antes da cena que ela presenciou no corredor?

 

—O que foi? -Ele beijou o vinco que tinha se formando em sua testa.

 

—Nada, só assustada com isso. Ela foi envenenada então?

 

—É provável. -Edward pareceu cansado. - E ouvi conversas bastante desagradáveis, Você deve abrir os olhos na revista.

 

Bella revirou os olhos.

 

—As pessoas falam de mim o tempo todo, nem sempre coisas gentis.

 

—Não é isso amor. Acho que Victoria quer o seu lugar na revista, e pode se aliar a Marcus que quer tomá-la do meu pai.

 

Marcus querer a revista de Carlisle? Bella o achava um administrador, não um cara da moda.

 

—Faria mais sentido ele querer o controle das lojas.

 

—Isso seria impossível, porque quem as controla sou eu. - Ele a beijou.

 

—Você viu Jessica? - Bella quebrou o beijo para perguntar.

 

—Sim, vou declarar apoio a campanha dela.

 

—Espera aí, você sabia disso? E não me disse?

 

—Foi um mês agitado, ela me procurou na empresa.

 

—Aquela… mulher procurou você? E você não me contou?

 

—Está fazendo um drama sobre isso, Bella. -Ele se levantou fazendo ela sair do seu colo.

 

—Não é um drama quando a sua ex-noiva aparece e você resolve fazer campanha política com ela pelas minhas costas!

 

Ele a ignorou seguindo para banheiro terminando de se despir.

 

—Não crie um grande caso sobre isso, Jessica vai se eleger para o senado e irei apoiá-la, não porque ainda gosto dela se é essa a sua preocupação. Será porque ela merece, faz um trabalho incrível como professora e fará ainda mais no senado.

 

Bella bufou e o seguiu disposta a comprar a briga.

 

Ficou do lado de fora do box vendo se banhar.

 

—Nesses cinco anos vocês mantiveram contato?

 

—Não, ela só me procurou agora, pedindo apoio para campanha.

 

—Espero que seja a única coisa que você dê a ela.

 

Ele riu.

 

—Você não era insegura assim. - Provocou.

 

—Não sou insegura, apenas não gosto de todas essas mulheres atrás do meu homem! - Bateu o pé o que o fez rir mais alto.

 

—Amor, nenhuma mulher está atrás atrás de mim, e eu só quero você. Eu não teria traído ela e abandonado no altar para ficar com você se ainda a quisesse.

 

Bella se calou, no fundo sentia vergonha do que tinha feito para separar Jessica de Edward.

 

—Só não esconda mais nada de mim, ok? Já basta a gravidez da Rosalie.

 

—Não posso te contar o segredo dos outros.

 

—Pois deveria. Agora que chegamos a um acordo, deixa eu me juntar a você…

Ela entrou no box colando seu corpo ao dele.

 

—A Mel…

 

—Vamos ser rápidos. - Prometeu pegando seu membro com a mão direita. Ele gemeu a empresando no vidro do box.

 

—Rápido. - afirmou pegando suas mãos e as segurando acima da cabeça, tomou sua boca num beijo voraz.

 

No mesmo corredor algumas portas adiante, Beth Swan recebia a visita de Jasper Cullen, o professor havia mudado seu nome no ato do casamento para o da esposa.

—Jasper… é perigoso.

 

—Onde está o minha filha? - Perguntou sério a pegando de surpresa,, ele não havia ido procurar por ela.

 

—Com Rosalie, ela inventou de fazer tranças no cabelo, vou me juntar a ela…

 

Ele não a deu tempo para concluíu, a puxou de encontro ao seu corpo e tomou sua boca em um beijo.

 

—Jasper! - Ofegou.

 

—Senti sua falta. - Ele disse.

 

—Alice…

 

—Tomou uns calmantes e dormiu. - Explicou voltando a beijá-la.

 

Só desta vez então. Seria a última, Beth prometeu deixando que ele a guiasse para a cama e tirasse suas roupas.

 

 

Rosalie se divertia penteando os cabelos de Julia e ouvindo suas histórias emboladas. Apesar da apreensão pelo o que tinha ocorrido mais cedo com a morte da mãe de tanya ter uma criança por perto a deixava feliz.

—Titia tem bebê aqui o- Júlia disse tocando a barriga da mais velha. Rosalie ficou sem reação.

—Como assim Julinha?

—Tem bebê aqui, vai ser minha amiguinha né?- Ela falou acariciando a barriga. Os olhos da loira encheram se de lágrimas.

—Quem te falou que tem bebê aqui amor? -insistiu.

 

—Ninguém eu sabo.

 

—Eu sei.—Rosalie corrigiu. Bateram a porta.

 

—Pode entrar Beth. -Rosalie disse. Gostava de Beth a prima avoada de Isabella. Beth era divertida e não a julgava como a maioria das pessoas. Beth nunca julgava ninguém.

A porta foi aberta mas não foi Beth que entrou. Era Emmett.

—O que faz aqui? -Ela se apavorou com a ideia de que alguém visse o segurança de Edward entrando em seu quarto.

—Resolvi ficar depois do assassinato. -Esclareceu.

—A mãe e Tanya foi assassinada?

—Sim meu contato no IML garantiu. Morte por envenenamento.

Ela colocou a mão na boca horrorizada.

—Quem poderia ter feito algo assim?

Emmett revirou os olhos

—Aqui? nessa aqui?  Qualquer um eu diria, todos se odeiam e estou incluindo os Cullen nisso

—Emmett!

—É a verdade. Fiquei para garantir a segurança de Edward, não confio nos dele.

—Para garantir a segurança dele e da esposa dele.

Emmett não confirmou o que deixou no ar que também não confiava na esposa de Edward.

 

—Você está bem? -Ele perguntou.

 

—Sim Emmett, obrigado.

 

—Eu posso…

 

—Eu não preciso de nada, obrigado. Gostaria que saísse agora. -Ela voltou a cuidar dos cabelos de Julia.

 

—Petter... onde está? -Ele perguntou.

 

—Dormindo no quarto dele. -Ela respondeu, o menino era o primeiro neto dos Cullen e o único a ter um quarto todo preparado para ele naquela casa.

 

—Vou estar na casa, Se precisar…

 

—Não preciso de nada que venha de você.- Foi dura, mas era o melhor. Se Emmett descobrisse que era o pai do filho dela, ele estaria na mira de Garrett.

 

—boa noite então Rosalie

 

—Gostaria que me chamasse pelo sobrenome de solteira.

 

—Senhora Hale. -ele rosnou e bateu a porta. Ela soltou um suspiro longo. Era o melhor, para ela e para criança que esperava. Emmett jamais poderia fazer parte da vida dela se quisesse viver.

 

—Ai pequena Júlia, se soubesse o meio em que está crescendo…- murmurou.

 

Era um meio de fofocas, intrigas e a busca pelo poder. O círculo de amizade era cheio de celebridades, políticos, e empresário do ramo da moda principalmente. Rosalie vinha de uma família humilde, ganhou fama e notoriedade como modelo ainda criança. Se arrependia muito daquilo, das decisões dos pais que a levaram a foco da mídia.

 

No quarto dos anfitriões da noite, o clima não era dos melhores.

 

—Você me parece muito bem para quem acaba de perder a melhor amiga. - Carlisle comentou a meia voz olhando o reflexo da mulher pelo espelho, enquanto está desfazia o penteado.

 

—Um ataque do coração na nossa idade não é uma surpresa tão grande. - Respondeu.

 

—Não me incluía no ciclo velho de vocês.

 

—Carlisle, deve lembrá-lo de que é seis anos mais velho que eu, logo está mais próximo dos sessenta.

O marido ignorou a alfineta.

 

—Onde você estava Esme? Não pense que não notei sua aflição esta noite, como bem sabe meus olhos a seguem para qualquer lugar.

 

—Estava fazendo aliados em seu nome. Se continuar com essa postura os lobos vão tomar a empresa do nosso filho e você terá sorte se nossa nora querida nora for poupada e ficar com a revista.

 

—Fala de Aro.- Ele ponderou.

 

—E de Caius. Principalmente de Caius. Sua revistinha de moda não se compara a nossa cadeia de lojas, que Edward pensa ter salvo da falência, mas nós dois sabemos que não é bem assim. Se você não pagar o que deve a Caius ele irá tomá-la do nosso filho, e nós estaremos na sarjeta.

 

O marido a deu um sorriso diabólico.

 

—O lugar de onde você veio.

 

—Cuidado Carlisle, minha paciência com você está se esgotando.

 

—E vai me matar também?

 

—Não tive nada a ver com a morte de Sasha

 

—Claro que teve, foi o mesmo jeito que matou Stefan a quase quarenta anos!

 

ah, Stafan.

 

—Stefan tinha de morrer Carlisle. Você sabe disso. Se ele contasse ao seu pai o que vocês eram um para  outro… isso seria a desgraça dessa família.

 

—Eu amava Stefan. - Ele sussurrou.

 

—Eu sei querido, eu também. Mas ele perdeu a mente, foi o melhor.

 

—A sua frieza me enoja Esme. -Ele cuspiu. Ela continuou impassível.

 

—Você se tornou mole com os anos, Car. A pessoa que sou hoje, é um reflexo da que você me ensinou a ser. Estamos juntos até o fim, lembra?

 

O casal ficou se olhando, os últimos quarenta anos juntos se passando por suas mentes, todas as mentiras que contaram, as pessoas que enganaram ou fizeram sofrer para terem o que queriam.

 

—Eu não quero saber se matou a Danali, nem como e porquê, mas se a policia vier atrás de você eu não quero ter nada a ver com isso.

 

—Pode ficar tranquilo, essa morte não está na nossa conta. Mas se alguém de fato a matou precisamos saber o porque, afinal foi em nossa casa, poderia ser um de nós o alvo, ou ainda um de nosso filhos. Principalmente Edward.

 

O casal passou a madrugada de Natal conversando sobre as pessoas que convidaram para sua casa naquela noite, quais de seus inimigos poderiam ter uma motivação tão forte para matar um deles.

 

A estranha união do casal era fortificada pelos filhos, Edward e Alice. Se alguém desejava fazer mal a um deles pagaria com a vida.



—Até mesmo Isabella pode ser um alvo, ela é sua versão feminina, intragável. - Esme disse e Carlisle sorriu orgulhoso. Conforme as  horas passaram e o casal discutia, a tensão entre eles se dissipou sendo substituída pela camaradagem de anos.

 

Eles poderiam ter inimigos é claro;

 

Poderiam se odiar.

 

poderia  até mesmo planejar a morte um do outro a cada minuto.

 

Mas ninguém de fora iria ferir nenhum Cullen.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido.

bjs :*

17/12/18