Sherlock - Season 5 escrita por TinaS


Capítulo 8
Tudo está ligado


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal estou muito feliz com os comentários de vocês ^^
Obrigada por estarem gostando da história.
Mais um capítulo para vocês e quem quiser ver o vídeo é só voltar no Cap anterior.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/769215/chapter/8

 

Sherlock estava andando de um lado para outro na sala de Lestrade, esperar pelo homem não era uma tarefa fácil e nem animadora. O detetive só queria esclarecer o assassinato de Adair e finalmente ir para o 221B para encher de toxinas que liberassem neurotransmissores em seu cérebro que estava trabalhando por horas.

A que devo a visita Holmes? – Lestrade entra na sala visivelmente cansado.

Ronald Adair e Coronel Sebastian Moran eram parceiros e sócios de jogo – o detetive começou a explicação sobre a resolução do caso - com certeza Moran trapaceou, creio que, no dia do crime, Adair descobriu que o outro andava roubando no jogo, então falou com ele em particular e ameaçou denunciá-lo, foi a briga que o Sr. George Harvey nos relatou – Sherlock falava e Lestrade acompanhava com atenção para não perder – seria prejudicial aos planos do Coronel ter seu nome exposto quando queria o anonimato para se aproximar de mim. Portanto, matou Adair, que na ocasião tentava calcular quanto deveria devolver aos nomes na lista, já que não queria lucrar com a desonestidade do parceiro. Ele fechou a porta, para que a mãe e a irmã não o surpreendessem e quisessem saber o que significavam aqueles nomes e algarismos.

Muito bom – Lestrade sentou – mesmo assim ainda precisamos de provas contra o senhor Moran, só temos a bala precisamos encontrar a arma e tem que estar na posse dele.

Isso é questão de tempo apenas Lestrade – Sherlock se dirigiu a porta – quando eu pegá-lo então pode prendê-lo com a arma nas mãos.

Nas mãos? – Lestrade perguntou, mas Sherlock já havia deixado-o sozinho.

Sherlock tinha uma forte teoria de que Moriarty deu a espingarda de ar comprimido para Sebastian, então em seu truque final ele faria questão de matar Molly com a arma e é claro que ele iria fazer bem feito para que o detetive assistisse.

—x-

Jane foi até a cozinha para beber um pouco de água. Sherlock já tinha mandado que buscassem Molly e ela estava a caminho do 221B deixando ela, John e Rose ali na casa dos Watson. A pequenina já tinha ido dormir e John não saia do quarto. A loira pensou que aquele dia tinha sido demais para ele depois da primeira lembrança da Hooper ser sobre Mary. Ela lavou o copo e andou em passos leves até o quarto de John e bateu na porta.

Sim? – ele disse.

Oi – Jane entrou no quarto e o viu deitado na cama embaixo da cobertas – você está bem?

Estou – ele sorriu fraco – não sei, na verdade tudo parece tão confuso.

Imagina como não deve estar sendo para Molly – a loira sentou na poltrona ao lado da cama do Watson.

Mesmo assim ela ainda se importa com o Sherlock – John balançou a cabeça – isso é engraçado.

Talvez ela goste dele – Jane encarou o homem que riu alto – o que foi?

É que não importa se é Kate ou Molly – John sentou na cama para olhar Jane melhor – ela gosta dele mesmo agora que não se lembra isso é nítido.

Então ela já gostava dele? – a loira arregalou os olhos.

Exato – o Watson olhou pela janela – e o nosso detetive corresponde a esses sentimentos com a mesma intensidade e ouso dizer que até mais.

Sherlock apaixonado? – Jane pareceu mais surpresa ainda e bem John riu de tudo aquilo sentindo que queria mais noites como aquela ao lado de Jane.

—x-

Molly ouviu um barulho vindo da sala, por incrível que pareça Sherlock a deixou dormir no quarto dele e sem as algemas. Ela não protestou já que queria apenas uma boa noite de sono. Levantou-se da cama e caminhou a passos leves e silenciosos até a sala. Viu a figura do Holmes sentado em sua poltrona com um cigarro nas mãos enquanto a fumaça se instalava pelo apartamento.

Mais o que você pensa que está fazendo? – Molly o olhou incrédula e Sherlock apenas se assustou com a presença dela ali.

Deveria estar dormindo Hooper – ele abriu a janela e apagou o cigarro – boa noite?

Você só pode estar de brincadeira – ela pegou o cinzeiro – sério cinco cigarros só nesse curto período de tempo?

Nosso sistema nervoso possui células especiais chamadas transportadoras, que levam substâncias como os hormônios e os neurotransmissores para locais específicos no cérebro. Esses elementos têm o poder de nos excitar ou relaxar e constituem as respostas naturais que damos aos estímulos do meio ambiente – o detetive disse pensando que sua resposta estava sendo convincente – o tabaco é rico em uma substância chamada nicotina, que estimula a produção de dopamina, um dos maiores mediadores químicos das células, que atua nos centros de prazer do cérebro.

Então senhor detetive – ela disse sarcástica – você sabe que sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos dopamina e para compensar, o organismo produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém parar de fumar, fica nervoso ou irritado.

Não sou eu que estou irritado – ele disse parando em frente a ela sorrindo, o lado legista dela estava falando mais alto e ele gostou pois estavam fazendo progresso.

Molly ergueu a mão e deu um tapa na cara do detetive. Sherlock não estava surpreso com o ato já que já havia ocorrido uma vez. A cabeça da Hooper pesou e ela sentiu mais uma vez sendo puxada pelas lembranças. Antes de seu corpo se chocar com o chão Sherlock conseguiu segurá-la em seus braços.

 

Então ele está limpo? – John perguntou para a legista que estava tirando suas luvas depois de analisar as amostras de sangue de Sherlock.

Limpo? – ela disse visivelmente irritada e parou em frente ao detetive.

Todos se surpreenderam ao ver Molly Hooper deferir três tapas no rosto de Sherlock.

Como se atreve a jogar fora os belos dons com os quais você nasceu? E como você ousa trair o amor de seus amigos? – Molly estava irritada com o detetive queria bater ainda mais nele – peça desculpas!

 

Molly? – ela ouviu a voz de Sherlock longe e sua cabeça doía tanto.

Peça...desculpas – sua voz saiu fraca e como um sussurro enquanto seus olhos se abriam devagar e encaravam a imensidão azul do Holmes.

Me perdoe – ele disse e acariciou o rosto dela.

Ele estava pedindo desculpas por tudo o que já tinha feito ela passar. O jeito como a tratava, a ligação e por ela ter sido alvo de Sebastian por causa dele. Molly apreciou o toque dele e fechou os olhos, seu coração parecia se acalmar estando ao lado do detetive e ela se deixou levar por essa centelha de paz. Sherlock não pode evitar sorrir ao lembrar do dia em que Molly Hooper o esbofeteou na frente de todos no St. Bartholomew’s. Aquele dia tinha marcado suas vidas e ele só passou a admira-la mais. E naquele momento ele sentiu que fora liberado em seu sistema nervoso mais dopamina do que quando usava de substancias ilícitas e o fato de estar com a legista o fez repensar sobre seus vícios já que estar com ela não causava efeitos colaterais.

—x-

John saíra cedo de casa para fazer compras já que tinha combinado de fazer um jantar para todos em sua casa. Sherlock havia ligado avisando que Molly havia feito mais um progresso na noite anterior e que seria bom um pouco de distração com um programa saudável e não perigoso. Estava de taxi e quase chegando ao seu destino final se não fosse pelos segundos seguintes. O sinal abriu e o taxi seguiu em sua preferência, mas o impacto não deixou de acontecer quando outro carro avançou a preferencial e bateu na lateral do taxi onde John estava.

 

[...]

 

John... era a voz de Mary.

John!

John? – a voz de Jane foi ouvida por ele e uma dor chata na cabeça o acordou.

Jane? – ele tentou levantar e sentiu uma dor no braço.

Você deslocou o braço no acidente – ela disse e ele pareceu lembrar – mas o médico disse que só foi uma torção e em dois dias seu braço estará melhor.

Onde está Rose? – ele se preocupou.

Com a Sra. Hudson – Sherlock respondeu – e Molly com Lestrade.

O cara que bateu na gente estava bêbado? – John viu a comida na bandeja e começou a comer estava faminto.

Isso não foi um acidente isolado meu caro Watson – Sherlock encarou o amigo.

Como assim? – ele quase engasgou com o suco.

Andrew Burdou estava dirigindo – o detetive disse sugestivamente.

Ele não estava desaparecido? – John estava confuso.

Ele decidiu que seria muito mais fácil se juntar à vingança do Sr. Moran do que acabar morto como George – Sherlock olhou para Jane.

Mas não adiantou muita coisa – ela completou – foi como um suicídio.

Ele pensou que sairia ileso, mas injetaram alguma substancia na corrente sanguínea dele – o Holmes notou que John e Jane estavam mais próximos e confortáveis na companhia um do outro – tem algo que queiram me dizer?

Como o que? – John conhecia aquele tom e não queria deixar a loira constrangida – não tem nada.

Hum – o detetive olhou de John para Jane desconfiado – se ainda não aconteceu vai acontecer – ele acrescentou e saiu da sala.

O que? – a loira olhou para John.

Não é nada esquece – o Watson suspirou e agradeceu por Sherlock não ter estragado tudo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam? As coisas podem ficar mais difíceis para Sherlock e Molly daqui para frente.
Não esqueçam de comentar tudo bem?
Isso me ajuda a não desistir da história.
Bjos
TinaS



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sherlock - Season 5" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.