I Hope escrita por CrushHP


Capítulo 1
Tonks


Notas iniciais do capítulo

Essa one é em comemoração aos 40k de visualizações que minha fic recebeu no Wattpad, e como eu tô tentando colocar quase todas as minhas fics nos três sites ( Spirit, Wattpad e nyah ) eu resolvi publicar aqui também. Não é preciso ter lido a história para entender esse one, porém seria interessante lê-lo para entender a empolgação de Remus em relação ao Teddy.



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I Hope

Por CrushHP 

 


A vida de Remus havia sido boa desde a queda de Voldemort, ele não tinha passado seus anos sozinho, não tinha sido tão discriminado por ser lobisomem e até foi padrinho do segundo filho de James.

Mas havia algo faltando. Algo que ele jurou não procurar, pois sabia que era errado comprometer a jovem Tonks a um futuro ao lado de um lobisomem.

Desde que voltara do universo paralelo ao seu mundo, onde conheceu seu filho Teddy, a ideia de tê-lo nessa dimensão se apossou de seus pensamentos. Mas Tonks era jovem demais quando retornou e, com o tempo, ele se convenceu de que estava feliz sozinho.

Ele recusou os pedidos de Dumbledore para ser professor até que ela saísse da escola, suas desculpas a cada ano só pioravam e ele fingia não ver os olhares acusadores de seus amigos que sabiam o que ele estava fazendo.

Em 1992 ela finalmente terminou seu sétimo ano e uma pequena esperança surgiu em seu coração, de que agora, depois de terminar a escola, ele pudesse ao menos ser amigo dela.

Sua esperança diminuiu consideravelmente, pois Sírius, que decidira manter contato com seus parentes bons após o fim da guerra, soube que ela estava namorando um jovem bruxo de seu ano.

Remus não conseguiu disfarçar a cara de tristeza. Sirius sorriu-lhe.

“Você esperou por todos esses anos, Mooney, pode esperar mais um pouco.”

Lupin queria ter dito que não esteve esperando por ela, que saira com outras mulheres ao longo dos anos, mas uma voz no fundo de sua mente dizia o contrário, dizia que nenhuma delas sorria tão belo quanto sua Tonks.

Harry foi para Hogwarts antes dela terminar.  Ele estava radiante com a perspectiva de finalmente conhecer o lugar onde seus pais estudaram. James e Lily havia feito um acordo de contar o que aconteceu com eles na outra dimensão, apenas quando Harry estivesse mais velho. Quando sua cabeça fosse mais entendida para compreender a situação. Eles queriam que ele vivesse a própria vida e não sendo a sombra de quem Harry Potter foi em seu mundo.

Internamente Remus sabia que tinha tentado fazer isso durante toda a sua vida, ele ficou longe de Nymphadora Tonks, ele conheceu outras pessoas, ele saiu com seus amigos. Mas as memórias do outro Lupin ainda estavam em sua mente, ele não conseguia ignorar como ela era apaixonante.

Sua afilhada entrou para Hogwarts quando Harry estava no quinto ano. Iris Potter era ruiva e gentil como Lily, porém travessa como James um dia fora. No final desse mesmo ano ele estava sentado em um bar trouxa observando a neve cair do lado de fora. Aí que nossa história de amor começa.

Remus se acostumou a aproveitar seu tempo sozinho. Era revigorante beber um pouco de cerveja trouxa e pensar no quanto sua vida era diferente agora.

“Um galeão por seus pensamentos.” Uma voz disse, fazendo ele voltar ao mundo real.  

Ele levantou os olhos de seu copo. Era ela. Ele reconheceria sua voz mesmo que passassem cem anos.

“Nymphadora Tonks.” Seu nome saiu de seus lábios como um suspiro. Ela fez uma careta. Se Tonks achou estranho que ele a reconhecesse, não comentou. Afinal eles já haviam se visto as reuniões de Sírius e Marlene.

“Apenas Tonks.” Repreendeu ao sentar-se.

Ela pediu uma cerveja ao garçom e se voltou para ele.

Todos os motivos que ele sabia que tinha para se afastar dela foram esquecido por seu cérebro defeituoso. Ele agora só queria ouvir aquela voz de novo.

“Perdida Srta. Tonks?” Perguntou bebendo sua cerveja. Ela arqueou uma sobrancelha.

“Eu devia perguntar o mesmo, Sr. Lupin.”

Remus sorriu e ela também.

Eles beberam e conversaram durante toda aquela noite. Quando estavam no beco do bar para se despedirem, Tonks deixou seu telefone com ele e, piscando para o sorriso tímido que ele abriu, desaparatou.

Ele não ligou.

Sua mente auto-sabotadora o fez não ligar. Sua consciência gritava que ele era um covarde com medo dos seus próprios sentimentos. Ele se sentia um covarde.

Porém Tonks não pensava em desistir dele tão facilmente. Isso ficou claro quando, dois meses depois de ter dado seu número à ele, ela o abordou no três vassouras em uma noite fria do fim do inverno.

“Professores não deviam morar no castelo?” Perguntou ela. Remus nem ao menos se moveu em sua cadeira.

“Se eu não te conhecesse diria que estava esperando que eu estivesse aqui hoje à noite.” respondeu ele.

“Você não me conhece, então.” Ela falou  e, como da última vez, não esperou convite para sentar. “Não me respondeu, Sr. Lupin.” Remus recordou-se do que ela falara quando chegou.

“Não, os professores não precisam morar no castelo. Eu moro aqui em Hog's Head.”  

“Eu sei.” Ela disse. “Estava apenas querendo sua atenção.”

Remus a encarou. O cabelo dela estava longo e trançado hoje. Mas seus lábios continuavam os mesmo. Remus sabia que ela não gostava de mudá-los.

“Você já a tem.” respondeu. Seu cérebro sabia que tinha um dedo de Sírius naquele encontro. Ele insistia para Remus procurá-la desde que o seu namoro tinha acabado há dois anos. Ele também estava sempre convidando os dois para as festas e jantares em sua casa. Com o tempo Remus parou de ir.

“Na verdade queria saber por que não me ligou. Eu estava louca para me aproveitar de você, Sr. Lupin, mas parece que minha abordagem mais indireta não surtiu efeito.” Ela disse enquanto sua mão avançou vagarosamente por seu braço. Remus não se moveu.

“Nymphadora…” Ela o cortou.

“Tonks.”

“Tonks, você não devia estar fazendo isso.” Afirmou.

Sua mão não parou a carícia em seu braço.

“Por que não?” Ela desafiou pegando o whisky de fogo que ele bebia e tomando um gole.

“Você é jovem demais…”

“Sou maior de idade. Isso que importa.” Disse ela. Remus respirou fundo.

“Você sabe que eu sou um lobisomem, Tonks?” Perguntou direto. Ela o olhou nos olhos antes de responder.  

“Eu não me importo com isso, Remus.”

Ele não respondeu. Ela deve ter tomado isso como algo positivo, pois se inclinou para a frente e o beijou.

Naquele momento Remus soube que estava perdido.

Estava perdido porque não recuou, porque aprofundou o beijo de forma desesperada. Ele a queria tanto para ele que chegava a ser difícil respirar.

Eles se separaram ofegantes. Num acordo mútuo ambos se levantaram. Ela entrelaçou seus dedos aos dele e saíram do bar.

Os meses passaram rápido à partir daí. Remus e Tonks se viam quase todos os dias ao final do expediente deles. Ela gostava de dormir na casa dele nos fins de semana. Aos poucos as roupas de Tonks começaram a encher suas gavetas, mas Remus não se importava com o jeito espalhafatoso dela. Ele amava na verdade. Ele amava tudo nela. Quando eles já estavam juntos há mais de um ano, ele disse isso a ela. Foi natural e doce. Tonks sorriu ao seu lado na cama.

“Eu também amo você.”

As férias de verão chegaram rápido e eles ainda não tinham contado ao outros sobre seu envolvimento. As coisas eram tão mais interessantes assim, dizia Tonks quando ele tocava no assunto. Remus não tirava a razão dela. Arriscado quando ela se esgueirava para o castelo apenas para beijá-lo durante o dia, divertido quando ela ficava de plantão no ministério aos fins de semana e Lupin ia até lá alegando que precisava falar com um amigo.

No entanto, Harry já tinha descoberto, ele havia os pego em meados de março quando entrou em sua sala para perguntar algo. Harry nem se deu ao trabalho de fingir surpresa.

“O mapa do maroto está comigo desde o terceiro ano, Tio.” Foi o que ele disse quando Remus perguntou como ele sabia.

Então quando James e Lily os chamaram para o aniversário de dezessete anos de seu filho, Tonks também foi. Junto com ele. Seus dedos entrelaçados.

Os olhares que Sírius lançou-lhe eram descarados. Mas ele estava ocupado demais com seu filho recém nascido para jogar piadas de mau gosto em cima dele.

Isso ficou a carga de Ron Weasley, melhor amigo de Harry. ( A amizade dos dois com Hermione Granger começou no primeiro ano. Eles nem ao menos intervieram para que isso acontecesse. )

Apesar dos inoportunos, a noite foi divertida e Tonks sorriu como nunca para cada piada que seus amigos soltavam.

“Contou à ela?” Perguntou James assim que estavam longe de todos. Ele sabia ao que ele se referia. Mesmo que eles não falassem sobre aquilo há muitos anos, tão coisa não deixaria de existir.

“Não.”

“E quando vai fazê-lo?”

“Eu não sei.” respondeu Lupin olhando para Tonks. Ela agora ria com Hermione de alguma piada tosca feita pelo namorado da outra.

“Remus, você não pode esconder isso para sempre.”

“Você também não contou para ele.” Alfinetou Lupin de volta. James encolheu os ombros.

“Quando Hogwarts terminar, vamos falar. Mas ele nem ao menos está com Ginny, eu não posso simplesmente despejar a história de como uma versão dele de outra dimensão derrotou Voldemort e é casado e tem filhos com a irmã de seu melhor amigo.” Concluiu.

 Remus queria dizer a ele que os boatos que corriam em Hogwarts eram muito diferentes disso. Todos os alunos sabiam do romance entre Harry e Ginny. Aparentemente apenas os pais que não.  Porém isso não era assunto dele. Se Harry tinha guardado seu segredo, por que então ele não faria o mesmo?

“Eu vou contar, apenas não agora.”  Afirmou convicto.

Exatamente um mês depois ele contou para ela. Eles estavam sentados na sala do apartamento dela e comiam pipoca enquanto assistiam filmes trouxas.

Remus não conseguia tirar as palavras de James da cabeça. Ele nem notou quando o filme terminou.

“Preciso te dizer algo.” Disse Tonks o assustando.

Ele decidiu naquele momento que ia contar à ela.

“Eu também.” Ele suspirou e beijou-lhe a cabeça. “Dora, Eu venho te escondendo algo. Um segredo.”

Tonks não se mexeu, apenas continuou olhando para ele. Curiosa. Remus respirou fundo e começou:

“Até para nós, bruxos, parece loucura. Mas há uma outra dimensão. Ela é espelho dessa. Só que as coisas lá não aconteceram como aqui. Minerva não derrota Voldemort…” Então contou tudo sobre sua viagem à essa dimensão.  Todos os mínimos detalhes. Como se lembrava da vida do outro Remus, que eles se casaram e morreram durante a guerra, que tiveram um filho chamado Teddy. Tudo.

Tonks ouviu em silêncio. Remus sentiu como se um grande peso tivesse saído de seus ombros, mas o silêncio dela estava deixando-o aflito.

"Diga algo, por favor." Pediu.

Dora o olhou nos olhos e, quando ele pensava que ela iria explodir com ele e chamá-lo de louco, ela sorriu e disse:

“Então eu acho que estou grávida do Teddy.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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