The Sinners escrita por Bird


Capítulo 14
Olhos cinzentos


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEI, e com a Annabeth que todos estavam me cobrando, finalmente nossa loira retornou!
Espero que gostem do capítulo, eu amei escrevê-lo.
Beijos e boa leitura ♥



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As semanas que se passaram foram tranquilas, recebi visitas de Jason e outros membros da empresa. Não havia voltado à ativa, obedeci estritamente às ordens médicas sobre repouso, exceto para levar Tofu ao parque próximo, assim me sentia menos inútil e um peso morto para Thalia.

Passava as pomadas para queimadura e tomava todos os remédios das receitas do Doutor Solace, minha meta era melhorar o mais rápido que pudesse para poder visitar Annabeth. Claro, a visita para membros que não fossem da família não havia sido liberada, mas eu queria estar pronto e recuperado para quando esse momento chegasse.

Estava sentado no sofá com a cabeça de Tofu apoiada em meu colo, enquanto Thalia trabalhava em seu notebook, sempre com a testa franzida e murmurando palavras avulsas que só faziam sentido em sua cabeça. Luke estava fazendo o jantar, e não posso negar que o cheiro estava ótimo.

Foi aí que Thalia surtou.

— PERCY! — Levantei imediatamente, assuntando Tofu. — Recebi um e-mail do Solace, Annabeth pode receber visitas!

Luke apareceu na sala sem o avental de cozinha.

— O que estamos esperando? Peguem as chaves, eu dirijo. — Ele disse e se adiantou pegando os casacos, já que o mês de agosto deu início a mais um inverno na cidade.

Todas as minhas seguintes ações foram automáticas, eu não sentia meu corpo e nem pensava com clareza, estava completamente extasiado. Finalmente veria ela, depois de quase seis meses separados, eu finalmente encararia aqueles olhos cinzentos de novo.

Entrei no banco traseiro e fechei o cinto no corpo. Fiquei muito feliz que Luke se ofereceu para dirigir, eu não dirigia desde o acidente, e isso não era uma coisa que eu ansiava fazer tão cedo. As seguintes cenas passaram rápido na minha mente, pouco engarrafamento, solicitação de visita na recepção e finalmente eu estava lá, em frente a porta do quarto 405.

— Vai Percy. — Thalia disse, me empurrando para frente do grupo. Meu coração pulsava em todos os lugares do meu corpo, sentia que a qualquer hora eu poderia vomitar.

Finalmente cortei a ansiedade e abri a maçaneta, revelando um quarto branco exatamente igual o meu, com uma loira magra, sentada ereta na cama. Ela se virou.

— Oi pessoal. — Seu sorriso cresceu e meu coração se aqueceu. Me aproximei dela rápido, mas ao perceber sua coluna extremamente ereta, tomei cuidado. — Tudo bem amor, pode me abraçar, só não aperte muito.

Sorri quando ouvi ela me chamar de amor, era tanta saudade, tantas conversas, tanto tempo perdido. A abracei com cuidado, senti seu cheiro veraneio e o calor de seu corpo contra o meu. Ela, ao contrário de mim, me apertou e abraçou o mais forte que conseguiu.

— Senti tanto sua falta. — Ela sussurrou. — Eu te amo tanto, não parei de pensar em você.

Nos separamos e eu fiz carinho no seu rosto.

— Você não tem ideia do quanto eu estava preocupado. — Disse. — Eu te amo demais.

Ela sorriu.

— Ei, chega disso, será que posso finalmente cumprimentar minha recém chegada do mundo dos mortos? — Thalia nos separou, enterrando o rosto nos cabelos bagunçados de Annie, em um abraço saudoso. — Você não tem noção no quanto me fez chorar e na falta que fez, temos tantas coisas para contar...

— Podem começar, temos tempo! — Annabeth disse animada e todos nos aconchegamos a seu redor.

— Primeiramente, Thalia agora é uma funcionária Olympius. — Luke disse e a loira deixou o queixo cair. — Que significa que não está mais morando naquele cafofo, o apartamento dela é tão melhor que o meu, estou até pensando em me mudar.

Thalia o encarou sorridente e apoiou a cabeça em seus ombros, enquanto ele passou o braço pelo seu corpo.

— E Percy está morando com a gente, até se recuperar totalmente. — Thalia acrescentou.

— Falando em se recuperar. — Annie abandonou o tom de animação e encarou as mãos. — Acredito que não receberei alta em breve, os ferimentos da minha coluna exigem muitos cuidados. Estou usando um colete e ele vai me acompanhar durante mais alguns meses, mesmo depois de receber alta.

Observei seu braço direito.

— Annie, seu braço... — Comecei, mas ela me interrompeu, explicando-se.

— Queimadura pelo calor do motor, mas já está bem melhor. — Ela disse e eu tirei meu casaco, revelando o mesmo curativo no meu braço esquerdo.

— Credo, vocês deveriam combinar camisetas, ou coisas fofas, e não queimaduras. — Luke disse e nós rimos.

Conversamos sobre muitos assuntos, sobre o novo trabalho de Thalia, sobre o casal salvo no acidente e até sobre Tofu, mas infelizmente a hora de visitas acabou e fomos obrigados a deixá-la. Pedi que Thalia e Luke fossem indo na frente. Ajudei Annabeth a se deitar, a cobri com o cobertor e sentei-me ao seu lado.

— Queria ficar a noite inteira aqui com você. — Disse fazendo carinho na sua mão.

— Não seja bobo, amor. — Ela sorriu. Annabeth estava magra como eu nunca havia a visto, suas bochechas sumiram e suas olheiras eram evidentes. Mesmo assim, ela jamais deixaria de ser a mais linda do mundo para mim.

— Voltarei amanhã, amor. — Eu a beijei. — E vou trazer sua comida favorita.

— Mexicana! — Ela vibrou e sorriu ainda mais. — Estou meio enjoada da comida do hospital.

— Prometo compensar todo esse tempo sem comida mexicana. — Levantei da cama, dando um último beijo em sua testa. — Até amanhã, dorme bem.

— Você também, amor. 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam?