O futuro da fênix escrita por CrushHP


Capítulo 5
Capítulo 4




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Harry dormia tranquilo no seu lado da cama. Ginny as vezes se assustava com o qual quieto ele era durante o sono. Tão diferente dela que tinha um sono conturbado e se mexia muito enquanto dormia, ele, quando não tinha pesadelos, se deitava quieto e quando não a abraçava (exatamente como agora que se encontrava sozinho) dormia encolhido, como uma criança que não queria chamar atenção. Talvez, os primeiros dez anos de sua vida ainda estivessem bem vividos lá no fundo de sua mente.

Gina tocou gentilmente no marido para que ele acordasse.

— Harry? Já são quase dez horas. — Ele abriu os olhos verdes  e piscou sonolento. Ainda tinha olheiras nos olhos, mas parecia bem mais descansado.

— Não foi um pesadelo, não é? — Perguntou Harry esperançoso mesmo sabendo a resposta.
Ginny negou com a cabeça e lhe lançou um sorriso triste.

— Fiz café. — Ela disse distraidamente.

— Você? — Harry levantou o olhar incrédulo para Ginny. —
Querida, você não sabe nem fritar ovo.

Ginny lhe deu um belo tapa e levantou da cama.
— Seu ingrato! Lusses não apareceu e eu peguei um livro seu. Estava tentando surpreendê-lo! — Enraiveceu-se Ginny e Harry riu um pouco.

— OK, me desculpe. Falei com Lusses  antes de sair do Ministério e pedi para que ela fosse nossa casa em Bournemouth.

— Por quê? — Ginny perguntou confusa. Sabia que a elfa, que trabalhava para a família, já havia limpado a casa para a viagem deles no próximo fim de semana.

— Mandei a ordem para lá. —  explicou e então, ao lembrar-se dos viajantes do passado, levantou da cama se espreguiçando.

— Descobriram algo sobre eles ontem? Quer dizer… depois que  saí? — perguntou Ginny.

Harry, caminhando em direção ao banheiro, coçou os olhos e pôs seus óculos.
— Não muito, tenho uma teoria sobre o que está acontecendo, mas espero que eu esteja errado.

— Mas... Não falou com seus pais, Harry? Em particular?— Ele estacou em pé na porta do banheiro e num gesto, que Ginny reconheceria de longe, seus ombros ficaram tensos e ele suspirou.

— Não.

— Harry…

— Não quero falar sobre isso. — Harry a cortou e Ginny tentou não ficar zangada.

— Mas eu  quero falar sobre isso! São seus pais, Harry…

— Que eram para estarem mortos. — Disse secamente fazendo Ginny se sobressaltar.

— O que está dizendo?! Pare de agir desse jeito! Quer que seus pais morram de novo, isso? — Ginny se arrependeu imensamente de suas palavras assim que elas saíram de sua boca. Harry  ficou com os ombros mais tensos e se virou para encará-la.

— Me desculpe…

— Tudo bem.

— Não, Harry., Não sei porque disse isso. — Ginny foi em direção a ele que continuava no mesmo lugar. Olhos frios como gelo. Droga! Idiota, idiota, idiota!

— Eu sinto muito.

— Eu não quero que eles morram de novo. Mas é o que vai acontecer… com todos eles. — Disse ele olhando para nem um ponto em específico.

— Como é? — Estava incrédula demais.

— Se conseguirmos  mandá-los de volta é isso o que vai acontecer. E temos que conseguir. Posso estar morrendo por dentro só com a possibilidade de deixar meus pais morrerem em 1981, mas é o que tem que acontecer, não é? Eles vão morrer… Sirius vai passar doze anos em Azkaban, Remus vai passar mais doze anos sozinho, seus tios vão ser mortos pelos mesmos Comensais. É o mesmo ciclo vicioso. Eu só não entendo como eles vieram parar aqui! — continuou frustrado — Vou escrever a Minerva., Ligue a TV, Gin. O profeta deve anunciar o que está acontecendo. — E dizendo isso entrou no banheiro de seu quarto deixando uma Ginny boquiaberta para trás.

"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^

Lily não soube quanto tempo passou desde o momento em que viu Dumbledore subir as escadas, até agora em que se encontrava deitada na cama de casal daquele quarto.
Incapaz de se acalmar ela deitou - depois de um banho em um banheiro maravilhosamente moderno e vestida com roupas novas que estavam no banheiro da casa com etiquetas endereçadas ao casal - e se aconchegou melhor em James.
Ambos ficaram calados, perdidos em seus próprios pensamentos, O primeiro a quebrar o silêncio foi James.

— Eu tive um filho, Lily. Nós tivemos  um filho. — Disse entorpecido, pois  sempre sonhara em ser pai.

Lily sorriu, mas logo o sorriso se desfez quando lembrou da cena que acontecera no ministério algumas horas atrás.

— Ele não olhou para nós, James. Nem ao menos olhou em nossos  olhos! O que eu devo ter feito de tão errado? Eu não soube dar amor ao meu próprio filho? — Desesperou-se Lily. Estava assustada com essa hipótese desde que conhecera Harry Potter. Ela não tinha dado amor ao filho?

— Calma, Lil-

— Foi isso. Eu devo ter sido uma péssima mãe! — Concluiu agora com o rosto enterrado no peito de James.

— Lily! Como você não seria uma boa mãe? Pare de pensar asneiras, meu amor.

— Quem pensa asneiras é você!
— acusou.

— Lily!

— Desculpe. — Disse baixinho lágrimas molhavam seus olhos. — Mas por que James? Por quê? Eu sempre pensei que seria uma boa mãe… Então por que meu filho nem olha na minha cara?
James a encarava como se não acreditasse no que ouvia.

— Acho que sei o porquê, Lily. — disse e quase se assustou porque não estava alterado com a constatação que acabara de ter. — Devemos estar mortos, meu amor.

^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^

— Mamãe quer vê-los, Harry. — Disse Ron ao amigo. Eram exatamente duas horas da tarde. Estavam na sala de Hermione de sua esposa e discutiam sobre qual caminho seguir. O estardalhaço já estava feito. O profeta Profeta tinha anunciado naquela manhã que viajantes do passado tinham aparecido do nada no meio do Átrio do ministério:.

—Isso mesmo ouvintes do nosso telejornal. A Ministra da Magia  Hermione Granger-Weasley nos comunicou hoje pela manhã, que viajantes temporais de mais de quarenta anos atrás surgiram no Ministério ontem à noite. Segundo ela, oito pessoas entre elas, Alvo Dumbledore, foram misteriosamente enviados para nossa época. Ela também diz que tudo está sob controle e que esse incidente será resolvido imediatamente. Nossa Ministra nunca nos deixou na mão, mas será mesmo que ela cumprirá essa promessa? Continue nos acompanhando. Mais notícias sobre o incidente temporal, você encontrará aqui no nosso telejornal Profeta Diário, agora fiquem com mais uma rodada de músicas de nossa eterna…_

Depois disso, o caos se instaurou no ministério, todos querendo saber onde os viajantes estavam. Tinham jornalistas em todo o lugar. E era um Domingo! Não tinha quase ninguém lá. Os aurores evitavam perguntas, e o restante dos responsáveis pelo Departamento de Mistérios estava incumbidos de nada ser deixado passar. A reunião ocorreria na segunda à noite, e até lá muita coisa precisava ser descoberta.

— Já imaginava. — respondeu Harry ao amigo. Olhou para seu braço esquerdo, onde o relógio que ganhara aos dezessete anos ainda estava ali. Molly lhe dera de presente o relógio do irmão morto, Fabian. Harry lembrava-se fielmente de cada detalhe daquele dia. As palavras de Molly. Sua voz cheia de emoção. Era óbvio que ela iria querer vê-los. — Vamos  esperar Minerva vir. Ela disse que gostaria de estar lá quando contássemos a verdade.

— E o que vamos contar? — perguntou Rony que já tinha sido convocado a ir. Lógico que ele iria. Não perderia isso por nada. O trio de ouro nunca se desfez. Continuam firmes e fortes.

— Não sei. Acho que a parte em que eles estão mortos não deve ser escondida. Eles vão descobrir, se é que já não descobriram — disse Hermione olhando diretamente para o amigo. Este suspirou e concordou com a cabeça.

Ficaram em silêncio. Meia hora depois devidamente acompanhados pelo Diretora Minerva,  partiram para a casa de praia dos Potter, onde a antiga Ordem da Fênix se encontrava a espera de notícias.

"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"^"

— Sr. Potter, Sra. Potter… Já está tarde. O almoço vai ser servido. — James sentiu uma pequena mão cutucar seus pés. Abriu os olhos preguiçosamente e olhou para baixo, e viu um ser pequeno olhando-o com curiosidade.
Lily, que já tinha acordado, também encarava a pequena Elfa que estava do lado da  cama.

— Vou servir o almoço. Senhor e senhora Potter. Desçam, já acordei os outros convidados.

A pequena Elfa de olhos violetas e vestidinho florido virou-se para voltar à cozinha e deixou os dois a olhando sem entender.

— Que horas são, James? — perguntou Lily se espreguiçando na cama.

Ele alcançou seu óculos na parte alta da mesa de canto e olhou para o pequeno relógio sobre a mesma.

— Já são quase 14:30. Essa viagem mexeu mesmo com a gente. — bocejou levantando da cama.

Ambos se vestiram, se arrumaram e desceram até a cozinha, onde todos já estavam sentados.

A mesa estava tensa e no balcão do outro lado do cômodo a Elfa que acordara o casal Potter cantarolava.

Ela os serviu sorridente e depois se acomodou no nono lugar e começou a comer em silêncio.
Todos ainda a encaravam. Sirius abriu a boca repetidas vezes e Alvo Dumbledore sorriu para a pequena Elfa.

— Com licença, como se chama? — perguntou Dumbledore.

A Elfa engoliu sua comida rapidamente. E sorriu ao responder.

— Sou Lusses, Sr. Dumbledore.

— E quem é o mestre da… Senhorita? — perguntou Remus curioso. Afinal todos estavam.

— Sou uma Elfa livre, Senhor. — Disse e vendo a cara de espanto completou. — Mas eu trabalho para o Sr. Potter há uns onze anos.

— Elfos livres, em? As coisas mudaram muito então. Monstro morreria se o libertassem. — comentou Sirius.

— Ah, sim. Com certeza. — Disse Lusses. — Ele era muito rabugento. Só gostava do Sr. Potter.

— Hum, espere. Você conheceu Monstro? E que história é essa de Sr. Potter? Monstro era da família Black. — Falou Sirius, duvidoso.

Lusses continuou, fingindo não se importar.

— Eu o conheci. Morreu há uns dez anos. Pertencia ao Sr. Potter. Adorava ele. Monstro o chamava de Meu senhor Harry. Eu achava eles fofos. — deu mais uma garfada no e strogonoff de frango e voltou a comer em silêncio.

— E como você chama o Sr. Potter, Lusses? — Lily perguntou sorrindo. Ela lhe lançou um sorriso enigmático.

— Depende. Existem mais senhores Potter.
James engasgou.

— Harry Potter tem irmãos? — perguntou assustado. Nesse momento uma figura alta apareceu na porta.

Harry se encostou na porta e sorriu para Lusses balançando a cabeça.

— Não, James. Eu não tenho irmãos. — Disse sem olhar para ele e tentando agir o mais normal possível.

— Então... — tentou James mais uma vez. Todos o olhavam.

Gideon e Fabian e Minerva que continuavam calados até então, encaravam em busca de respostas. Lily não o olhava. Tinha os olhos fixos no seu prato.

— Ela está falando dos meus filhos. — Harry lhe sorriu forçado. — Estamos esperando na sala da frente. Quando terminarem por favor, vamos conversar. — E antes de sair sorriu para a Elfa sentada à mesa e disse. — Lusses, Gin me pediu para te avisar que ela realmente não sabe fazer café. — A Elfa riu como se compartilhassem um piada interna e assentiu.

— Já imaginava, Senhor Harry.
Ele virou e seguiu para a sala.
Respirando fundo pensou.

"Vamos começar".


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