Uma lição de amor - Dramione escrita por Srta Zabini


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo novinho para vocês!
Aproveitem e comentem... ♥



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A mulher de espessos cabelos escuros segurava a pequena mão da filha, elas corriam em direção àquela casa velha que todos comentavam ser mal assombrada. As duas tremiam e choravam. O medo da mulher refletia-se no pânico da criança.

 

— Eu te amo, Rose. – A bruxa repetia pela décima vez. - Ninguém vai rouba-la de mim.

 

Um homem alto que vestia um casaco preto com um lenço roxo e calças xadrez com coturnos surgiu empunhando a varinha, seus cabelos eram um emaranhado de fios escuros amarrados por um tira de couro. Sua expressão era de feroz determinação: aquela criança era sua!

 

— Você deveria saber que não é oponente para mim. – O bruxo articulou num tom rouco. - Avada Kedrava! – A maldição foi proferida com força e o corpo feminino fez um arco no ar, finalmente, caindo na terra batida.

 

Um soluço escapou dos lábios infantis que se transformou num choro intenso com direito a gritos apavorados, a menininha rastejou até a mãe e se agarrou com desespero ao corpo sem vida... - Mãe. Mamãe! O assassino ouviu sons de passos e rapidamente chamou a atenção da criança para si.

 

— Eu venho busca-la em breve... – Prometeu e aparatou.

 

Hermione envolveu Rose em seus braços, permitindo que ela chorasse o quanto necessitasse. O depoimento reviveu memórias aterrorizantes, sendo que, a professora de transfiguração queria somente amenizar aquele sofrimento. Observou quando Malfoy entrou no escritório de serviços administrativos da Suprema Corte dos Bruxos para relatar sua versão dos fatos e não conseguiu deixar de sentir gratidão por toda solidariedade que ele estava demonstrando. Talvez a doninha tenha coração.

 

— Tia Mione. – A voz baixa e tristonha chamou sua atenção. - Não deixa o homem mau me pegar. – Pediu com seus grandes olhos azuis escuros repletos de lágrimas ainda não derramadas.

— Eu prometo. – Compromissou-se, determinada.

 

O Diretor da Sonserina saiu da sala onde relatou todo o incidente para o promotor e a assistente social. Ele caminhou rapidamente até ambas com expressão preocupada, era perceptível que não havia dormido bem. - Eu cuido dela enquanto você depõe. – Ofereceu com seriedade já pegando a menina para seu colo.

— Obrigada, Malfoy. – Levantou-se e beijou a testa de Rose. - Eu já volto.

 

Logo após prestar seu depoimento, a assistente social a convidou para um bate papo mais informal. Hermione sentiu o coração acelerar, suas mãos suaram devido à ansiedade. A outra bruxa possuía um olhar bondoso e analítico, ela falava baixo garantindo que cada palavra proferida fosse escutada e compreendida.

 

— Então Rose é filha de Scabior?! – O horror em sua voz atraiu a atenção da Sra. Wilkins. - Como uma garota tão linda pode ser cria daquele criminoso desprezível? – Indagou, inconsolável.

— Conhece o pai da menor?

— Ele foi um dos snatcher que me capturaram junto com Harry Potter e Ronald Weasley na Segunda Guerra contra Lord Voldemort. – Explicou ainda inconformada. - Rose não pode ser entregue a ele.

— E ela não será entregue, Srta. Granger. – A assistente social garantiu com calma. – O Sr. Scabior é procurado pelos aurores por diversos delitos, o assassinato da mãe de sua filha é apenas mais um crime para sua longuíssima lista. – Elucidou com seriedade. - A Srta. Rose será encaminhada para um orfanato onde terá condições adequadas de encontrar uma família.

— Eu quero adota-la. - Articulou sua vontade com firmeza. - Quais são os procedimentos?

— Creio que está sendo impulsiva em sua decisão. – Wilkins refutou com ceticismo. - A senhorita é bastante jovem e pelo que li nos jornais ainda não é casada, além disso, mora em Hogwarts. – Não acredito que são as melhores condições para o desenvolvimento de uma criança.

— Eu não vou abdicar do meu direito em querer adota-la, a senhora está correta em afirmar que tenho um estilo de vida corrido devido minhas atividades como professora, porém possuo meios e principalmente vontade em me adequar para correta educação de uma criança. – Argumentou seguramente, com autoridade. - Pretendo me mudar para uma casa confortável em Hogsmead e ajustar meus horários de trabalho com as necessidades dela. - Finalizou com os olhos brilhando diante de seus novos planos. - Eu me cativei por ela no momento que a vi.

— Já que está tão decidida, enviarei sua candidatura até o juizado e eles decidiram o que é melhor para o futuro da Srta. Rose. – Disse convencida da veracidade das intenções de Hermione. - Você deseja cuidar dela em sua residência até a decisão final? – Ofereceu com um sorriso gentil.

 

No lado de fora da sala, Draco tentava distrair uma impaciente garotinha, ele não podia negar que já tinha se acostumado com a pequena e ousava até confessar que se a sabe tudo da Granger não houvesse se oferecido para adota-la, ele próprio o faria.

 

— A titia tá demorando. – Rose fez um biquinho irritado.

— Você não gosta de ficar comigo? – O loiro questionou com um sorriso amável.

— Gosto sim. – Ela colocou as mãozinhas gordinhas no rosto de Draco que sentiu bastante ternura pela menina. - Mas, titio, eu não consigo falar seu nome. – Confidenciou com o rosto corado, envergonhada. - A tia Mione me ensinou a falar o dela.

— D-R-A-C-O. – Soletrou com paciência. – No entanto, você tem autorização para me chamar como quiser. Abriu um sorriso genuíno, sequer lembrava a última vez que sorriu assim.

 

Hermione permaneceu encostada na parede analisando o bruxo com sua futura filha, tinha a impressão que nunca mais se livraria de Malfoy, sorrindo bobamente resolveu se juntar aos dois.

 

Playground school bell rings again
       Rain clouds come to play again
       Has no one told you she's not breathing?

 

Se havia uma imagem que retratava uma dor pura e sincera, esse era o retrato de Rose no enterro da bruxa que agora todos sabiam chamar Charlotte Johansson, a menina parecia um anjo em seu novo vestido azul. Ela segurava um pequeno buquê de rosas brancas e as lágrimas caiam com tanta intensidade que todo o corpinho tremia.

Malfoy encarava silenciosamente a lápide simples da mulher desconhecida, o professor ofereceu um lenço quando viu as primeiras lágrimas deixarem os olhos de Hermione, toda aquela situação havia estreitado o frágil relacionamento que mantinham.       

Harry, Luna, Blaise e Ginny acompanharam tudo em solidariedade e quando, finalmente, conseguiram retirar Rose do cemitério ficaram aliviados em conseguirem almoçar. Todos resolveram realizar a refeição juntos na casa dos Potter, assim poderiam apresentar as crianças em um ambiente menos fúnebre.

 

— Eu também perdi minha mamãe quando era criança, apesar disso, ela sempre está comigo. – Luna falou com sua voz extremamente calma. - Sua mãe vai viver para sempre em seu coração. – Terminou apontando para o peito da bruxinha. Rose a presenteou com o seu primeiro sorriso do dia, Harry sorriu orgulhoso para esposa.

— Amanhã a casa estará disponível para sua mudança, Mione. – Blaise exclamou satisfeito de sua eficiência, o negro trabalhava no ramo imobiliário e tinha bastante êxito no que fazia. - Conforme suas instruções: três quartos sendo duas suítes, sala, cozinha, banheiro social e uma bela área externa.

— Obrigada! - Agradeceu com um sorriso bastante aliviado. - Eu renunciei ao cargo de Diretora da Grifinória, de tal modo que serei capaz de ministrar com qualidade minhas aulas e ter um bom tempo para conviver com a Rose. – Explicou ciente que tinha surpreendido todos seus amigos e o loiro aguado.

— Quem vai substitui-la, Granger? – Draco questionou com a expressão fechada.

— Neville Longbotton. – Respondeu inexpressiva, pois havia sido uma decisão difícil. - Ele é um fantástico professor de Herbologia e um grifinório exemplar, sendo um grande profissional e amigo. - Elucidou o critério da seleção.

 

Ginny não disfarçou uma risadinha quando notou Draco revirar seus belos olhos acinzentados, estava claro para ela que o loiro não tinha gostado da novidade. A ruiva encarou Rose que brincava com o pequeno James de cinco anos e com Morgana de três anos, e sentiu que a menina era a chave que faltava para unir, definitivamente, um teimoso casal de professores.

 

— Qual a idade dela? – Perguntou com curiosidade.

— Quatro. – O mestre de poções respondeu. - Seu aniversário é uma semana depois da cabeça de vassoura aí. – Apontou para Hermione que ficou instantaneamente vermelha.

— Estava demorando a voltar ao normal, doninha albina. – A morena revidou sem perceber que sorria.

 

 

 

O sinal do pátio da escola toca de novo

Nuvens de chuva vêm para brincar de novo

Ninguém te disse que ela não está respirando?

(Hello – Evanescence).

 


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Notas finais do capítulo

N.B.: Se Gina já captou algo no ar é pq algo está acontecendo. Agora... Eu mesma quero lançar um magia em Scabior!!!! Bjs bjs. Ártemis