Isabella Swan encontrava-se encostada na parede, enquanto lágrimas transbordavam pelos belos olhos castanhos, da cor do mais intenso chocolate. Ela não conseguia entender por que, logo ela, tinha que estar apaixonada por ele, alguém com quem era impossível de ficar.

                A morena já tinha cansado de tentar evitar as lágrimas que agora jorravam com força. Foram cinco anos sorrindo, aceitando o fato de que seu melhor amigo é o maior galinha da escola. Agora, com dezoito, e prestes a sair da escola, Isabella não sabia mais o que fazer para esconder do amigo que ela o ama. E que, desde seus treze anos, descobrira que está completamente apaixonada por ele.

                E ela acabara de ver o que sempre evitava nesses anos, vira ele, Edward Cullen, aos beijos com Jessica. Ela tentou ignorar o sentimento que a consumia por tanto tempo, tentara negar, sempre falara que estava confundindo os sentimentos, mas agora Bella sabia que isso não era confusão, isso não era só confusão.

                Ela amava Edward, e não tinha mais jeito ou volta.

                É claro que ela já se afastou dele, tentou ficar alguns dias sem vê-lo, mas o amor era mais forte. Quando ela pensara que já estava bem e voltava a vê-lo... A dor que ela sentia no peito, por saber que ela nunca o teria, crescia e se apertava cada vez mais.

                Entretanto, Isabella não podia negar como a presença dele fazia bem para ela. Como ele a fazia rir, mesmo que ela estivesse o mais triste possível. Como ele a protegia, dizendo que ninguém nunca a faria sofrer, porque ele, o amigo dela, quase que como irmão, a protegeria de todo o mal.

                Irônico? Era irônico o fato de que Edward, o que prometera que nunca deixaria ninguém machucá-la, estava ferindo-a, simplesmente pelo fato de não corresponder aos sentimentos que quase explodiam dentro de si? Era mesmo irônico.

                Bella suspirou e pegou a foto que os dois tiraram um ano atrás, em frente ao lado. Edward fazia cócegas nela, arrancando gargalhadas altas. Ela se lembrara desse dia. Ela estava triste, porque tinha escutado de uma amiga, que Edward estava ficando de novo, com uma menina nova. O amigo chegara e vira a morena cabisbaixa. Ele a pegou e fez cócegas. Até que ela sorrisse.

                Ela sabia que teria que aprender a amá-lo como amigo. Não sabia como, mas conseguiria.

                - Bella?

                Congelou. Sabia de quem era aquela voz, muito bem, mas ela não queria se virar. Sabia que assim que olhasse nos olhos verdes dele, desabaria. A dor ficaria demasiada forte, ao ponto de não suportar.

                - Anjo, o que aconteceu?

                Bella estava com a cabeça abaixada, as lágrimas ainda jorrando com força. Quando ele a chamava de anjo... Usando esse apelido tão carinhoso. Será que ele não percebia como o coração dela pulava freneticamente no peito, pedindo por amor, pedindo por atenção? Ela sentiu a mão de seu amigo segurando seu queixo, forçando-a a olhar para cima. Quando viu que a amiga estava chorando, Edward a puxou para um abraço.

                - Shh, anjo, vai ficar tudo bem – murmurou. – Eu estou aqui com você.

                Estava. Bella sabia que ele estava. Não do jeito que ela queria, como um namorado, não como um amigo. Mas estava.

                - Quem fez isso com você, Bella? – perguntou, fazendo-a encará-lo. – Quem a machucou desse jeito? Ao ponto de você se esconder aqui e ficar chorando?

                Você, ela pensou, foi você, Edward, o cara por quem estou apaixonada, e que nunca vai me ver como algo além de amiga. Você me machuca todos os dias, Edward... Logo você que prometeu que nunca iria me machucar.

                Entretanto, ela somente pensou. Não tinha coragem de confessar que o amava, não em voz alta. A única que sabia era a irmã dele e sua melhor amiga, Alice Cullen.

                Sem coragem de abrir a boca, Bella balançou a cabeça, fazendo com que Edward suspirasse.

                - Ok. Você sabe que pode sempre contar comigo, não sabe? – perguntou e ela assentiu. – Eu sempre estarei aqui com você.

                Ela assentiu e permitiu-se ser feliz. Queria muito o amigo, e o teria. Faltavam duas semanas para a formatura. E, em duas semanas, ela contaria ao amigo que o amava.

                Talvez fosse um erro, mas ela estava disposta a arriscar. Edward não a machucaria. Nunca.

                E nas duas semanas, que se passaram, Isabella tentou se esquecer de tudo. Ela ria de tudo o que o amigo falava, tentando sempre ignorar o aperto em seu peito, que denunciava a calmaria que ela demonstrava por fora. Ela conversou com todos, não ficou chorando nos cantos, nem se lamentando.

                Ela só precisava de um plano.

                E, pensando nele, a morena se dirigiu até Alice. A caçula Cullen estava conversando com uma amiga, até ver Bella. Despediu-se e abraçou a amiga, que considerava como uma irmã. De todas as amigas que tinham, elas se davam melhor entre si. Sempre fora assim.

                - Alice – sussurrou a morena. – Preciso de sua ajuda.

                E nos três dias seguintes, elas passavam o tempo todo juntas. Conversavam, tentando pensar no que fazer.

                - Bella, vou ser sincera com você – soltou Alice um dia. – Você já pensou no que pode acontecer se ele a querer somente como amiga?

                Bella mordeu os lábios, sem saber o que responder. Se ela mentisse, Alice saberia...

                - Eu sempre te incentivei a ser sincera, você sabe – continuou falando. – Mas não podemos nos esquecer o carinho enorme que Edward tem por você... como amiga. Se ele não a quiser, você vai ter que esquecê-lo, Bella. Não haverá outra alternativa.

                Bella assentiu. Ela, por mais que não quisesse pensar naquilo, sabia que isso poderia acontecer. Só não sabia o que faria para lidar com isso.

                - Mas é melhor você se declarar agora, do que viver para sempre na dúvida – disse e sorriu. – Olha, independente do que acontecer, seja lá o que Edward falar, eu vou estar aqui, ok?

Isabella assentiu e abraçou Alice, tentando esquecer todas as suas preocupações.

                E, finalmente, o dia tão esperado chegou.

                Bella estava nervosa, e, por várias vezes, tentou voltar atrás. Mas a amiga estava sempre ali, sempre mantendo-a firme e forte em sua decisão. Naquele dia, Alice estava sendo mais amiga que nunca.

                Quando chegou a hora, foi Alice quem a maquiou, de leve, a maquiagem que Edward sempre elogiara. Ela vestiu o vestido azul, pouco acima dos joelhos. Azul... A cor que Edward mais gosta nela.

                - Boa sorte, Bella – sussurrou Alice. – Você sabe que terei que ficar com meus pais... Por causa das mesas e tudo mais.

                Bella sorriu.

                - Você fez tudo que podia por mim, Alice. Mas eu ainda vou dormir aqui. Amanhã vou embora à tarde. Eu te conto tudo, pode ter certeza.

                E, depois de ver a amiga assentir, virou-se. Edward a acompanharia até a escola. Bella estava passando alguns dias na casa dos Cullen. Às aulas haviam terminado, dando início às férias de verão. Os pais já deviam estar na escola, orgulhosos, vendo a primeira e única filha se formar.

                Edward estava nervoso naquele dia. Ele não sabia o porquê. Enquanto vestia o smooking que sua mãe comprara, ele pensava nela, na sua amiga.

                Quando a viu sair do quarto da irmã mais nova, ele sentiu seu coração se acelerar. O que diabos estava acontecendo com ele?

                - Você está linda, anjo – sussurrou e a viu corar. Sorriu. Ela ficava ainda mais linda, quando corava.

                - Obrigada – sorriu. – Vamos?

                Andaram em silêncio até o carro de Edward. Bella estava nervosa, queria ter coragem de dizer a Edward agora, mas... E se ele a negasse? E se dissesse não? Ela não saberia como reagiria, não sabia o que iria fazer, mas não podia mais hesitar, não podia mais voltar atrás. Bella parou na entrada da escola e olhou para o amigo.

                - Espere-me naquele parque que sempre vamos, depois da formatura – disse, tentando ser confiante. Mas as palavras saiam, se misturando umas nas outras. – Tenho algo a dizer para você.

                Edward assentiu.

                Bella suspirou e entrou na escola. Ela queria que chegasse rápido, ao mesmo tempo em que queria que demorasse. Estava confusa, mas agora não havia mais volta. Talvez seria o fim da amizade deles, ou talvez fosse o começo de um amor diferente.

                E cedo demais, tarde demais, acabou a Formatura. Os pais partiram, e os adolescentes ficaram, prontos para a madrugada de festa. Bella saiu, logo depois de se despedir dos pais, e ficou esperando no parque. O silêncio predominava na noite, ou talvez o coração da morena batesse tão alto e desesperado, que qualquer um ali poderia ouvir. Virou-se, no mesmo momento que ele chegou, as mãos no bolso.

                Era agora ou nunca, pensou Bella, e suspirou, tentando aliviar o medo que ela sentia.

                - Edward... – murmurou, se aproximando dele. Ele deu o sorriso, ah, o sorriso que conseguia tirar seu fôlego, fazendo com que ela se esquece de tudo. O sorriso torto dela.

                - Sim? – respondeu, a voz rouca.

                E foi ali, olhando para ele, para a boca, para os olhos verdes que tanto amava, sentindo seu coração acelerar... Não tinha mais volta.

                - Eu amo você – soltou. Ele sorriu ainda mais e a abraçou. Então era isso? Ele também a amava? O coração dela foi se acalmando, depois acelerou-se novamente, mas não de medo ou ansiedade, ela estava feliz.

                - Eu sei, anjo – disse – Eu também te amo, você sabe que é como uma irmã para mim.

                Nada poderia tê-la machucado mais. Nem se ele enfiasse uma estaca no seu peito. Ela preferiria isso, a ser rejeitada. Mas... Bom, talvez ele estivesse com medo de admitir, também.

                Pensando nisso, se afastou e sorriu docemente. No minuto seguinte, jogou-se contra os braços dele, beijando-o, colocando todo o amor que sentia ali. Não durou mais de quatro segundos. Edward logo se afastou e a fitou. Ele estava incrédulo.

                - Por que...? – tentou dizer algo, mas não conseguiu. Bella o amava? Sem ser como amigo? – Bella, por que você me beijou?

                E ela percebeu que fora um erro, percebeu que ele a amava como irmã, somente como irmã. Lágrimas saltaram de seus olhos e ela não quis escutar mais nada. Tentou sair correndo, mas tropeçou e caiu, perto dali. Os soluços tornaram-se altos e claros. A dor em seu peito rasgou, machucou. Bella queria morrer, ela preferia morrer a ter que conviver com isso.

                - BELLA!

                Não precisou olhar, não precisou virar-se ou diminuir a intensidade do choro. Edward a levantou e tentou abraçá-la. Ela o socou no peito, tentando se afastar, enquanto as lágrimas impedissem que ela visse algo. Ele a havia rejeitado, ele não a amava... Ele a queria somente como amiga.

                - Solte-me, Edward – disse – Foi um erro, eu não deveria ter dito...

                - Eu... – murmurou – Sinto muito. Mas eu não te amo desse jeito, eu não amo ninguém desse jeito.

                E ela explodiu. Não agüentou.

                - Você não ama ninguém, Cullen! – gritou. – Durante duas semanas eu me preparei para te dizer que sempre te amei! Mas você é um... – bufou – Você machuca as pessoas. Você me machuca! Você! O que prometeu que nunca ia deixar ninguém me machucar!

                Edward não sabia o que dizer. Ele não sabia que Bella o amava, não sabia que ela pensava isso dele. Ele não queria perder a amizade dela, mas... Era algo inevitável.

                A morena soube o que significava o silêncio de Edward. Afastou-se dele e suspirou.

                - Você não tem culpa de não me amar. Eu não posso obrigá-lo a isso – murmurou. A dor ainda era grande, o coração batia alto. – E, infelizmente, eu o amo, e não há nada que você possa fazer em relação a isso. Peço que me esqueça, Edward. Finja que nunca fomos amigos, finja que essa noite nunca aconteceu, porque eu vou fazer isso, eu vou conseguir te esquecer.

                E saiu, sem correr dessa vez, apenas andou, enquanto as lágrimas ainda com força.

                Edward viu a ex-amiga entrando em um táxi, e não pode fazer nada. O que faria? Correria atrás dela e diria que a amava? Mas ele não a amava, não desse jeito.

                Com pesar, entrou no carro e seguiu para sua casa, seu quarto, onde jogou-se na cama, sentindo um aperto no coração. Ele nunca imaginou que Bella poderia se apaixonar por ele, poderia se incomodar com o fato de que ele não consegue ficar com uma garota por mais de uma semana. E amanhã ela iria embora. Embora de sua casa, e, em breve, para uma faculdade diferente da dele. Depois, talvez ele nunca mais visse Bella. Pensando no quão sentiria falta da amiga, ele adormeceu, enquanto lágrimas desciam pelo seu rosto e caíam no travesseiro.

                Alice estava esperando por Bella, inquieta.

                Sentada em sua cama, ela olhava para a porta do quarto a cada minuto, esperando que sua amiga entrasse com um sorriso enorme no rosto, dizendo que tudo havia dado certo e que Edward também a amava... E que agora eles estavam namorando. Que elas seriam cunhadas.

                Mas ao ver a amiga entrar, lágrimas por todo o rosto, borrando toda a maquiagem... Ela correu até a ela e abraçou forte.

                - Bella – murmurou – Eu sinto tanto, tanto... Eu não deveria ter incentivado você a fazer isso. Você pode me perdoar?

                Bella se afastou da melhor amiga e tentou sorrir. Sabia que tinha uma careta ali, ao tentar sorrir forçadamente.

                - Eu agradeço por ter me ajudado, Alice – murmurou. – Você me avisou que as coisas poderiam dar errado, e deram – sorriu irônica. – Amanhã irei embora, e eu vou esquecê-lo... Pelo menos eu não tenho que voltar em setembro para a escola e ter que conviver com ele mais um ano, porque eu sei que não agüentaria.

                - Eu vou te ajudar no verão – sorriu e limpou as lágrimas da amiga. – Vamos fazer todo o tipo de coisas juntas, eu vou te ajudar a esquecê-lo.

                Alice ajudou Bella a retirar a maquiagem, a deitar, e ficou ali até que ela estivesse dormindo. Depois que se certificou de que Bella não iria acordar, saiu do seu quarto e se dirigiu até o quarto do irmão.

                Bateu na porta do quarto, não importava se ele estava dormindo. Ela falaria com ele ainda hoje.

                Edward não soube quanto tempo dormiu, mas barulhos na porta de seu quarto o acordaram. Pensando ser Bella, ele correu até lá e parou, quando viu que era a sua irmã caçula.

                - Aconteceu alguma coisa com Bella? – perguntou.

                - Você realmente não a ama desse jeito, Edward? – perguntou ela, ignorando a pergunta do irmão. – Eu não vim aqui obrigá-lo a amar a Bella, claro que não. Eu vim aqui para dizer que além de perder uma amiga, você perdeu a chance de ser feliz. Você pode ter ficado com quase todas as garotas da escola, mas a única que lhe faria feliz, seria Bella. Você a perdeu, completamente. Ela está sozinha e machucada, mas eu sei que um dia ela vai encontrar alguém que será capaz de curá-la. Talvez quando você cair na real, você tenha ideia do quanto a machucou.

                Alice o encarou mais uma vez e saiu. Edward permaneceu ali, parado, encarando o nada. As palavras de Alice ainda martelando na sua mente. Talvez quando você cair na real, você tenha ideia do quanto a machucou. Talvez quando você cair na real, você tenha ideia do quanto a machucou. Talvez quando você cair na real, você tenha ideia do quanto a machucou. Talvez quando você cair na real, você tenha ideia do quanto a machucou...

                E o tempo passou. Um ano... Dois... Três... Quatro... Cinco... Bella virara advogada e Edward médico. Quase não se viam, e quando se viam se ignoravam completamente, fingindo que nunca se conheceram, que nunca foram melhores amigos.

 

I’ll Stand By You – The Pretenders

 

                Era uma bela noite, quando Bella terminou com um namoro. Mais um, pensou ela. Mais um que não conseguia fazê-la esquecer-se de Edward.

 

Oh, porque você parece tão triste?

Há lágrimas nos seus olhos

Venha aqui e venha comigo agora

Não tenha vergonha de chorar

Deixe-me ver você por inteiro

Porque eu já vi o lado escuro também

Quando a noite cai sobre você

Você não sabe o que fazer

Nada do que você confesse

Pode me fazer te amar menos

 

                A morena aparatou até um parque qualquer e sentou-se em um banco, deixando as lágrimas jorrarem. Quando ela conseguiria superá-lo? Quando seu coração se acostumaria com a ausência dele? Encolheu-se no banco e afundou a cabeça nos joelhos e chorou, sem se importar que estava cercada de pessoas no parque.

                Edward sempre soube de Bella nesses cinco anos. Quando descobriu que ela começara a namorar igual louca, uma raiva o atingiu... Ele nunca havia se sentido assim, por ninguém. Até perceber que ele também é apaixonado por ela.

                Hoje ela havia terminado o namoro. E ele iria atrás dela, ele diria que não agüentava mais ficar longe dela, que ele a queria, ele a queria para sempre.

 

Eu estarei com você

Eu estarei com você

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

 

                Bella levantou a cabeça e viu crianças brincando, se divertindo. Ela queria tanto poder se casar com Edward... Quantas vezes já imaginou seus filhos correndo? Quantas? Era algo impossível de acontecer, ela sabia, mas... Ela imaginava. Imaginava filhos de olhos verdes, o mesmo sorriso torto... Era impossível, então porque ela continuava a pensar nisso? Por que insistia nisso?

                - Bella?

                Estaria ela alucinando? Por que ela escutava a voz de Edward a chamando? Fazia tanto tempo que ela não escutava a voz dele. Deveria estar mesmo ficando louca.

                Edward viu a morena sentada em um banco, chorando. Ficou de frente para ela, depois de chamá-la. Bella piscou os olhos e o encarou.

 

Então,

Se você está triste, fique triste

Não guarde isso dentro de você

Venha aqui e fale comigo agora

Mas hey, o que você tem para esconder

Eu fico brava também

E eu tenho muito a ver com você

Quando você está numa encruzilhada

Não sabe qual caminho escolher

Deixe-me ir junto

Porque mesmo se você estiver errado

 

                - Edward? – perguntou e levantou-se. Bastou que ele abrisse os braços para que Bella se deixasse mergulhar. Ela havia sentido tanta falta dele, tanta, mas tanta...

                - Anjo, você pode me perdoar? – separou-se dela e a fitou nos olhos.

                - Você não tem nada para perdoar, Ed – murmurou. – Eu que não deveria ter te dito aquelas coisas... Você não tem culpa se não me ama e...

                Edward não agüentava mais ficar separado dela. Por isso, quando ela começou a falar, ele a calou. Com um beijo.

                O beijo começou calmo, como se conhecessem a boca de cada um. As línguas dançavam sincronizadas... Edward puxou Bella mais para si, grudando a mão em suas costas. A morena passou as mãos pelo pescoço de Edward, trazendo-o mais para si. Quando o ar começara a ficar escasso, eles se separaram, com singelos selinhos.

                - Eu... – murmurou Bella. Ela estava confusa. Por que Edward a havia beijado?

 

Eu estarei com você

Eu estarei com você

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

Me deixe entrar na sua escuridão momentânea

Eu nunca irei abandonar você

Eu estarei com você

E quando,

Quando a noite cair sobre você, baby

Você se sente completamente só

Caminhando com você mesmo

 

                - Eu amo você, Bella – soltou ele. – Sei que não fui muito agradável há cinco anos, mas entenda, eu nunca soube o que foi amor assim... Demorou um pouco para eu entender que te quero mais do que uma simples amiga.

                Bella não conseguia acreditar que estava ouvindo isso. Edward a amava! Ele a amava!

                - Será que algum dia você vai poder me perdoar? – perguntou ele, acariciando o rosto de Bella. – Será que vai conseguir entender que eu sempre estarei com você?

                Ela o abraçou forte e distribuiu beijos por toda a extensão de seu rosto.

                - Eu sempre esperei para ouvir isso, Edward! – disse. – E não há nada para perdoar. Eu amo você, muito, muito, muito!

 

Eu estarei com você

Eu estarei com você

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

Me deixe entrar na sua escuridão momentânea

Eu nunca irei abandonar você

Eu estarei com você

Eu estarei com você

 

                Edward riu e a beijou.

                - Eu também amo você – disse. – Você gostaria de ser minha namorada?

                Bella assentiu e eles tornaram a se beijar. Nada mais importava. Eles estavam juntos, e nada mais poderia separá-los.

 

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

Eu estarei com você

Não deixarei ninguém te machucar

Eu estarei com você

 

The End.