Quântico escrita por DrStrange


Capítulo 2
• JARVIS •




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Não era como se qualquer um deles dois fosse ficar aficionado a alguém após uma noite juntos.

Na verdade, foi uma especial surpresa para ambos depois que as roupas passaram a se perder pelo caminho. Já que inevitavelmente existiam dúvidas a respeito de possíveis conflitos em uma cama, ambos eram selvagens e dominadores demais.

 

Um barulho irritante fez com que Stephen abrisse os olhos lentamente, felizmente o quarto estava escuro. Acabou por fazer uma recapitulação rápida e precisa de toda atividade. Assim que iniciaram, descobriu que Tony não estava bêbado como aparentava — o que o médico agradeceu, já que não estava a fim de lidar com qualquer coisa antiética ou criminosa. E tal confirmação atribuiu vários tipos de ação entre eles.

Ok, precisava admitir que estava especialmente seguro sobre a fama e os atrativos do “fabuloso” Tony Stark, podia agora confirmar todas especulações e fofoca da mídia. Até queria assumir que aceitar isso seria contragosto, porém seu corpo satisfeito lhe fazia admitir que o playboy merecia seus créditos.

 

O barulho que Stephen identificou como celular — ou algo mais sofisticado e ainda assim parecido com isso — continuou seu árduo trabalho de acordar o dono, agora, para a surpresa do médico, falando em alto e bom som, como se outra pessoa estivesse presente entre eles.

 

“Senhor, a senhorita Potts está tentando te ligar. ”

Sentou-se na cama, surpreso por esse tipo de interrupção. Não parecia o tipo de tecnologia de aparelhos telefônicos aperfeiçoados, esses celulares, o próprio Stephen poderia adquirir.

Aquilo era bem mais, era único.

 

Tony por outro lado ainda estava pensando se valia ou não a pena acordar, seu corpo estava saciado e ainda assim não negaria uma saideira com o...

— Hmm, porra... JARVIS agora não. — murmurou sonolento, obtendo uma rápida concordância em resposta.

 

Finalmente abriu os olhos, para notar sua companhia sentada na cama, lhe encarando. E oh droga, eram os mesmos olhos da noite passada que tinham agitado a circulação de Tony, tão lindos quanto horas atrás.

— Bom dia awh.... Wil... Art...

 

— Stephen. — foi corrigido por aquela voz grossa sem nenhum teor de condenação. Na realidade, agora tal informação havia sido adicionada ao seu banco de dados relevantes.

 

Certo, não havia perguntado seu nome enquanto a boca ainda estava livre.

— Isso, Stephen. — esticou os braços na cama e cobriu o rosto em seguida, precisava admitir uma falha, uma coisa era esquecer o nome horas depois, coisa que de fato iria ocorrer, outra era sequer perguntar. — Erro meu. — completou mesmo sabendo que não precisava.

— Strange.

 

Talvez sua companhia não fosse tão conversável pelas manhãs, se pudesse apostar, de acordo com a interação na noite passado no elevador, podia jurar que ele não devia ser o mais sociável hora nenhuma.

— Certo, certo. Stephen Strange. — corrigiu virando o rosto para vê-lo levantar da cama.

— Doutor. — a voz continuou corrigindo, mas agora Tony tinha atenção em outro lugar.

 

GRANDE. VISÃO.

Era por isso que estava naquela cama afinal. Sentiu o próprio corpo corresponder a imagem do outro que agora tinha nome e sobrenome. E percebeu que sequer o desconforto no próprio quadril com as dinâmicas da madrugada lhe reprimiu o desejo. A pele branca tinha marcas de sua mão e seus beijos, deixando-o ainda mais sexy.

— Então Doutor - Stephen - Strange... — fez uma careta. — Por que mesmo você está fugindo da cama?

 

Stephen girou nos calcanhares, nenhum pouco constrangido por estar vestindo um total de zero peças de roupas.

Achava especialmente engraçado fazer hora com o Stark enquanto lhe corrigia a respeito de seu nome. Mas de acordo com o olhar que recebia, compreendeu que o bilionário cultivava outros planos.

Planos esses que Stephen aderiu sem relutância ao voltar para a cama, usando os joelhos para afastar as pernas de Tony, sem tirar seu sorriso provocante do rosto.

 

Cerca de uma hora depois, Stephen saia finalmente do banho em direção as suas roupas, e Tony que parecia falar com alguém, agora que finalmente levantava da cama.

— Não me diga que irá embora assim que eu entrar no banho. — Stark resmungou fingindo estar ofendido ao pegar o roupão.

— Bom, era exatamente o que eu estava prestes a fazer. — Stephen curvou analisando sua aparência no espelho, parando para pegar o celular que ainda estava na cama.

 

— Bom garoto! — Tony apontou para o outro, agitando a mão em seguida e fechando a porta do banheiro atrás de si.

 

Ótima despedida, madura e despreocupada. Stephen apenas saiu, imaginando que definitivamente havia sido uma experiência memorável.

Porém agora, era o momento de voltar para sua vida real, seu trabalho exaustivo e prazeroso, sua busca constante pela perfeição associados ao conforto do perfil disposto.

 

Óbvio que ele descobriria um mês e meio depois que estava terrivelmente enganado.

 

Tony saiu do banho aliviado por Stephen ter de fato já ido embora, costumava odiar agir depois de uma noite quando se tratava de mulheres, na realidade acaba sempre desaparecendo antes que elas despertassem deixando Pepper para resolver os detalhes, era apenas o mais fácil para todos. Mulheres ficavam à vontade umas com as outras.

Seus cálculos não foram muito exatos e acabou acordando após sua companhia, homens nesse quesito podem ser menos problemáticos, mas ainda era uma situação que preferia evitar.

 

Para sua completa surpresa, o outro mostrou-se um parceiro mais fleumático do que a primeira impressão no elevador, todavia seus termos ainda eram poucos se comparada ao que significava ele na cama.

Tinha que admitir, o cara era bom, Tony sabia que seria, do contrário não teria flertado, podia pegar no ar pessoas que sabiam o que fazer e onde fazer, seu corpo saciado estava agradecido.

 

— JARVIS está aí?

— Sempre para o senhor.

— O que consegue descobrir sobre Stephen Strange?

— Um momento.

 

O minúsculo fone estava em seu ouvido, e apenas deixou o cartão da suíte no local enquanto caminhava para os elevadores que o levaria para onde estava seu carro.

— Doutor Stephen Strange, neurocirurgião no Hospital de Nova Iorque, tem trinta e sete anos, seu aniversário é onze de novembro, signo escorpião. Vive em um arranha-céu aqui mesmo em Manhattan, devo calcular a distância, senhor?

— Hm... Não. Mais alguma informação relevante?

— Ele tem alto nível de formação como MD e DS, e costuma dar palestras sobre suas descobertas inovadores no ramo da neurocirurgia quando não está no hospital.

 

Tony sabia que aquele homem irradiava intelecto e certo tipo de domínio, esses tipos de pessoas são identificáveis.

E agora parecia menos propenso a recriminar e talvez curioso com as “descobertas inovadoras” do tal doutor, sabia que não tardaria em acabarem se encontrando novamente, abriu um sorriso ao destravar sua Ferrari e finalmente dar partida. Estava curioso para saber se sexo para os médicos era uma forma de doença, já que sempre terminava na cama... E agora tinha o sujeito perfeito para sanar suas dúvidas.

— Certo, JARVIS, salve o número do Doc nos meus contatos.

— Agora mesmo senhor Stark.

 

 

✥ ∾ ✥

 

• Apenas uma explicação/complemento:

Fiz uns cálculos e levando em conta a ordem cronológica do MCU, essa história está se passando em meados de 2005.

Onde Tony estaria com 35 anos, enquanto Stephen precisei ser criativa com a idade, fazendo com ele tivesse nascido no mesmo ano que Bruce e Rhodey, logo, ele tem 37.


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando, sintam-se livre para comentar.

Logo outros acontecimentos começaram a ganhar espaço, me permitindo um pequeno spoiler: “nós temos o Hulk” .

Até o próximo capitulo que prometo não demorar.



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