The Agents of Unique 2 - New Adventures escrita por CeciTezuka


Capítulo 7
Capitulo 7 - Now We Are Free


Notas iniciais do capítulo

-oi pessoal. como vão vcs?
—em meio a esta pandemia prolongada, finalmente consegui terminar de escrever o ultimo capitulo desta fanfic e aqui estou eu, disponibilizando para vcs, meus queridos leitores.
espero que gostem.



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Muito tempo se passou enquanto a sociedade humana se esforçava para pôr fim a aquela doença terrível que estava afetando as crianças.

A atual presidente estava providenciando as medidas necessárias e cabíveis para cuidar das crianças, algo que seu ex-marido não estava dando o trabalho de fazer. 

Recomendou que as escolas fossem fechadas, e que os pais pudessem cuidar de suas familias,mesmo tendo que trabalhar em home office.

Equipes medicas atuavam nos hospitais, fazendo o que podiam para combater a epidemias, enquanto os cientistas procuravam pela cura de todas as maneiras.

A cada dia que passava, mais e mais casos de crianças que choravam e sofriam com terríveis dores de cabeça apareciam na televisão, no rádio e na internet.

Uma garotinha que vivia em uma cidade distante em meio a natureza chamada Esther, que acompanhava tudo aquilo e sentia-se desmotivada e triste com a situação.

Havia deixado de ir à escola desde março, e no dia de seu aniversário, sua festinha que planejava dar foi cancelada.

O que a deixou entregue a um profundo estado de lamentação. 

        Mas por sorte, ela não estava manifestando os sintomas da doença, por que cuidava de sua própria saúde de todas as maneiras, tomava banho todos os dias, lavava bem as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro, praticava esportes e dormia nos horários estabelecidos.

Esther tentava fazer de tudo o que podia para manter a cabeça ocupada e sã dos problemas.

Frequentava as aulas por vídeo-chamadas, lia seus livros favoritos, assistia a series animadas na TV, mas sempre que sua vizinha conversava com sua mãe sobre as notícias, não conseguia evitar e chorar, desejando que aquilo tudo logo acabasse e ela pudesse voltar a fazer sua rotina como antes.

Naquela noite, Esther pensou em todas as crianças que estavam em quartos de hospitais ou em suas casas e enquanto as lagrimas corriam inquietas pelas faces pálidas, desejou com todo o coração que alguma magia existente pudesse ajudar a curar as crianças para que elas pudessem se unir novamente.

Abraçada a sua pelúcia de um ursinho cor de rosa com uma fragrância deliciosa de torta de morangos, observou a lua cheia no céu e percebeu que as crateras pareciam estar formando um rosto sorridente.

—Por que até você continua sorrindo se o mundo está fazendo de tudo para mostrar que a realidade é triste? - Questionou ainda chorosa e se deitou a cabeça na almofada florida no canto de sua cama e fechou os olhos completamente entregue ao cansaço de mais um dia em que suas energias haviam sido drenadas.

Pensava que se dormisse para sempre, como a Bela Adormecida, não precisasse mais encarar aquelas coisas que já estava cansada de testemunhar diariamente.

****

Christine observava o globo girando e viu algo que lhe chamou a atenção: uma sombra cercando um ponto de luz brilhante.

—Essa não. Tem uma “chama” se apagando.- Bradou o Coelhão preocupado.

—E mais outra-bradou Dentiana.

Sandman também apontou para um canto do globo onde as luzes estavam sendo tomadas por sombras.

— O que vamos fazer? – perguntou Urso.

Logo, uma ventania rondou pela sala do castelo do Norte.

E um terremoto sacudiu as estantes de brinquedos, derrubando-os no chão.

Christine viu a sombra surgindo de trás de seu casco.

Ao ver a silhueta encapuzada, sentiu um calafrio.

 E não era do vento, nem do frio do lado de fora onde a neve caia sem cessar.

Embaixo daquele capuz, Christine podia ver o crânio quando um relâmpago piscou no céu tempestuoso da noite.

Musa deu um salto e tentou acertar um golpe com sua vareta, e Christine disparou o gatilho de sua arma vermelha.

Os guardiões também tentaram conte-lá mas, os golpes não faziam efeito, já que o manto da criatura se dissolvia e depois voltava ao normal.

Os guardiões e os agentes ficaram sem reação diante daquela criatura, que ia aumentando de tamanho diante do globo.

Um som estranho soava ao mesmo tempo em que a mandíbula do crânio abria lentamente.

Se assemelhava a um grito de alguém enforcado.

E os agentes se contorciam de medo e se encolhiam nos cantos da sala.

Foi então que Christine se lembrou da luz da lua e num salto, puxou a alavanca, abriu a clara boia e deixou que aquela luz adentrasse no castelo do Norte e de uma vez, o manto derreteu e um som agudo foi ouvido.

Os agentes e os guardiões pensaram que assim, a criatura seria derrotada, mas não contavam que ela pudesse se desviar da luz da lua se tele transportando para o outro lado do castelo e quando ela se preparava para atacar a tartaruga, alguns livros caíram do alto da prateleira.

Um deles foi aberto e foi parar nos braços de Christine.

E naquele momento algo surreal aconteceu; uma intensa luz irradiava do livro para a cabeça da tartaruga e nas frontes da criatura que se contorceu como se estivesse contida por forças invisíveis que a impedia de atacar os guardiões e os agentes.

Quanto mais luz irradiava mais aquela criatura se desintegrava.

Ainda tremula, Christine olhou para aquele grimório e não acreditou no que viu: a pagina estava ficando repleta de letras de uma belíssima caligrafia e gravuras caprichadas feitas à mão e então surpreendentemente as páginas estavam repletas com belíssimas historias, contos e poesias.

A tartaruga sentiu arrepios com aquelas letras que contaram a história de uma tartaruga que vivia em uma pequena vila de Buenos Aires: Pehuajo.

E tranquilizou-se ao virar as páginas e se certificar que aquele era um final feliz. Momentos depois a tartaruga se afastou alguns metros e sentou-se com o livro aberto. Estava atraída pela abertura daquele livro e quanto mais o lia mais se deliciava.

Em seu imaginário, sentia que estava viajando por desertos, bosques, no fundo do mar, castelos, depois por vales férteis e cachoeiras com aguas cristalinas.

Enquanto Christine se transportava para a leitura, os pontos brilhantes do globo voltaram a aparecer.

Todos se amontoaram ao lado da tartaruga ainda entregue as páginas do livro.

Christine releu Manuelita, e percebeu como a história a induziu a acreditar em seus próprios sonhos e acertar sua verdadeira personalidade.

Ela então fechou o livro após ler por mais de cinco minutos, desconfiou daquela conexão.

Christine abriu novamente as páginas e o mesmo fenômeno ocorreu a luz voltou a iluminar seu rosto e a imagem da Manuelita foi projetada pela Lua.

 Nesse momento, os elfos empregados do Norte a empurram em direção da luz da lua que saia pela clara-boia aberta.

Foi assim que os guardiões e os agentes descobriram que Christine era tataraneta da tartaruga mais famosa da Argentina.

Christine viu sua vida passar rapidamente diante de seus olhos e subitamente foi levantada do chão.

Quando olhou para o céu, podia ver sua tataravó, olhando em sua direção de um jeito doce.

—Olá Christine. Finalmente nos encontramos.

—Mas como? Você me conhece?

—Sim. Há gerações, a nossa família só tem herdeiras poderosas. Como eu, sua mãe e você, que tem uma gigantesca missão. - Anunciou Manuelita.

—Missão? Me desculpe vovó, mas acho que você está delirando. Como uma tartaruga, uma criatura fraca e desprovida de força como eu pode ter uma grande missão? Muitos zombam de mim dizendo que sou inútil.

—Você é privilegiada, minha pequena. Em tudo o que é preciso para ser a escolhida. - afirmou convictamente Manuelita.

Mais uma vez, Christine não aceitou as palavras da própria tataravó.

—Eu? Uma escolhida? Para quê vovó? Pra ser a vergonha da nossa vila que foi devorada pelo fogo? para ser um fardo a mais?

—Para mostrar a sua verdadeira força.

—Mas eu não tenho certeza se posso. Não sabe que eu fui a mais rejeitada e intimidada depois que meus pais se foram?

—Você não está entendendo. Mostrar sua verdadeira força é sua obrigação, mas não a sua missão. Você é a escolhida para trazer luz e esperança para todas as crianças da terra.

—Não estou entendendo-disse Christine sentindo calafrios na espinha.

Nesse instante, Christine ouviu uma música ao longe.

Um coro de vozes seguida por um grupo de violinos e uma harpa.

Manuelita finalmente revelou:

—Você foi a escolhida para incentivar as crianças da terra a despertar para a vida.

—Despertar para a vida? Nunca ouvi falar nisso.

Neste instante, a mente de Christine se iluminou. Sentiu uma leve ardência em seus olhos que instantaneamente se dissipou. Quando respirou, sentiu um perfume de flores que evocou a imagem de um campo de margaridas.

—As crianças estão perdendo a sensibilidade e a paixão pela vida diante de uma era que fornece tantas fontes de conhecimento, acesso a informação, mas não as ajudam a prevenir os transtornos mentais e a adquirir inteligência emocional. A sua energia mental para com a s crianças é intensa e especial que é capaz de guia-las para novos caminhos para um futuro digno e repleto de boas possibilidades.

—Manuelita! Manuelita! Como pode afirmar isso? É uma loucura!

Numa grande demonstração, a tartaruga pediu para que Christine colocasse a mão fechada em punho em direção ao coração. A mesma luz que saia do livro surgiu com maior intensidade. Aquele gesto fez surgir um amuleto na palma da mão dela.

—Use o amuleto. Ele fará com que você guie as crianças através dos sonhos e conexões cósmicas.

Christine pode ouvir sua tataravó dizer:

— Tenha coragem. E deixe seu coração guiar você para o caminho certo.

Em seguida, Christine reapareceu no castelo do Norte, que lhe pediu para que refizesse o gesto. Christine agora possuía o amuleto cósmico.

Sentiu-se em êxtase.

—Não é possível. É real. Suspirou ao olhar novamente para a pequena esfera brilhante em tons de azul e com os símbolos do sol, a lua e as estrelas.

Lembrou-se do pequeno garoto que havia auxiliado na ocasião do acidente do ônibus escolar e percebeu que sua conexão com as crianças havia ficado cada vez mais forte.

Ao olhar para a lua cheia brilhando no céu novamente, Christine sorriu e agradeceu pela oportunidade de estar reunida com seus novos amigos e pela nova missão que lhe havia sido designada.

*****

Numa madrugada fria, Esther despertou e sentia-se necessitada de escrever e desenhar em seu caderno de desenhos. Não entendia o motivo, mas era como se sentisse inspirada por algo misterioso que seu coração estava mandando fazer.

Abriu o pequeno caderno de capa preá e deixou que o lápis preenchesse as páginas com belíssimos desenhos e as palavras contassem uma história que precisava ser contada.

Com o passar dos dias, decidiu se afastar das redes sociais e da TV, que so mostravam coisas ruins e entendeu que aquilo sugava suas boas energias.

 Foi enchendo mais as páginas com novas histórias até que um dia aconteceu algo que ela não esperava que pudesse acontecer: sua irmã mais velha havia encontrado os desenhos e decidiu mostra-los para os pais.

—Como você fez isso? -Perguntou a mãe.

Sentiu-se intimidada pelos olhares, achava que seria reprendida. Achou que eles jogariam o caderno na lareira e ateariam fogo.

Controlou-se para não deixar que as lagrimas escorressem pelos olhos.

—Eu só estou cansada da nossa realidade de ficarmos em casa e esperarmos por algo. Estou frustrada de não poder mais sair e ir para a escola como antes. Não quero mais viver assim. Queria viver em uma realidade distante. E esse foi o único jeito que encontrei pra me sentir bem. - explicou Esther, esperando que seus pais entendessem.

—Acho melhor levarmos ela a um psiquiatra. – concluiu o pai.

Mais uma vez Esther sentiu-se incompreendida.

Ao entrar na sala de espera do consultório, fez o que todas as crianças que sentem medo de um medico fez: desejou poder ter poderes para desaparecer.

Porem como a realidade era outra,, foi rapidamente chamada para a sala do psiquiatra.

—Esther Perez.- Um homem de suéter verde a aguardava atrás da porta. Muito a contragosto, a garota se levantou e foi até ele, acompanhada dos pais.

O casal explicou para ele o que estava acontecendo com Esther nas últimas semanas.

E lhe mostraram o pequeno caderno.

Ao observar os desenhos, percebeu que ela possuía talento com as artes através das técnicas especiais com aquarelas, nanquim, lápis de cor e marcadores coloridos.

Depois, o homem fez testes de inteligência, psicomotor e a fez responder algumas perguntas sobre suas atividades diárias.

Cinco minutos depois, receberam o diagnóstico:

—A Esther é portadora da Sindrome de Asperger. Ultimamente, eu tenho recebido muitas crianças como ela. Mas fiquem tranquilos, por que vou indicar um grupo de apoio que poderá ajuda-la com terapias individuais ou em grupo e uma escola de artes onde ela poderá aprimorar mais as técnicas de desenho e quem sabe ter uma carreira como ilustradora.

Os pais saíram da sala agradecidos e aliviados por finalmente descobrirem por que a filha parecia ser tão distante de tudo e todos.

Sua irmã tambem ficou feliz em finalmente saber das caracteristicas que a diferenciavam das outras garotas.

E estavam dispostos a fazer o que fosse preciso por ela.

E Esther se sentiu confusa no começo, mas depois que começou a frequentar o centro de apoio aos autistas, foi entendendo como sua própria cabeça funcionava e começou a exercitar sua autoconfiança.

E então decidiu que mostraria seus desenhos a outras pessoas.

Abriu uma pagina na internet, que recebia milhares de visitantes e comentários que elogiavam sua arte, tão expressiva e cheia de cores.

E em uma ocasião, ela se tornou matéria no jornal local, que dizia que a arte terapia era uma forma de combate a depressão eficiente e Esther sentiu-se feliz.

Porem no dia seguinte, Esther descobriu através de mensagens de seus acompanhantes que seu blog havia sido excluído.

—Como é que isso foi acontecer? Não fui eu que fiz isso! -dizia Esther com os nervos a flor da pele.

Com a ajuda de um amigo do pai, que era técnico em informática, conseguiram ver que havia sido um hacker que havia cometido o ato.

—Esses hackers são tão peritos em invadir páginas. Conseguem até decifrar senhas.

—Mas não podemos recuperar a página? -perguntou a mãe preocupada.

—Eu não sei. Teremos que dar um jeito.-explicou o homem.

Mas depois de muito tentar, não conseguiram.

Esther ficou muito triste e achou que a única solução para aquele problema seria parar de fazer o que mais gostava e tentar fazer alguma outra coisa que agradasse sua família.

Mas o que trouxe de volta sua certeza foram as mensagens que recebia de seus expectadores desejando que ela pudesse superar aquela aprovação e recomeçar tudo do zero.

Haviam crianças que moravam em outras artes do mundo que também adoravam sua arte e imploravam para que ela não desistisse de seus futuros livros ilustrados.

Naquela noite Esther se viu sendo tele transportada para um castelo no polo norte e viu o ursinho amarelo que aparecia em seus sonhos, acompanhado de uma tartaruguinha, que parecia ser igual a de seu desenho animado favorito quando era bem pequena.

—É você? Manuelita? – perguntou Esther parecendo reconhece-la.

—Meu nome é Christine e sou a tataraneta dela. Eu herdei a missão da tartarugas da família que é incentivar a criatividade cósmicas. E você Esther, é uma criança qualificada para esta tarefa. Você é capaz de trazer inspiração e despertar o fascínio pela vida que as crianças desta atual geração estão perdendo.-explicou Christine.

— Quer dizer que essa é a minha missão?- Perguntou Esther confusa.

si, mi pequeno angel.- Tenha fé e persista. A fé é o que faz seus sonhos se tornarem realidade quando você menos esperar.- Declarou a tartaruga som um sorriso que trouxe a Esther um encorajamento que lhe faltava.

Ao acordar naquela manhã, Esther recriou sua pagina e fez questão de reforçar as senhas para que o hacker fosse impedido de deletar a pagina novamente.

Quando conseguiu recuperar o número de assinantes da página, e conquistou mais alguns, sentiu-se feliz e prometeu a si mesma e para os amiguinhos de seus sonhos que nada mais a faria desistir.

“Eu prometo Urso. E prometo a você também Christine. Que irei cumprir com a minha missão.”

Pensou Esther enquanto terminava de colorir a última pagina de um livro infantil que havia sido escrito em parceria com sua irmã mais velha, e estava prestes a ser publicado e lançado para as livrarias do mundo inteiro.

****

—Ja está pronta,filha?-Perguntou o pai batendo na porta do lado de fora do quarto.

—Ja estou indo papai!-Respondeu Esther terminando de colocar seu colar com um pingente cosmicop que havia ganhado de presente de aniversario de sua professora de desenho.

—Adeus Esther.-acenou Urso que estava sendo refletido no espelho da penteadeira.

—E não se esqueça, mi pequeña. seja mais forte do que suas fraquezas.-declarou christine ao lado de Urso.

Esther correu para eles e os abraçou.

—Obrigada, agentes da Unique. eu prometo que irei sempre me lembrar de vocês.- disse Esther.

depois que eles desapareceram em meio a uma poeira dourada,Esther saiu de seu quarto e desceu as escadas.

Na direção de seus sonhos que estavam prestes a se tornarem realidade.

 

                                                                             -FIM-


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Notas finais do capítulo

-É muito duro ter que se despedir deste jeito. Mas entendam que haverão mais historias aqui em breve.
Espero que tenham gostado deste ultimo capitulo.
é oficial.
a fanfic do Urso está concluida e gostei de verdade de escrever estas histórias.
—Deixem seus comentarios ,reviews e fiquem a vontade para ler minhas outras historias publicadas aqui.
Obrigada a todos pelos acessos até a proxima.



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