Em dois atos escrita por Warden Dresden


Capítulo 1
Ato I - Hogwarts.


Notas iniciais do capítulo

olha só quem resolveu voltar dos mortos! risinhos só de quem mal conseguia escrever em português depois que descobriu que conseguia escrever em inglês.
mas avisa lá que eu voltei e agora com uma série sobre as mulheres de harry potter! a gente começa é claro com lily amor da minha vida evans, descrita pela rainha da porra toda minerva mcgonagall!
espero que gostem, comentários me derretem e até lá embaixo!



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Você observa a fila de crianças com rostos ansiosos e iluminados. Há um bocado delas esse ano, encarando o teto estrelado ou as mesas longas cheias de veteranos impacientes. O potencial ali é enorme, e o começo é imutavelmente aquele: a seleção. A lista de nomes ganha feições enfim, e só basta aqueles poucos minutos de análise para que deseje o melhor para todos eles. São crianças esperançosas querendo histórias longe de casa.

Passa por rostos que um dia serão o palco de lendas – porque todos os seus alunos são lendas no fim das contas – e imagina como serão no futuro. Espera que os sorrisos largos demais não desapareçam, e que o medo se torne curiosidade. Você tem uma parte de cada vida ali em suas mãos, tem as chaves para todo o mundo daquelas crianças, tem uma chance de mudar os finais. Com a tempestade se erguendo no horizonte, parece que haverá muitos finais a serem mudados e incontáveis conselhos a serem dados.

 Lá no fim da fila, há Lily Evans, unhas compridas pintadas de um tom de rosa vibrante e tudo mais, e você sabe que o destino tem algo glorioso para uma garota assim, com todo esse fogo mascarado de luz gentil. O mundo nem sempre é um lugar bom para meninas que ainda acreditam nos finais felizes e que seu trabalho duro pode conquistar tudo o que desejarem, mas há um brilho no olhar dela que lhe faz ter cega e tola fé, por uma fração de segundo, nos velhos contos de fada.

A criança que levou ao Beco Diagonal não tem medo das coisas estranhas e mágicas que irá encontrar ou já encontrou. Quando você a chama e ela caminha de queixo erguido para a mesa da Grifinória, há uma sensação de que a trouxe para casa.

 

Lily Evans é louca dizem nos corredores, e você quase revira os olhos, a decepção queimando dentro de si. Lily Evans é brilhante, perseguindo tudo o que quer sem um mísero segundo de hesitação amedrontada e lutando com unhas e dentes por tudo o que merece. Mas há dois fatos que a tornam louca ao invés de grande: é uma mulher impondo seus ímpetos de rainha de mundo sobre todos e, acima de tudo, é uma nascida-trouxa no topo das classes. Ela devora sua oposição sem piscar.

Você a entende melhor do que qualquer outro professor, melhor que mesmo Horace com seu seleto clube de alunos selecionados para a grandeza. Entretanto, ninguém está preparado para alguém como aquela garota ardente, ainda com as unhas pintadas de rosa vibrante e brincos pesados e vestidos rosados na primavera. Espera que ela não tome as primeiras negações como uma prova de que não é capaz, espera que os comentários maldosos não apaguem sua crença cega no futuro melhor que o agora.

Porque Lily Evans é uma das mais dedicadas e imponentes alunas que já ensinou, escalando o abismo das oportunidades e gritando suas opiniões em um mundo que tenta quebrar suas mãos e costurar sua boca. Você entende aquele desejo e aquela incansável aspiração, a fome por uma chance que seja de provar-se mais do que qualquer pessoa acha que é. Seu velho histórico é cheio dessas ocasiões e, a cada letivo ano que passa, o histórico dela também se enche de tudo o que fez com o próprio esforço insaciável.

Os olhos dela, tão impossivelmente verdes, reluzem como facas, prontos para cortar as amarras que tentam lhe prender com, e você vê tudo em primeira mão, maravilhada com a resolução brutal. É quase como se não houvesse uma guerra lá fora.

 

James Potter e Lily Evans são insuportáveis juntos e ainda mais insuportáveis quando separados, o amor queimando em todas as palavras que trocam e a teimosia brilhando em cada discussão. Você sabe que sentimentalismo não muda garotos que tem a cabeça nas nuvens e ouro nas veias, mas o realismo sim. Assiste-os com certa curiosidade, duas crianças caminhando sobre o mundo em frangalhos sem se importar com as cinzas em seus sapatos. Eles são um casal formidável, ainda que estranho.

Estranho porque Lily Evans despreza arrogância cega e porque James Potter abomina pragmatismo ambicioso. Ainda assim, você não vê os sinais de um fim próximo para aquela relação feita de flashes luminosos e risadas escandalosas. E a felicidade de ambos é tão óbvia que as incertezas parecem mínimas, irrelevantes no cenário final.

O que é o mundo para duas pessoas pintadas de dourado e vermelho? As várias conquistas dos dois brilham em seus belos sorrisos tão largos e não há ninguém capaz de quebra-los. Os sussurros ainda ecoam – James Potter perdeu a cabeça, Lily Evans é uma vadia, os dois vão morrer no instante que pisarem fora dessa escola —, talvez mais altos do que jamais estiveram, e mesmo assim nada os abala. Para um garoto que voa mais alto que as nuvens e uma garota que construiu as próprias asas, é tudo... é tudo insultos vazios.

Você não fala sobre Ícaro e Midas porque eles provavelmente já sabem que o mundo é perigoso para mentes tão brilhantes, e porque Lily Evans merece tudo o que guarda com cuidado objetivo e implacável sob seu olhar afiado. Ela é ouro e ouro de novo, aguçada como uma navalha nova e prestes a provar para todos que é imparável mesmo no meio do furacão que a guerra do lado de fora é.


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Notas finais do capítulo

então? gostaram? odiaram? têm sugestões, críticas ou algo a me dizer? a caixa dos comentários sempre está aí, nem que seja só para um "gostei, continua".
estou a disposição para surtarem sobre lily rainhazona da porra evans.
abraços,
warden dresden.



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