Agora eu estou indo conhecer um moleque que eu falo há mais de um ano, a gente vai se encontrar no shopping marquei no shopping por ser movimentado, porque nunca se sabe neh? A gente até já se viu pela web, mais sempre rola aquele medo.

Eu to quase chegando lá, mais deixa eu falar um pouco de mim...

Tenho 16 anos, moro em um apartamento com os meus pais, estou no 2º Ano do Colegial, não tenho namorado, talvez esse vire. Tenho cabelos e olhos castanhos escuros e sou baixinha, tenho 1,50.

A gente combinou perto da praça de alimentação, do lado do Mcdonalds, ele tem 17 anos, olhos meio esverdeados, cabelo castanho claro quase loiro não tem muito que falar, mas acho que ele tem um corpinho.

Estou chegando à praça, e acho que já estou vendo ele.

É, é ele mesmo e esta vindo na minha direção. Ele até é bonito, deve ter mais ou menos uns 20cm a mais que eu de altura.

– Você é a Manu?

– Uhum. E você deve ser o Daniel?

– Sim.

– Vamo Andar um pouco?

– Pode ser.

Ele foi seguindo na frente e puxando conversa, mas eu tenho que confessar que algo nele me deixa com medo, mais vai ver é só minha imaginação mesmo. Todos sempre falaram que eu tinha imaginação fértil.

Quando a gente chegou a uma parte um pouco menos movimentada, eu vi dois moleques, que olharam pro Daniel, como eu tenho mania de olhar de rabo de olho, eu olhei pro Daniel e ele deu uma assentida. E de repente colocou a mão no bolso, tirou um canivete e colocou nas minhas costas, e pra ninguém ver me abraçou e sussurrou no meu ouvido.

– Fica quietinha, e não fala nada, só anda. Ah! E melhora essa cara.

Eu olhei e assenti.

O Daniel foi andando abraçado comigo, e os dois moleques foram um pouco atrás, não dando bandeira. A gente foi, tipo, pra uma rua deserta, uma praça, não eu sei, não consegui prestar atenção.

Quando chegamos, ele me jogou no chão e veio os três pra cima de mim, eles fizeram tudo que se pode imaginar e me largaram ali. Tudo doía, em alguns pontos eu tava sangrando, eu não tinha força pra levantar, nem pra gritar, no começo eu até dei um grito, mas depois eu só chorava. Eu devo ter ficado mais de uma hora jogada sem ninguém me ajudar, não sei direito eu não estava prestando a tenção em nada.

Até que eu vi, por entre as lagrimas, pés vindo na minha direção. A voz rouca de homem me perguntou alguma coisa, mas eu não consegui responder. Ele me pegou no colo, e começou a andar, ele estava sem blusa, e seu corpo era quente, foram às únicas coisas que eu percebi. Depois eu cedi a dor.