Meu pai viu o carro, e cutucou minha mãe, que estava retocando o batom. Eu já estava saindo pra deixar meu pai ir na frente...

– Pode ficar filha, eu vou atrás com a sua mãe.

– Tem certeza? Eu não me incomodo de ir atrás.

– Tenho.

Eu dei um sorriso pro meu pai e fechei a porta de novo. Agradeci mentalmente meu pai. Eu ia conseguir ficar do lado do Jacob, eu podia sentir o perfume dele, já estava ficando viciada.

– Pra onde a gente vai? – ele perguntou assim que entrou na rua principal.

– Vocês quem sabem... Eu pensei em uma pizzaria.

– Mãe... – eu olhei pra trás – podia ser naquela que a gente sempre vai, neh?

– Agora está explicado, porque você se vestiu assim. – ela e meu pai deram risada.

– Ai! Dá pra parar você dois?

Eu virei pra frente, cruzei os braços e fiz um biquinho fechando a cara.

– Por que os senhores falam isso? - o Jacob perguntou sem entender.

– Porque sempre que ela quer ir a algum lugar especifico, ela se veste de acordo. Se você reparar, ela está muito bem arrumada, pra ser em um restaurante qualquer... – ele me olhou, dos pés a cabeça, não literalmente, mas vocês entenderam.

– Ah! – ele só falou isso... Que frustrante, queria ter nessas horas o dom de Edward Cullen, para saber o que ele pensou.

Meu pai foi indicando o caminho pra ele, e vez ou outra a gente fazia um comentário. Eu fiquei a maior parte do tempo sem falar nada, só escutando.

– Manu! – ele me repreendeu pela centésima vez.

– Ai! Foi mal eu esqueci. – eu respondi sem graça...

Quando eu fico nervosa eu fico me olhando no espelho, e ai eu estou olhando toda vez que o carro para, no retrovisor que fica do meu lado.

– Se acostume, ela é um pouco pior, quando ela está atrás do motorista, ela olha a cada 30 segundos

Ele deu risada. – Então se não for pedir muito, ela pode voltar do meu lado, pelo menos assim é só quando eu paro o carro.

Todo mundo caiu na risada, eu só fuzilei ele, pra depois rir junto.

Eu adorava estar com ele, ele me fazia esquecer tudo... Eu adoro sua voz rouca, sua risada, que contagia todo mundo, quando ele chega mesmo estando de mau humor, você fica alegre, seu perfume, conversar com ele... Em fim: TUDO!

Acho que eu estou me apaixonando por ele...

Ah para com isso Manu, você está completamente apaixonada. Se até a Mari já percebeu.

– Vamos, Manu?

– Hã? – eu olhei em volta e percebi que a gente já estava no restaurante. – Vamos sim.

Eu respondi meio sem graça, devo ter ficado vermelha.

A gente foi andando até lá, meus pais entraram, e depois ele deixou eu ir na frente e quando ele ficou do meu lado, ele tocou levemente a minha mão, eu olhei pra ele e sorri...

– Boa noite! Os senhores têm reserva? – o maître perguntou.

– Não. – meu pai respondeu.

– Os senhores têm alguma preferência por mesa ou lugar?

– Sim, uma mesa para quatro, na área mais reservada do segundo andar. Se for possível.

– Um momento, para eu verificar... – ele foi até o computador e digitou alguma coisa. – Vou chamar um outro maître para vocês para acompanhá-los até a mesa. Bom apetite!

– Obrigada! – agradecemos juntos.

O maître veio até a gente e nos levou até nossa mesa, que era de frente pra rua, um espaço aconchegante...

Ele deixou o cardápio, nos escolhemos, e enquanto esperávamos, ficamos conversando e dando risada. Ele voltou com as bebidas e logo trouxe as pizzas.

A gente comeu quase em silencio, fazíamos um comentário ou outro, eu sentei do lado do Jacob em frente aos meus pais.

A noite passou mais rápido do que eu queria, logo a gente já estava comendo a sobremesa e logo depois já estávamos indo pra casa, como o Jacob tinha pedido eu fui do lado dele. Nem preciso dizer que eu adorei, neh?

– Chegamos!

– Jacob, não quer subir? – Meu pai perguntou.

– Não, muito obrigado.

– Ok então. Vamos?

– Sim. – eu e minha mãe respondemos juntas.

Saímos os quatro do carro, pra nos despedirmos.

– Eu queria agradecer, ao convite, que os senhores me fizeram.

– Que isso, Jacob. Eu e minha mulher que temos que agradecer primeiro pela companhia, segundo por ter aceitado o convite e por ultimo e o mais importante... – por que será que eu sei o que meu pai vai falar? – por ter salvado a vida da nossa filha, se não sabe se lá o que teria acontecido.

– Não tem o que agradecer, não. Eu que estava perto, e ouvi ela chorando, e foi o mínimo que eu podia fazer, além de ser minha obrigação, como cidadão.

– Bom, mesmo assim obrigado. – meu pai deu um abraço no Jacob e minha mãe um beijo. – A gente já vai subindo, não demora Manu.

– Ok, pai.

A gente ficou olhando eles entrando no prédio, até que eu me virei pra ele.

– Então é tchau, neh? – eu dei um sorriso sem graça.

– Acho que é... – ele me olhou. – Então tchau.

Ele veio e colocou uma mão na minha cintura e outra na minha bochecha, e me deu um beijo no rosto.

Eu fiquei mega sem graça, espero que meus pais já tenham subido, comecei a sentir meu coração disparar e meu rosto ficar quente.

– Tchau, Jacob. Até amanhã.

– Até.

Ele entrou no carro, e saiu, depois de um tempo eu virei e entrei no prédio, já pegando o elevador.

Definitivamente eu estou apaixonada, não é normal eu ficar desse jeito, por mais que eu já tenha me apaixonado antes, é diferente o que eu sinto por ele, eu não ficava assim...

– Boa Noite Manu.

– Boa Noite.

Respondi no automático e fui direto pro meu quarto, me trocar pra cair na cama, por que amanhã eu teria aula.

...

Acordei com a minha mãe me chamando, levantei e já fui para o banheiro... Quando chaguei na cozinha me sentei e já comecei a comer, deixei tudo em cima da pia mesmo depois eu lavava, terminei de me arrumar, e desci pra esperar a Mari.

– Bom Dia gente.

– Bom Dia, Manu. – eles responderam ao mesmo tempo.

Eu encostei a cabeça no encosto, e a Mari olhou pra trás...

– Manu, tá tudo bem?

– Uhum. É que ontem eu fui dormir tarde, e agora eu tô com um pouco de sono.

– Ah. Saiu?

– Uhum. Dona Pricila inventou de sair ontem. Ai já viu neh?

Eu dei uma risada fraca, de cansaço, mais eu tinha amado sair.

– Bom Dia, Manu. – eles responderam ao mesmo tempo.

Eu encostei a cabeça no encosto, e a Mari olhou pra trás...

– Manu, tá tudo bem?

– Uhum. É que ontem eu fui dormir tarde, e agora eu tô com um pouco de sono.

– Ah. Saiu?

– Uhum. Dona Pricila inventou de sair ontem. Ai já viu neh?

Eu dei uma risada fraca, de cansaço, mais eu tinha amado sair.

Ela deu risada comigo. – Realmente, sempre que a gente sai com ela, à gente volta tarde.

– Pois é, e eu ainda estava sem sono quando eu cheguei em casa, ai piorou minha situação.

– Chegamos meninas.

– Tchau Pai.

– Tchau Tio

– Tchau, boa aula.

Entramos e fomos direto pra sala, nem esperamos as meninas, logo que entramos o professor entrou e logo atrás o Jacob. Meu coração disparou, eu olhei pra ele, e ele estava sorrindo eu retribui o sorriso.

– Cuidado pra não babar. – Gabi sussurrou pra mim.

Eu só fuzilei ela.

– Cada um no seu lugar que a aula já começou.

Todo mundo reclamou, mas foram...

– Bom Dia!

– Bom Dia, Jacob!

– Parece cansada?

– Um pouco. – Sorri fraco pra ele, que retribuiu.

– Manu depois eu queria te convidar para uma coisa... – ele me olhou sorrindo, e simplesmente virou pra frente pra prestar atenção na aula.

Eu peguei uma folha de caderno e escrevi:

Sabia q é muito feio deixar as pessoas curiosas? Principalmente eu...

Eu entreguei e bufei de leve, pra ele perceber meu descontentamento.

Ele olhou de rabo de olho pra mim e deu uma risadinha.

Não sabia não, mas agora estou avisado... (; Fica tranqüila antes da gente descer eu te falo ;P

Ele me entregou a folha, eu li incrédula...

COMO É QUE É??? Só no intervalo?? Vc quer q eu tenha um AVC?? --‘

Passei pra ele a folha de novo. Ele não se agüentou, e soltou uma gargalhada, o professor deu um olhar de reprovação pra ele, que pediu desculpas.

Prefiro q vc ñ tenha um AVC. E sim vai ser só no intervalo, e trate de prestar atenção na aula (;

Eu bufei, e arranquei a folha, fiz uma bolinha e joguei dentro da minha bolsa, e TENTEI prestar atenção nas aulas que se passaram, mas foi extremamente difícil, além de demorar uma eternidade.

...

– E agora o senhor vai me contar, ou prefere me torturar um pouquinho mais? – eu perguntei quando o sinal tocou.

– Nossa, calma deixa eu guardar o meu material. – ele dava risada.

Eu o fuzilei...

– O que está acontecendo? Vocês ficaram trocando bilhetinho todas as aulas, e agora isso.

– Sabia que ser discreta é uma virtude neh Fê. E em geral esse papel é da Gabi ou em ultimo caso da Mari.

– Quer a gente pergunta mais você podia poupar nossa saliva e responder logo de uma vez.

– É que tem uma certa pessoa, que não quer me contar as coisas, e eu to mega curiosa.

– Tá explicado, ela ficou curiosa... – as três começaram a gargalhar.

– Isso mesmo, gargalhem os quatro, tenho mais o que fazer.

Eu fui andando, mas ele tinha que me puxar, me fazendo bater em seus músculos, sentindo o tanquinho dele. Meu coração perdeu uma batida, voltando a bater forte e rápido.

– Pra que esse estresse todo? Relaxa Manu, agora vamos comer vai.

Eu olhei pra ele e falei: - Traidor, mentiroso.

Fiz meu biquinho e sai rebolando com o nariz empinado, fazendo eles rirem mais ainda, me seguindo.

– Sabe meninas, eu estava aqui pensando... – ele começou a falar, divertido. – o que vocês acham de só contar pra Manu quando o ultimo sinal tocar??

Eu nem esperei elas responderem, eu virei mais do que rápido.

– COMO É QUE É?? Você só pode estar louco, onde já se viu.

Eu simplesmente o puxei e sai andando com ele me acompanhando, por livre e espontânea pressão.

– Pode começar a falar AGORA, porque eu não quero ficar curiosa.

Ele não parava de gargalhar com as minhas atitudes.

– Claro claro...

– Anda, fala.

– Bom, primeiro eu queria saber se você gosta de praia?

– Uhum, por quê?

– Topa ir à praia que tem perto da minha casa?

– Quando?

– Ah, podia ser amanhã, se você puder.

– Ok. Mais que horas?

– Podia ser direto da escola, ai você almoça comigo e dá pra gente aproveitar bastante.

– Tá, mais ai a gente faz a lição também, pode ser?

– Pode.

– Então eu aviso minha mãe, e te mando uma mensagem no celular.

– Vou esperar.

A gente deu um sorriso um pro outro, e ficamos nos olhando por um tempo.

– Vamo comer, antes que o intervalo acabe, vai.

– Vamos.

Ele pegou na minha mão e a gente foi. Depois disso o dia passou super rápido.

Eu falei com a minha mãe e com o meu pai, e eles deixaram, na verdade eu tinha certeza que eles iam deixar, mas eu sempre pergunto mesmo assim.

Jacob, meus pais deixaram,

então amanhã eu vou à praia. (;

Boa Noite

;*’s2 Manu

Logo ele respondeu...

Não vejo a hora de chegar à manhã (;

Boa Noite e durma bem.

;*’s2

Eu li e fiquei com um sorriso bobo no rosto, mais logo fui separar minhas coisas pra praia, porque a gente passaria aqui em casa depois da escola para eu trocar de roupa e pegar minhas coisas, só ai que a gente ia pra casa dele. E pelo que eu entendi, ele iria trazer o carro dele até aqui, e deixaria na garagem, e depois a gente ia para escola, e pegaria quando eu viesse aqui pegar as minhas coisas.

O dia passou muito rápido, e quando eu vi já era o outro dia.