Follow Your Soul escrita por Nez


Capítulo 28
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

decidi postar mais um capitulo.
Emoções fortes neste capitulo!!



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26º Capítulo

Assim que chegámos ao portão da escola era visível o ambiente de festa. Placar e adereços iluminados a desejar as boas festas e bom ano novo. Haviam pais natais e bonecos de neve espalhado no jardim. Estava tudo tão enfeitado e brilhante. Haviam pequenos candeeiros com velinhas lá dentro a guiar-nos o caminho até ao ginásio onde se iria realizar a festa. Estava tudo muito bonito.

-“Uau…a associação esmerou-se!” – dizia o João olhando para tudo á sua volta e pousando os olhos, por último, em mim.

-“O que foi?!” – perguntei espantada –“ porque olhas assim para mim?”

-“Estás linda hoje. Aposto como vais ser a mais linda da festa!” – disse-me ele a sorrir como ele fazia sempre.

-“Oh não sejas totó. ‘Tás a exagerar para variar. Mas obrigada por me teres trazido á festa.”

-“Eu é que tenho que agradecer. Estou muito contente por teres vindo comigo. Obrigada Inês.” – e deu-me um beijinho na cara – “Pronta para a festa?”

-“Bora lá!”

Ainda não tínhamos chegado ao ginásio e já conseguia ouvir a música alta. Perto da entrada havia esferovite a simular os flocos de neve característicos desta altura do ano.

Assim que entrámos no Ginásio , fomos nos aproximando da festa e avistámos logo a Ana e o Daniel a dançarem. Acenei-lhes e eles dirigiram-se para nós.

-“ Ai Nez  ‘tás tão linda! Tenho mesmo jeito!” – disse ela a rir –“ agora quero ver como é que ele vai reagir.” – olhei para ela muito séria e constrangida por causa do João.

-“Estão a falar do quê?” – perguntou ele curioso e dando a entender que não tinha percebido a conversa.

-“Oh… é a parva da Ana que para variar não diz coisa com coisa. Daniel tu tem cuidado, olha que isto ainda se pega. E eu não quero ficar conhecida como a amiguinha dos xexés cá da escola!” – disse rindo-me da cara da Ana, que estava de boca aberta para mim e fazendo uma careta daquelas.

-“E então que acham da festa?” – perguntou o Daniel –“ a decoração tá fixe não?”

-“E a música também!” – disse a Ana puxando-me para a pista de dança, deixando o namorado e o João a falarem sozinhos. Eles ainda olharam para nós , mas não ligámos.

-“Já viste o Sérgio?” – perguntou a Ana ao meu ouvido.

-“Aqui na festa ainda não. Mas vi-o á porta do meu prédio quando ele foi buscar a minha prima.” – disse relembrando a cena na minha mente.

-“Eles já cá estão. E o Sérgio devia andar á tua procura , porque estava sempre a olhar para mim e para o Daniel como que á tua procura.”

E nesse instante eu vi-o. Ali estava ele acompanhado pela minha prima. Lindo como sempre, aliás, mais lindo que o habitual – o que parecia impossível. Reparei que olhava para mim, mas desviei o olhar no momento.

-“Ali está ele! Porque não vais falar com ele?” – perguntou a Ana já me empurrando discretamente.

-“Ana pára. Nem pensar que vou falar com ele.” – disse abando-me, fazendo com que ela parasse de me empurrar.

-“ Oh porquê?” – perguntou ela fazendo beicinho.

-“Não te parece mal? Eu vim com o João e ele veio com a minha prima. Não vou lá dizer-lhe que gosto dele mesmo na cara da minha prima.”

-“Ai mas isso eu pagava para ver a cara da parvalhona, estúpida, pirosa da megera da Mariana .” – disse ela toda empolgada.

-“Ana , ela pode ser tudo isso, mas não deixa de ser a minha prima e sei que lá no fundo ela só é assim porque gosta mesmo dele.” – disse, olhando uma ultima vez na direcção deles.”

Chamámos os rapazes e continuámos a dançar. Apesar de tudo sentia que me estava a divertir.

Versão da Carolina

-“Uau olha-me bem para isto. Está brutal!” – disse para a Clara. Estava mesmo linda a festa . cheia de decorações, comida, musica, até tinha luzes psicadélicas e fumo.

-“Podes crer Carol. Mas será que tem rapazes giros?” – perguntou a Clara a rir.

-“Oh és mesmo tonta. Sabes que o mais bonito é o teu irmão.” – e ela olhou para mim com uma cara daquelas –“ É verdade Clarinha. Sabes que sim. Todas as raparigas suspiram por ele.”

-“Tu não!” – disse ela apontando para mim resmungando.

-“Pois não. Ainda não tenho idade para essas coisas.” – e começámos a rir – “Mas também parece que o teu irmão não sabe o que quer.”

-“Desculpa?! O meu irmão não sabe o que quer? Como assim?”

-“Oh Clara porque é que ele veio com a minha irmã á festa se nem gosta dela? O que é que ele quer?” – perguntei olhando na direcção onde estavam os dois  a dançar.

-“ A tua irmã é que o convidou Carol. E o meu irmão sabe o que quer. Ele gosta da tua prima, ela é que parece que tem medo de alguma coisa. Só eu sei o que ele sofre e está a sofrer de a ver hoje aqui com o melhor amigo.”

-“ Qual é o mal de ela ter vindo com o João? São amigos.” – perguntei ingenuamente.

-“Está na cara que ele gosta da tua prima. Ele agora mal fala com o meu irmão. O meu maninho está mesmo em baixo.”

-“Então ele gosta mesmo da minha prima?” – perguntei-lhe. Eu queria tanto que a minha prima Inês fosse feliz. Embora ela tentasse esconder, via-se que ela gostava muito dele.

-“Claro que gosta. Olha para eles” – disse ela, fazendo com que me virasse na direcção deles. Consegui ver a troca de olhares constantes entre os dois. Estavam numa festa, mas no entanto pareciam infelizes. Mas porque é que a minha prima não ficava com o Sérgio se gostam um do outro?

-“Clara temos de fazer alguma coisa. Não percebo porque é que gostam um do outro e não estão juntos.” – disse-lhe, voltando-me para ela.

-“Carol eles só não estão juntos porque a Inês não quer magoar a tua irmã. Ela sabe que a Mariana gosta dele.”

-“Eu sei. Mas se o teu irmão não gosta dela e gosta da minha prima que também sente o mesmo por ele. Têm de ficar juntos!”

-“Sim. Mas o que podemos fazer?”

Versão da Inês

A noite corria maravilhosamente. Dançámos tanto que já me doíam os pés de estar em cima destes saltos altos. Estávamos agora na mesa os seis : eu, Ana e Daniel, João, Carol e Clara.

Começou a tocar uma música do Justin Bieber que eu gostava muito : That should be me. Era exactamente o que eu sentia em relação á minha prima. Devia ser eu com ele nesta festa. Devia ser eu quem ele devia ter ido buscar a casa. Devia ser eu…

-“Inês vens dançar?” – perguntou o João tirando-me dos meus pensamentos melancólicos.

-“Dançar?! João isto é uma música lenta…” – disse-lhe eu meia confusa.

-“Eu sei. Mas lá por ser lenta não quer dizer que não a possas dançar comigo. Anda lá prometo não te pisar o pé.” – disse ele estendo a mão.

Olhei para a Ana como que a perguntar se devia ,e esta abanou a cabeça incentivando-me.

-“Ok. Vamos lá dançar.” – disse-lhe agarrando a mão dele.

As suas mãos foram parar á minha cintura apertando-a e puxando-a para junto do seu corpo – o que me deixou um pouco desconfortável – e , apoiei as minhas mãos no seu pescoço. A música era linda , mas a letra não me saía da cabeça e procurei o Sérgio com o olhar. Não o encontrei e , triste, soltei um suspiro.

-“O que foi? Queres parar?” – perguntou o João, afastando-se para me ver a cara e ouvir a minha resposta.

-“Não não. Estou a gostar. Vamos dançar.” – e senti outra vez o meu corpo demasiado junto ao dele. Mas o que se seguiu deixou-me ainda mais desconfortável.

Á medida que a música foi avançando, o João encostou a sua cabeça á minha e eu conseguia ouvir a sua respiração no meu ouvido. Era tão desconfortável.

Então a sua cabeça começou a aproximar-se demasiado do meu rosto ficando a uma distância de 3 cm mais ou menos… ficou mesmo perto. E foi-se aproximando ainda mais. E, afastei-me.

-“o que estás a fazer João?” – perguntei assustada.

-“Oh Inês…” – e riu-se – “eu vou beijar-te.” – começou a aproximar-se novamente. Tentei empurrá-lo mas ele era mais forte que eu. E senti as mãos a forçar a minha cabeça a avançar para junto da dele. Senti os seus lábios a tocarem agressivamente nos meus. Foi um beijo tão bruto, tão ansioso. Eu tentei debater-me mas não consegui. Simplesmente não me conseguia mexer com os seus braços a agarrarem-me.

Finalmente ele afastou-se com um sorriso vitorioso na cara . Irritou-me tanto. Aquele não era o João que eu pensava conhecer. O João que eu achava que conhecia era meu amigo e nunca me iria forçar a nada. Furiosa e desiludida , dei-lhe um valente estalo naquela cara que nunca mais iria querer ver á frente, e saí a correr do ginásio.

Não via nada á minha frente, furava pelo meio das pessoas ansiosa por sair daquele sítio. Ainda fui contra alguém, mas não me virei para pedir desculpa. Não iria perder tempo com isso agora. Iria sair dali o mais rápido possível, custe o que custasse.

Consegui chegar cá fora. O ar estava gelado , tal como eu me sentia por dentro. Assim que atravessei a porta do ginásio, desatei a chorar. Como é que ele me fez aquilo? Ele sabia que eu gostava do Sérgio. Ele sabia que era só ele que eu queria. Forçou-me, magoou-me. As lágrimas escorriam-me pelo rosto, causando arrepios quando o vento me batia no rosto.

Então ouvi o meu nome ao longe. Ouvi uma voz que reconheceria em qualquer parte do mundo. Arrepiei-me mais uma vez.

-“Inês?” 


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Notas finais do capítulo

Então e q tal? Sera q e desta q eles se entendem?

Beijinhooos



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