Laços - INTERATIVA escrita por Lubs


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente, tudo bem?

Essa fanfic vem amadurecendo em minha mente faz um tempinho já, e eu finalmente tomei coragem e to postando! Tem um grupo de amigos meus que tá esperando meu suspense e enrolação com essa história há SÉCULOS, e eles foram de grande incentivo pra eu estar aqui agora. Obrigada, sério!

Eu recomento muuuito estar sempre de olho no tumblr da fanfic. Inclusive, recomendo olhar agora! O link está nas notas da história. Mas só olhem ele no computador ou em tablet fora do aplicativo, porque em celular/no app ele fica um desastre hauahua

Fichas nas notas finais

Espero que gostem!



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Inspira. Expira. Repete.

Eileen checou o reflexo no espelho do carro novamente. Mexeu no cabelo, piscou algumas vezes, franziu o cenho. Tudo parecia certo, mas ela estava estranhamente nervosa.

“Bobagem. Não tem motivo para essa ansiedade toda”

Era o que ela continuava repetindo para si mesma enquanto sua mãe dirigia ao seu lado e a silhueta do Instituto St. Clair ficava mais nítida. Respirou fundo mais uma vez, sabia que aquela frase era mentira.

“Você conhece todo mundo! Por que algo daria errado?”

Sim, Eileen conhecia todo mundo, e era exatamente esse o problema. Ela havia desaparecido, simplesmente sumido de Montreal sem dizer uma palavra para alguém, e agora estava de volta tão repentinamente quanto havia partido. Não sabia como iria olhar na cara de Courtney. Ela deveria ter ficado tão irritada e, principalmente, preocupada! Mas o que mais lhe inquietava, que fazia suas mãos suarem e o coração palpitar, não era sua melhor amiga, com quem não falava há pouco mais de um ano, e sim ele, com aqueles olhos que ela nunca decidia se eram verdes ou azuis. Malditos olhos.

­—E... Entregue, mocinha.

Falou a mãe de Eileen ao parar em frente ao Instituto, antes de olhar para a filha com um sorriso animado no rosto. Ela tentou retribuir, mas deveria saber que a mãe reconheceria seu sorriso forçado. A mais velha suspirou e rolou os olhos, antes de começar a ralhar:

—Quer parar com isso, Eileen? Meu Deus, fique tranquila! Você estudou aqui a vida inteira, e passou um mísero ano fora. Levante esse traseiro no meu carro, entre nesse prédio e finja que você nunca saiu daqui, que tudo vai dar certo. Ok?

Eileen desviou o olhar. Sua mãe ergueu as sobrancelhas e tentou mais uma vez, com maior ênfase:

—Eu não ouvi sua resposta. Ok?

Com um risinho derrotado, a filha finalmente respondeu:

—Ok, mãe.

Satisfeita, a progenitora sorriu de maneira mais branda e depositou um beijo na testa da outra.

—Ótimo. Agora vai lá e seja você. Te amo, meu bebê.

—Também te amo, mãe.

Eileen saiu do carro com um pouco mais de confiança que morreu assim que ouviu o motor da mãe arrancar atrás de si e ir para mais longe. Apertou a mochila entre os braços e começou a caminhar com a cabeça baixa. Não queria ser reconhecida ainda, não queria começar boatos sobre seu sumiço e retorno. Sabia que era inevitável, e realmente não ligava muito, mas não ainda. Tinha alguém para encontrar antes, era crucial que falasse com sua melhor amiga antes de qualquer pessoa.

Com passos rápidos, porém vacilantes, com o olhar alternando entre o chão e as pessoas que cruzavam seu caminho, Eileen atravessou as grandes portas de entrada do Instituto St. Clair e adentrou o corredor principal abarrotado de alunos. Ela ouvia as vozes, as risadas, sentia os cheiros e via as cores, tudo tão familiar, mas que parecia ao mesmo tempo absurdamente estranho. A cabeça parecia rodar, e um único pensamento era claro: achar Courtney.

Se bem conhecia a amiga, sabia exatamente onde encontrá-la antes do primeiro período: em seu armário, que não mudava desde o sexto ano, pegando os livros de maneira apressada porque sempre chegava atrasada ou se distraía com alguma coisa. Conhecia aquela escola como a palma da mão, e o caminho estava praticamente gravado em sua memória. Foi apenas uma questão de tempo até que ela estivesse no corredor certo e a inconfundível cabeleira cacheada de Courtney fosse visível, mesmo que seu rosto estivesse escondido pela porta do armário. Pela primeira vez naquela manhã, Eileen estava genuinamente animada.

Com tanta animação, entretanto, ficou momentaneamente cega para o que acontecia ao seu redor, e foi aí que o desastre aconteceu. Um corpo maior e mais musculoso que o seu esbarrou em seu ombro, fazendo-a cambalear um pouco, mas nada a mais que isso. O problema foi o rosto que ela viu quando levantou os olhos para ver quem tinha sido, e encontrou o que mais temia.

Com as feições congeladas com um misto de incredulidade, atordoamento e uma pitada de mágoa, que Eileen presumiu que fosse fruto de sua imaginação, Nathaniel Townsend lhe encarava com a boca entreaberta em um pedido de desculpas que nem chegou a escapar. Ficaram naquela posição pelo que lhe pareceu séculos, mas que provavelmente não foram mais do que segundos. Em sua cabeça, todas as negações, maldições e xingamentos se passavam. Aquilo simplesmente não poderia estar acontecendo.

Meio hesitante, como nunca antes visto, Nate falou:

—Eileen? Eu não sabia que você tinha voltado.

Ela começou a sentir a boca secar, a garganta fechar e o mundo comprimir em torno de si, lhe sufocando. Conseguia ouvir os cochichos, distantes por conta dos zumbidos que preenchiam seus ouvidos. Eileen olhou brevemente para frente, onde viu Courtney lhe encarando, a atenção atraída pelo rebuliço, a porta do armário ainda aberta. E viu também, a raiva que ela sempre tivera dificuldade em controlar e todo o ressentimento de ter sua melhor amiga sumir sem dizer uma palavra. Ela bateu a porta do armário com força e deu as costas, andando apressada para fora dali.

Eileen sentiu o coração afundar e voltou a olhar para Nate, que aguardava uma resposta, parecendo inquieto. Ela abriu e fechou a boca, desviou os olhos. Colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e, por fim, falou:

—Pois é. Eu voltei.

Parecendo recomposto, ele abriu um sorriso, voltando a ser o Nate que todos conheciam. Pigarreou e piscou uma vez, como que para espantar os últimos efeitos do choque. Eileen voltou a fita-lo, mas imediatamente se arrependeu. Lá estavam os olhos.

—Ótimo! A gente se vê por aí, Leen.

Saiu, mas ela continuou lá, parada, enquanto ao multidão se dispersava lentamente. Eileen só conseguia pensar em uma coisa:

Aqueles malditos olhos


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Notas finais do capítulo

Espero muuuuito que vocês tenham gostado, sério!

Sua opinião significa muito pra mim, então deixe um comentário, críticas construtivas são sempre bem vindas!

Link das fichas: https://goo.gl/forms/ovCwtmxJSK1dsT8x2

Aguardo os personagens maravilhosos de vocês!

Beijosss



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