A Caixa de Pandora escrita por Max Lake
Notas iniciais do capítulo
4° tema, 4° Round!
O tema é "Personalidades históricas" e escolher entre Rei Luís XIV, Martinho Lutero e Alexandre, o grande. Pelo título dá para saber quem foi o escolhido, mas... Sim, foi Alexandre, o Grande.
Sentada no fundo da sala com o caderno aberto, caneta em descanso e celular em mãos, Pandora nunca esteve tão distraída em uma aula de história quanto naquele momento. Era a última aula, esteve bem desligada durante a manhã inteira. Ela queria desvendar esse mistério, entregar esta caixa a mãos mais seguras do que as suas.
—Ninguém… - sussurrou novamente.
Ela demorou a associar, mas “ninguém” foi o nome usado por Ulisses, ou Odisseu, para enganar Polifemo, o ciclope filho de Poseidon que queria comê-lo. Podia ter algo relacionado. Ou o homem apenas não quis revelar seu nome. “Mas ele sabe da caixa”.
O sinal tocou, os alunos começaram a desfazer suas mesas e o professor apagava o quadro. Pandora permaneceu imóvel, distraída e pensativa. Sem notícias de sua mãe e ela não acreditava nisso.
Enfim se levantou e foi até a saída da sala, percebeu que o professor ainda arrumava suas coisas. Será que ele conseguia enxergar a caixa? Aproximou-se timidamente do grisalho e enrugado professor de história.
—Oi - disse, tão timidamente que era quase inaudível.
—Te percebi distraída hoje, Pandora. Tá tudo bem?
—Sim, eu estou.
Pandora pousou a caixa na mesa do professor. Esperou alguma reação, mas não teve.
—Ah. Quer alguma coisa?
—Uma ajuda. - Guardou o objeto novamente na mochila. - O que o senhor acha sobre a Caixa de Pandora? Tipo, ela existiu? O que aconteceu com ela?
—É só um mito grego - sucintou. - Um bom mito grego, gosto como explica a frase “a esperança é a última que morre”. Por quê?
—É para um trabalho externo. Estou pesquisando sobre a Grécia Antiga e queria saber se era só um mito ou se a caixa realmente existiu.
—Pode procurar informações sobre a Caixa de Alexandria, ela sim existiu.
—Caixa de Alexandria?
—Sim, uma relíquia que pertenceu a Alexandre, o Grande. Antigo rei da Macedônia. Ele ganhou a caixa quando fundou Alexandria.
—E o que tem dentro dela?
—Nada. Foi apenas um presente, mas está em exibição em um museu de Alexandria, no Egito.
—Legal.
—Claro, não acredito que você possa viajar e visitar o museu hoje ou amanhã, mas pode visitar pela internet.
—Obrigada, professor.
—Boa sorte com o trabalho.
Ela acenou, então saiu da sala.
…
Pandora ficou pensando durante o caminho de volta no que o professor disse. Seria esta a caixa que pertenceu a Alexandre Magno? Talvez. O tal Ninguém é um ladrão? Talvez. Deveria procurar a polícia? Sem dúvida, mas provavelmente ela seria o Polifemo na história.
Não foi um longo percurso até chegar à sua casa. Estava sozinha novamente, seu pai tem demorado para retornar ultimamente. “Melhor assim”, pensou, “não terei uma conversa com o cinto dele”. Poderia estar com sua mãe se ela tivesse chegado. “Onde está você?”, lamentou.
Após trocar o uniforme escolar por um combo de roupas mais leve, Pandora lavou o rosto no banheiro. Sentia agonia, queria encerrar logo esse mistério. Voltando ao quarto, surpreendeu-se ao encontrar alguém familiar. A caixa estava em uma das mãos, a outra se apoiava em um cajado para manter seu corpo de pé. Pandora paralisou com o susto.
—Ninguém - proferiu após o silêncio.
—Vejo que entendeu meu nome. Ótimo.
—O que quer aqui? De verdade.
—Agora que despistei as forças do mal, posso explicar o que é esta caixa e outras dúvidas de sua cabeça juvenil. - Sentou-se na beirada da cama. - Enfim, por onde começamos?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso, espero que tenham gostado. Vamos ter revelações no próximo capítulo! YEAH!
Por favor, comentem o que acharam, o que precisa melhorar, deem seu feedback. É muito importante!