Dusk Till Dawn escrita por dracromalfoy


Capítulo 13
Capítulo Treze


Notas iniciais do capítulo

Voltei antes que eu imaginava kkkkk
Por favor, peço que não deixem de comentar na história porque isso me incentiva bastante, pretendo voltar com outras fanfics, então me ajudem aí ahahah
Boa leitura, desculpa qualquer erro!
twitter: thwshining



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DUSK TILL DAWN

Capítulo XIII

 

— Você sabe o quanto isso parece bizarro, não sabe? — Questionou Marlene, sentada na minha cama com um prato com dois pedaços de bolo. Minha mãe estava dando seu melhor para mimá-la como se fosse sua própria filha, e parecia estar funcionando. — Não estou questionando como viemos para essa situação, mas ainda assim é estranho.

Após James ir embora, tomamos café minha mãe, Marlene e eu. Em nenhum momento tocamos no assunto ou comentamos sobre o que acabara de acontecer. Apenas depois que fomos para meu quarto guardar nossas coisas que Marlene se manifestou.

— Amiga, o que você precisa compreender antes de tudo é que Hogsmeade é uma cidade minúscula, a maioria dos meus amigos são aqueles que cresceram comigo. As famílias também são próximas, também são amigas. Minha família sempre gostou da família de James e do James em si, então eu deveria ter desconfiado, de qualquer forma. — Olhei para Marlene e ela ouvia atentamente. — É uma situação bem complicada, não é?

— Muito. — Disse simplesmente, parecia ter se esquecido do bolo que anteriormente comia. — E quanto a Amos?

— O que tem ele?

— Bem, eu não queria ser a pessoa a te dar essa notícia, mas a visita de James parece ter mexido bastante com você e vocês vão sair em algum momento, quero saber onde Amos se encaixa nisso já que vocês estão saindo há um tempo e ele parece gostar muito de você. — Marlene disse tudo muito rápido e me olhava com atenção enquanto eu gostaria apenas de não ter aquela conversa ou encará-la. Por um momento cheguei a pensar que estava sendo atacada. — Você é minha amiga, minha melhor amiga, e você sabe disso. E você sabe também que Amos é meu amigo, meu melhor amigo. Eu fico feliz de vê-los juntos e torço para que dê certo, por isso gostaria de entender em que passo estamos aqui. Você quer ficar com Amos? Sente algo por ele ou ainda é apaixonada por James?

— Uau, que bom que você está preocupada com o que eu estou sentindo nesse momento. — Ironizei, cruzando os braços. — E, sinceramente, já que essa é sua posição a respeito disso, talvez você não seja a melhor pessoa para eu conversar nesse momento.

— Lily! Não acredito que você está dizendo isso, francamente! Eu não estou tomando posição nenhuma, apenas tentando entender porque não quero que você fique chateada, mas também não quero que meu amigo sofra outra desilusão amorosa.

— O seu amigo sabe se cuidar, Marlene, e a nossa relação não te diz respeito a não que sua opinião seja solicitada. — Marlene pareceu ofendida — Nós não estamos namorando e antes mesmo de começarmos a sair ele sabia e estava ciente do que tinha no meu passado e quais eram os meus sentimentos em relação a isso.

Marlene voltou a comer e eu me sentei na cadeira de frente para minha mesa, sem falar mais nada até que o silêncio ficasse desconfortável.

— Me desculpe, Lily. Eu não tive a intenção de te ofender ou ditar como você deveria agir. Apenas fico preocupada, sabe? Fico preocupada porque Amos sofreu muito no seu outro relacionamento e eu acompanhei isso de perto. E também acompanhei como você sofreu devido a tudo que aconteceu entre você e James. E, como se não bastasse tudo isso, eu mesma sofri muito num relacionamento e sei como é doloroso. Não quero isso para meus amigos, beleza?

Levantei-me da cadeira e fui sentar-se ao seu lado, sentindo-me culpada por ter estourado com ela daquela forma. Marlene tornara-se minha melhor amiga, esteve ao meu lado na minha fase de transição, durante meus dias depressivos e minhas quedas de autoestima e autoconfiança. Era injusto dizer que algo a respeito de mim não dizia respeito a ela.

— Sinto muito por ter surtado. Eu me senti um pouco atacada pela forma como você falou, mas você tem razão, James mexe muito comigo, nós ficamos muito tempo juntos, Lene, eu achava que iríamos casar, ter filhos e viver pra sempre. Pode parecer bobo, mas eu realmente acreditei nisso e torci por isso. E Amos é uma pessoa incrível, não merece viver com metades, entendo isso. Vou resolver essa situação, tudo bem?

Marlene me abraçou com uma expressão mais leve no rosto.

— Bem, você sabe que eu no geral não tenho muito juízo. Amos gosta muito de você e eu sei que você gosta muito dele — Marlene sentou-se de frente para mim, com uma expressão mais séria. — pode não ser o que mesmo que sente por James e eu sei perfeitamente que não é, mas de qualquer forma, estamos do outro lado do Oceano, após algumas semanas vamos voltar para Nova Haven e não sairemos de lá até o verão, então acredito que podemos dizer que o que acontece em Hogsmeade, fica em Hogsmeade.

— Marlene...

— Relaxa, Lily! Deus, até parece que não me conhece. — Ela bufou, revirando os olhos de forma divertida. — Novos ares, novas aventuras. Aposto que você deve ter amigos incríveis para me apresentar.

***

JAMES POTTER

— Deixa eu ver se entendi — começou Remus, entregando uma lata de cerveja para mim e outra para Sirius, que estava sentado no chão da sala, esparramado. — Você foi até a casa de Lily Evans e ela chegou no exato momento em que você estava sentado na sala conversando com a mãe dela?

— Você falando assim, a situação parece horrível. — Afirmei, abrindo a bebida e tomando um gole. — Mas você entende, Remus. A mãe de Lily sempre foi muito simpática com todos nós, e principalmente comigo que namorava a filha dela. Sem contar o fato de que ela está muito sozinha ultimamente com Lily fora. Então eu mencionei que vocês iriam gostar de revê-la e tal.

— Você presumiu isso ou é uma desculpa para vê-la mais uma vez? — Indagou Sirius. Percebendo o olhar de Remus, ele continuou: — Não estou dizendo que não quero vê-la também...

— Você é insuportável.

— E a Emmeline? — Questionou Remus, ignorando Sirius completamente.

— O que tem ela? — perguntei confuso.

Eu nunca havia olhado para Emmeline Vance de qualquer outra forma que não fosse como um colega ou amigo. Ela era uma das melhores amigas de Lily e essa era o único motivo da nossa proximidade.

Depois que mudamos para Buenos Aires, na Argentina, acabamos nos aproximando ainda mais por obra de Sirius, que insistia que eu deveria tentar conhece-la melhor. E assim eu fiz.

Ficamos pela primeira vez numa festa e estávamos ambos muito bêbados – não que isso mudasse em algo, já vínhamos há semanas prontos para esse momento. Depois daquele beijo, ficamos de novo, e de novo. Em momento algum eu a vi como um interesse romântico e sempre achei que a situação fosse a mesma por parte dela.

— Vocês estavam ficando.

— E transando. — Completou Sirius.

— Obrigada por lembrar, Padfoot. — Respondi irritado, sem entender qual era o ponto daquela conversa.

— James, foco. — Disse Remus, ignorando quando Sirius disse um “disponha” muito irônico para mim. — Bem, sei que vocês dois não têm nada, mas você não nos contou até que ponto vocês realmente tem algo, seja lá o que for. O que quero saber é como você acha que Emmeline vai ficar com isso?

— Emmeline vai ficar perfeitamente bem, porque a) eu e ela não temos nada, b) eu e Lily também não temos nada. Não estou entendendo a confusão.

— Se você diz, Prongs, então assunto encerrado. — Concluiu Sirius, levantando-se. — Nós podemos marcar alguma coisa, todos nós e chamar a Evans.

Eu não sabia bem o que pensar, nem mesmo parei para pensar se a Lily realmente iria marcar alguma coisa com a gente ou se só dissera aquilo da boca pra fora. Eu queria acreditar que ela estava disposta e ansiosa para aquilo, mas no fundo eu mesmo não estava tanto.

Vê-la novamente despertou em mim sentimentos que eu vinha tentando não ter, não sentir. Eu não podia dizer que a tinha esquecido completamente, que não a amava ainda, isso seria uma grande mentira.

Porém eu não queria amá-la.

Não queria ter que enfrentar esse sentimento, não queria que ela estivesse em meus pensamentos.

Por alguns segundos – que logo passaram – eu desejei que amasse Emmeline, que pudesse me envolver com ela de verdade. Desejei porque Lily não estava comigo fisicamente, Emme, no entanto, estava todos os dias. Eu poderia tê-la quando quisesse. Seria mais fácil.

Porém, também era um pensamento egoísta e logo me arrependi de ter sequer pensado sobre isso. Emmeline não era minha, eu não tinha direito nenhum de me sentir na posse de alguém ou mesmo pensar em ter alguém, não era assim que relacionamentos funcionavam e eu deveria saber bem disso.

Respirei fundo e fechei os olhos, tentando esvaziar minha mente. Não pensar no rosto de Lily e nem no de Emmeline. Não pensar em nada.

***

Emmeline chegou na minha casa por volta das seis da tarde, trazendo bebida e petiscos. Remus e Sirius passaram a tarde toda comigo e, depois, chamaram Hestia e Emmeline para se juntarem a nós. Minha mãe estava do outro lado da cidade e não disseram quando voltaria.

Quando ela me viu na cozinha terminando de guardar algumas coisas, cumprimentou-me casualmente e voltou para a sala.

Sirius estava no andar de cima tomando banho e Remus acomodado no sofá com Hestia, que não parecia disposta a desgrudar tão cedo.

— Vamos dar uma festa! — Dissera Sirius de repente, aparecendo ao pé da escada com apenas uma toalha enrolada no quadril e os cabelos molhados.

— Que diabos... — Resmungou Remus. Hestia ria e Emmeline parecia achar muito vergonhoso.

— Que você está falando, Sirius? — Perguntei.

— Eu estava mexendo nas minhas coisas que ficou aqui na sua casa, James, e encontrei isso aqui. — Ele chacoalhou um molho de chaves na altura da própria cabeça. — É a chave do meu antigo apartamento, que está inabitável desde que nossos queridíssimos Black me deserdaram.

— Incrível, Sirius — Emmeline bateu palmas, falando sarcasticamente. — Vamos comemorar?

— Não a isso, é claro. — Ele me lançou um sorriso que me deixava nervoso, pois sabia que coisa boa não poderia ser. — Caso ainda não saibam, nossa velha amiga Lily Evans está na cidade e, pelo que eu soube trouxe com ela um pedaço do céu.

Nesse momento, fiquei contente e grato a Sirius por não ter mencionado que eu soube que Lily estava na cidade e que eu comentara que ela tinha trazido uma amiga. A parte do “pedaço do céu”, era simplesmente coisa de Padfoot, que não tinha visto a tal amiga de Lily, mas insistira para que eu dissesse se ela era bonita.

“Oras, James, você estava lá, ela era ou não bonita?” Questionara ele, irritado.

Notei então que Emmeline fechara a cara para aquilo e já não parecia tão animada. Poderia ser impressão minha, mas não achava que fosse.

— Ah meu Deus! — Hestia exclamou, levantando-se feliz. — É verdade, James? Lily está aqui? Ela avisou a você que estava vindo?

— Não. — Respondi apenas, olhando de soslaio para ver como Emmeline estava reagindo, mas ela continuava sem dizer nada e nenhum pouco animada. Anteriormente, eu nem mesmo havia pensado na possibilidade dela se chatear, mas após a conversa com Sirius e Remus, fiquei com aquilo na cabeça. — Não avisou.

— De qualquer forma, acho que todos concordamos que seria legal vê-la novamente, e, pensando nisso, pensei em fazermos uma festa, como aquelas que fazíamos antes. — Sirius colocou as chaves em cima da escrivaninha. — Podemos chamar outras pessoas, é claro.

— Parece ótimo, Sirius. — Dissera Remus, sorrindo para Hestia que estava verdadeiramente feliz com a notícia. — Eu estava pensando em algo menor, mas...

— Então você sabia? — Perguntou Emmeline, falando pela primeira vez. — Sirius deu a entender que vocês não sabiam de nada.

— Na verdade, não foi isso não, Emme. — Falei, sentindo-me muito mal pela situação toda.

— Você sabia, James?

Hestia havia parado de sorrir e parecia confusa.

— O que isso muda? — Perguntou inocentemente. — Emme, Lily está na cidade e não a vemos há tanto tempo! Eu estou morrendo de saudades e doida para saber tudo sobre a Yale.

— Tem razão, Hestia — Emmeline lhe lançou um sorriso contido.

— Certo, sendo assim, eu mesmo irei me encarregar de avisá-la sobre a festa. Vou precisar de ajuda de vocês para organizar tudo certinho, beleza?

Depois que todos voltaram a falar de qualquer outra coisa que não envolvesse Lily, Sirius subiu para se trocar e eu o acompanhei com a desculpa de que esquecera meu celular – que no fim das contas estava no meu bolso.

— O que foi isso, Padfoot? — Perguntei assim que subimos as escadas. — Você viu a cara da Emmeline?

— Pensei que vocês não tivessem nada, Potter. Sendo assim, não deve satisfação a ela, não é isso?

— Olha, eu fiquei pensando sobre a conversa com você e Remus depois e realmente acho que ela não gostou nada da ideia da festa, Sirius! Ela me pareceu...

— James, escuta aqui. — Ele parou em frente a porta e colocou uma das mãos no meu ombro. — Vance e Evans sempre foram amigas, desde que conheço as duas, sempre foram grudadas. Se Emmeline por acaso estiver triste ou irritada com o fato de Lily estar na cidade e de estarmos planejando recepcioná-la com todo carinho que temos, então acho que me enganei seriamente a respeito dela.

— Você se esqueceu de que, talvez, Lily não fique tão feliz de saber que sua melhor amiga andou transando com seu ex-namorado! — Esbravejei, preocupado e nervoso ao mesmo tempo. — E que, talvez, Emmeline não fique nada feliz de saber que o cara com quem ela está transando não para de pensar na ex-namorada.

— Por que o senhor não pensou nisso antes de dizer convidá-la para sair com a gente?

— Tem razão, eu não pensei em nada disso! Não pensei na Emmeline, não pensei em como isso poderia afetá-la e nem pensei em como isso pode afetar a Lily. Por isso estou desesperado, okay? E você, sendo meu melhor amigo, deveria estar me ajudando e não colocando mais perguntas na minha cabeça.

Sirius riu se graça, balançando os cabelos ainda molhados.

— Prongs, relaxa cara. Não precisa ficar se torturando, ta bom? Vamos dar um jeito nisso. Você não precisa falar da Evans com a Vance e vice-versa.

 


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Notas finais do capítulo

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Abraços ♥



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