Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 41
XLI - Sempre foi você (parte II)


Notas iniciais do capítulo

gente kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk 12 mil palavras de casamento. DOZE. MIL. PALAVRAS. OKAY.

O próximo é a lua de mel, pega o extintor de incêndio hehehehehe



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Você é bom demais para ser verdade,

Não consigo tirar meus olhos de você 

— I Love You Baby, Gloria Gaynor

 

Narrador 

O pôr do sol começara, e de todas as janelas entravam aquela luz dourada refletindo em cada diamante daquele gigantesco salão. O pôr do sol mais belo era o de Roger por causa de sua rainha, cujo os cabelos ruivos ficaram ainda mais vivos, os olhos verdes se tornaram brilhantes como magica e seu vestido se acendeu repentinamente, ficando ainda mais belo. E Steve Rogers, Natasha pensou, era o homem mais maravilhoso que todos já viram na vida, seus olhos azuis se fundindo ao laranja como o mar, e cabelos loiros como o sol. Deus, eles se amavam.

— A primeira valsa do Rei e da Rainha de Roger. - o homem anunciou.

   Beauty and The Beast song

Novamente uma grande roda foi formada no salão. Uma música suave começou a tocar e ao mesmo tempo eles se olharam. Steve ofereceu a mão a ela, que suavemente aceitou, e então juntos desceram do altar dos tronos, indo até o meio da roda com passos lentos. Uma cantora de voz doce e pele morena começou a cantar.

Sentimentos são
Fáceis de mudar
Mesmo entre quem
Não vê que alguém
Pode ser seu par

De frente um para o outro, o azul dos olhos dele se misturou ao verde dos dela, formando a coloração mais intensa já criada.

— Oi. – Steve deu um sorrisinho.

— Oi. – Natasha respondeu, fazendo o mesmo. Ouvi risadas de criança, senti cheiro de bolo e queria que ele me abraçasse como nos velhos tempos.

— Me concede essa dança, majestade? – Natasha segurou uma risada.

— Claro, majestade.

Suas palmas das mãos se tocaram levemente, fazendo um arrepio quente percorrer todas as suas estruturas. Eles começaram e rodar lentamente, apenas se encarando e com uma mão na do outro. Eles sabiam aquela coreografia de cor. Dançavam a mesma desde os cinco anos de Natasha. Seus corpos se uniram, depois se afastaram, sempre rodando no meio do salão na emocionante música.

E dessa vez Steve segurou sua mão, erguendo-a um pouco enquanto giravam e Natasha rodou até ele, balançando ao som da calma música. Ambos prendiam a respiração. Nada mais existia além deles dois, ali e agora. Era uma eterna câmera lenta onde só eles importavam. Novamente com as mãos unidas frente aos seus corpos eles as esticaram e trocaram de lado, como num ritual e ao colar seu corpo no de Steve ele segurou sua cintura firmemente, deixando o outro braço nas costas e os dela livres para balançar ao lado do corpo. Nenhum dos dois conseguia desviar os olhos.

Natasha rodou até Steve como um peão e ele a segurou, mantendo-a colada de frente para ele e finalmente suas mãos encontraram a cintura dela, que delicadamente pousou a sua em seu ombro. A uma distância mínima seus corpos começaram a deslizar livremente pelo local, suas expressões sérias finalmente deram local a sorrisos intensos e infantis. Primeiro eles puderam ver Steve, com menos de um metro de altura ser obrigado a dançar com Natasha, que era menor ainda. E ele conseguia magicamente pisar no pé de Natasha em todos os passos, obviamente levando muitos tapas no processo.

Steve esticou o braço, fazendo Natasha rodar para um lado e sua outra mão se uniu a dela, jogando-a para o outro lado. Seu vestido esvoaçava, brilhando a luz dourada do sol e fez o teto e as pessoas ao redor se encherem de pontinhos brilhantes que rotacionavam por todo lugar. Suas sombras intensas vindas de todos os lados brincavam pelo salão iluminado, acompanhando seus movimentos. Steve Rogers era um desastre dançando e Natasha, mais velha, estava decidida a mudar isso. Então todas as madrugadas Natasha fazia um homem violino para ela ensinar a ele. E deu certo.

E foi quando Steve ergueu Natasha segurando sua cintura com as duas mãos que algumas pessoas soltaram exclamações. Wanda abanou os olhos enquanto chorava. Natasha lá no alto parecia o lustre mais lindo do mundo. E ele nunca a deixaria cair. Demorou anos para Natasha entender isso, mas quando percebeu, nunca mais teve medo de voar nas mãos dele. Eles se lembravam da primeira vez que ele conseguiu levanta-la, aos dezessete anos e Natasha gritou de alegria, agora finalmente a dança estava completa. "Viu, eu disse que não te deixaria cair."

Quando seus pés tocaram o chão sua mão se separou da de Steve, rodando pelo salão três vezes sozinha enquanto ele fazia o mesmo para o outro lado, encontrando-a sempre no final das contas. Convencionalmente seus corpos se uniram, dançando intensamente em círculos cada vez maiores. Seus corpos ofegantes numa sincronia perfeita: era mais que uma dança para eles, era um jeito de expressar amor. E sempre foi assim. Steve e Natasha dançavam a noite inteira e depois fugiam para o jardim. Sempre seria assim.

Natasha rodou cinco vezes seguidas numa velocidade até perigosa, antes de seu corpo voltar ao dele e cair para o lado, deixando a cabeça pendendo para trás e suas mãos firmes segurando suas costas. Incrivelmente sua coroa ainda estava no lugar, e Natasha levantou o corpo, parando na pose final com o rosto centímetros ao de Steve e seus corpos unidos.

Porque, afinal, sentimentos são uma nova canção, para a Bela e a Fera. – Steve é a Bela, se ainda resta alguma dúvida.

As palmas explodiram pelo salão, fazendo aparecer um sorriso gigante no rosto dos dois. O sol finalmente se pôs, e estavam iluminados apenas pela luz das milhões de velas ali. Outra música começou e muitas pessoas começaram a entrar no centro, dançando uma valsa animada de coreografia pronta.

   – Eu estou pronta pra colocar fogo no mundo do seu lado. – Natasha murmurou, finalmente conseguindo reagir ao sorriso estonteante dele.

— Eu te amo pra caralho.

— Olha a língua. - Ela sorriu, tocando seu ombro para continuar a dança que todos os outros faziam. Ao som do Folk medieval animado, Steve fez o mesmo erguendo a mão para deslizar no braço dela enquanto trocavam de lado.

Eles ficaram de frente um para o outro, tocando apenas as mãos novamente, rodando ao som da música rápida. Seus pés dançavam com uma perfeita agilidade, indo para frente e para trás ao encontro um do outro. Os dois uniram as mãos enquanto os braços iam para fora e para dentro do círculo de dois no qual eles estavam envolvidos.

Formou-se então quatro filas uma do lado da outra, enquanto a dança se estendia com movimentos rápidos mas suaves, trocando de lado e girando no lugar. Nada seria possível de quebrar o olhar intenso que os dois mantinham naquela melodia animada. Eles dançaram animadamente enquanto a mulher de voz suave cantava por horas consecutivas, deslizando pelo salão como rei e rainha e um sorriso feliz no rosto. Os dois estavam inteiramente felizes, era como se nada pudesse estragar aquele momento.

— Quero dançar com a minha Sestra. – Tthomas apareceu, ao lado de Yelena. Steve fez uma reverência, oferecendo a ela a mão e os dois passaram a dançar juntos.

— Achei que o senhor só dançasse Kalinka. – Natasha comprimiu um riso.

— Sei dançar Folk Celta também. Embora kalinka seja infinitamente mais divertido.

Eles dançaram algumas breves músicas juntos, até ele voltar para Yelena e Wanda se oferecer para dançar com Steve. E ela era a dançarina mais animada que ele já havia visto. Natasha dançava com Bucky, rindo enquanto conversavam. Depois Steve foi até sua prima de terceiro grau e dançou com ela, Wanda dançou com Chharles que era um dançarino perfeito também. Natasha os observou com uma taça de champanhe conversando com algumas nobres de Romanoff até Gal dizer que estava na hora de receber os convidados formalmente.

— Ótimo. – e segurou a mão de Natasha, e ambos voltaram para seus respectivos tronos, numa pose perfeita. - Agora é a parte chata.

— A parte insuportável, que você quer dizer. – Natasha tentou revirar os olhos, mas acabou sorrindo.

— Não seja mal humorada. – Steve se inclinou para falar no ouvido dela. - Em vinte e quatro horas você vai estar ocupada demais gemendo meu nome pra se lembrar disso.

Natasha ergueu as sobrancelhas, abismada e começou a rir. Ela não se lembrava de quando ele ficou assim.

— Você consegue corar com seu próprio comentário. – Natasha cruzou os braços, sorrindo.

Agora todos que desejassem poderiam ir até o rei e a rainha felicita-los pelo casamento. Os primeiros foram Igor Romanoff II e Olga Romanoff II, tios de Natasha. E a semelhança entre Volo e o irmão era inegável, sendo Igor mais novo.

— Dyadya Igor, tetka Olga. – Natasha os cumprimentou após a reverência deles.

— Nossos parabéns pelo casamento, moi doroguiye. – Igor abriu um largo sorriso. Ele tinha uma grande cicatriz descendo o colarinho para dentro da roupa.

— Obrigado. – Steve acenou com a cabeça.

— Onde estão Olga III, Irina e Mikhail? – Natasha perguntou, curiosa pelos primos.

— Mikhail teve uma bebezinha recentemente, está com ela aqui. Tão bochechuda! – Olga respondeu e Steve sorriu, interessado no bebê. – E Irina trouxe o pestinha dele, devem estar correndo por aí, mas claro que vão vir falar com os tios primos deles.

— Claro que sim. Querida, procure-os, já vou. – ela assentiu, deixando o marido, que se aproximou. – Você não me conhece, rei Steve, mas já adianto que não sou meu irmão. E com um sogro daqueles, pra que inimigo? Então quero que saibam que sou um aliado, podem pedir minha ajuda em qualquer momento.

— Obrigado, dyadya. Significa muito. – Natasha assentiu, e ele fez uma reverência, se afastando.

— Você confia nele? – Steve perguntou.

— Ele já me salvou de apanhar tantas vezes que perdi a conta. Mas eu não confio em ninguém. – Steve assentiu, meio afetado por suas palavras. Ele não sabia bem como reagir aquilo, e Natasha percebeu. – Só em você.

Steve sorriu, encarando-a.

E os próximos a se aproximarem foi a tia de segundo grau de Steve, Mary Kate Rogers, com seu esposo George Buchanan. Eles fizeram uma reverência e se apresentaram devidamente a Natasha, dizendo que adoraram a cerimônia. Logo Anabeth II, filha do casal apareceu, com seu esposo William Potts, segurando a pequena Charlotte VII e com o tímido garotinho George V. Steve segurou Charlotte no colo, brincando com ela adoravelmente, e George fazia perguntas complicadas demais para um garoto de oito anos sobre a geografia de Romanoff a Natasha.

Em seguida Oliver III, Irmão de Anabeth e tio dos pequenos cumprimentou os dois, simpaticamente. E aquela era a única família que Steve tinha. Ao contrário dos Romanoff, os Roger tinham um trágico histórico de infertilidade e mortes, o que resulta numa linha de poucas pessoas.

Depois de um tempo conversando eles se retiraram, e o resto da família de Igor e Olga Romanoff veio se apresentar. Seus filhos Olga III, Irina V e Mikhail VI, o único mais velho que Natasha tinha dois filhos, Sacha e Ivan, enquanto Irina tinha o Vladmir, um adolescente. A família de Natália era gigantesca também, TODOS RUIVOS, e Steve perdeu as contas de quantos Dimitri contou.

E Steve acabou longos minutos brincando com a ruivinha Sacha Romanoff em seu colo.

— Você gosta da coroa, gosta? – Steve sorriu para a menina, que tentava pegar sua coroa. Natasha observava os dois encantada, imaginando o pai amoroso que Steve será.

E nas próximas horas eles receberam mais dezenas de duques, duquesas, lords, ladys, barões, generais, tenentes e etc, até finalmente poderem dançar de novo.

— Me concede a próxima dança? – Natasha se virou ao ouvir a voz de Bevvan.

— Claro. – Natasha respondeu, e Steve assentiu, saindo de perto meio receoso. Bevvan colocou a mão na cintura da irmã e uniu a outra mão a ela. – Se você vai dizer algo maldoso, Bevvan, enfia no seu...

— Hey, que horror. Eu só queria dançar com você no seu casamento. Posso? – Natasha não respondeu, sendo girada na dança.

— Sinto muito que nunca vá poder ficar com alguém que você ame. – ela disse, e Bevvan deu de ombros.

— Só amei uma pessoa e papai o matou. Mas foi melhor assim.

— Como pode dizer isso? – Natasha perguntou, com as sobrancelhas franzidas.

— Na verdade, papai não o matou, mandou matarem. Aí eu descobri quem foi e matei o cara. Mas enfim, o que dizia?

— Nada. – ela revirou os olhos.

— Você teve bom gosto, pelo menos.

— Está dizendo que estou bonita? – Natasha arregalou os olhos. – Você e o papai estão sendo tão legais, está muito estranho isso.

— Natasha, é óbvio que você é bonita, você é minha gêmea. – Bevvan girou-a novamente, executando os passos de dança com perfeição. – Eu só aprecio ter uma gêmea. Por mais que eu queira negar, temos uma grande conexão.

— Vai chover. – Natasha murmurou.

— Não, olha. Eu sei perfeitamente quando você quer arrancar minha cabeça, é uma forte conexão. – Natasha riu, não acreditando que ele realmente conseguiu faze-la rir. – Bem, eu nunca mais serei legal na vida. Então... Você só conheceu a parte bonita do amor, até agora. E nada é simplesmente bom. Vai chegar uma hora que vai doer tanto que você vai desejar morrer. Diversas vezes. – Natasha parou de dançar, séria. - Vai segurar uma faca contra seu pulso enquanto chora de raiva num banheiro escuro as quatro da manhã todos os dias até o fim da sua vida. Bem, só estou dizendo para pular fora enquanto pode. Tchau!

Ele deu meia volta, deixando-a ali.

— Ele faz isso? – Natasha murmurou.

— Não precisa ter olhos pra saber que você está chocada. – ela se virou, vendo Chharles atrás de si, fugindo de levar braçadas de uma mulher dançando.

— Dança comigo? – ela perguntou, abrindo um sorrisinho que ele contribuiu.

— Posso sentir seu vestido. – ele disse, passando a mão suavemente por seus ombros, braços e depois sentiu a parte debaixo. Em seguida Natasha deixou-o tocar seu cabelo e rosto, e ele abriu um sorriso. – Você cresceu.

Natasha sentiu as lágrimas se acumulando em seus olhos.

— Não chore. Porque aí vou ter que fingir chorar também. – Natasha sorriu, abraçando o pescoço do irmão, deitando a cabeça em seu ombro.

— Eu amo você. – ela disse, e Chharles sorriu.

— Eu também te amo. – ele murmurou. Eles dançaram por longos minutos, conversando até Tthomas aparecer.

— Eu quero também. – ele fez um biquinho, fazendo Natasha revirar os olhos.

— Eu devia ter começado a interromper quando mamãe e papai estavam fazendo irmãozinhos.

Tthomas riu, enquanto Chharles se afastava.

— Olha, daqui a pouco eu vou estar bêbado demais para dizer, então... Sua família é problemática. Enquanto a do seu marido todo mundo morre, a sua tem sérios problemas mentais. Então não ouça nada do que ninguém disser. Ouve o Steve. Ele é normal. Tá bom?

Natasha assentiu.

— Agora dance com seu irmão preferido. – ele sorriu para ela. – E o mais gostoso também.

Natasha riu diversas vezes enquanto as músicas passaram, e ela finalmente voltou para os braços de Steve.

— Você quer que nossa filha chame Kimberly, Rogers? De onde raios você tirou esse nome? – ela exclamou, sem parar de dançar com ele momento algum.

— Melhor que Kuznestov ou Stepanioff, como seu irmão sugeriu. – ele sorriu.

— Chharles é louco. Que tal... Sarah?

Steve piscou por alguns segundos, finalmente parando.

— Sério?

— Sim. – Natasha sorriu, vendo-o ficar vermelho e lágrimas aparecerem.

— Okay. Só falta o nome dos outros oito, agora. – Natasha arregalou os olhos.

— Oito?!

Steve começou a rir, sendo interrompido por Volo. Que droga, será que ele não poderia dançar em paz com sua noiva nem por um segundo?

— Não pode faltar a dança com o papai. – Volo afinou a voz no final, zombando do que Natália disse a ele, e Steve fez uma reverência, se afastando de novo e lançou um olhar reconfortante a ela. – Ele pensa que sou algum tipo de monstro?

— Sim. Na verdade é o que todos pensam. – ele deu de ombros, dançando a música agora animada com a filha. E não disse mais nada, apenas conduziu os paços de dança a ela em silêncio. – Está pensando como você queria ter emoções humanas?

— Não, estou esperando essa palhaçada de música Rogeriana acabar para eu arrastar a sua cabeça no chão, de tanto desgosto que eu estou nesse momento.

Natasha prendeu a respiração por alguns segundos, ficando instantaneamente tensa. Ah, droga. A música infelizmente acabou e ates que Natasha pudesse raciocinar Volo agarrou seu braço, puxando-a nada delicadamente pelo salão. Ela respirou fundo, deixando-o leva-la por saber que resistir é pior. Eles saíram por uma das portas abertas, indo para perto do jardim onde não tinha ninguém.

— Você está me machucando! – ela reclamou, antes de ser jogada contra a murada. – Qual o seu problema?

— Eu pensei que você finalmente tinha aprendido. – ele colocou as mãos na cintura com um sorriso irônico, ameaçadoramente perto. – Finalmente tinha aprendido a afogar esse seu coração inútil. E você se apaixonou por ele.

— Você foi idiota de acreditar nisso? – Natasha perguntou, engolindo em seco. Droga.

— Você nunca mentiu tão mal. – ele cruzou os braços.

— Isso não é da sua conta. – ela disse, sentindo o peito subir e descer.

— Você não é uma Romanoff. Você é fraca como esse garoto. Você disse que não precisava de um rei, mas precisa, porque você é fraca.

— Você não sabe de nada. – ela silabou.

— Steve Rogers é uma criança, era para ele ser um fantoche. – ele sussurrou a última parte. – Pra Romanoff finalmente sair da sombra desses dois reis que agem como crianças. Mas você não é uma Romanoff!

— Não estava nos seus planos, né? – Tthomas apareceu, encostado na porta de braços cruzados. – Acha que pode manipular todo mundo pra fazer o que você quer, mas obviamente você devia saber que não dá certo com algumas pessoas. Ou depois de cinquenta anos você ainda tem esse tolo pensamento infantil?

— Você vai ter desejado ter passado reto, garoto. – Volo cruzou os braços.

— O que você vai fazer? Oh, empurrar uma criada da minha janela e me trancar numa torre em seguida? – Tthomas disse, fazendo Natasha arregalar os olhos para o pai, que permaneceu impassível.

— Você é doente.

— Eu sou apenas um Romanoff. É o que somos. – ele sorriu diabolicamente.

— Eu não preciso ouvir isso. – Natasha deu meia volta, passando por ele, mas Volo segurou seu braço com força. Antes que pudesse raciocinar Natasha acertou um soco em sua boca o mais forte que conseguiu. Volo desequilibrou para trás, parando na murada e tocou a boca devagar.

Natasha começou a tremer, se forçando a ficar impassível sob o olhar assassino do pai. Ele se ergueu, indo na direção dela rapidamente e Natasha fechou os olhos, sem reação.

— Eu juro por Deus, se você encostar um dedo na MINHA esposa, você vai perder a cabeça antes de passar por essa porra de porta! – Natasha ouviu a voz de Steve, alta e firme, exalando raiva. Natasha olhou para ele, que tirou a espada da cintura, parado estaticamente ao lado de Tthomas com a expressão mais assassina que já vira.

— Ele vai estar morto antes de que você perceba. – ele murmurou, bem perto de seu rosto tremendo. – Meus parabéns, Natasha Rogers. Você acabou de matar seu marido.

Ele saiu andando pela sala escura.

— Você nunca foi meu pai. É só mais um dos velhos nojentos que eu vou ter que matar pra conseguir a MINHA coroa! – ela gritou, mas Volo não esboçou reação nenhuma.

Ele parou ao lado de Steve e cuspiu no chão a sua frente, saindo dali finalmente. Steve foi até ela com passos largos, envolvendo seus ombros com o braço.

— Você está bem? – ele perguntou, e Natasha assentiu, segurando o choro.

— Merda. Vou até a mamãe. – Tthomas deu meia volta, passando as mãos pelo cabelo.

— Ei. – Steve disse, guardando a espada de diamante de volta e segurou o rosto dela. – Você está segura.

Mas você não. – pensou.

— Quer sair daqui? – ela repetiu a frase que eles diziam um para o outro em todos os bailes sempre que ficava sufocante demais e Steve assentiu, segurando sua mão. Os dois foram até a porta do jardim atrás da escada como duas crianças fugindo, só que dessa vez era diferente porque era a festa de casamento deles. E todos estavam ali por eles. – Eu acabei de socar o meu pai.

— Foi a melhor cena que eu já vi. – Steve mordeu os lábios para tentar segurar um sorriso orgulhoso, mas falhou, fazendo Natasha rir.

— Droga. – ela fechou os olhos, apoiando a cabeça no ombro de Steve, que abraçou-a firmemente.

— Está tudo bem. Eu prometo. – ela assentiu. – Não pense nisso mais, é nossa noite, nada pode estraga-la.

— Que melhor jeito de fazer isso honrando a nossa tradição de passear pelos jardins? – Natasha se afastou, segurando sua mão. Ele olhou-a apaixonadamente, sorrindo. Não importa o que seu pai achava, se aquilo era ser fraca, ela queria ser fraca pro resto da vida.

Steve e Natasha começaram a andar de mãos dadas pelo jardim iluminado apenas pela luz da lua, ela de vestido de noiva e ele com uma farda militar e uma espada de milhões em diamante.

— Você mataria o rei de Romanoff por mim? – perguntei, fazendo-o sorrir.

— Aquela cabeça lá no portão não responde?

— Mas ele não era um rei.

— Mas eu mataria se fosse.

— Você o executou com as próprias mãos? – Steve assentiu. – E você está bem com isso? Eu sei que você... é todo certinho... não gosta de matar...

— Eu estou bem com isso. Na verdade, muito bem. – ele virou de frente pra ela. – Eu quero que você tenha a certeza de que todos que chegarem perto de você vão ter o mesmo destino.

Natasha sorriu, ajeitando seus cabelos embaixo da coroa.

— Eu te amo. – Steve sorriu, se inclinando para frente.

— Eu sei. – Natasha capturou seus lábios, beijando-o intensamente.

— Eu tive uma ideia. E ela é perfeita. – Natasha ergueu as sobrancelhas, sorrindo. – Que tal uma melhora na nossa tradição?

— Que tipo de melhora? – ele perguntou. Como resposta Natasha o empurrou para trás de uma das estátuas cercada de grandes plantas deixando aquele canto da parede viva completamente escuro.

Seus lábios se atraíram como um imã, o caminho até a cintura dela era natural para as mãos dele, e os dela sempre agarravam seu pescoço com vontade.

— Natasha... – ele segurou seus ombros, sorrindo.

— O que?

— Temos que voltar.

— Mas eu quero você agora. – ela choramingou, com um biquinho.

— Você vai me ter amanhã de noite. – ele sussurrou, beijando seus lábios uma última vez antes de arrastar ela de volta para o caminho. – Tem uma folha no seu cabelo... – ele riu, a pegando.

— E batom aqui. – Natasha sorriu, esfregando o canto da boca dele. Ela olhou para baixo, mordendo o lábio. – Pensa no Bucky comendo um gatinho vivo.

— Isso definitivamente resolve o problema. – ele corou, segurando sua mão novamente.

— Quando você vai parar de corar, Steve Rogers?

— Provavelmente nunca.

Natasha riu, abraçando seu braço. Eles andaram pelo jardim de novo, conversando mil assuntos diferentes até entrarem de volta no salão onde todos dançavam animadamente.

— Achei vocês. – os dois se viraram, vendo Natália vindo até eles. - Seu pai quer ir embora. Estou de férias da torre, depois da lua de mel nos vemos de novo.

— Okay. Se o papai fizer algo com você, mãe, eu quero saber. – Natasha disse, sendo abraçada pela ruiva.

— Seu pai nunca me bateu, Natasha, não vai ser por uma briguinha que ele vai começar hoje. Lido com ele a muito mais tempo que vocês, vou impedi-lo de fazer loucuras. – ela abraçou Steve. – Tchau, querido, toma conta do nosso raio de sol ruivinho.

Steve sorriu, olhando para Natasha que revirou os olhos.

— Pode deixar, majestade. – ela deu meia volta. – Meu raio de sol ruivinho!

— Calado, Rogers! – ela bateu em seu braço, arrancando uma risada dele.

— Por que papai está indo? – Mattheos perguntou, seguido de Chharles.

— Porque sua irmã morta deu um soco em Volo Romanoff. – Tthomas respondeu, atrás de Steve.

— Você o que? – Chharles de repente ficou morbidamente branco, mais ainda.

— Saiam de perto de mim. – Natasha apontou o dedo para eles, saindo andando.

— Ah, Santo Jesus. – Mattheos murmurou.

— E Steve ameaçou arrancar a cabeça dele também. – Tthomas completou.

— Vai todo mundo morrer. – ele repetiu.

— Não entendi. – Steve cruzou os braços.

— O último que revidou foi o Pietro. – o moreno cruzou os braços. - Volo arrancou um dedo dele. E deu pros cachorros comerem.

Steve travou o maxilar, procurando Natasha. Ela estava pendurada num garçom, com duas taças vazias na mão, enquanto virava uma terceira goela abaixo. Steve negou com a cabeça, suspirando.

— Steve, quero que fale com algumas pessoas. – Gal Rogers puxou seu braço, jogando-o num mar de pessoas parabenizando-o alegremente. Garçons serviam o salão lotado e haviam mesas com petiscos e doces decoradas com lírios brancos e peças de diamantes, inclusive um lugar reservado para o gigante bolo. Ambos foram cercados por pessoas querendo falar com eles a todo instante.

Natasha afogou o nervosismo nas diversas bebidas ali, conversando por bastante tempo com seus familiares e a prima louca de Steve, até segurou a pequena Charlotte. E a noite se estendeu animada e barulhenta, com danças Romanoffianas e danças Rogerianas alternando, e Steve e Natasha finalmente puderam dançar juntos o resto da noite.

(...)

Em algumas horas o sol já iria nascer, e muitas coisas aconteceram naquele baile. Todos estavam bêbados. Wanda cantou uma música em russo na frente de todos maravilhosamente bem, entretendo os convidados, Sam e Scott fizeram uma competição de virar a garrafa de Vodka russa. Scott não só perdeu, como desmaiou no sofá do canto do salão. Sam dançou com Hill a noite inteira, enquanto Thor finalmente conseguiu tirar Jane de seu pai rabugento e dançou com ela muitas músicas.

— Quem é você? – Bernard Foster perguntou, analisando o loiro de cabelos longos e roupas chiques cortejando sua filha.

— Hm... Sou Lord Thor III, das ilhas do norte. – Jane comprimiu o riso.

— Certo. – ele sorriu, segurando a mão de Jane que gargalhou assim que estava longe dele.

Desde o ataque quando Thor a salvou, os dois construíram uma amizade forte e ele claramente estava apaixonado. Chharles não tirava ninguém para dançar desde que levara um fora na adolescência, mas então uma garota de Roger se convidou e eles não se separaram mais.

Tthomas recusou todas as garotas do salão para ficar com Yelena, a final ele era o solteiro mais cobiçado de Romanoff, e nem por isso quis nenhuma outra garota. Bevvan tinha que aturar muitas querendo tirar um pedaço dele, mas passou a maior parte da festa sentado bebendo e olhando para a quantidade de loiros bonitos impressionante de Roger enquanto fingia que ouvia o que uma morena falava.

E Steve e Natasha? Nunca dançaram tanto na vida.

— Você está bêbada? - Steve perguntou, após voltar de uma longa rodada de dança com senhoras velhas até pequenas garotas de dez anos, afinal, era trabalho dele.

— Eu sou uma Romanoff, eu não fico bêbada. - ela sorriu, antes de deixar a taça cair. - Okay, só estou animada. Kalinka!

Ela gritou, levando outras pessoas estilhaçarem seus copos e gritarem.

— Oh, céus. - Steve sorriu, vendo-a balançando ao som da música.

— Steve! - Tthomas parou ao lado dele, já tonto também. - Vou te ensinar a dançar Kalinka.

— Tthomas... - ele deu um sorriso amarelo.

— Um homem que não dança Kalinka não é um homem! Pode vir! - ele puxou Steve até o centro da música, já dando instruções a ele.

Natasha riu com a cara de desespero de Steve, de braços cruzados. Depois de muitas músicas Steve quase caiu no chão, mas sabia dançar Kalinka.

— Consegui. - Steve foi até ela, beijando seus lábios.

— Sim, você conseguiu. - Natasha sorriu.

— Eu acho que vocês quebraram todas as taças do castelo. - Steve sorriu, olhando ao redor para o chão cheio de vidro.

O salão esvaziava aos poucos, todos que se despediam deles bradava para os três reinos ouvirem que foi a melhor festa a qual eles já foram.

— Olha o que eu achei. - Bucky sorriu, segurando numa mão uma garrafa de vodka e na outra Wanda, tonta como uma doida.

— Essa festa foi tão boa que eu quero fazer uma todos os dias, podemos fazer uma festa assim todos os dias? - Wanda disse, atropelando as palavras.

— Podemos. - Natasha pegou a garrafa dele. - Ei, after party no quarto do Steve!

— Irra! - Tthomas disse, pendurado em Yelena.

— Oh, meu Deus. – o loiro sorriu, vendo seus amigos subindo as escadas como idosos. Ele passou o braço na cintura de Natasha agarrado ao corrimão, mantendo-a de pé toda vez que ela ameaçava cair.

— Aí o Steve vomitou nos sapatos dela e fim! – Bucky e Sam riram, contando da primeira vez que Steve ficou de porre, com 14 anos.

— Hilário. – o loiro reclamou.

— Steve era um pedófilo, ele me beijou quando eu tinha 14 anos e ele 17. – Natasha sorriu, finalmente parando de cambalear.

— E está errado? – Thor perguntou, sorrindo com uma garrafa de champanhe nas mãos. – Loki, Loki, onde você está indo, garoto?

Loki revirou os olhos, olhando para trás pego no flagra.

— Dormir! Boa noite e boa viagem pra vocês, majestades. – ele fez uma reverência e Natasha riu.

— Tchau, Loloki.

Eles abriram a porta do quarto de Steve, com todos sentando no chão da varanda. Natasha se sentou ao lado de Steve no sofazinho, que passou um braço abraçando sua barriga deitada no macio. Sua trança estava bagunçada, mas a coroa estava no lugar ainda. Bucky puxou a poltrona de Steve, sentando ao lado de Wanda que começara a passar mal. Chharles estava no chão, encostado na murada e Tthomas o abraçava.

Sam estava ao lado de Scott, que simplesmente deitou no colo de Mattheos, bêbado demais para reclamar.

— Contem mais histórias de vocês dois. – Tthomas pediu.

— Bem, nosso primeiro beijo foi um barco abandonado. – Natasha contou, passando os dedos despreocupadamente no queixo de Steve. – Eu tinha 14 e um fogo no rabo que nem Jesus na causa.

— E Steve já gostava dela. – Bucky disse, rindo e Steve corou, desviando os olhos.

— Seu primeiro beijo foi com sua esposa, boa jogada, Rogers. – Sam riu.

— Quando Steve me viu menstruar pela primeira vez ele desmaiou. – Natasha gargalhou, fazendo todos seguirem o mesmo caminho, inclusive ele.

— Eu tinha treze anos. – ele se defendeu. - Achei que você estava morrendo. Natasha quebrou o braço de uma menina que eu beijei, um ano depois.

— Ela espalhou para todo mundo. – Natasha sorriu. – Por falar nisso, porque Sharon não está aqui?

— Não sei. – Steve bebeu um gole da cerveja que segurava.

Wanda se levantou, cambaleando e foi erguida por Bucky. Ela foi até a sacada, vomitando pelos quatro andares debaixo.

— Droga, meu quarto é ali embaixo. – Thor riu, fazendo a morena se erguer e sorrir.

— Ops. Conta da vez que o Steve colocou a mão no seu peito sem querer.

— NÃO, PELO AMOR DE DEUS. – Steve tapou o rosto enquanto todos riam.

— Essa eu quero ouvir, não adianta! – Mattheos gargalhou.

— Estávamos no aniversário do pai do Tony, estávamos brincando de pega-pega. E ele colocou a mão onde não devia, pequeno Steve safadinho.

— Natasha! – ele reclamou, vermelho enquanto os outros riam.

— Ai, minha barriga. Aí ele ficou tão vermelho, meu Deus, achei que ele ia passar mal. E eu disse que ia contar pro meu pai, e então Steve começou a chorar.

— Ah, meu Deus eu vou fazer xixi nas calças. – Sam gargalhou, se contorcendo no chão.

— Natasha, eu vou te matar. – Steve disse, meio aos risos.

— Eu também te amo. – ela mordeu os lábios, olhando para ele de modo apaixonado. E ele nunca conseguiria ficar com raiva dessa carinha.

Eles assistiram o sol nascer e aos poucos cada um deles foi para seu quarto. Eles estavam exaustos, mas em algumas horas iriam partir para a praia, onde teriam a lua de mel mais esplendorosa do século. Steve olhou para seu colo, onde estava Natasha de vestido de noiva, com a coroa sobre a barriga, descabelada e dormindo tranquilamente e sorriu consigo mesmo.

Era a coisa que ele mais queria no mundo, e agora ela era dele. Sempre foi. E sempre vai ser.


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Notas finais do capítulo

Não dá pra contar nos dedos quantas vezes vocês pediram, e aqui estou eu depois de QUARENTA FUCKING CAPÍTULOS com o casamento da história.

Dei meu melhor nessas 12 MIL PALAVRAS (sim, que casamento grande), revisei o maximo que pude, escolhi músicas, fotos etc, tudo pra deixar tão grandioso quanto eles merecem, espero não ter decepcionado ninguém.

PRÓXIMO CAPÍTULO TEM LUA DE MEL! Iiiiiiiiirrraaaaa!!!
(quem não quiser ler é só pular, não vai perder nada.)

Só isso, bjs, CADÊ A RECOMENDAÇÃO???????
amo vcs.



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