Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 36
XXXVI - Dói como o inferno




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Até que o sol não brilhe, acendamos uma vela na escuridão. - Confúcio

Andamos pela mata escura de mãos dadas, seguindo por leste. Depois de um tempo vimos fumaça de uma fogueira discreta entre as árvores, e só podíamos rezar para que não fossem mais problemas, e sim nossos amigos para corrermos o mais rápido possível dali.

Eu vi como aquelas alucinações e o fato de ter me machucado abalou Steve. Ele mal conseguia me olhar nos olhos. Eu estava aliviada por ser apenas aquilo, alucinações, mas as vozes inda ecoavam na minha cabeça. E doía como o inferno.

O barulho dos nossos pés sobre as folhas alarmou eles, que se levantaram em posição de defesa. Assim que tiramos as folhas do nosso caminho e nos revelamos eles suspiraram aliviados. Tthomas me envolveu com os braços num aperto forte, mantendo-me contra seu corpo grande e magro. Steve abraçou seus amigos e eu não conseguia largar meu irmão. Ele acariciou meus cabelos com a ponta dos dedos.
— Foi horrível. - eu murmurei, segurando as lágrimas com toda força.

— Te peguei, você está segura, Sestra. - ele passou uma mão nas minhas costas.

— O que aconteceu com vocês? - Sam perguntou.

— Só vamos sair daqui. - Steve pediu.

— Só se for agora. - Bevvan se levantou, arrumando seu cavalo.

— Steve. Você descobriu? - Loki perguntou.

Ele suspirou, assentindo.

— Zemo fez isso. - Steve disse, e todos eles olharam para ele.

— O que? - Wanda balbuciou.
— Eu vou mata-lo. - Bucky rosnou, passando as mãos pelo cabelo. Wanda estava fraca, mal conseguia se manter de pé nos braços do marido.

— Ele lançou o feitiço de despertar em Wanda e está planejando algo grande. - disse, sombrio.

— Podemos sair daqui primeiro? - Scott perguntou.

— Tony levou o colar. - eu disse, abraçando Wanda.

— Estou tão feliz de que está bem. - ela sorriu, mantendo-me próxima.

— O que? Como? - Sam questionou.

— Ele estava nos esperando no final do túnel com Zemo e um exército. O que é isso? - apontei para o centro nas mãos de Loki, analisando o objeto.

— É um cetro ancestral, outro item de magia negra perdido. - Loki explicou.

— E por que está levando? Essa droga de colar já nos trouxe problemas suficientes.

— Eu li naquele livro sobre ele. É capaz de abrir portais.

— Para onde? - Scott perguntou, engolindo em seco.

— Não sei. - murmurou.

— Vamos sair daqui. - Steve disse, acariciando seu cavalo.

(...)

A viagem demorou a noite inteira, os pântanos eram muito mais próximos de Roger que de Romanoff, então chegamos assim que amanheceu em Roger. Estávamos simplesmente exaustos, eu não conseguia manter mais meus olhos abertos.

Gal Rogers nos fitava espantados, parado nos portões do castelo. Talvez porque Steve tinha um corte ensanguentado na cabeça, Bucky tinha cortes de garras de jacaré nas costas e eu um enorme na boca, enquanto todos nós estávamos cobertos dos pés a cabeça de uma camada dupla de lodo, poeira e itens não identificados.

— O que aconteceu com vocês?! - ele perguntou, assustado.

— Agora não, tio. - disse Steve, descendo do cavalo e fez sinal para o cocheiro recolhe-los. Fiz uma careta quando atingi o chão violentamente, sendo aparada por seus braços fortes que sempre estavam lá. - Mais tarde explico tudo. Quero que todos sejam acomodados em quartos com curandeiros a postos para tudo que eles precisarem. - falou a última parte para um criado, provavelmente o chefe deles que tinha bigode e se apressou para cumprir o que seu rei disse.

Steve abraçou minha cintura, me mantendo erguida para entrar no castelo. Steve se agarrou no corrimão para subir as escadas me levando junto, era como se minhas pernas fossem ceder a qualquer instante.

— Estamos chegando. - ele sorriu para mim, que não aguentei e o acompanhei. Assim que paramos em frente meu quarto eu puxei seu rosto para um beijo.

— Diga a enfermeira que cuide muito bem do seu braço, depois vou pedir a Loki que olhe.

Assenti.

— Vou ficar bem. - respirei fundo. - Você vai?

Ele abriu um sorriso pequeno.

— Claro.

E deu meia volta, seguindo pelo corredor. Minha criada já estava lá com uma enfermeira que arregalou os olhos ao ver meu estado.

— É. Vou tomar um banho primeiro. - disse, e graças a Deus ela já tinha arrumado minha água. Tirei aquela roupa absolutamente imunda, vendo meu corpo no reflexo. Ferimentos por toda parte. Braços, pernas e meu rosto. O pior deles era a pele vermelha irritada no meu pulso, com círculos viscosos cheios de sangue que lembravam muito as ventosas do que quer que fosse aquele bicho.

Assim que entrei na água uma arrebatadora onda de alívio tomou conta de todo meu corpo, antes de uma ardência intensa tomar conta de todas as partes. Gemi de dor, me obrigando a aguentar e deitei a cabeça para trás, finalmente relaxando. Respirei devagar dentro da banheira, já acostumada com a dor.

Observei a paisagem bonita de Roger lá fora e meu coração agradeceu imensamente por tosos eles estarem vivos. Devagar esfreguei meu corpo inteiro diversas vezes, por mais ou menos uma hora. Ainda tomaria provavelmente uns cinco banhos hoje, mas por hora eu me senti absurdamente melhor.

Enrolei nos meus seios um pedaço de pano, assim como a parte de baixo e os amarrei oara que ficassem no lugar e caminhei lentamemte até a cama. Todas as partes do meu corpo pegavam fogo. Doíam intensamente, mas nada que eu já não estivesse acostumada. Depois de tanto tempo nessa vida, você se acostuma com a dor.

Deitei na cama e a primeira coisa que a enfermeira foi cuidar foi do meu pulso.

— Desculpe a pergunta, alteza, mas seria de bom tom saber o que aconteceu aqui.

— Um polvo gigante me atacou. - expliquei, de olhos fechados e quase senti-as engasgando.

— Certo... infelizmente nunca tratei de um ferimento de polvo, mas vou fazer o meu melhor.

Assenti. Deixei-a cuidar de todos os ferimentos, uns doíam mais que outros, ela precisou dar pontos no meu braço mas a maioria não era grave, meu único problema era a exorbitante dor que eu sentia no braço.

— Pode me dar aquilo? - apontei para a garrafa de bebida na cômoda, que logo estava em minhas mãos. Bebi longos goles, segurando a dor em minha garganta.

Assim que terminaram me levantei, colocando uma camisola branca de mangas compridas. No instante seguinte ouvi batidas na porta e revirei os olhos. Não disse nada, apenas deitei em minha cama. Olhar para a cara de alguém nas próximas dez horas não está nos meus planos.

Mesmo assim a porta se abriu, e lembrei que tinha uma pessoa que eu queria ver, sim. Sorri, olhando-o com um curativo enorme cobrindo sua tempora.

— Você está lindo.

— E você, então, princesa Romanoff? - ele fechou a porta atrás de si, vindo até mim. Ele deitou ao leu lado, debaixo das cobertas e senti meu corpo exausto ser puxado na direção dele.

Ficamos em silêncio, tão arrebatadoramente confortável que sabíamos perfeitamente que logo estaríamos dormindo, apagados.

— Quase morrer tantas vezes dói. - eu murmurei, sentindo-me desligar aos poucos.

— Só por cima do meu cadáver. - ele beijou a lateral da minha cabeça, e apaguei.


(...)

Steve

Abri meus olhos pesados devagar, sentindo toda dor do mundo apenas com o ato de respirar. Quando senti Natasha em meus braços, relaxei, respirando fundo. Precisava colocar meus pensamentos em ordem. Precisava pensar. Precisava trabalhar.

Olhei para a janela, percebendo que já era de tarde e logo o sol se esconderia atrás das montanhas. Eu definitivamente precisava reagir. De um jeito que não acordou Natasha que dormia feito pedra me levantei, seguindo rapidamente até meu quarto. Como senti falta dele.

Vesti uma túnica verde escura, tirando o curativo da cabeça. Não era nada elegante desfilar com aquela coisa, quando ferido meu pai sempre desfilava com o ferimento, e é o que farei. Tudo parecia bem, os guardas onde deixei e depois de dar algumas voltas encontrei meu tio conversando com um dos guardas.

— Graças a Deus. - disse, vindo até mim. - Acho que precisamos conversar.

— Sim, tio. - suspirei, levando-o até uma das salas de reuniões. Me sentei de frente para ele. - Fomos para Romanoff e surgiram complicações, então seguimos até Stark em segredo para devolvermos o colar, apenas isso.

— Você perdeu o juízo? - ele tocou a testa, me analisando como se eu fosse um garoto que quebrou o vaso preferido da mamãe. - Você está mais machucado de que quando volta do campo de batalha, Steve.

— Houveram... muitas complicações. As quais eu não te devo satisfações. - lembrei, e ele revirou os olhos. - Me deixe a par de absolutamente tudo.

— Bem... Eu disse ao conselho que sua viagem a Romanoff logo terminaria, tudo para resolver o assunto das exigências de Stark, mas surgiram boatos de que vocês não estavam no castelo. - ele disse.

— Entendo.

— Mas o rei Volo afirmou que estavam, então não nos preocupamos. Mas eles estão muito insatisfeitos, Steve. - disse.

— Eu tenho planos, não preciso que estejam contentes comigo. Mais o que?

— Houve uma revolta camponesa numa cidade longe daqui, eles forcem comida aos soldados próximos a floresta de Bush. Estão dizendo que os grãos estão cada vez mais escassos.

— O inverno vai ser pior, então. - suspirei. - Devemos tomar medidas quanto a isso, racionar e alertar a todos.

— Alertar a todos gerará pânico, Steve.

— Só racionar, então.

— A insatisfação com essa guerra sem pés nem cabeça está crescendo, Steve. Os pais perdem seus filhos na guerra e nem faz sentido.

— Isso é culpa dos Stark, meu Deus. Devemos parar de lutar, deixar ele nos atacar sem fazer nada?

— Claro que não. Mas ouvi dizer que há um adjetivo pra você na boca da população. E não é agradável. - ele cruzou os braços.

— Qual? - perguntei, sem realmente querer saber.

— Traidor.

— Não é possível. - respirei fundo. Nada mais faz sentido. - Por que diabos?

— Porque está lutando a guerra dos Romanoff.

Ah, meu Deus.

 


Fiz o possível para ignorar isso e me levantei, abrindo as portas da sala de reuniões. Todos aqueles homens desprezíveis estavam lá.

— Boa tarde, obrigado por virem tão rápido. Mas eram assuntos urgentes a tratar. - sentei, e eles fizeram o mesmo. - Fiquei ausente por muito tempo pois os últimos detalhes de um acordo com Romanoff estavam sendo firmados e tivemos que cumprir a exigência de Stark as pressas.

— Stark aceitou a devolução? - Lord Colson perguntou.

— Precisamos esperar.

— Que acordo com Volo se refere, Majestade? - o barão de Bushville perguntou.

— Bem. Meu casamento. - eles suspiraram, surpresos. - Com a Princesa Natasha Romanoff. Em duas semanas.

— Duas semanas? - um deles arregalou os olhos. - Majestade, é muito pouco tempo.

— Entendo. Mas estamos em guerra. É necessário fazer isso rápido, a preparação deve começar hoje. Amanhã trabalharemos na lista de convidados e especificações. E encorporaremos as tradições de Romanoff as de Roger para realizarmos esse casamento.

Eles se espantaram novamente.

— As tradições de Romanoff? - um lorde disse, com nojo.

— Exatamente o que o senhor ouviu.

— Mas será um casamento católico, certo? - engoli em seco.

— Perfeitamente. Mas preciso convocar uma reunião com o conselho de Volo para decidirmos cada parte do casamento, para não ofendermos ninguém.

Eles começaram a falar entre eles, e tentei me acalmar.

— Tem mais uma coisa. - eles pararam de falar, e respirei fundo. - Se o Barão Zemo entrar em solo Rogeriano, ele será decapitado.

Ninguém ousou dizer nada por alguns segundos, absorvendo as informações.

— Sob qual acusação? - meu tio perguntou.

— Traição. - disse. - Ele se uniu a Stark para derrubar Romanoff e Roger. Todos devem saber, divulguem isso em todo lugar.

Eles concordaram, espantados por tais revelações.

— Tem mais uma coisa. - Gal disse, e olhei para ele.

— Stark está fazendo acampamentos perto da fronteira de Roger. - contou, e engoli em seco.

— Chame o conselho de guerra. - eu disse, e eles se levantaram. O conselho de guerra não era composto por lordes diplomáticos e gordos, mas sim Generais e Tenentes guerreiros que venceram inúmeras batalhas ao lado do meu pai.

Enquanto eles não chegavam pensei no que eu deveria fazer hoje, e é muita coisa.

— Preciso marcar um jantar para anunciar a data do casamento formalmente. - ele assentiu. - Na verdade, preciso contar a Natasha a data do casamento.

— Essa é a parte mais difícil. - ele sorriu, mas estava preocupado demais para isso. Traidor? Eu?

Eles entraram, e me levantei. Assim que voltei a sentar, todos tomaram o mesmo caminho.

— Sinto ter ficado muito tempo fora, mas impedi uma catástrofe. - expliquei.

— Mas mais estão vindo. - Sam disse. Não acreditei que ele estivesse inteiro o suficiente para vir, mas ele veio e fez questão, assim como Hill.

— Qual a situação na fronteira?

— Há acampamentos se formando, cinco, até agora. Ontem eram três. - General Pym se levantou, estendendo o enorme mapa de Romanoff, Stark e Roger na mesa quadrada e precisamente instalaram a posição dos cinco acampamentos, logo depois onde nossas tropas estavam posicionadas e transitando.

— Que droga. - murmurei. - Não sabemos ainda como ninguém viu aquelas tropas de Stark chegarem até o meio do Reino, mas precisamos descobrir e distribuir mais sentinelas para vigia.

— De fato, Majestade. - o General Richard disse. - Na verdade, temos uma suspeita grave.

— Qual?

— Receamos que haja um espião meio aos sentinelas de vigia. - me forcei a ficar impassível, mesmo quando o que eu queria era gritar.

— Quero uma lista de todos os homens encarregados de sentinelas pela manhã, General Richard.

— Vou providenciar.

Só faltava Volo bater na porta do meu quarto e anunciar que Natasha tem uma gêmea malvada que quer nos matar.

(...)

Depois de mais duas horas de reunião, a tarde estava prestes a acabar. Andei pelos corredores por um tempo, verificando com meus próprios olhos se nada havia explodido mesmo e me comunicaram que em uma semana a reconstrução interna da Ala Leste estaria completa, perfeita para o casamento.

Estava quase na hora do jantar quando vi Natasha saindo da biblioteca com Loki.

— Você está bem? - perguntei a ele.

— Meu corpo vai sobreviver, mas minha alma está radiante. Zemo ser nosso cara esclarece muitas lacunas e logo terei novidades sobre tudo e poderemos agir.

— Certo. - ele fez uma reverência, dando meia volta. Natasha estava transformada. Sem o curativo no rosto, como eu, usava um vestido de mangas compridas azul de veludo bem aberto com detalhes em branco, contrastando com sua coroa preta típica de pontas.

— Você demorou lá. - disse.

— Sim, temos muitos problemas. - esfreguei os olhos cansado. Nem parecia que dormi a manhã e tarde toda, ainda estava exausto. - Acordou tem muito tempo?

— Não, mas tomei mais dois banhos por precaução. Acho que ainda estou fedendo. - sorri.

— Vamos até minha torre? Tem muito tempo que não faço nada lá, e tenho que conversar com você.

— Nem um minutinho de paz. - ela suspirou, segurando meu braço, e vi que usava meu anel de noivado.

— Você sabe que esse anel foi usado por pelo menos cinco gerações das rainhas de Roger, não é?

Ela me olhou abismada.

— O que?

— Oh. Achei que todo mundo sabia. - sorriu, enquanto ela analisava seu dedo.

— Você acha legal? Isso é assustador. Mas não faz dele um anel menos lindo. - sorri.

— Que bom.

Subimos a longa escadaria bem devagar e soltando exclamações de dor a todo segundo, ainda mais porque Natasha ria absurdamente de mim parecendo um velho que quebrou a bacia.

Assim que entramos lá, senti a presença da minha mãe e meu coração se acalmou. Graças a Deus. Natasha parou na janela da torre, observando o sol se aproximar do fim do mundo. Abracei-a por trás, encaixando meu queixo em seu ombro.

Manti seu corpo colado no meu, sentindo seu perfume habitual e uma paz imensa no meu coração. Nada parecia tão importante mais quanto a mulher a minha frente.

— Minha tia avô pulou dessa torre. - eu disse, e Natasha olhou para mim.

— Foi dessa torre?! Até entendo, olha que vista linda. - ela sorriu, e beijei sua bochecha antes de larga-la e preparei uma tela em cima de um cavalete, cercado pela minha mesa com os pincéis separados por tamanhos e do outro lado as tintas por cores. - Se você fosse se matar como faria?

Pisquei algumas vezes.

— Natasha, para com isso. - ela riu, desistindo de tentar de novo. Pensei no que pintar por alguns segundos, e logo soube. Comecei enquanto pensava no que dizer. - Não vou enrolar, vou contar de uma vez. Marquei a data do nosso casamento.

Ela olhou para mim com a boca meio aberta.

— Sem me perguntar?

— Sim. - mordi o lábio. - Daqui a duas semanas. Desculpe.

— Tudo bem. Eu só... - olhei para seus olhos doces e vi que ela estava assustada.

— Eu entendi. - dei um sorrisinho. - É assustador, mesmo. Mas tenho certeza de que passamos por coisa pior.

Ela riu.

Contei a ela o que aconteceu no conselho de guerra, as tropas e o espião. E disse sobre algumas pessoas me chamando de traidor.

— Camponeses são burros. - ela disse, curta e grossa.

— Natasha.

— É a verdade, a maioria deles são completos idiotas ignorantes que não sabem de nada. Mas mesmo assim é nosso dever servir eles. - ela disse, e me impressionei. Vindo de um reino absolutista com um monarca sanguinário, ela dizer isso é uma coisa muito boa. As coisas estarão prestes a mudar em Romanoff.

— O casamento vai distraí-los. - comentei. A paisagem do pântano começava a ganhar forma, bem verde e em breve estaria retratando o sol refletindo na água meio as árvores cobertas de musgo. Natasha observou a tela.

 


— Falta só os jacarés. E a garota morta. E as alucinações. Ah, os jacarés gigantes. O homem pelado cercado de cobras! Parece o roteiro de uma história bem ruim.

— Nat. - eu ri.

 


— É que assim aquele lugar parece bonito.

— Mas é.

Ela soltou uma risada debochada que me fez sorrir. Tinha um pequeno sofá no canto da sala, nas quais passei muitas noites solitárias e Natasha se deitou nele, pensando. Não interrompi seu momento e logo ela estava dormindo.

Sorri, vendo a mulher mais linda de todos os reinos existentes. A esperança de não estar mais sozinho brilhou em mim, e novamente agradeci por ela estar viva.

 


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Notas finais do capítulo

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