Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 20
XX - Custe o que custar


Notas iniciais do capítulo

Heyy, guerreiros e guerreiras!
Acho que não demorei muito dessa vez, tenho algumas mensagens então LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Esse capítulo tá cheio de acontecimentos bombasticos, estou ansiosa para ouvir o que acharam, então comente! Deu muito trabalho escrever esse, por favorzinhooo

E siga @romanoff.rogers
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761459/chapter/20

Natasha

Eu andava apressada pelos corredores cheios de gente. Que saco, toda aquela gente que estava no funeral resolveu entrar aqui?

Mas era exatamente isso, os duques, condes, duquesas, condessas, todos iriam passar o dia no castelo, fazendo sei lá o que! Mas acho que esperavam que Steve os desse atenção, o que claramente não estava acontecendo porque o Rogers sumiu, evaporou, e aquilo só virou uma bagunça bagunçada com gente andando pelos corredores.

E o pior é que várias pessoas me paravam para parabenizar pelo casório e eu tinha que aguentar isso sozinha. Também questionavam onde estava o rei deles, como se nós tivéssemos telepatia para eu saber.

Okay, eu estava BEM irritada, e piorou quando trombei com alguém.

— Ai! - olhei revoltada para o obstáculo, sendo ele um homem alto, grisalho de olhos azuis extremamente familiares, ou seja, parente do Steve.

— Perdoe minha falta de atenção, princesa. - ele fez uma reverência, que respondi.

Seus olhos, diferente do azul quente de Steve, eram gelados e me analisavam de cima a baixo, meio irônico. Alguns fios de cabelo branco apareciam em sua cabeça, e rugas eram presentes. Ele parecia muito com o pai de Steve.

— Te conheço?

— Sou Gal Rogers, tio do seu noivo. Irmão...

— Sim. Eu.. Sinto muito pela sua perda.

— Obrigado. Não éramos lá muito próximos.

— Hm. E o senhor é o próximo na linha de sucessão do Steve, no momento.

— Hum... Sou.

— Que belo momento para aparecer. - Cruzei os braços, e ele abriu um sorriso, ajeitando o terno para não perder a pose.

— Como é?

— Acho que o senhor vai se dar muito bem com o meu pai, agora se me der licença... - dei meia volta, e ele claramente tinha ficado irritado. Po, quem mandou trombar comigo quando eu estou puta? E desconfio que tenha sido de propósito.

Mas a verdade é que eu me lembro dele bem até demais.

— Você viu o Steve? - perguntei, parando a criada, que negou com a cabeça e fez uma reverência. Sai andando, nervosa, olhando ao redor. Olhei no castelo inteiro e não conseguia achar ele de jeito nenhum.

Trombei com alguém, DE NOVO, e logo vi que era Tthomas.

— Olha por onde anda, Natasha.

— Não me enche. - preparei para continuar meu caminho mas ele segurou meu braço.

— O que foi?

Exitei antes de responder.

— Não acho Steve desde o funeral.

— Já olhou no...
— Sim. - Cruzei os braços.

— E no...

— Sim. Todos os lugares.

Ele me olhou por alguns instantes.

— Por que está tão preocupada? Aconteceu algo?

— Não... Eu... Só preciso achar ele.

Ele me olhou novamente, claramente me analisando, até que sorriu.

— Você... Gosta mesmo dele.

— O que? É, ele é legal. E a gente vai casar.

— Não, eu quero dizer... Gosta de verdade. Você está se apaixonando por.. ele.

— Tthomas, olha o que você está falando, cara. - sorri, mas ele não.

— Não tem nada de errado nisso.

— Tthomas...

— Olha como você está preocupada, Tasha. Eu quero muito que você seja feliz, e achava que ele iria ser ruim pra você. Mas eu vi vocês juntos e... Você vai ser feliz se se permitir.

Encarei ele por alguns segundos.

— Desde quando você faz discursos motivacionais, Tthomas? - ri, nervosa, me soltando dele.

— Tasha...

— É sério. Não é o caso. Acho que sei onde ele pode estar.

Saí andando.

Na verdade era bem óbvio e me senti burra por não ter sido esse o primeiro lugar que olhei.

Subi o enorme lance de escadas em aspiral da torre e cheguei ofegante lá em cima. Respirei fundo e bati na porta.

— Agora não. - Ouvi sua voz e soltei todo o ar que segurava. Que alívio.

Abri a porta devagar, já recebendo um olhar irritado que se desmanchou quando viu que sou eu.

— Eu posso ir.

— Não. Fica, por favor. - Entrei, fechando a pesada porta atrás de mim. Ele estava pintando de frente para uma tela média, fazendo uma pintura abstrata incrível. Cheguei perto, vendo cada traço revelando exatamente como ele se sentia. A maioria no quadro era preto.

— Uau. - Falei, sem tirar os olhos da pintura.

— É inspirada no seu vestido. - olhei para baixo, sorrindo pra ele.

— Você não existe. - ele deu um sorriso gentil e largou o pincel. Me aproximei e passei os braços em suas costas, e ele abraçou minha cintura sem se levantar do banco.
— Conheci seu tio.

Ele gemeu, enterrando a cabeça no meu ombro.

— Ele te incomodou?

— Sim. - falei, sem rodeios. - Eu realmente não vou com a cara dele.

— Por que? Eu mal o vejo, imagina você? O que ele fez?

— Melhor contar depois. - ele franziu o cenho. - Steve, o castelo está cheio de gente... Eu queria ficar aqui escondida também, mas daqui a pouco vão fazer uma caçada a você.

— Que droga.

— Mas... Eu sei algo bem melhor pra gente fazer. - Natasha diz, aproximando seus rostos, e Steve sorri.

— Romanoff. - ele a repreendeu.

— Só cinco minutos.

— Cinco minutos. - ele sorriu maliciosamente de novo, unindo suas bocas em seguida.

O beijo começou lento, com as mãos de Steve apertando minhas costas com força. Minha mão pousou em seu pescoço e não queria sair de lá, enquanto o beijo acelerava. Nossas línguas mexiam em sintonia, o beijo dele sempre encaixava perfeitamente no meu, e me deixava doida.

Passei os dedos pelo seu cabelo e Steve desceu do banco, me puxando para encostar na mesa unido a ele. Nossos corpos colaram mas conseguia sentir ele me puxando ainda mais pra si. Mais um pouco e eu provavelmente subiria em seu colo, mas a porta foi aberta.

Me separei dele num pique, vendo Bevvan parado na porta arreganhada.

— Deram sorte que sou só eu! - ele sorria, de braços cruzados. Steve estava vermelho e desviou o olhar.

— Só você? Vou te esganar, seu ruivo babaca.

— Desculpe interromper, não sabia que você estava aqui também.

— Sei. Você nem conhecia esse lugar, Bevvan, você me seguiu.

— Conhecia sim, não te segui, sua retardada.

— Mentiroso.

— Se aparecesse um ruivinho correndo pelo castelo daqui a nove meses você teria desejado que eu tivesse aparecido. - senti meu rosto queimar, eu estava prestes a pular aquela mesa e enforca-lo, mas Steve interveio, prevendo meus movimentos.

— Sim, Bevvan? - ele questionou, desconfortável.

— Estão todos da organização do castelo te procurando, ouvi Gal Rogers organizar um jantar para toda aquela gente lá embaixo.

— O que? - Steve soltou, e olhei para ele. - Droga, Gal.

Ele passou por Bevvan, bravo, e começou a descer as escadas.

— Papai vai adorar saber disso. - o ruivinho desgraçado sorriu, maldoso, e eu acertei um soco bem dado em seu braço. - Ei! Não adianta ficar brava, eu vou ficar aqui com você, irmãzinha. Melhor começar a me tratar bem ou papai vai começar a saber de coisas que nem aconteceram, coisas graves, que ele vai acreditar e te jogar na salinha.

Aquela altura meus dentes já cerravam de ódio, bati em seu ombro, saindo dali, e desci as escadas. Agh! Deus se enganou e enviou o próprio Licifer pra ser meu irmão!

(...)

Steve

— Tio Gal! - meu grito foi ouvido por ele lá embaixo, e aparentemente soou bem raivoso, porque as pessoas que conversavam com ele sairam andando.

— Steve, v...

— Você está louco? Um jantar? Pra comemorar o que? Não tem motivo pra comemorar!

— Primeiro, não fale comigo assim. - ele tentou parecer mais magoado que irritado, e conseguiu. - Estou aqui pra te ajudar. Essas pessoas estão aqui você acha que é pra que? Querem ficar, querem comer aqui, e principalmente, querem conhecer você. Querem ver seu governante e sua futura rainha, que pelo visto acordou com o pé esquerdo hoje.

Queria gritar. Não quero jantar. Eu vi meu pai num caixão hoje, não quero jantar.

— Deus, você não tem experiência, o que não é culpa sua. Só me deixe ajudar, estou aqui pra isso.

— Agora que você já espalhou, vamos fazer essa droga de jantar.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

— Eu amava seu pai. Não sou vilão, Steve. Sou seu tio. E sei que um rei quase nunca faz o que quer.

Respirei fundo. Queria sumir.

— E o que você sabe sobre ser um rei?

Ataquei, já me afastando.

— Bem mais do que você, pelo visto. - parei se andar e o encarei.

— Vamos ver.

Encontrei Natasha descendo as escadas. Nem com ela eu queria falar.

— Você precisa se acalmar e focar.

— Não aja como se soubesse o que eu preciso. - revidei, sem pensar, e quando percebi o que disse parei esfreguei os olhos.

— Steve.

Tudo rodava. Aquele enjoo arrebatador que senti na igreja voltou, dessa vez incontrolável. Dei as costas para ela, saindo em disparada pelo jardim que ainda bem estava próximo, e fui até um canto debaixo de uma árvorezinha e coloquei tudo que tinha comido no dia pra fora.

Levantei e sentei no chão de grama, escondido de qualquer um que estivesse no jardim, e fechei os olhos. Antes que eu pudesse pensar em controlar as lágrimas vieram, escorrendo frias, mas não parei de apertar meus olhos. Minha respiração estava irregular e meus olhos completamente vermelhos.

Senti Natasha sentando no meu lado e depois um aperto no braço, indicando que ela estava ali pra mim.

— Não estou pronto. - Murmurei, finalmente destapando os olhos vermelhos. Não consegui olhar pra ela. - Eu sou uma piada. Olha pra mim.

— Não tem nada engraçado em chorar. Não tem nada de fraco em chorar. Tem que ter coragem pra chorar, Rogers, você conseguiu encarar seu pai morto. - olhei pra ela. - A maioria não olha, você sabe, mas você ficou forte por ele, pra orgulhar ele. E você está fazendo isso, não vou te deixar jogar tudo isso fora só por esse momento. - ela fez uma pausa, suavizando a expressão. - Não vou te deixar aguentar isso sozinho. - a ruiva segurou minha mão, a apertando forte. - A gente está nessa loucura junto.

Fiquei encarando-a alguns segundos, sem largar sua mão. Deus, como ela é linda.

— O... apoio que você me dá com a Wanda eu quero retribuir. E espero conseguir, acho que não sou boa nisso.

— É sim. - digo, me levantando, e em seguida puxo suas mãos, a trazendo para meus braços. Abracei a mulher da minha vida forte, inalando seu cheiro maravilhoso. - Vamos fazer isso.

(...)

— Ainda não acho uma boa ideia eu não ter um discurso. - falei, e Natasha me olhou. O sol estava começando a ficar dourado, e batia bem em seu rosto, deixando seus olhos brilhantes como esmeraldas e seu cabelo ruivo como sangue.

— Você só tem que dizer o que sente. Com confiança e amor ao seu povo.

— Tudo bem.

Estavamos esperando para entrarmos no salão de jantar movimentado. Natasha foi assustadoramente genial, ela pensou em tudo. Eu e ela trocamos de trajes pretos para roupas prateadas e brilhantes, seríamos os únicos que não estariamos de preto. Ela disse que seria um marco inicial para representar um reinado que seria brilhante.

Seu vestido era de seda brilhante por toda sua extensão, a saia sendo comprida e nem um pouco rodada. A parte de cima era amarrada no pescoço, deixando as costas a mostra, e tinham flores prateadas na altura do cinto. Sua cabeça tinham incontáveis tranças elaboradas formando um penteado que deixou seus enormes cabelos explendorosos.

Ela estava simplesmente deslumbrante. Minha túnica era mais puxada para o cinza claro, sem glitter, mas os incontáveis botões todos eram da mais brilhante prata. Como o salão é inteiramente dessa cor, assim como todo o resto do castelo, tudo combinou mais. Minhas botas eram pretas, e minha espada estava perfeitamente a postos.

Nada enfeitava nossas cabeças.

— Você está nervosa?

— Talvez. - ela disse, sem tirar os olhos da porta. O sol em seu vestido a fazia brilhar incondicionalmente.

A maçaneta a nossa frente mexeu, e me senti borbulhar. Ela segurou minha mão e derrepente eu não estava mais com medo.

Todos estavam de pé, olhando para gente. As seis mesas gigantescas eram feitas de prata pura e tinham cerca de novecentos anos. Todas estavam enfileiradas formando um caminho no centro. O corneteiro começou a tocar.

— O Rei de Roger e a princesa de Romanoff. - ele disse alto, e começamos a andar. A medida que passávamos todos faziam uma reverência. Absolutamente todos os olhos estavam na gente. Alguns olhos parecendo felizes, outros insatisfeitos. Alguns neutros e outros maravilhados. Inependente do que pensavam, eram parte do meu povo e eu tinha um dever com cada alma naquela sala, cada alma num raio de 200 km. E eu não iria falhar com eles.

Subimos os degraus para sentar na mesa da família real onde estavam Volo Romanoff e seus filhos, juntos com meu tio. Olhei para Gal, e ele assentiu pra mim.

Todos se sentaram, menos eu e Natasha, que permaneceu impassível do meu lado.

— O dia começou nublado. Todos viram pela última vez seu antigo rei, se despediram e agradeceram, então agora ele pode finalmente descansar. - Comecei, projetando minha voz para todos ouvirem. - E agora, estão aqui comigo nesse futuro incerto mas com certeza promissor. Hoje se inicia meu reinado. Meus antecessores foram guerreiros excepcionais, reis corajosos que governaram sabiamente, e eu lhes prometo, a cada um que possa ouvir, não serei menos, farei tudo que puder todos os dias para ser ainda melhor do que fui ontem, do que foram cinquenta anos atrás, e não pararei de lutar até essa guerra significar nossa Vitória honrosa. Estamos em guerra, cavalheiros. Vai ser difícil, pessoas vão morrer, mas honraremos todos os pilares que esse reino foi erguido, força, coragem, Vitória, riquezas, esse vai ser meu reinado se Deus permitir.

Olhei pra Natasha.

— E eu não estou sozinho. - algumas mulheres suspiraram, e eu sorri rapidamente. - Mas... Eu não posso fazer a mesma coisa que meu pai fez, o que meu avô fez. - um burburinho correu minha platéia. - Eu não vou me esforçar para ser como eles, nosso reino precisa evoluir e eu não farei isso olhando para trás. Não vou cometer os mesmos erros, não me submeterei a ninguém, eu sou o rei de um povo unido que precisa desesperadamente de mudanças, e eu as farei sem hesitar. Existe corrupção no governo, fome nas ruas, morte nos campos e não admitir isso seria nossa destruição. E quanto a Anthony Stark? Irei até o fim.

Fiz uma pausa. Respirei fundo, talvez fosse loucura eu dizer isso, mas eu tinha que dizer.

— Mas eu não posso fazer isso sozinho. Eu tenho minha noiva, meus amigos, meu povo, as pessoas que me servem, o clero, e vós com quem falo. Nós somos Roger, nós somos o povo de diamante e não podemos deixar ninguém nos tirar isso! Eu me recuso a ser apenas um rei, eu serei um líder e estou pronto, custe o que custar.

Todos aplaudiram. De verdade. Eles gostaram, Natasha sorria e meu tio parecia orgulhoso. Com certeza iria criticar algo depois, mas tenho certeza que fiz certo. Deixei bem claro.

— Por favor, iniciem meu primeiro jantar como rei. - me sentei, e os inúmeros garçons trazendo bandejas de prata cobertas. Deviam ter duzentas pessoas naquele salão, para um jantar realizado as pressas até a decoração estava boa.

— Você foi incrível. - Natasha diz, sem conseguir tirar o sorriso da boca. - Não tinha uma pessoa que não estava prestando atenção, seu povo te ouviu, Steve.

— Eu admiti minhas fraquezas. Pra um salão lotado. - murmurei.

— Você é corajoso. Não tem muitas pessoas que teriam essa coragem. - sorri, e ela se virou para receber a comida.

"É difícil para um homem bom ser rei"—as palavras do meu pai encheram meus pensamentos o jantar inteiro.

Uma banda tocava musicas suaves e todos conversavam animadamente. Alguns pareciam ainda insatisfeitos. Tentei não me preocupar com isso agora.

— Você foi bem. - Gal disse, e me virei pra ele. - Muito bem. Eu não faria desse jeito, mas... Mas você mostrou o tipo de rei que quer ser com muita garra e coragem. Seu pai ficaria orgulhoso.

— Obrigado. - virei a cabeça e não pude deixar de escapar um sorriso.

Ainda estava de dia quando as pessoas que terminavam suas refeições foram para o salão ao lado, onde servia-se champanhe e as pessoas conversavam em grupos.

— Vamos pra lá? - perguntei Natasha, que terminava o suco de frutas. Ela limpou a boca e assentiu. Dei o braço a ela, e fomos até o salão.

O primeiro a vir falar comigo foi o Barão de Crownster. Cada estado tinha um Barão que administrava o estado e comparecia a reuniões com o Conselho, poderia se convocar a Tawba, uma reunião enorme onde todos os Barões apresentavam suas opiniões sobre um assunto muito importante e o rei tinha a palavra final, claro. Mas se fosse contra a maioria dos Barões... Muita gente ficava insatisfeita. Um dos maiores medos de todo rei é a Tawba.

O homem era mais alto que eu, loiro de olhos ver des escuros, provavelmente tinha lá pelos cinquenta anos, com sua esposa que era basicamente o contrário dele, baixinha, morena com uma beleza encantadora. Os dois nos parabenizaram pelo casório. Me lembro dele muito bem, não é um completo babaca como os outros, e provou isso com suas palavras.

— Eu achei seu discurso muito bom, Majestade. Em múltiplas formas, foi incrível.

— Ele tem razão, foi muito bonito e esperançoso de se ouvir. - sua esposa concordou. Infelizmente eu não sabia o nome dela, meus professores me fizeram decorar apenas os Barões.

— Se precisar de algo. Me peça. Vou fazer o que eu puder. - ele fez uma reverência.

— Muito obrigado.

Ele é um dos Barões mais próximos da capital, seu apoio é vital pra mim. Olhei pra Natasha, que sorriu.

Muitas pessoas mais vieram nos parabenizar, conversar, alguns me contavam coisas.

O Conde Dyron tem 75 anos, a conversa com ele foi entediante. Já o Duque de Onwsk, de Romanoff, não tirava os olhos dos peitos de Natasha. O Barão de Yorkshire me parabenizou, mas parecia não confiar em mim plenamente.

— Ah, Deus. - Natasha disse.

— O que foi? - Steve perguntou.

— Você já vai ver. - falou, e eu estava confuso.

— Majestade. - alguém me chamou atrás de mim, e me virei.

— Sharon. - respondi a reverência, assim como Natasha.

— Seu discurso foi absolutamente lindo, Steve, meus parabéns.

— Obrigado, Sharon, significa muito. - ela sorriu, e olhou para Natasha.

— Ah! Não posso deixar de parabenizar vocês pelo casamento, vocês formam um casal lindo.

— Obrigada. - Natasha disse. - Estamos felizes.

— Que bom! Vocês merecem. - Sharon tocou meu ombro.

— Eu vou atrás de champanhe, você quer, amor? - Olhei para Natasha, abismado. Ela me chamou de amor?

Ah. Ela está com ciúmes.

— Não, obrigado amor. - respondo sorrindo, e ela me lança um olhar repreendedor.

— Com licença. - A ruiva nos deixa, e olho novamente para Sharon. Era bom conversar com alguém que não seja velhos, e reve-la também.

— Natasha é linda.

— Sim. - dou um sorriso pequeno.

— Ela é sortuda também. - ela sorri, e eu acho que acabei corando, então tentei despistar. - Mas me diz, foi arranjado?

Encarei-a, sério, hesitando.

— Desculpe se fui inconveniente, não precisa responder...

— Não, tudo bem. O pai dela armou tudo.

— Nossa! É bem difícil ser feliz em casamentos arranjados, que bom que estão bem juntos!

— Sim. - sorrio.

Ouço duas portas se abrirem com um estrondo. Olho ao redor, assim como várias pessoas, procurando de onde aquilo vinha.

— O que foi isso? - Sharon soltou.

— Não sei.

Segundos depois vi um soldado de armadura claramente me procurando aparecer, e assim que me encontrou veio até mim sem cerimônia. Algumas pessoas encaravam, todos confusos.

Ele estava ofegante, mas arrumou um jeito de falar.

— O senhor precisa vir. Tem um exército se aproximando, vamos ser atacados.

O encarei sem reação.

— Senhor! - ele chamou minha atenção. - Todas essas pessoas...

Hora de ser rei. Corri até o palcozinho onde a banda tocava, e os mandei parar. Todos olhavam pra mim.

— Atenção, por favor! Criados abram as portas da lateral esquerda. - eles trataram de obedecer, e cerca de dez portas estavam sendo abertas. Os olhos de todo mundo estavam nele, todos confusos. - Em ordem e com calma, TODOS vocês precisam ir até o último andar e ocuparem os quartos. - meu coração batia forte, as mãos tremiam. Meu olhar encontrou o de Natasha. - Estamos sendo atacados.

O pânico se instalou, todos começaram a falar alto, alguns gritando, mas trataram de obedecer logo. Natasha foi a primeira a sair em disparada.

— NATASHA! - Tento chama-la. Não adianta, a perco de vista instantaneamente.

— Steve, ai meu Deus, estou com medo! - Sharon fala, agarrando meu braço.

— Vem! - digo a ela, puxando seu braço, e saímos numa porta reservada para mim. Corremos escada a cima, junto com outras pessoas, e ela penou para me alcançar, porque eu corria absurdamente rápido.

Enfio Sharon no meu antigo quarto.

— Você vai estar segura aí! - e fecho a porta. As pessoas já obedeciam, correndo e se trancando com suas famílias no quarto, e todos os guardas corriam em direção a frente do castelo. - Ei!

Chamei um guarda, que parou para me ouvir.

— Ache a Tenente Hill e mande-a organizar um pelotão para tomar conta das entradas desse andar, todos os nobres estarão aqui! Vai! - o homem se dana a correr, e continuo até meu quarto.

Troquei de roupa muito rápido, colocando minha armadura. Foi mais fácil do que eu esperava, e logo estava completamente pronto.

Eu fui treinado pra isso. Eu sabia exatamente o que fazer. Treinei e estudei inúmeras táticas de ataques a esse lugar, e se fizessem tudo certo ninguém entraria aqui hoje.

Saí pela frente do castelo, provavelmente tinham se passado cerca de 6 minutos desde que recebi a notícia, e o enorme exército se formava no pátio da frente do castelo.

Centenas de arqueiros já se encontravam nas centenas de metros de muros enormes, em posição.

Vi Tthomas de armadura, pronto, ao lado de Tenentes de Romanoff, todos de preto, e vi Sam.

Assim que me viu, veio ao meu encontro.

— Homens se aproximando a noroeste, ainda sem estimativa de quantos. Vários em cavalos, a estimativa é sete minutos até chegarem aqui. Os nobres?

— Estão buscando abrigo. Fiz um pelotão de escolta para o andar de cima, os soldados de Romanoff foram pra lá. Não podem chegar lá de jeito nenhum. Quero um soldado em cada corredor, arranje isso. O resto tem que vir pra cá. Se passarem por esses muros, eles entram. Preciso ver o exército mais de perto e ordenarei uma formação.

— Tem uma catapulta, senhor! - um arqueiro gritou.

— Merda. - Sam esbravejou.

— É grande!

— Montem a nossa, agora! - mandei, expreitando o exército cada vez mais perto. - Nós temos uma aqui, MONTE UMA CATAPULTA NESSE PÁTIO ENORME AGORA!

— Acha que vai caber?! - Sam disse, ordenando dez soldados irem atrás disso.

— Tem que caber, ou ache um castelo novo. - falo. Seríamos destruídos. - Deus, como ninguém viu esse exército chegando? 

 

Deixo Sam e me coloco do lado de um arqueiro. Observo com toda atenção do mundo o exército andando rápido para nos encontrar. Não vi Tony, e nem consegui contar quantos soldados tinham ali. Não importa. Eu sabia exatamente o que fazer.

— Não importa quantos soldados eles têm! - berro com toda minha força, e todos me olham, gritando em resposta. - Não importa o quanto eles queiram nos vencer, nós VAMOS DEFENDER NOSSA CASA! Eles estão vindo ameaçar nossas famílias, destruir nosso reino, NÃO VAMOS PERMITIR! - Eles gritam. - Se forem feridos, firam eles de volta! E se morrerem, levantem e lutem!

Todos os soldados gritaram, isso resultou num avassalador som que com certeza foi ouvido de longe. Eles continuaram gritando, berrando como bestas iradas.

Deviam ter centenas de milhares de homens abaixo de mim, nem cabia aquilo tudo ali, muitos ainda estavam no salão principal do castelo, e mais chegavam.

— ABRAM O PORTÃO! - Gritei, e eles obedecem. Os soldados são libertos, e correm, gritando e berrando, guerreiros. Eles correm, saindo todos, e quando alguns ficam, mando-os fechar.

— MURALHA! - berrei, e os soldados fizeram a posição, se estendendo em seis fileiras gigantescas que cobriam grande parte da frente do castelo.

Eles chegavam, cada vez mais perto.

— ARQUEIROS!

Eles ficam em posição.

Natasha. Espero que ela esteja bem longe daqui, agora. Queria que ela estivesse quietinha num quarto, seria pedir muito? Com Natasha, sim. Ela provavelmente estava correndo bem pra toca do Leão. E quando uma ruiva passou correndo por mim e se jogou da muralha, tive certeza.

Meu coração saiu pela boca, e vi ela enfiar a enorme faca no muro, a escorregando até o chão. Ela se posicionou atrás dos soldados, e sorriu pra mim.

Queria gritar, puxa-la de volta pra cá, que merda, Natasha, PORRA VOCÊ TEM O QUE NESSA CABEÇA?!

Fiz menção de descer para busca-la, foi tudo que consegui pensar. Filha da puta, eu estava muito irritado e acima de tudo com um medo arrebatador e imobilizante. Não podia perde-la assim. 

— Não posso deixar você ir, Majestade. Meu dever é te proteger a cima de tudo. O senhor não vai descer.

— Sam, sai da frente! - grito, nervoso, e ele não se move de frente a escada.

Ouço gritos. Gritavam "STARK".

Ainda bem que minha esposa é a melhor guerreira do continente. Mas a mais maluca também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

EITA!

1 - O tio do steve! https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQyijv2N6_zuSI_QXsF3GQBPJ1DJF-RLdAw1FxD9B30O6kLHJ4reqHE9BUxTw

2- Ai meus romanogers, que orgulho do Steve e a NATASHA É MALUCA, COMPLETAMENTE LOCA

3 - Não esqueçam de recomendar! Ajuda muitoooooooo, por favor!!! O que acham que vai acontecer?? Comentem e favoritem, meus guerreiros pra continuarmos fortes aquii

4 - siga @romanoff.rogers

5 - logo teremos mais winterwitch, prometo! Assim que passar esse ataque vamos ir atrás da Wanda!

6 - Leia as outras 18 fanfics no meu perfil! Tem capítulo novo em "You're a terrible liar"!!!!!!!

7 - ATENÇÃO!! LEIA AQUI!! é um plano meu, se eu não conseguir fazer é uma pena.
Aviso mais importante, vou começar a fazer conteúdos exclusivos para quem lê minhas fanfics em @romanoff.rogers, como papeis de parede, fatos, curiosidades, playlists de músicas para as fanfics (nos meus melhores amigos) e conteúdos exclusivos da fanfic pra quem segue a página! capítulos bonus, vídeos, etc. Vou desenvolver mais a ideia e cominico vocês!!!

8 - já comentou???

Bjs até a próxima