Prometidos escrita por Carolina Muniz


Capítulo 42
Capítulo XXXX


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiiiii



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760985/chapter/42

| Fim |

Christian foi direto para casa depois de conseguir respirar o ar puro fora do presídio, encontrou Ana no quarto de Teddy, com o bebê nos braços, estava amamentando-o.

Ela sorria para o filho deles com sinceridade, como se olhasse para a coisa mais bela do mundo - e em sua opinião, ela olhava mesmo.

— Olha, o papai chegou - disse a morena para o bebê, logo virando o rosto para o marido, abrindo seu melhor sorriso. — Oi - disse para ele. - Dia ruim? - perguntou, percebendo a expressão do marido.

O mesmo balançou a cabeça em descrença.

— Nada que vocês dois não possam melhorar - garantiu ele.

A garota voltou a sorrir e também sua atenção para o bebê em seus braços que balançava a mãozinha no ar para ter a mãe o olhando.

Exibido que só.

Christian se aproximou dos dois, beijou a cabeça de Ana e passou a mão pela de Teddy, admirando a esposa olhar para o filho.

Ela olhava para o bebê sem desviar os olhos, a cada respiração mais funda, prestando bastante atenção a cada mínimo detalhe. Nada podia dar errado com aquele pequeno ser, era fato em seus olhos. Teddy era o centro do mundo de Ana, o centro de sua vida, tudo começava e terminava nele. Era uma adoração totalmente pura e poderosa, infinita.

E para Christian não era diferente. Era como se o bebê fosse o Sol e Christian fosse a Terra, sempre orbitando ao redor do pequeno.

Grey memorizou cada pequena parte daquela cena.

De repente, as palavras de Elena vieram a sua mente, e por um momento, Christian imaginou como seria a sua vida sem Ana.

Sentiu medo só da imaginação.

Elena nunca esteve certa.

E nem estaria.

Christian amava Anastacia, não se acomodou àquela vida fácil - que de fácil não tinha nada. Ele apenas a amava.

Ana ajeitou sua blusa, fazendo Teddy resmungar em protesto por ter sido tirava do peito. A morena sentiu o coração apertar, mas precisava tirá-la, se não o bebê não largaria nem mesmo quando estivesse cheio - o que ele já estava, com certeza.

— Ele sentiu sua falta - disse ela enquanto Teddy se esticava para ser pego pelo pai.

Christian prontamente pegou o filho quando a morena o ofereceu para que ele o colocasse para arrotar. Ele sorriu, beijou-o na bochecha e colocou sua cabeça em seu ombro enquanto Ana se levantava.

— Eu também senti sua falta, amor - disse ele para o filho. - E a sua, claro - disse para a morena.

Teddy arrotou, assustando-se consigo mesmo, e olhou para os pais, que riu para o garoto.

Ana passou a mão pelos cabelos do menino e o mesmo voltou a se deitar no ombro do pai, como se o gesto fosse um aval da mãe dizendo que estava tudo bem.

A morena sorriu para o marido e beijou seus lábios rapidamente, numa resposta de que com certeza havia sentido a falta dele também, mas logo foi puxada a mais por Christian, aprofundando o beijo enquanto Teddy continuava com a cabeça no ombro do pai, tendo o polegar na boca como algo mais interessante do que os pais se beijando.

— Quero te pedir uma coisa - disse Christian, quebrando o beijo.

Ana franziu o cenho e observou enquanto o marido colocava o filho no berço - que não gostou muito mas logo se distraiu com o boneco que o pai deu em sua mão, aproveitando para coçar as gengivas.

Christian se virou para Ana novamente, ficando a sua frente, próximo dela.

— Eu te amo - ele disse simplesmente e ela sentiu o coração dar alguns solavancos, como sempre. - E é assim que deveria ser desde o começo: eu te amando. Então, como não foi, eu quero que seja agora.

Ana claramente estava cada vez mais confusa.

— Quero que... - ele se ajoelhou, uma das mãos dentro do bolso tirando uma caixinha vermelha.- Quero que se case comigo me amando, por escolha própria. Eu prometo te amar pelo resto da minha vida, sempre lhe proteger, nunca deixar você cair e sempre enfrentar tudo com você do começo ao fim.

Ana ao menos conseguiu olhar para o anel dentro da caixinha, seus olhos embaçados pelas lágrimas impediram. A garota fechou os olhos com força e deixou as bolotas escorrerem pelo rosto.

Logo ela, que nunca teve realmente uma escolha na vida, estava podendo fazer a melhor de repente. E ela não tinha dúvidas, é claro. E pela primeira Ana não precisava se perguntar os motivos, não tinha como, eram infinitos os motivos para a resposta ser "sim", um sonoro e para sempre "sim".

— Então... Casa comigo? - Christian questionou.

Só então ela percebeu que realmente não havia lhe dado uma resposta. Em sua cabeça ela já havia gritado um grande sim, mas na realidade ela só estava encarando Christian.

A garota riu para si mesma.

— Sim - respondeu, ansiosa ao estender mão, qual retirou o anel de noivado chamativo antes de entregá-la novamente à Christian.

Grey colocou o anel - bonito e delicado, perfeito - em seu dedo anelar, beijou-o e então se levantou.

A garota não perdeu tempo em agarrar o homem que definitivamente amava, sendo levantada no ar por ele, tendo Teddy como testemunha do verdadeiro amor.

Um  ano e cinco meses depois.

Ana penteava seu cabelo enquanto Christian, Teddy e a garotinha estavam na cama do casal, comendo donuts com cobertura de chocolate.

A morena já havia desistido de pedir para que não comessem na cama, mas com Christian - uma adulto já formado e pai - não se importava, até parece que uma criança de dois anos e outra de cinco iria lhe escutar.

Era um dia importante aquele, e todos estavam um pouco ansiosos.

Ana guardou a escova e ajeitou o cabelo como queria.

— Mas e se eles não gostarem de mim?

A pergunta saiu da garotinha sentada no meio da cama, uma rosquinha numa das mãos e na outra o guardanapo.

Ana se virou enquanto Christian ajudava a menina a limpar a boca.

— Todos vão te adorar, não se preocupe com isso - garantiu ele.

A menina mordeu o lábio inferior.

Ana se levantou e se sentou na beira da cama, Teddy automaticamente se empoleirou em seu colo com suas duas rosquinhas, e a morena o segurou antes que todo aquele açúcar colante tocasse em sua roupa.

— Mas e se não gostarem? - insistiu a menina.

— Os seus avós são super legais, os quatro - ela se forçou a dizer. - E já estão apaixonados por você antes mesmo de te conhecer. Os seus tios são meio loucos mas também já te amam. Amor, não tem como alguém nesse mundo não gostar de você. Mas se algum dia isso acontecer, você vai se lembrar que nós - Ana indicou a si e os outros dois ao redor - te amamos, então o resto do mundo não importa.

— Isso com certeza é verdade - Christian puxou a garota de repente para seu colo, arrancando um sorriso da mesma pelo susto. Ela recostou a cabeça contra seu peito e terminou o último pedaço da rosquinha. A garota sorriu com a boca cheia de açúcar e suspirou feliz.

Ana sorriu e beijou sua bochecha, passando um dos braços pela menina, Teddy já no meio se apressou em fazer parte do abraço em família, consequentemente distribuindo açúcar e granulado pelas roupas alheias.

Mas aquilo não importava. Nada daquelas coisas importava no grande cenário da vida.

Não demorou para que os quatro descessem - depois de uma rápida limpa nas roupas e no cabelo de Ana e Christian enquanto os pestinhas riam - e encontrassem a família já na sala.

Os pais de Ana e de Christian estavam ali, assim como Mia e seu marido - que estavam cada vez mais próximos do casal - e também Elliot. Kate - como sempre é claro -, a Sra. Jones, assim como Taylor e Sawyer. Todos estavam ali. Até mesmo - o melhor amigo de Christian que Ana havia conhecido finalmente e gostado dele. Todos estavam reunidos na sala de estar de Ana e Christian para conhecerem oficialmente uma pessoa mais do que especial.

A garotinha ficou parada enfrente à Christian, após o pai descê-la de seu colo, reprimindo a vontade de apenas se virar e pedir para ser segurada novamente, esconder o rosto e fingir que não havia ninguém ali.

Há dois meses ela estava morando naquela casa, e Ana finalmente conseguira convencê-la de conhecer outras pessoas - o resto da família, na verdade.

Então lá estava ela, com toda sua coragem em pompa para conhecer sua família, o medo de não ser aceita ainda estava ali, a insegurança de algo der errado, mas a dúvida de uma coisa não existia - nunca existira ali: ela era incondicionalmente amada por seus pais.

Ana se ajoelhou ao seu lado, uma das mãos passando por seu cabelo num carinho que ela adorava.

— Família, essa é a Marie...

— Minha irmã - interrompeu Teddy para dar sua informação fazendo todos morrerem de amor.

Ah, sim, ela também era incondicionalmente amada por seu irmãozinho.

Não foi difícil, era como sonhar, inevitável e gradativo, a garotinha não era amada apenas por seus novos pais e seu irmão.

Horas mais tarde, Ana e Christian estavam em seu quarto, Sarah e Teddy no meio dos dois na cama de casal. Era um daqueles dias em que Sarah não queria dormir sozinha, e Teddy também vinha correndo. Mesmo que a primeira reação sempre fosse "expulsá-los" de seu quarto, o casal não se importava realmente em tê-los ali a madrugada inteira chutando para todos os lados.

— Eu gostei da tia Kate, da tia Mia, do tio Joe - Sarah riu enquanto contava. - Ele é muito engraçado. E também gostei de todos. Eles gostaram de mim? - ela questionou, a cabeça no braço de Christian e a mão segurando a de Ana em sua barriga enquanto Teddy estava jogado em cima do pai, lutando contra o sono.

— Com certeza, eles adoraram você - Ana garantiu enquanto bocejava.

Já passava da meia noite, Sarah parecia não ter sono enquanto Ana e Christian a escutavam com atenção.

— Quando vou vê-los de novo? - perguntou a menina animada.

— Logo, amor - Christian quem respondeu.

Sarah sorriu, adorava quando Christian a chamava de 'amor', ou 'princesa', 'gatinha', até quando ele a chamava de 'bebê' - mesmo ela não sendo mais um bebê - ela gostava secretamente. Sarah tinha uma ligação incrível com Christian, uma sensação de proteção que nem mesmo sabia de onde vinha, mas nunca havia sentido aquilo antes. A garota suspirou, finalmente o sono vindo, ela se esticou e beijou o cabelo de Theodore.

— Boa noite, Teddy - desejou num sussurro para o irmão que já fechava os olhos.

— Noite' - desejou o menino.

— Boa noite, pai - disse ela, e então beijou o queixo de Christian, logo se virando para Ana e beijando seu bochecha. - Boa noite, mãe.

Christian e Ana a encararam, e a menina estava corada, os olhos fechados e o sorriso sendo preso.

Fora a primeira vez que ela usou as palavras mãe e pai para os dois.

Claro que eles não comentaram sobre o quanto aquilo fez o coração dos dois sair do lugar, apenas agiram como se não tivesse sido a melhor coisa da noite, a menina já estava um pimentão, imagina se comentassem, então apenas desejaram o mesmo para ela e apagaram os abajures.

— Obrigada por me amarem - disse Sarah uma última coisa antes de se ajeitar para dormir, fazendo questão de Ana se aproximar mais para abraçá-la em conchinha.

Não era o fim ali, não era um "felizes para sempre", claro que não. Esse tipo de coisa de não existe, sabe. Eles teriam mais coisas para enfrentar, teriam um futuro inteiro para lidar. Os quatro teriam - até mesmo Teddy tão pequenino e Sarah já traumatizada.

Tradições e costumes não são a resolução de nada. Christian e Ana sabiam disso, passaram por muita coisa para não terem dúvida sobre aquilo. Mas o amor também não salva tudo, era preciso sempre mais. E Christian e Ana se esforçariam para sempre ter mais, para sempre se lembrarem dos motivos de suas escolhas. Aquilo ali era só uma parte - uma pequena parte - de uma história longa e bonita. Não existem contos de fadas, mas às vezes a felicidade é eterna.

 

|||


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, o epílogo ficou meio grande demais, sabe - me empolguei - então resolvi dividir até para não ficar confuso também, então o próximo cap é realmente o epílogo, agora vai, gente, to a três caps dizendo que vai ser o epílogo e não é, mas agora vai kkk, até mais e ainda dá tempo de vcs recomendarem hein, me façam feliz :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prometidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.