Batalhas e Memórias escrita por KLKaulitz
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal, obrigada quem está acompanhando, não esqueçam de deixar recadinhos para me animar. Grande abraço...
Enquanto isto... Darius havia voltado para Valiria. Havia muito o que fazer e desde que seu pai morrera ele não havia tido tempo sobrando e agora com os casos da doença se multiplicando ele estava totalmente absorto.
Ainda podia lembrar do dia que Eleonor morrera. Ela olhou para ele, parecia reconhece-lo. Ele segurou na mão dela e ela sorriu. O rosto esquelético e disse com a voz bem fraca...
— Perdoa...
— Não há nada que perdoa tia, a senhora sempre esteve ao meu lado, sempre me ajudou, nunca me fez mal algum....Não se preocupe com isto...
— Perdoa... – ela fez força apertando a mão dele
E então naquele momento ele podia entender que ela não queria pedir perdão e sim estava pedindo perdão pelo filho.
O fato é que desde que Antonio pai de William havia traído a confiança do pai de Darius as coisas foram só piorando entre as duas famílias. Ele havia se casado novamente e fugiu com essa segunda mulher, levando os dois filhos para bem longe, alimentando na cabeça deles mentiras. Mas Eleonor foi contra desde o início, pois era contra qualquer tipo de discórdia entre irmãos, mesmo tendo sido traída Eleonor não conseguia odiar Antonio e mesmo em sua morte ainda pedia para Darius perdoar William por ter apunhalado Dario, o pai de Darius. Pelas costas na batalha. Não havia ofensa pior para um rei que ser apunhalado pelas costas.
Ele estava sentado em seu trono pensando no assunto e resolveu pedir Bartolomeu seu fiel escriba para que fosse até a biblioteca e restaurasse alguns decretos de seu pai que estavam bastante velhos e gastos.
— Meu senhor – disse Kamã se colocando a diante dele e o reverenciando
— Diga...
— Tenho que tratar de assuntos delicados com o senhor
— Não há nada que tenha que tratar agora.
— Na verdade meu rei, tenho notícias de Acmênida.
— Então fale logo, o que está esperando se é tão importante?
— Precisamos nos reunir.
— Pois bem, mande os chamar.
Todos os oito homens discutiam sentados em volta daquela grande mesa. Os sete conselheiros do rei e ele.
— Meu senhor temos que aproveitar o momento em que William está fragilizado e mata-lo – disse Kamã
— Não se esqueçam que se ele está fragilizado estamos mais ainda.
— Recebi notícias de que ele prendeu a própria esposa. Ele está desequilibrado sem dúvidas. Está é a oportunidade perfeita!
— Não me digam... Vocês acham que eu não sei disso? Eu sou um homem de palavra e prometi que não iria atacar. Minha decisão já está tomada. Quanto a rainha, quero que pesquisem e descubram quem é ela.
— Desculpe meu rei não entendo... por que o interesse nessa mulher? – Perguntou Efestó, um dos conselheiros e melhor amigo do rei.
— Algo me diz que atráves dela conseguiremos derrotar William – disse ele com o olhar sério.
— Será meu rei que ela ficará contra o próprio marido?
— Eu não sei, mas algo não está indo bem... Sinto que ela será a chave fundamental para destruir William.
Em Acmênida William estava inconformado, havia recebido a notícia de que Helena estava doente. Ela agora não saia da cama e andava sempre muito fraca. Eles ainda não conversaram após o ocorrido. Apesar de ter menos de dois meses que eles haviam se casado, a relação já não era mais a mesma.
William então passou a recorrer a bebidas. Bebia quase o dia todo. As vezes ia ver como ela estava, mas ela não queria recebe-lo. Pois ele andava muito diferente, sempre embriagado e fedendo a vinho.
Uma certa noite William cansado da fraqueza da mulher, desejando-a mandou chama-la ao seu aposento. Ela não podia negar um pedido do rei, mas não se sentia forte o bastante para ir até ele.
— Que ele venha até aqui, ainda não estou em condições de conseguir atende-lo – Helena ainda estava magoada pela forma como ele a tratou.
E então o guarda saiu e deu o recado a William. Ele achou aquilo um absurdo. E foi imediatamente até o aposento dela. Encontrou a sentada a penteadeira. As acompanhantes penteavam seu cabelo. Ele parou ali e gritou para que todas saíssem.
As mulheres vendo o estado que o rei estava, saíram imediatamente. Helena olhou pra trás assustada. Ela se ergueu se apoiando.
— Como ousa me desafiar?
— Eu não estou desafiando você William – respondeu seca
— Está sim, eu sei o que você está fazendo! – disse ele se aproximando apontando o dedo na cara dela.
— Não estou fazendo nada, apenas não me sinto bem para ir até seu aposento. Viu... Você veio... Custava ter vindo?!
— Sua mentirosa! – ele pegou ela pelo cabelo puxando – Você é igual a ela! Mentirosa! – e ele a jogou no chão.
Helena se protegeu ao cair, colocando a mão no rosto e na barriga. William a arrastou pelo cabelo até a cama e a ergueu pelo pescoço, Helena chorava. Ela tentou se defender arranhando o rosto de William, mas isto só o excitou mais. Ele a derrubou na cama, e começou a rasgar as vestes dela. Ele fez amor com ela a força. Helena não conseguiu impedi-lo
— Você vai aprender a obedecer o seu marido na hora que ele mandar!
— Por Favor William você não precisa fazer isto! Pare! Está me magoando.
— Pensasse isto antes de me magoar primeiro! - E então ele mordeu o pescoço dela com violência e se introduziu pra dentro dela, fazendo a gritar.
Após o ato ele a largou no quarto, ela ficou ali encolhida. Pensando o quanto era infeliz, mas não tinha pensado direito ao escolher se casar com ele, tudo o que ela queria era ser livre, mas não pensou que William fosse mudar em tão pouco tempo. E ela sabia que a causa disso era a bebida, que o deixava transtornado. Ainda mais depois do que houve com Leonel. Ela não tinha tido muita escolha na época. William havia a manipulado desde o inicio. Colocando seu pai e seu melhor amigo presos. Mas ela ainda o amava. Infelizmente no fundo sabia disso. Por fim, pensou que Sephora tinha razão, ela era ingênua e não conhecia o marido que tinha se casado com ela.
Logo pela manhã ela mandou chamar o médico, se sentia péssima e não conseguiu se levantar. O doutor Giordiano chegou bem cedo, assim que foi chamado, ele já sabia da situação da rainha. Ele pegou na mão dela e viu que ela estava fraca.
— Há quanto tempo não se alimenta? – perguntou sentando na beirada da cama
— Não tenho tido muito apetite doutor
— Precisa comer e beber algo, ainda mais nestas condições.
— Meu rei não deixa ela se alimentar direito, se não fosse por trazer algo escondido, minha rainha estaria ainda pior – disse uma das acompanhantes, seu nome era Lana.
— Quero que vá e traga a ela uma bandeja com algo de comer e traga também agua para ela beber.
— Sim senhor.
— Ele não vai permitir – Helena falou chorando
— Não chore minha criança, não pode se entregar deste jeito.
No mesmo instante William chegou ao quarto de Helena, quando colocou os olhos no medico ao lado dela começou a gritar tratando o médico mal.
— Como ousa estar sozinho na presença dela?! Não sabe que deve pedir permissão?
— Eu quem o chamei – disse Helena.
— Mais um dos seus? Ora... Isto já está passando dos limites!
— Não fale assim comigo!
— Acalme-se minha rainha, sabe que não pode ficar assim... irá prejudicar o bebê – disse Giordiano.
— O que foi que disse? – William se aproximou
Giordiano ao ver a confusão no rosto de William presumiu que ela não havia o contado. Temendo uma confusão ainda maior lhe disse na maior tranquilidade.
— Parabéns meu rei, terá um herdeiro em breve.
— Mas como? – disse William
— Helena está gravida.
— Grávida? – perguntou para Helena
— Sim William, nós teremos um bebê, por isto me sinto muito fraca e indisposta.
— Ela tem que comer, não pode ficar neste estado, está desidratada.
— Eu permitirei que coma, mas é claro que sim! – Ele sorriu e se aproximou dela.
— Vou deixar que conversem, estarei aqui fora se precisar de mim minha rainha.
— Obrigada Giordiano, tem sido muito prestativo
— Porque não me disse antes? Porque escondeu de mim?
— Porque? Não acredito que está fazendo uma pergunta dessas William – ela virou o rosto, lagrimas ameaçaram escorrer pelos olhos – Você sabe o que me fez
— Eu sinto muito por isto, não sei o que tem acontecido comigo. Eu sinto que estou perdendo o controle... Ando tão enfurecido que tenho descontado toda a minha raiva em ti.
— Eu não sei o que houve, mas depois que você voltou do encontro com Darius, tem agido como outro homem.
— Peço que me perdoe, eu não sei o que deu em mim, eu não quero perde-la meu amor.
— Você não está me perdendo, mas não irei aceitar que me trate desta forma novamente!
Demétrios bateu a porta e entrou.
— Meu rei, preciso lhe falar em particular
— Não vê que estou ocupado!
— Mas é um assunto muito sério.
— O que tem pra falar pode ficar pra depois.
— Mas é sobre a segurança da rainha
— O que tem a segurança de Helena? – perguntou nervoso
— Recebi informações de Valiria, Darius está tramando algo contra Helena.
— Eu já perdi minha mãe, não irei perde-la também! - disse William para o Demétrios.
Naquele momento Sephora se aproximou
— O que você disse William?
William olhou pra ela apavorado. Não havia tempo para aquilo, mas não queria que sua irmã soubesse daquela forma. O estrago já estava feito.
Sephora entrou no quarto questionando o que estava acontecendo
— Eu ouvi muito bem você dizendo sobre nossa mãe, o que aconteceu com ela? Vamos! Me diga!
— Helena meu amor, descanse, você precisa se alimentar, irei pedir para que tragam o que você quiser comer. Cuide bem do nosso filho.
— O que? Helena está gravida? – Sephora se assustou com a notícia.
— Que noticia feliz meu rei – Disse Demétrios.
— é por isto que tenho que manter Helena em segurança, meu futuro herdeiro está a caminho e não posso deixar nada acontecer, agora vamos conversar lá fora.
William saiu do quarto dando um beijo na testa de Helena. Sephora se aproximou dela.
— Como você é esperta! Não perde oportunidade mesmo!
— Não estou em condições de discutir Sephora, não vê meu estado?
— Pouco me importo, você não irá conseguir! eu ainda irei mostrar a William quem você é de verdade. Ele vai ver! – E então ela saiu do quarto pisando duro e bufando.
Helena passou a mão na barriga. Sentia que seu bebe corria perigo. Ela agora precisava tomar cuidado, pois tinha muitos inimigos e nenhum amigo.
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