Acmênida era uma província magnifica aos olhos de qualquer forasteiro. Um jovem comum veria um exuberante mar. Dunas de cores brancas, casas simples de pedra. E logo adiante um enorme palácio, belíssimo por sinal, com jardins sem fim... Mas William não era um jovem comum. Por tanto ele não observava ao seu redor, seu foco era algo bem maior, que ficava dentro do palácio. O trono de Acmênida...

Seu pai havia morrido na guerra de causas desconhecidas, para alguns era a idade avançada ou até mesmo as doenças que a guerra trazia junto consigo. Mas para outros havia sido envenenado. William abalado com a perda culpava seu inimigo mortal. Darius!

William tomaria posse hoje a tarde perante toda a plebe e sentia que corria serio risco de vida, agora que sabia que Darius também havia sido declarado rei da província de Valiria e estaria mais forte do que nunca.

Porém William havia uma vantagem... Sabia que podia contar com alguns aliados que se bandiaram após Darius subir ao trono. O qual aguardavam ansiosamente pela retomada de poder da casa Cale. O qual William pertencia.

Ele estava desfilando exuberante para a multidão, que abanavam panos brancos e ramos. Estavam todos felizes pelo seu retorno, mas a guerra não havia acabado e William sabia que estava somente começando.

Em direção ao palácio ele cavalgava junto com vários homens de confiança entre eles Demétrios, seu fiel comandante e Kalida seu conselheiro. Quando alguém no meio da multidão foi empurrado caindo bem adiante. Atrapalhando a passagem do novo rei.Os soldados pegaram suas espadas e foram em direção. William vendo a confusão bem a sua frente aproximou-se para ver quem era o desordeiro.

Foi quando se admirou ao ver que era uma jovem plebeia de cabelos compridos, pele pálida. Um de seus soldados a agarrava ferozmente pelo braço. Mas ela parecia estar atordoada o olhando. Olhar assustado o fitando, aparentava medo acima de tudo.

William num gesto de misericórdia desceu do cavalo e ordenou ao seu soldado que a soltasse. Ele vendo que o rei estava próximo logo se afastou pedindo perdão. A jovem se encolheu quando ele tentou levanta-la a erguendo colocando- a de pé.

— Eu não irei machuca-la.

Então a jovem o olhou nos olhos e William pode ver que atrás de toda a sujeira e trapos velhos encontrava-se uma bela mulher. Ficou espantado, mas não teve tempo para perguntar qual o seu nome, pois ela se afastou rapidamente e sumiu no meio da multidão, logo após Demétrios apareceu com o cavalo dele, o qual montou de volta e seguiu adiante para a grande coroação.

Adentrou do palácio que lhe pertencia por direito. Tudo era de mármore branco. Um luxuoso lugar para ser o herdeiro, ainda mais que William não havia tido irmãos, exceto Sephora. Que já estava a sua esperada parada nos degraus de entrada para o salão principal. Ela estava mais velha agora, mas muito bela. Havia puxado sua mãe. Cabelo loiro, olho verde cor de esmeraldas, pele clara. Porém muito ambiciosa. Mas não tanto quando William era. Pelo outro lado ele havia puxado seu pai. Cabelo Negro liso, robusto e de pele clara também, porém seus olhos eram  negros. Tinha um sorriso encantador, dentes retos e certos. Sua boca era carnuda e grande. Seu nariz também combinava com sua boca, mas não era um nariz exagerado, era bem reto, seu rosto era delicado e sem nenhum ruga ou marca de expressão. Havia apenas 23 anos. Jovem e com fortes ambições em si, ele subia orgulhosamente pelos degraus. Após dar um forte abraço em sua irmã e seguir a diante.

A cerimonia foi bem rápida. Em seu desejo William não queria nada que pudesse demorar muito. Por tanto Seu conselheiro ergueu a coroa e a colocou na cabeça de William que foi aplaudido por seus soldados, pessoas importantes e conselheiros. Após, ele apareceu na sacada acenando para toda província que estava o esperando inquieta.

As jovens o achavam extremamente atraente, forte e o admiravam por ouvirem os seus feitos em batalhas.

Por outro lado Helena, que era uma jovem bem tímida, não se importava com o fato de quem seria rei, não dava a minima para assuntos de politica, seu foco era se aventurar pela província, ainda mais que era jovem, só tinha 16 anos, devido a isto, estava bem assustada por ter caído na frente do rei e envergonhada. Ela havia se aproximado de mais e não  havia percebido quando as pessoas a empurraram.

Ela não era uma plebeia comum, estava disfarçada para seu pai não a encontrar. Ela  era filha de um dos homens influentes do rei e estava o desobedecendo por se misturar a plebe para conseguir ver o desfile de perto. Ela não ligava muito para William, mas não negou que seu coração ficou inquieto ao vê-lo de perto e sentiu-se mexida. Sabia que seu disfarce estava por água a baixo, pois sabia que alguém podia te-la reconhecido e estaria encrencada com seu pai e nunca mais poderia sair de casa novamente, sendo impedida em suas aventuras.

Foi neste cenário de festa que começa a nossa história, uma história não somente de alegrias, mas de batalhas.