Garoto dos Meus Sonhos escrita por gabis


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui tá mais um capítulo =D

Boa leitura...



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Capítulo 7.

 

 

Cheguei em casa saltitante.  Dei ‘oi’ pra minha mãe... mas óbvio que ela não ia me deixar escapar assim tão fácil...

 

_Filha!! Como foi seu dia?

 

_Maravilhoso! Espetacular! Per-fei-to.

 

_Uau, porque tanta empolgação?

 

_Ué, porque o dia foi incrível.

 

_Me conta, então!

 

Resolvi que era melhor mesmo eu contar tudo pra minha mãe. Contei desde meus sonhos até o beijo que ele tinha me dado há poucos minutos.

 

_Estou sem palavras... Parece história de filme...

 

_Pois é... eu só espero que tenha final feliz.

 

_Vai ter... vai ter...

 

_Ai ai... O que tem pra comer?

 

_Sempre com fome... tem lasanha.

 

_Yeah! Adoooro.

 

Comi e depois fui tomar banho. Enquanto tomava banho, não sentia o cheiro do meu sabonete. Não, não estou gripada ou algo do tipo. É que eu sentia o cheiro dele.

 

Acabei meu banho, desejei boa noite pra minha mãe e fui dormir.

 

Dessa vez, não sonhei nada de triste. Muito pelo contrário. Revivi os melhores momentos daquela tarde de sábado. A tarde em que ele passou a fazer parte da minha vida. Talvez seja a tarde mais marcante que eu tenha vivido...

 

Acordei suspirando. Queria vê-lo... queria sentir mais uma vez sua boca na minha. É, definitivamente, eu estou apaixonada por ele.

 

 

Levantei, tomei banho e fui tomar café da manhã. Depois de comer, fui pro computador. Olhei no relógio e ele marcava 10:13. Adooooro quando é domingo e eu acordo cedo.

De repente, o interfone tocou.

 

_Quem é?

 

Eer... te acordei?

 

AH MEU DEUS, É ELE!

 

_Felippe?_ Me fiz de desentendida na maior cara-de-pau.

 

Eu.

 

_Não, claro que não. Que foi?

 

Desculpa vir cedo mas... eu precisava te ver...

 

O QUE? Ele não disse que queria me ver... Ele disse que PRECISAVA me ver. Como é isso?

 

_Uau. Já desço.

 

Ok. Te espero.

 

Fui até o quarto da minha mãe e a chamei:

 

_Mãe?

 

_Hmm... que foi?

 

_Eeer... sabe o Felippe?

 

_O garoto que você ficou ontem?

 

_Ai, mãe... não precisa ser tão direta...

 

_O que tem ele, filha?

 

_Ta aí embaixo...

 

_Ele vai subir?

 

_Acho que vou descer... Posso?

 

_Claro. Almoça em casa?

 

_Não sei... mas não me espera, por via das dúvidas...

 

_Tudo bem... Divirtam-se.

 

_Eu nem sei se a gente vai sair...

 

_Mas vão se beijar. Vai de uma vez!

 

_Tá legal. Beijo... Te amo.

 

_Beijo, também te amo.

 

Antes de ir, escovei os dentes de novo. Sabe como é... né.

 

Desci correndo, mas me controlei ao chegar perto da porta. Apesar de estar louca pra vê-lo, não queria demonstrar.

Abri a porta e tive que me segurar pra não pular em seu pescoço. Ele estava parado a alguns metros de distância, sorrindo lindamente e com as mãos nos bolços.

 

Sorri ao vê-lo. Seu sorriso aumentou.

 

_Oi, linda!

 

Sério que ele me chamou de linda? Que amor!!

 

_Oi...

 

Ele não disse mais nada. Enlaçou minha cintura e me deu um beijo de tirar o fôlego.

 

_Senti a sua falta... pois é.

 

_Eu também...

 

_Mesmo?

 

_Aham...

 

_Pensei que... sei lá, você pudesse estar chateada comigo ou algo assim...

 

_Por que?

 

_Sei lá... eu te fiz correr, te beijei do nada... deitei no seu colo também de repente...

 

_Eei! Tá certo que eu cansei pra caramba correndo mas... se me arrependesse de ter te beijado, não teria correspondido... e não teria descido.

 

_Verdade...

 

_Mas, então... Você veio até aqui só pra dizer que sentia minha falta e saber se eu estava chateada ou...

 

_Não, não... eu queria que você almoçasse comigo hoje...

 

_Aham, só deixa eu subir pra pegar minha carteira por que...

 

_Não, não, não. Eu faço questão de pagar.

 

_Não, Felippe! Você já pagou meu sorvete ontem... disse que eu ia pagar o da volta, mas nem teve o da volta...

 

_Eu nem lembrei!

 

_Então! Deixa eu pegar dnheiro pra pagar pelo menos o de hoje...

 

_Nada disso. É feio quando o cara deixa a garota pagar...

 

_Você ta sendo machista.

 

_Que nada! To sendo cavalheiro...

 

Não pude deixar de concordar.

 

_Ok, ok. Você venceu.

 

_Yeah!

 

Revirei os olhos e ele riu. Em seguida, ele esticou a mão na direção da minha como se pedisse permissão para segurá-la. Peguei sua mão sem medo e ele, aos poucos, entrelaçou nossos dedos.

 

Caminhávamos lentamente pelas ruas e eu não demorei muito pra reconhecer o caminho.

 

_Por que estamos indo pra lá?

 

_Por dois motivos...

 

_Quais?

 

_Porque é cedo demais pra almoçar e porque meu restaurante favorito é lá perto. A propósito... descobri esse lugar um dia que almoçava lá com meus pais e meu irmão... O clima estava tenso entre eu e meu pai, como na maioria dos dias... antes que a discussão esquentasse mais, pedi licensa e saí. Andei uma quadra, mais ou menos e então vi aquela praça linda. Na hora eu até pensei em ligar pro Di, mas resolvi manter minha família longe dali. Resolvi que seria o meu lugar pra por a cabeça em ordem... um lugar pra fugir da turbulência que é lá em casa...

 

_E porque você resolveu me falar sobre o seu lugar?

 

_Por que eu sinto que posso confiar em você... sinto que você me entende. Não sei porque, mas eu sinto isso. E eu te conheço há tão pouco... Eu nunca fiz isso... Porque?

 

_Ah, sei lá... você nunca deve ter se sentido a vontade em falar sobre isso com alguém... e como eu falo pouco... você deve ter pensado que eu seria a pessoa ideal pra desabafar... Só espero que você não se arrependa, já que eu me meto tanto...

 

_Deve ter sido isso mesmo... E eu não me importo que você opine. Mesmo que só o fato de você me escutar seja ótimo, ouvir sua opinião é a melhor parte...

 

_Que bom que eu sirvo pra alguma coisa, não é?

 

Nós rimos e depois seguimos em silêncio. Chegamos e ainda não eram nem 11 horas.

 

_Bárbara... eu não sei muita coisa sobre você... me fala...

 

_Humm... deixa eu ver... Tenho poucos amigos... meu melhor amigo é um garoto que, por coincidência, tem o mesmo nome do seu irmão, não sou o tipo de garota que todos os garotos ‘querem’, gosto de dormir, de matemática, de ficar em casa, me apaixono com facilidade e gosto daqui...

 

Morri de vergonha depois dessa última parte, mas ele não pareceu notar, pois perguntou sobre algo que eu mencionei no começo. Ou melhor, alguém.

 

_Me fala desse seu amigo...

 

_Bem... ele é meu melhor amigo desde... sei lá, desde sempre. Conversamos sobre tudo. Nunca brigamos... ele tem uma irmã um ano mais velha que eu... ele tem sua idade. Seu nome é Diego, como eu tinha te dito... Confio nele mais do que em mim mesma e...

 

_Vocês já ficaram?

 

Que bonitinho, ele tá com ciúme!!

 

_Não, claro que não. Nos tratamos como irmãos.

 

_Aah!

 

Sua expressão só confirmou o que eu já sabia, pois era de alívio. É... ele estava com ciúme do Diego... Seria pior de nos visse juntos.

 

Após alguns minutos calado, Felippe me puxou para mais perto e me abraçou. Afagou meu braço e depois disse:

 

_Acho que a gente já pode ir almoçar...

 

_Já? São só 12:11...

 

_É... mas eu to louco pra ir... to com fome.

 

_Então tá...

 

Achei estranho, mas concordei. Por que achei estranho? Porque ele não parecia estar com fome... era como se tivesse algo que ele não queria me falar. Fiquei desconfiada.

 

Ele levantou e eu fiz o mesmo. Ao invés de segurar minha mão, como eu esperava, ele envolveu minha cintura. Fiz o mesmo. Andamos assim até o restaurante, a uma quadra dali.

 

O restaurante era pequeno, mas muito aconchegante e refinado. Sentamos e logo um garçom veio nos atender. Pedimos nossas bebidas e ele logo as trouxe, junto com o cardápio. Pedimos e, enquanto a comida não vinha, ficamos conversando.

 

_Legal aqui...

 

_É... só não é muito grande...

 

_Verdade...

 

_Mas, que importa o tamanho do lugar quando a companhia é perfeita?

 

Sorri envergonhada e ele esticou sua mão para pegar a minha.

 

_Sabe, eu... te trouxe aqui...

 

_Com licença...

 

Sempre tem alguém pra interromper... Depois que o garçom se afastou, Felippe não fez menção de falar nada. Depois que ele acabou, disse:

 

_Acho que agora eu consigo falar o que queria...

 

_Então fala...

 

_Cara, não sei como faço isso...

 

_O que?

 

_Não sei como falar... também não sei te explicar... Nunca fiz isso antes!

 

_Ai meu Deus, ta me deixando nervosa!

 

_Não fique... se não seremos dois.

 

_Tá nervoso?

 

_Nervoso é apelido.

 

_Uau... fala de uma vez... quem sabe o nervosismo passa...

 

_Ou aumenta...

 

_Aii, ta me deixando ansiosa!

 

_Ok, ok. Eu falo.

 

_Isso.

 

_Bem... me desculpa se eu demorar muito mas, eu tenho que explicar... ah, depois você entende. Como eu disse, eu me apeguei muito a você... e eu gosto de você... mais do que como amigo... sabe... E... sei lá... aii, eu não sei como dizer...

 

Ai meu Deus, o que será que ele vai falar?

 

_... eu não quero me afastar de você de jeito nenhum... e também não quero que você seja apenas uma garota com quem eu fiquei.. Você é especial... é diferente... Te conheço há pouco e já confio em você... isso não é normal e... Enfim... Você... aceitaria... eer... ser... ser minha... namorada?

 

Ele falou tão baixo que não tive certeza do que ele tinha dito.

 

_O que?

 

_Você quer namorar comigo? Nossa, foi mais fácil falar assim, de uma vez, do que com o meu ‘discurso’.

 

Aaah, agora eu entendi o que ele disse! Pera aí! Ele me pediu em namoro? Oh, não. É sonho, óbvio. Daqui a pouco meu celular toca... É só esperar um pouco e... e... Não despertou? Não é sonho? Oooh!

 

_Eu entendo perfeitamente se você não quiser e...

 

_Eu quero!

 

Ele então sorriu linda e abertamente.

 

_Legal!

 

Acabei de comer, ele pagou a conta e depois saímos.

 

_Finalmente a gente saiu de lá...

 

Não entendi...

 

_Por quê?

 

_Porque eu tava louco pra fazer isso...

 

Ele se aproximou lentamente. Colocou as duas mãos no meu rosto e me beijou carinhosamente.

 

_Pensando desse jeito... Eu também não aguentava mais ficar lá dentro.

 

Andamos até a nossa praça e sentamos.

 

_Vamos pra onde agora?

 

_Pensei que fôssemos ficar aqui...

 

_Eu não consigo ficar parado muito tempo...

 

_Sério? Ficamos um tempão parados ontem... e ante-ontem...

 

_Por isso mesmo. A gente não fez mais nada além de vir aqui...

 

_Pois é, mas... não faço ideia de onde ir.

 

_Você gosta de cinema?

 

_Adoro, porque?

 

_Tem certeza que não entendeu?

 

_Aaah! Não, não, Filippe. Você não me deixou pegar dinheiro... E eu não quero que você pague mais nada pra mim!

 

_Mas você é minha namorada! É minha obrigação pagar tudo pra você... É bom ir se acostumando... mesmo que saia com dinheiro, não vou te deixar gastar.

 

Que bonitinho! Ele disse que eu era namorada dele! Tá certo que eu já sabia, mas... vindo dele soa tão mais verdadeiro... É, eu ainda não tava acreditando...

 

_Assim eu vou sentir como se tivesse te explorando!

 

_Que isso... Agora, vamos.

 

_Ook!

 


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Notas finais do capítulo

Que acharam? COMEEEENTEM ishdiuhsiudhisauhdisa

Beijoo, até o próximo, que eu não sei quando vai ser postado.



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