— Harry. – chamou o senhor Weasley – Se você continuar caminhando vai abrir um buraco no chão.

—Mas senhor Weasley, ela já está lá dentro ha duas horas e...

— Harry. – disse sua sogra, abraçando-o pelos ombros e levando-o a se sentar no sofá da sala de espera. – Um trabalho de parto é sempre difícil e demorado querido. Como é o primeiro filho de vocês é ainda mais demorado.

—Mas ninguém me fala como ela está! – disse ele.

— Porque ela está bem. – disse Hermione, apaziguando o amigo. – Você vai ver que dará tudo certo!

— Harry, - disse Gui – fique calmo, quando Victorie nasceu Fleur teve quase oito horas de parto, Angelina e Audrey demoraram ainda mais pra ter seus bebês.

— Você pretendia ajudar? – perguntou Harry.

— Sim. – disse Gui simplesmente, porém rindo da aflição do cunhado.

— Falando em minhas cunhadas, onde elas estão? – perguntou Rony, que tinha acabado de chegar e já estava se sentando na poltrona.

— O que foi Rony? – perguntou Hermione se sentando ao lado do marido

— Dia difícil no Ministério. – respondeu simplesmente.

— Fleur, Angelina e Audrey estão n’A Toca, - disse Arthur - levamos todas as crianças pra lá para brincarem e elas estão cuidando da pequena creche dos Weasley.

— Pequena? – disse Rony – Em quatro anos os meus irmãos conseguiram ter o que? 5 filhos?

— E vai crescer ainda mais. – disse Molly

— Como assim? Mais alguém está grávida? – perguntou Rony.

— Não querido! – disse Molly – Não que eu saiba, mas ainda faltam você e Mione.

— Ah, é! – disse ele ficando vermelho – Me esqueci desse fato. - Todos riram da cara de Rony que já havia demonstrado muito medo de ter um filho.

Conforme as horas passavam Harry ficava cada vez mais nervoso e caminhava de um lado para o outro, acompanhado de Rony, Arthur, Gui e Jorge estavam sentados na poltrona, junto com Molly e Hermione, que também parecia um pouco tensa.

— Vocês dois estão me deixando tontos. – disse Jorge reclamando – Gastar o piso do hospital não vai fazer meu sobrinho nascer mais cedo.

— Porque ela não me deixou entrar? – disse Harry – Porque ela é sempre tão teimosa?

— Porque é a Gina! – disse Gui, como se aquilo explicasse tudo, e, na verdade, explicava.

— Já fazem 6 horas que estamos aqui nesse hospital e ninguém fala nada, não dá notícias. – disse Rony.

— Exato. – disse Harry – Estão vendo? O Rony concorda comigo.

— Porque ele nunca passou por isso Harry. – disse Gui, sensatamente – Como nós já passamos, sabemos que não é necessária tanta preocupação.

— O que quer dizer que quando for a vez de Rony ele vai ficar nervoso sozinho e você estará aqui com a gente Harry – disse Jorge.

— Nossa! – disse Rony – Hermione ainda nem está grávida e já estou me sentindo traído pelo meu melhor amigo.

— Mas Percy ficou nervoso nos dois partos de Audrey. – disse Harry.

— Porque eram filhas dele. – explicou Arthur – Quando é o seu filho que está nascendo não tem como não ficar nervoso.

— Você tem experiência nisso hein papai? – disse Rony.

— Nem me lembre!

— Ginevra Potter. – a voz da enfermeira, alta e clara fez Harry se mover tão rápido que quase derrapou no chão liso.

— É minha esposa. – disse ele – Posso vê-la?

A enfermeira olhou para trás e viu a família por ali e disse:

— Por enquanto somente o senhor pode entrar, daqui ha uma hora os outros familiares serão liberados.

— Certo! – disse Harry tremendo.

— Vou até em casa tomar um banho. – disse Rony.

— E eu irei avisar a família disse Gui, se encaminhando para a área de aparatação.

— Nós esperaremos aqui querido. – disse Molly

Harry caminhou pelos corredores com as mãos molhadas de suor, ele conheceria se primeiro herdeiro ou herdeira e estava completamente feliz, apesar de nervoso.

Gina estava com um ar cansado, mas ainda assim radiante, seu longo cabelo ruivo havia sido trançado e colocado sobre seu ombro, e para Harry ela nunca havia estado tão linda.

— Gina. – disse ele – Como você está?

— Maravilhosamente bem!

O pequeno embrulho azul se moveu e compeliu Harry a andar até a cama da esposa, que segurava o filho.

— É um menino? – perguntou Harry olhando para o rostinho daquele pequeno garotinho.

— O primeiro Weasley não ruivo da história. – disse Gina, olhando com carinho para o rosto do filho e passando levemente a mão em sua frágil cabecinha. Harry riu com o comentário.

— Isso pode mudar com o tempo! – disse ele também sorrindo.

— Não vai mudar. – ela respondeu – Ele terá seus cabelos, apesar de ter meus olhos.

— Que bom! – disse ele – seus olhos são os mais lindos do mundo. – disse Harry dando um pequeno selinho nela – Obrigado Gina! Esse é o melhor presente que poderia me dar.

— Digo o mesmo. – disse ela – Quer pegá-lo?

— Não sei se consigo! – ele disse, nervoso.

— Claro que consegue!

Eles ficaram em sua pequena bolha de felicidade, unidos e conversando sobre o futuro do filho, nem perceberam a hora passar, quando ouviram uma batida na porta e a família entrou no quarto. Molly e Arthur, Gui, Carlinhos, Percy, Audrey, Jorge, Rony e Hermione.

— Oh meu Deus. – disse Rony – Mais um menino.

— Agora temos três netas. – disse Molly – e dois netos.

— Como está G            ina? – perguntou Gui.

— Radiante! – disse Jorge – Não está vendo?

— Estou bem. – disse Gina. – Na verdade nunca estive melhor.

Harry, que estava com os olhos grudados no filho em seu colo disse:

— Onde estão minhas cunhadas? – perguntou, estranhando o fato de Angelina e Fleur não estarem ali.

— Elas ficaram com as crianças. – respondeu Audrey – e bem... – ela disse olhando em volta para os outros, como se esperasse que alguém dissesse algo.

— O que foi? – perguntou Gina.

— Nós demos a notícia n’A Toca. – disse Gui sorrindo – Fleur e Angelina não podem vir a hospitais no momento.

— Como assim? – disse Molly, já sorrindo com a notícia.

— Teremos mais dois bebês Weasley no próximo ano. – disse Jorge

— Que alegria. – disse Arthur, abraçando os filhos.

— Vocês combinaram? – perguntou Rony aos irmãos.

— Claro que não Rony – respondeu Jorge – Seria constrangedor.

— E então? – disse Audrey - Qual o nome desse pequenino?

— Eu e Gina conversamos e, - começou Harry - decidimos que chamaríamos vocês para serem nossos padrinhos. – disse ele aos amigos.

— Não poderiam ser outras pessoas. – disse Gina – Meu irmão, que é o melhor amigo do meu marido, minha melhor amiga, que também é a melhor amiga dele...

— É sério? – disse Rony emocionado – Será uma honra e tanto.

— Então eu apresento a vocês o nosso filho: -  disse Harry e a toda a família, enquanto passava o filho para o colo da madrinha que estava com os olhos marejados - Tiago Sirius Potter.

O garotinho de olhos e cabelos castanhos muito amado por tantas pessoas abriu os olhinhos, como que reconhecendo sua família, sua linda e grande, amorosa e, principalmente unida família.