Universidade Smogon escrita por Petra del Rei


Capítulo 15
Capítulo 15 - República Alola


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Como foi dito antes, esse capítulo e o próximo serão um arco com personagens diferentes daqueles que estavamos acompanhando. Devo confessar que esse capítulo saiu bem divertido para mim. Não sei se será o mesmo para vocês, leitores, mas espero que gostem.
E pelo visto, realmente essa pequena saga só terá dois capítulos mesmo. Finalmente algo que não saiu mais longo do que o esperado! ^^
Boa leitura!



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Manhã cedo do dia seguinte...

Em algum lugar à poucos quilômetros do Campus Frontier, não muito longe do Bar Florestal, e ainda próximo ao Bosque dos Carvalhos, havia um antigo casarão de dois andares que há muito tempo não morava mais ninguém, ao menos até o começo desse semestre. Esse lugar pertence ao velho Oranguru que é o dono do Bar Florestal. Desde cerca de um mês e meio, essa casa foi reservada para se tornar uma república para abrigar um grupo de estudantes que ingressaram recentemente na Universidade Smogon. Eles vieram de um lugar distante, mais especificamente, de um arquipélago conhecido como Alola.

A casa tinha a fachada meio desgastada, com o reboco desprendendo. Possui telhas que foram recentemente trocadas. Ela possui um vasto quintal e um pequeno jardim onde são plantadas principalmente hortaliças. E ainda tinha uma grande piscina no seu lado esquerdo. Um pouco mais atrás, havia uma garagem onde tinha uma velha Kombi laranja e verde lima estacionada. O quintal é rodeado por um alto muro de concreto com plantas trepadeiras o enfeitando. A propriedade é parcialmente cercada pelo Bosque Florestal e havia uma avenida em sua frente, onde havia um ponto de ônibus à alguns quarteirões adiante.

Mas dentro da casa, observa-se que ela é bem ampla. Possui vários cômodos onde os seus inquilinos se acomodam. No térreo há uma vasta sala de estar, um grande refeitório, uma cozinha e lavanderia. No andar de cima ficava os dormitórios. As paredes foram recentemente pintadas, mas ainda possui algumas infiltrações, e suas estruturas de madeira dão umas rangidas de vez enquanto. Esse lugar foi um hotel há muitos anos atrás, mas o negócio não deu certo e ela ficou fechada por anos. O Oranguru apenas tinha se dedicado ao Bar Florestal desde então, mas atualmente, ele resolveu alugá-la para um grupo de estudantes que são seus conterrâneos, a um preço bem abaixo da média. Um preço que só cobre as despesas de manutenção mesmo, a fim de ser acessível aos estudantes e aos seus familiares. Desde então essa casa é conhecida como a República Alola.

Eram cinco e meia da manhã quando já se ouvia diversos alarmes de celular tocando, anunciando que era hora de acordar. Em um dos quartos dormiam Decidueye, Marowak, Primarina e Muk. Geralmente, machos, fêmeas e não-binários deveriam dormir em quartos separados. Fizeram uma exceção ao Primarina devido à sua orientação sexual e à sua vontade de ser mais feminino. Por isso, eli dorme com Decidueye, que é sua amiga de infância, e Marowak e Muk, que já lhe são próximas e frequentam juntos o clube de arte da Smogon. Seria incomodo tanto para a foca quanto para os outros machos dormirem no mesmo quarto. O ideal seria com o seu namorado Incineroar, mas sabem que se ficarem juntos no mesmo quarto, tanto eles como o restante dos estudantes teriam dificuldades para dormir. Cogitou-se em ficar com os não-binários, mas um deles, o Dhelmise, chega tarde da noite do seu trabalho e odeia ser incomodado. Na verdade, o aquático tem certo temor pelo Pokémon âncora, eli tem a impressão que o vegetal-fantasma lhe lança um olhar querendo dizer “se entrar no meu caminho eu te parto em dois!”

Por isso ele é bastante agradecido às suas companheiras por deixarem-no ficar com elas. A Decidueye conhece bem a sua situação, enquanto Marowak e Muk logo se solidarizaram com a foca. Nesse momento, apesar do seu celular ter tocado pela segunda vez, a foca ainda continuava em um sono pesado. Foi Decidueye que se levantou primeiro e desligou o alarme.

— Pobrezinha! Deve ter sido muito cansativo ontem!

— A Muk também está dormindo feito uma pedra! – sussurra Marowak – a batalha de ontem deve ter sido muito exaustiva para eles.

— Então vamos começar arrumar o desjejum! – a coruja fala baixinho – daqui a pouco vamos acordá-los.

Elas desceram até a sala de estar. Incireroar, Tapu Koko e Passimian já estavam saindo para padaria.

— Primarina ainda não acordou? – perguntou o tigre.

— Deixe-o dormir mais um pouco! Ele deve estar exausto! – respondeu a coruja – vamos acordá-lo antes do café!

— A Fine já tá na cozinha fazendo os sucos! – disse Tapu Koko.

— Pois nós vamos ajudá-la! – se prontificou Marowak.

Depois de alguns minutos, os Pokémon voltam da padaria com pacotes de pães e caixas de leite. O café e os sucos já estão prontos. Aos poucos, os outros estudantes vão acordando e vão preparando sua refeição. E se reunem no refeitório.

— Meu Super Hambuger de Frutas está pronto! – disse o Tapu Koko empolgado com seu sanduíche de frutas de vários andares. Logo ele está degustando do seu lanche, mastigando rápido e derrubando migalhas.

— Tenha modos Koko! – repreende Tapu Fini – parece um esganado!

— Isso que é fome! Só podia ser de um dos mons mais poderosos dessa república! – Incineroar se diverte com o jeito excêntrico do elétrico enquanto bebe um enorme caneco de leite quente.

Tapu Lele e Magearna chegam ao refeitório.

— Cadê o Bulu? – pergunta Tapu Fini.

— Dormindo para variar! – responde a Pokémon psíquica das madeixas rosa.

— BOM DIA FLOR DO DIA! – Primarina anuncia que já acordou!

— Bom dia querido! – respondeu Incineroar – que bom que acordou animado!

— Ai... ontem fiquei só o bagaço! – responde a foca – e olha que nosso time só foi até às semifinais.

— Bom dia! – Kommo-o se junta a eles na mesa.

— Como vai essa força? – cumprimenta Passimian.

— Meio exausto, mas pronto para mais um dia! – responde o Dragão.

— Hoje o resultado das provas de UU sai, não é? – perguntou Muk, que acabou de se sentar à mesa.

— É sim! – disse Kommo-o.

— Ai, ai! – suspira Marowak – não sei se fui bem na prova escrita e minha atuação nos combates deixou a desejar.

— Pensa positivo Marowak! – Primarina tenta animá-la – você foi um arraso na segunda prova! Acho que isso vai ser bom para sua pontuação final!

— Espero!

Enquanto muitos deles já estavam no refeitório, se alimentando e conversando animadamente, em um dos quartos, havia ainda um grupo de Pokémon que ainda estavam dormindo. Esse quarto ficava no térreo e é um dos menores da casa, é nele que ficavam os três Pokémon não-binários. Só havia uma cama no dormitório e era ocupada pelo Minior. Os outros dois, Dhelmise e Silvally, dormiam em vários acolchoados cobertos per lençóis. Eles faziam isso para que o quarto tivesse um pouco mais de espaço para se movimentarem e guardarem seus pertences.

Dhelmise já estava parcialmente acordado, mas ainda tentava encontrar coragem para se levantar. Só estava a alga verde escura estirada no colchão com a bússola que ele usa como se fosse um “olho”. Escutou a voz estridente de Primarina dando “bom dia” e a zuada que eles estavam fazendo durante o café da manhã. E para piorar, estava sentindo patas se debatendo contra si. Era o Silvally, que já se remexia pelo colchão. Pelo visto o seu sossego já acabou e vai ter que encarar mais um dia com os seus barulhentos colegas.

“O bicho para se remexer, não sabe dormir quieto?” resmunga o vegetal “eu deveria dormir na piscina!”

Mas ele sente um objeto pesado repentinamente cair sobre si. Era o Minior que caiu da cama.

“QUE MERDA!” a voz telepática de Dhelmise foi alta o bastante para acordar o Silvally.

— Bom dia! Uuaaaaarrrrr! – disse a quimera bocejando e esticando as patas – vejo que caiu um meteoro sobre você, hi hi!

“Já comecei bem hoje!” ironizou a alga.

— Oooaaarrr! Bom dia... – Minior finalmente acorda – essa cama está estranha... toda molinha e úmida e... ah! Dhelmise!? Desculpe-me, cai sobre ti outra vez?!

“É a terceira vez nessa semana!” ele dizia enquanto o Pokémon de pedra saia de cima dele. Logo a alga começa a se contrair. E com suas ramificações, ele vai juntando os acolchoados e dobrando os lençóis. Os outros dois ajudavam na arrumação.

— Gente borá levantar? – ouve a voz da Muk, que batia a porta do quarto.

Enquanto os outros dois vão à frente, Dhelmise começa a se arrumar colocando os equipamentos em seu corpo. Ele insere a âncora, o timão e as correntes e fica com sua aparência na qual sempre se apresenta no dia a dia. Só então ele vai à cozinha. Lá ele pega algumas frutas e as leva para o refeitório. Então ele as absorve com suas emaranhadas algas. É assim que ele realiza seu desjejum.

À medida que iam terminando com o café, cada um dos estudantes vai limpando sua sujeira e lavando os utensílios que sujou. Mas Tapu Fini repara que o Tapu Bulu ainda não havia descido ainda.

 - Ai ai! Até a Komala já está terminado de tomar o café e esse preguiçoso ainda não se levantou!? – disse ela aborrecida.

“Tapu Fini, deixe que eu vou acordar o Tapu Bulu!” se ofereceu Magearna.

— Por favor, Magearna!

A Pokémon fada-metálica sobe para o andar de cima e vai ao quarto dos Tapus. Como os quatro Tapus são irmãos, eles dormem todos no mesmo cômodo. Chegando à porta, escutam-se os roncos altos de Tapu Bulu.

“Tapu Bulu, sua presença é solicitada pela sua irmã no andar de baixo, já que precisamos que todos nós estejamos preparados e alimentados para que nós chegássemos à universidade no horário certo!”

No quarto, Tapu Bulu ainda continuava a dormir. Magearna abriu a porta devagar e continuou com seu discurso com sua voz feminina robótica.

“Tapu Bulu, solicito que se levante imediatamente daí! Eu vou cantar uma canção. Se você não se levantar até o termino dessa canção, eu terei que tomar providências mais enérgicas!”

O Pokémon vegetal se rolou um pouco na cama, mas ainda continuava no seu sono.

— Só maaaiss cinco minutooos...

“Vejo que não ouve uma ação da sua parte! Então eu iniciarei minha música!”

“Se você está contente bata palma!”

BOOOMM! BOOOMM! Ela dispara dois Canhões Brilhantes contra a parede.

“Se você está contente bata pal...”

— Tá bom! Tá bom! Já estou me levantando! – Tapu Bulu sai logo da cama antes que sobrasse para ele.

Rapidamente ele chega ao refeitório e toma o seu café.

— Vamos logo que só falta você! – apressa Tapu Fini.

Chegava a hora de partir para a faculdade. Dhelmise foi à garagem para tirar a Wanderleia. Esse é o nome que deram para a velha Kombi que eles usam para o transporte para a universidade. O Pokémon alga é o único dos estudantes da república que possui habilitação, por isso ele é o encarregado da direção. Demorou um bom tempo para que a Kombi finalmente ligasse. Logo ele manobrou o veículo para frente do portão e aguardou os passageiros.

Os Pokémon vão subindo na Kombi. São dezenas deles para uma pequena Kombi, seria óbvio que ficaria bem apertado dentro. Os estudantes vão se espremendo no pequeno espaço. E para piorar, não há ar condicionado no veículo. Situação que é mitigada pela habilidade de uma das passageiras, a Pokémon de gelo Alola-Ninetales, que com sua Previsão de Neve, ela consegue refrescar o ambiente do transporte.

Dhelmise usa suas ramificações para segurar no volante e manusear o freio, a embreagem e o acelerador. Com isso ele vai conduzindo seus colegas para a Smogon, que fica uns quinze minutos de carro. Até mesmo ele se sente apertado nesse ambiente. No momento, sentia-se pressionado por um enorme Mudsdale. Se escuta a zuada dos passageiros e Passimian solta uma de suas piadinhas:

— Isso que é bonito! Todo mundo unido desse jeito! Se alguém soltar um pum, todos irão sentir o cheiro juntos!

— O infeliz que fizer isso vai ser escorraçado para fora do carro, isso sim! – dizia um Vikavolt, que resolveu se segurar no teto para não passar por tanto sufoco.

— Eu é que não vou ficar sentindo o vodu dos outros! – disse Tapu Koko que abriu uma janela do lado oposto ao do motorista e colocou a cabeça para fora e respira fundo – aaahhhh! Assim é melhor!

— TAPU KOKO! COLOQUE SUA CABEÇA PRA DENTRO! – disse Tapu Fini furiosa – QUER SOFRER UM ACIDENTE?

Dhelmise estava meio aborrecido com essa bagunça e picuinhas que ele tem que escutar todos os dias. E nesse momento, está tendo um engarrafamento na avenida que leva à universidade. O trânsito está duas vezes mais lento do que o normal.

“E essa agora!”

— Ei Dhelmise! Por que você está tão devagar? – pergunta Tapu Koko impaciente.

“Você que está com o cabeção pra fora deveria saber que estamos em um baita congestionamento!” fala o vegetal irritado.

O ambiente ficou mais quente.

— Ninetales, o que houve com o frio? – questionou um Sandslash, que possui as tipagens gelo e metal, e que por isso já não estava aguentando o calor.

— Minha habilidade tem limites! – respondeu a raposa ofegante – eu até estou com uma Rocha Gelada para prolongá-la. Mas com esse trânsito ferrado fica difícil mantê-la por mais tempo!

— Gente, tenha paciência! Já já estamos chegando! – Marowak tentava acalmar os ânimos dos colegas.

Uns minutos se passam. Tapu Lele acaba encontrando um velho pedaço de pano ao seu lado.

— O que é isso? – ela analisa a peça – parece um fantoche de Pikachu.

— Peraí Lele... – Primarina olha para o fantoche e reconhece o que se trata, e acaba ficando apavorado – isso... isso não é do Mimikyu?

— AAAAHHHH... É MESMO! – Tapu Lele solta um grito agudo – CADÊ ELE?

Todos sabem que quem olhar para a verdadeira forma de Mimikyu pode ter convulsões e até correr risco de morte. Logo todos começaram a gritar e tumultuarem no interior da Kombi.

“Pessoal o que está acontecen... AAARG!” Dhelmise é atingido pelo traseiro de Mudsdale. Ele é pressionado na vidraça da Kombi, que acaba se quebrando. O veículo dá uma derrapada em direção a um caminhão ao lado esquerdo. A alga coloca suas ramificações para fora da janela e pressiona o caminhão com suas forças para empurrar a Kombi na direção contrária, evitando assim uma batida.

— SEU BARBEIRO! SABE DIRIGIR NÃO, MERDA!? – gritava o motorista do caminhão. Um punho de um Slaking é visto da janela.

Com toda sua força, Dhelmise empurra Mudsdale de cima de si e retoma o controle da direção.

“QUE PORRA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!”

— Mimikyu está sem seu disfarce! – disse o cavalo desesperado.

— BANDO DE IMBECÍS! – Incineroar tenta colocar as coisas em ordem – SE AQUIETEM E FECHEM OS OLHOS! MENOS VOCÊ DHELMISE! – ele aponta para alga – MANTENHA O OLHO NA DIREÇÃO!

“Acha que sou idiota em tirar o olho da direção?” retruca Dhelmise.

Todos silenciaram.

“Genteeee... se acalmem... estou de baixo do banco! Me escondi justamente para que ninguém me olhasse para minha forma original!” enfim, se ouve a voz sussurrante de Mimikyu.

Passimian fez menção de se abaixar para olhar sob os acentos para confirmar que ele estava lá. Mas foi puxando por Incineroar, furioso pela bobagem que seu colega ia fazer.

— Sua anta! Ainda ia olhar por baixo do banco!?

Uma garra de sombra surgiu próxima de Tapu Lele, que recolheu o fantoche e se recolheu para debaixo do acento.

Logo, todos se acalmaram. Demorou mais alguns minutos para que a Kombi transitasse pela avenida congestionada. A todo momento escutava-se reclamações sobre o calor e as broncas de Tapu Fini com Tapu Koko, que ainda mantinha a cabeça no lado de fora. Eles finalmente estavam chegando na Universidade. Já era visualizado o Campus Frontie, mas de repente, o veículo para de funcionar.

“Pô Wanderleia, estamos tão perto!” Dhelmise tenta religá-la “Não nos deixe na mão, por favor!”

— Eiê Dhelmise! Esse trambolho parou de funcionar de novo! – disse Tapu Koko, que para o azar da alga, não sofreu um acidente por permanecer com cabeça fora do veículo.

“Não chama de trambolho a pobre da Wanderleia! Ela já faz muito em trazer esse povalhéu pra cá!” rebate o fantasma, que logo anuncia aos restantes dos passageiros “é o seguinte, estamos apenas a uns cinco minutos da entrada do Campus. Quem puder já ir voando ou se mover mais rápido, pode sair que acho que compensa mais do que continuar aqui!”

Reclamando, boa parte dos Pokémon desceram do veículo. Estavam suados e ofegantes por estarem em um espaço minúsculo e abafado.

— Que desastre! – Os pelos de Ninetales, especialmente os da cauda estavam bem amarrotados – e triste aparecer na Universidade desse jeito!

Mas alguns ficaram. Incineroar, Tapu Bulu, Passimian e Mudsdale se encarregaram de empurrarem a Kombi, enquanto Dhelmise ficava tentado dar a partida.

— Pelo visto vamos empurrar essa lata velha até o estacionamento! – reclamou Tapu Bulu.

“Essa ‘lata velha’ faz muito mais do que você! Pode ter certeza!” afirma a alga ao volante.

Finalmente se escuta o barulho do motor, a Kombi voltou a funcionar. Dhelmise permanece se movendo.

— DHELMISE! ESPERE POR NÓS PÔ! – berra Incineroar, que ia ser deixado para trás com os outros.

“Corram e entrem logo, se eu parar, a Wanderleia morre de novo!”

E eles entram no veículo em movimento de forma tumultuada. E finalmente chegam à universidade para estacioná-lo.

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Chegou a hora do almoço. Nessa hora é que Dhelmise se encontra sozinho e finalmente tem um pouco de paz. Ele não costuma interagir muito com os outros. Nem com os companheiros de pensão e nem com os outros universitários. Ele estava repousando debaixo de uma árvore, comendo o seu almoço. Estava pensado sobre sua situação. Na rotina tumultuada na república, nas disciplinas e atividades puxadas na Smogon e no seu serviço que é depois do fim das aulas. Isso é estressante demais para a alga. E ele pondera se aguentará isso por quatro anos.

Mas então um Dragalge veio em sua direção. Ele lhe cumprimentou e se acomodou ao seu lado:

— Boa Tarde Dhelmise! Como vai?

Se fosse qualquer outro, o fantasma daria um jeito de sair daí, mas ele não sente incomodo nenhum em ficar com o cavalo marinho, que é a única amizade que fez na Smogon.

“Alola Dragalge!”

— Você parece bem abatido!

“Você sabe, houve congestionamento, houve confusão por causa do Mimikyu que perdeu sua fantasia, quebrou-se um dos vidros, quase batemos em um caminhão e chegamos aqui com a Kombi sendo empurrada. Mas você sabe, tudo na normalidade!”

— Realmente, sua vida anda bem agitada! – o Pokémon dragão venenoso dá uma leve risada – não te vi mais no RU.

“Estou em NU agora!”

— Foi rebaixado?

“Pois é! As aulas estavam muito pesadas para mim em RU! Pode ser que eu me dê melhor em NU mesmo!”

— É cara, mas cuidado! Você sabe que de NU para baixo, pode ser mais difícil conseguir estágios e empregos descentes no futuro. Fora que terá mais restrições do que tinha em estratos superiores.

“Realmente estou percebendo isso! Na sala mesmo, é ventilador ao invés de ar condicionado!”

— Mas realmente você precisa trabalhar depois das aulas? – questiona Dragalge.

“Pior que sim! Minha família não tem condições de me mandar dinheiro. E como tenho que ajudar nas despesas da república, tenho me manter nesse trampo. Mas é assim mesmo, desde dos dezessete é que me viro sozinho mesmo!”

— Mas pelo menos amanhã será sábado. Terá uma folga, não é?

“Sim... ou não! Amanhã terei que levar os de OU pra cá para que possam se reunirem com seus respectivos times!”

— Ei... mas é só trazê-los pra cá, não é? – pondera o dragão – e que tal nos encontrar aqui e depois irmos até meu apartamento para nós estudarmos junto?

“O que? Eu vir à sua residência para estudar?” Dhelmise se surpreendeu com a proposta.

— Eu acho que, por conta de sua vida puxada, você pode está precisando de um reforço. E aí, o que me diz?

“Se isso não for incomodo para você!”

— Que isso! Topa ou não?

“Tudo bem, vou para seu apartamento amanhã!” – o vegetal aceita convite.

— Ótimo! – disse Dragalge empolgado – mas eu não vou pegar leve, hein?

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(Flashback – um mês atrás)

Era noite. Um Dragalge andava sozinho pelas ruas, carregando sua mochila, enquanto voltava para casa. Ele não imaginaria que ir de pé da universidade até sua moradia seria tão demorado. Estava arrependido de não ter pegado o ônibus só para economizar o dinheiro da passagem.

— Ai, ai... essas ruas são tão desertas assim? – o venenoso estava um pouco amedrontado.

O tempo ia passando, já dava para ver o mar. Seu apartamento se localiza em um prédio submerso que fica em uma praia. Mas pelo visto, a caminhada ainda vai demorar.

Mas o cavalo marinho começa a ter uma sensação que está sendo seguido. Ele escuta algumas risadas. Ele tenta não prestar atenção nelas e começa a cavalgar mais depressa. Queria que esses ruídos não tivessem nada a ver com ele. Porém essas risadas vão se intensificando. E então, o Pokémon venenoso sente seu corpo paralisar. É como se uma força invisível o segurasse.

— Olha o que temos aqui! Hihi! – um Hypno se aproximava dele – um jovenzinho desses andando por aí sozinho.

Mais dois Hypnos surgem atrás deles. Dragalge tinha seus movimentos restringidos por causa da telecinese deles.

— É o seguinte! – um segundo se aproximava e segurou o queixo do Pokémon dragão – pode passar suas coisinhas aí! E depois... que tal nos divertirmos um pouco hehe...

— Quê?! Por favor, peguem o que quiserem, mas me deixem ir, por favor! – Dragalge se desespera.

— Te deixar ir?! Hahahahaha – um terceiro botou a língua pra fora, e fez menção de lamber o cavalo marinho - que bom que você é do tipo venenoso, pois se fizer uma gracinha, vai sofrer consequências severas... hahahahah!

Dragalge ficou apavorado. Esses três Hypno não estavam para brincadeiras. Se sentia impotente por não ter como se livrar dessa situação. Tudo que lhe restava era chorar e ter fé de que isso seja rápido. Mas de repente, uma luz forte surge diante deles. Os Hypno ficaram meio atordoados e acabaram por desativarem involuntariamente a telecinese que prendia o dragão. Dagalge aproveitou para fugir deles.

— ONDE PENSA QUE VAI! – gritou um deles que ia persegui-lo. As luzes que desorientaram os Pokémon psíquicos eram faróis de uma Kombi. Dela desceu um estranho Pokémon de um formato bizarro. É como se fosse um conjunto de âncora e timão emaranhados em uma alga.

“O que está havendo aí?” questiona o misterioso Pokémon com sua voz telepática.

— Que tipo de criatura bizarra é você? – zombou um dos Hypno.

— Nunca vi um Pokémon como esse! – afirma o outro.

“Que tamanha covardia, três psíquicos importunando um Pokémon venenoso! Aconselho vocês a vazarem daqui, senão sofreram consequências drásticas!”

— Aposto que é venenoso também! Vamos dar um jeito nesse infeliz!

“Foram avisados!” Um cristal negro, segurado pelas algas, emite uma luz roxa. O Pokémon alga invoca uma sombra que surge por debaixo dos três Hypnos.

“Pesadelo Sem-fim!”

Surgiram expansões dessa sombra em forma de mãos que agarravam e apertavam os Hypnos, que gritavam em puro terror. Seus rostos se contorciam de dor e saíam lágrimas de seus olhos. Até Dagalge ficou assustado com essa terrível técnica, mas agradecia aos céus por esse estranho Pokémon estar dando uma lição aos seus agressores.

A tortura durou alguns minutos. A sombra apenas se dissipou quando os Hypnos desmaiaram. E então, o Pokémon alga se aproximou do cavalo marinho.

“Ei, chame a polícia!”

Dragalge pegou seu celular e fez o que o outro pediu. Em alguns minutos, chega uma viatura. Dela sai dois policiais, um Magnezone e um Houndoom usando quepes e distintivos. Eles algemam os meliantes e os colocam na viatura. Após recolherem o depoimento dos dois denunciantes, eles entram no carro, levando os três Hypno sob custódia.

Vendo que cumpriu com o seu dever, o estranho Pokémon resolveu ir embora. Mas, apesar de abalado com os acontecimentos, Dagalge finalmente reconhece o Pokémon que o salvou.

— Peraí! Eu acho que eu te conheço... Nós... nós estudamos na classe RU, não é?... Você é um dos calouros, o Dhelmise, que ingressou recentemente na Smogon? – ele reconhece o Pokémon alga.

“Sim!” confirma o outro timidamente “É que te vi com problemas e não tive como evitar em intervir...”

— Muito obrigado! Se não fosse por você... sabe se lá o que teria acontecido comigo! – o dragão ainda se tremia.

“O que está fazendo aí uma hora dessas?”

— Moro aqui por perto, mas resolvi vim da faculdade pra cá de pé, acredita? De ônibus parecia ser tão rapidinho! E você?

“Eu trabalho em um posto de abastecimento a um quarteirão daqui! Quer que te dê carona para casa?” oferece o fantasma.

— Estou muito assustado para andar, se não for muito incomodo eu aceito sim! – o venenoso entra na Kombi – mais uma vez muito obrigado.

Desde daquela noite, esses dois passaram a se ver frequentemente. E gradualmente, vão se tornando amigos próximos.

(Fim do flashback)

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Na manhã do dia seguinte, Dhelmise já estava dirigindo a Kombi, bem mais vaga, para conduzir seus colegas à Universidade. Estavam apenas os Pokémon da classe OU que tinham que se reunirem com seus respectivos colegas de equipe a fim de decidirem as estratégias e estudarem para as avaliações de OU. Chegaram sem maiores problemas. Desceram do veículo os Tapus, a Toxapex, a Magearna, a Ninetales, o Mimikyu e o Kommo-o, sendo que este último já participara das avaliações de UU, mas foi convidado para um time de estrato superior.

Scizor e Garchomp já esperavam pela Tapu Fini. A aquática foi em direção a elas e saíram, aparentemente para se encontrarem com os outros três integrantes. Tapu Koko, Magearna e Toxapex foram se encontrar com um Zygarde, de aparência e comportamento bem mais maduro do que qualquer outro estudante da Smogon.

— Alola tio! – cumprimentou Tapu Koko.

“Não me chame de tio, pelo amor de Arceus!” reprendia o Pokémon que se assemelha a uma enorme serpente

— Por que não? – perguntou o elétrico ingenuamente.

“Primeiro, você não é meu sobrinho! Segundo, não sou um macho, sou um ser não-binário! E principalmente, terceiro, não tenho idade para ser ‘tio’ de ninguém aqui. Então, nada de tio, nem tia e nem tie. Só me chame de Zygarde, tá bom?”

— Tudo bem tie! Hihihi! – brincou Toxapex.

“Aff... eu mereço... esses jovens de hoje em dia...”

— Será que o pessoal do nosso time chegou? – pergunta Ninetales ao Tapu Bulu.

— É bom que eles não venham! Uaaaaarrr... – boceja o vegetal – vir aqui em pleno sábado é um porre...

— É lógico que eles vão vir! – afirma a raposa – eles disseram que estarão próximos à biblioteca! Vamos lá!

— Saco... ver esse povo me dá sono!

Quando todos já se foram, Dhelmise esperou próximo à Wanderleia, como combinado. A manhã não havia começado bem pois, foi envolvido em uma discussão sobre como seria o conserto da vidraçaria do carro. Chegaram a cogitarem que Dhelmise teria que arcar com as despesas. Mas o fantasma argumentou energicamente que se não fosse pela reação dele, o acidente teria sido muito mais grave e teria até mesmo feridos. Mas ele não queria pensar muito sobre isso. Queria aproveitar que passará o dia com Dragalge e que não deixará que nada estragasse seu humor. Não demorou muito para que dragão chegasse ao estacionamento.

“Alola, Dagalge!”

— Olá! E aí, vamos logo?

“Bora!”

Os dois resolveram ir de ônibus. Logo chegaram em uma praia. Dragalge guiou o fantasma até o mar.

“Sua casa fica submersa?” perguntou Dhelmise surpreso.

— Sim! – responde o venenoso enquanto eles mergulhavam. Logo avistaram um prédio submerso – moro logo aí!

Eles nadaram e chegam à recepção submarina. Logo eles vão para os elevadores, que no caso, são tubos que os levam até ao apartamento.

“Que lugar surpreendente!” disse o vegetal admirado. “O aluguel aqui deve ser uma facada!”

— Realmente é um preço bem acima da média! – comenta Dragalge – mas é uma residência otimizada para Pokémon marinhos.

O apartamento é pequeno, mas para Dhelmise, até que é espaçoso para quem vive sozinho. Logo eles colocam os materiais na mesa e iniciam os estudos.

O ambiente é bem silencioso. Só se escutava as explicações de Dragalge, que é bem paciente e claro para o seu colega. Dhelmise se esforça para prestar atenção nos estudos. Mas acaba se distraindo algumas vezes com a visão do mar na janela do apartamento.

— Sei que o mar está bonito, mas você entendeu o que te falei? – o venenoso lhe chama a atenção.

“Você está falando sobre os efeitos dos terrenos, não é?” o fantasma retoma sua atenção para os estudos.

— Sim! E você sabe quais a propriedades do terreno psíquico?

“Eles elevam o poder dos movimentos do tipo psíquico em cinquenta por cento.”

— E?

“ E... impede que movimentos de prioridade funcionem, é isso?”

— Muito bem! Está prestando atenção! – elogia Dragalge – mas para isso, os Pokémon devem estar no chão para se obter as propriedades desse terreno.

“É, deve se ter cuidado com essas pegadinhas!” comenta Dhelmise.

O tempo passou rapidamente enquanto os dois se concentravam nos estudos. Paravam ocasionalmente para lanches rápidos. Mas o ambiente calmo do apartamento de Dragalge deixava Dhelmise mais tranquilo e centrado no conteúdo. A alga começa a pensar que o dragão deve viver bem mais confortável tendo um lugar só para ele.

— Ei Dhelmise, como é viver em uma república? – pergunta o cavalo marinho curioso.

“Vixe! Não queira nem saber!” responde o vegetal meio aborrecido “Todos os dias é aquela muvuca quando o pessoal acorda. Tem gente que não sabe falar baixo. Tem folgados que não respeita o espaço dos outros. Eu mesmo compartilho um minúsculo quarto com mais dois Pokémon, cada um mais espaçoso que o outro! Só faltam dormirem em cima de mim!”

— Hahahahah... oh coisa! Deve ser hilário ter uma vida assim!

“Acha hilário? Isso por que você não vê a quantidade de sujeira que se forma diariamente. Por mais que alguns trabalhem para a casa ficar em um nível aceitável, tem alguns que não estão nem aí para a organização e pensam que vivem em um chiqueiro.”

— Oh coisa! – Dragalge presta atenção nos relatos de Dhelmise.

“Tem uns que quando se juntam... é falação para até não poder mais! É blábláblá! É tititi! Tem um Primarina que parece uma vitrola, e gosta de cantarolar por aí. Como a garganta de uma criatura dessa consegue se manter intacta.”

— Eita nós! Deve ser divertido viver em um lugar como esse!

“Divertido?!” Dhelmise se surpreende pela reação do amigo.

— Bem, eu vivo sozinho aqui! É pequeno mas é bem confortável para mim. Mas eu realmente sinto falta de companhia para conversar, dividir os momentos, essas coisas. Lógico que tem os vizinhos. Há outros marinhos vivendo aqui. Às vezes a gente se fala e tal, mas no fim, é cada um no seu canto.

“E viver sozinho não é melhor para se concentrar nos estudos?” Pergunta Dhelmise.

— Acho que não! Eu mesmo fiquei mais concentrado no conteúdo quando estava te ensinando. Sabia ensinar para outro meio que ajuda no aprendizado das matérias?

“Bem, isso eu não sei direito! Nunca tive paciência para ensinar os outros!”

— Percebe-se! Huhuhu!

“Você deve achar que sou um ignorante mesmo. Mas deve ser por que eu nunca tive convívio com os outros. Eu nasci em um vilarejo na ilha mais isolada de Alola. Só convivia com os meus progenitores que são agricultores. Eles nunca foram muito abastados, mas queriam que eu tivesse uma vida melhor do as deles. Por isso, eles me apoiaram a minha ida a uma cidade maior, de uma outra ilha, para que eu concluísse meu ensino médio. Nisso eu fiz uns bicos, fiz cursos pré-vestibular, tirei minha habilitação, desafiei alguns totens. E agora, nos meus vinte anos, consegui ingressar na Smogon.”

— Vixe! Vejo que você dá duro mesmo há algum tempo! – Dragalge ficou admirado pela história do seu amigo – Por que veio tão longe de casa para fazer um curso na Smogon?

“Bem, eu quero se um combatente! De uns tempos pra cá, há alguns arruaceiros que ameaçam a paz do vilarejo onde moram os meus progenitores. Mas lá não há combatentes habilitados. Pretendo me tornar um para poder protegê-los. E além disso, há relato de atividades estranhas. Dizem que são seres de outra dimensão. Isso é investigado pela Fundação Aether, um centro de pesquisas lá do arquipélago de Alola. Talvez se eu me formasse na Smogon eu poderia ingressar nessa fundação e proteger o vilarejo contra essas criaturas também.”

— Pois é! Mas além de estudar, você ainda tem aquele emprego, não é?

“Como lhe disse antes, minha família não pode mandar me dinheiro. Então eu preciso trabalhar para cobrir minhas despesas!”

— Eita! E eu reclamando da minha solidão! – Dragalge ficou um pouco envergonhado.

“Não gosta de ficar sozinho?” Pergunta Dhelmise.

— O problema é quando chega a noite! Não tenho ninguém para conversar ou pelo menos, me fazer companhia. Mas eu não devo reclamar, minha família dá um duro danado para me manter aqui. Tudo que preciso fazer é atender as expectativas deles! – explica Dragalge – mas pelo visto, aquele pessoal da república vai ser como se fosse sua família. Acho que com o tempo você se acostuma a eles.

“Vai ser meio difícil...” desabafa Dhelmise.

Toca um alarme de um celular.

“Tá na hora de buscar o povo!”

— Já? – o venenoso olha as horas – quatro e meia!? O tempo passa rápido!

“É isso mesmo! E depois ainda tenho o trampo!”

— Seu trabalho é de segunda a sábado?

“Pra você ver que a minha vida não é fácil!” afirma a alga.

— Mas pelo menos amanhã tem folga de tudo não é?

“Graças a Arceus! Se o povo deixar, posso até acordar mais tarde!”

— Ei, quer estudar mais um pouco amanhã?

“Quer estudar mais? Não quer aproveitar o domingo?”

— Nessa solidão? Não tenho nada de útil para fazer!

“Pois tá! Pode ser a tarde?”

— Sim, mas tem uma coisa! Vai se na sua república!

“QUE? Quer estudar lá?” essa proposta pegou Dhelmise de surpresa

— Sim, por que? Vou incomodar lá? Não se pode trazer visitas para a república?

Essa pergunta deixou Dhelmise em um dilema. Não queria negar ao seu amigo esse pedido. Dragalge deve ter ficado curioso em saber como é uma república de estudante de fato. Mas ele tinha temor de que se o dragão visse o ambiente caótico do lugar, seria capaz dele ficar incomodado e, na pior das hipóteses, ele querer se afastar do fantasma.

“Sinceramente... não sei se é uma boa ideia!” ele disse receoso.

— Não se preocupe! – o venenoso percebe a aflição do amigo – prometo que não vou ser um incômodo para ninguém e nem vou me envolver onde não é da minha conta. Vai ser só uma visitinha para fins acadêmicos, pode ser? Confie em mim.

Dhelmise ficou constrangido ao ver que o cavalo marinho lhe pedia um voto de confiança. Bem, talvez ele vendo como é a vida na república o faz perceber que sua vida em um apartamento é um paraíso.

“Certo! Então nos vemos amanhã, não é?” ele disse já saindo do apartamento.

— Isso mesmo! – confirma Dragalge – te acompanho até o ponto de ônibus.

Assim eles foram até a praia. Quando o ônibus para a universidade chegou, eles se despediram. Já no transporte, Dhelmise se preocupa sobre lidar com a situação de trazer alguém de fora para a república.

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Glossário

Pesadelo Sem-Fim - Never-Ending Nightmare


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Notas finais do capítulo

Assim se encerra a primeira parte do arco República Alola. Esse arco é mais como uma homenagem à sétima geração, que pesar dos pesares, é uma geração que curtir muito. Essa saga seria para ser depois da Saga OU. Mas resolvi escrevê-la antes para que não ficasse muito massante duas sagas de batalhas. E deu para encaixá-la direitinho entre as sagas, tanto temporalmente, quanto contextualmente. Além de eu poder introduzir alguns personagens que terão importância na saga OU (Não, Dhelmise não estará entre eles, mas a alguinha terá importância em uma saga posterior).

Então é isso gente! Espero que tenham gostado!
Obrigada pela leitura!



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