Faces do Amor escrita por San Costa


Capítulo 22
Capítulo 22




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Loma 
Quando eu descobri que estava grávida fiquei deslumbrada, porem ao me lembrar dos olhos vermelhos de Damen, me lembrei em que ele se transformou. Eu não sabia ainda como me sentia em relação a estar esperando um filho de Damen, e agora esta sendo difícil esconder esse segredo de todos aqui na reserva, principalmente por que a gravidez esta sendo muito acelerada. Somente quem sabe são Marcya e Lynnda. A cada dia que passa as coisas estão ficando mais difíceis.
Lembro-me de quando me transformei, uma semana depois dos meninos irem embora, Quil estava de ronda, ele não sabia que eu estava lá e estava se lembrando de uma das buscas que ele participou, os lobos estão indo cada vez mais longe pra tentar achar os garotos.
Quil estava em uma campina e instintivamente um rosnado saiu por sua boca, atraindo para si os olhares dos dois vampiros ali presentes. Ambos estavam caçando e largaram suas presas no chão imediatamente. Senti meu coração pular quando vi que Damen estava tentando realmente ser bom. Seus olhos tinham uma cor lameada que mostrava que ele tinha caçado humanos nos últimos dias.Eu vi que Quil não queria ataca-los, mesmo ele não sendo tão amigo dos meninos, o fato de serem meu imprinting e namorado da Lynnda contava muito, mas a ordem do alpha era mais forte. Alec o olhou intensamente, como se ele pensasse o que poderia fazer, e se eles quisessem o Quil não teria a mínima chance. Pude sentir junto com Quil quando uma dormência começou a se estender por seus músculos, em questão de minutos ele não conseguia mais sentir, cheirar e nem ver nada. A sensação era horrível.
“Alec esta usando o dom dele” – Ouvi Jake falar. “Luta contra Quil.” Mas era impossível. Quando Quil voltou a si não tinha nem sinal deles.
Enquanto me lembrava senti novamente a mesma sensação de alivio por eles terem escapado. Porem Jake estava irredutível e queria encontrá-los e matá-los acima de tudo, nem se parecia o alpha sabia de sempre.
Alem disso ainda tinha a ameaça que vinha de nossos inimigos. Segunda Marcya um grande inimigo estava se levantando contra nós e eu temia a visita de velhos inimigos novamente.
Senti uma forte pontada em um lado da minha barriga e um gosto de sangue veio a minha boca.
- Calma. – Falei acariciando minha barriga. – Nada vai acontecer. – Levantei e resolvi ir até a casa das meninas, não tinha voltado lá ainda depois que os meninos haviam ido embora, era difícil ver onde tínhamos sido tão felizes.
- Oi. – Falei entrando. Lynnda estava sentada no sofá com um livro na mão, Marcya estava sentada no chão olhando pro nada. – Alguma novidade? – As duas se olharam e eu senti um cala frio percorrer meu corpo quando vi a expressão em seus rostos.
- Não...
- Não venha me dizer que não é nada. – Interrompi quando Marcya começou a falar. Eu estava nervosa, ansiosa e me sentia fraca mais não queria ser deixada no escuro. Marcya me olhou de lado.
- Você esta com sede.
- Não estou não.
- Está sim. – Ele pensou antes de prosseguir. – Como eu posso te explicar. Você não esta com sede água... Ever me contou que quando Bella estava grávida da Nessie o bebe sentia sede.
- De sangue? – Perguntei horrorizada. Lynnda largou o livro e nos olhou.
- É Loma.
- Não.
- Você vai ficar cada vez mais fraca.
- Eu sou forte, mais forte que a Bella era, eu tenho os genes de lobo.
- Mesmo assim. É o que o bebe precisa. Pensa nisso. – Marcya falou saindo da sala. Lynnda me olhou por mais alguns minutos e voltou sua atenção pro livro. Foi minha vez de sentar no chão e olhar pro nada. Eu não poderia fazer isso, seria contra tudo o que eu acredito, contra o que eu sou. Se Jake ou qualquer outro pelo menos imaginasse eu não sei o que eles fariam comigo.
Na minha frente o céu passou de cinza claro para avermelhado e depois para negro. Uma leve chuva começou a cair ameaçando ficar mais forte a cada momento. O cheiro de terra me tranqüilizou e me fez pensar no que era importante para mim nesse momento. Coloquei minha mão na minha barriga e me perguntei se o que eu sentia era mesmo sede. O que me fez lembrar do cheiro de sangue e surpreendentemente minha boca se encheu de água.
- Eu não sei como fazer. – Falei baixo, mas sabia que as meninas tinham me ouvido e também haviam me entendido.
- Não se preocupe eu vou consegui algo pra você. – Nem Lynnda e nem eu não perguntamos onde ou como a Marcya iria conseguir o sangue. Marcya saiu sem se importar com a chuva que caia sobre ela.
Duas horas depois Marcya voltou com duas embalagens de sangue, ela colocou em um copo e o cheiro me fez gemer de prazer. Ela o ergueu e eu o peguei hesitante, dei um pequeno gole e me senti em estase, bebi o restante de um gole.
- Deus. Isso é bom. – Marcya sorriu. Lynnda pos a mão na minha barriga.
- Isso por que é isso que ele precisa.
- Sim. – Concordei olhando com olhos pedintes pra Marcya. Ela encheu outro copo e me entregou. Enquanto bebia eu sentia minha força voltando. Depois de terminar o segundo copo as olhei e exigi.
- Agora me contem o que esta acontecendo.
Marcya 
Eu sabia que ela não iria esquecer.
- Um amigo me contou que Aro esta a caminho de Forks.
- Como? Mas por quê?
- Ele ficou sabendo dos últimos acontecimentos.
- E não esqueça que ele daria tudo pra eliminar os quiluetes. – Lynnda lembrou.
- Mas se os meninos não estão mais aqui, o que eles querem?
- Nós. – Falei olhando seria e completei. – Acho que chegou a hora de partir. – as meninas me olharam assustadas, planejar ir embora não era a mesma coisa que realmente partir.
- Mas mesmo assim eles viriam até aqui. – Loma refletiu.
- Não se nós o atrairmos para nós. – Elas conseguiram ficar ainda mais assustadas.
- Mas... Nós... Não...
- Conseguiríamos. – Completei o que Lynnda tanto temia dizer. – Não. Mas nós não precisamos realmente os confrontar, podemos por um pista falsa e os atrair para uma emboscada. – Seria interessante ver os Volturi e os imortais se enfrentando.
- Não sei. – Lynnda falou temerosa.
- Não podemos ficar simplesmente esperando eles chegarem. – Falei as olhando.
- Verdade. – Lynnda concordou.
- Quando vamos? – Loma perguntou e eu respirei fundo.
- Ainda hoje. À noite. – As duas afirmaram com a cabeça. Eu tentava transparecer uma segurança que eu não tinha. Mesmo eu já tendo vivido tantos anos, não me considerava forte o bastante para enfrentar todos os Volturi e En Sabah Nur.
- Vou até a casa da Emily. Encontro vocês a noite.
Lynnda e eu ficamos em silencio depois que Loma saiu, eu podia ouvir nos pensamentos de Lynnda que ela estava com medo, medo por ela, por mim, por Loma, pelos meninos e pelos lobos.
- Tudo vai dar certo. – Afirmei tentando convencer a mim mesma.
- Vai sim.
Narradora
Loma foi o mais rápido possível até a reserva, desde que soube da gravidez ela não quis mais se transformar. Ela passou o resto do tarde em silencio e na hora do Jantar Emily perguntou se havia algum problema. Loma negou.
- Vou subir. – Ela falou retirando seu prato da mesa.
- Está cedo, vai passar um filme muito bom na TV. - Emily tentava distrair a prima.
- Estou cansada. – Loma sabia que Emily iria pensar que ela estava subindo pro quarto pra chorar, mas era melhor assim.
Ela subiu pro seu quarto e trancou a porta, ninguém iria ate seu quarto pra lhe incomodar. Ela vestiu uma calça jeans escura, uma malha de manga longa e um casaco grosso, pulou a janela e correu até a casa das meninas. Quando ela chegou lá Lynnda e Marcya já estavam prontas, as roupas praticamente idênticas as de Loma. Estavam com tres mochilas e entregaram uma para Loma.
- Coloquei algumas peças de roupas suas e alguns mantimentos. – Marcya falou e Loma assentiu com a cabeça. – Vamos.
As três correram em silencio durante boa parte da noite. Cada uma com seus pensamentos voltados para seus próprios problemas que na verdade eram quase os mesmos. O preto do céu já estava se transformando em um acinzentado claro quando Marcya parou bruscamente.
- Qual o problema? – Lynnda perguntou alarmada.
- Vampiros. – Marcya respondeu. – No final acho que não teremos que os atrair até nós. – Ela concluiu antes que uma orla de mantos pretos e cinza adentrasse no descampado a frente delas.

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