O ki do Freeza Dourado era escandaloso, o imperador o destacava de propósito, chamando a atenção para sua imponência enquanto posava de braços abertos. De volta ao seu estado normal, Broly, que terminava de derrotar o último namekuseijin modificado do exército que destruíra sozinho, parou por um momento para olhar o ocorrido há alguma distância. Foi o momento em que duas naves esféricas do Exército de Freeza aterrissaram atrás dele como meteoritos, abrindo duas crateras no chão. O saiyajin se viu confuso inicialmente, mas logo no abrir da comporta de uma delas, ele sorriu, ouvindo a familiar voz de uma mulher a chamar seu nome.
— Broly! - de curtos cabelos brancos, ela trajava malha roxa por baixo da armadura branca com detalhes em verde, como a cor da sua pele.
Broly estava feliz, porém um tanto surpreso ao vê-la ali a sair correndo a seu encontro. O velho de pele laranja, calça escura, blusa azul, gorro amarelo com um par de óculos na testa, além de colete, luvas e botas brancas, saiu da outra nave e foi se aproximando também, a caminhar.
— Como sempre, o velho ficou para trás e foi o último a chegar. - ele disse com um sorriso no rosto.
— Lemo, Cheelai... Como?
— Nós aproveitamos um descuido dos guardas quando um deles abriu a cela para nos dar comida e escapamos, roubamos essas naves, seguimos a nave do Freeza e bem, estamos aqui! - respondeu Cheelai, com um sorriso no rosto ao piscar enquanto fazia um gesto circular com os dedos polegar e indicador.
— Por falar nisso, cadê o Freeza? - perguntou Lemo.
Broly olhou para a direção onde a batalha entre o imperador e o Androide Mutante #17 acontecia, bem próximo dali, respondendo assim a pergunta.
— Broly, agora que o Lemo e eu estamos bem, é a nossa chance, vamos embora daqui!
— N-Não... - a negativa do saiyajin surpreendeu Cheelai.
— Não? Mas por quê? Não me diga que se aliou de verdade ao Freeza?
— Não é isso... Esse planeta é onde mora o Kakarotto.
— Aquele sujeito chamado Goku? - Cheelai perguntou, quando por fim se deu conta. - É verdade, esse aqui é o planeta onde nos conhecemos e onde tudo aquilo aconteceu! Mas o que está havendo aqui afinal? Que guerra é essa? O que são esses robôs e por qual motivo o Freeza está aqui?
— Só o que eu sei é que os responsáveis por isso também atacaram planetas do Freeza... Eu preciso ficar aqui e ajudar o Son Goku, ele fez muito por nós desde aquele dia...
— Entendi, gratidão para com o seu amigo, entendi... - Cheelai sorriu e Broly sorriu de volta.
— Então vamos procurar o Son Goku, não podemos ficar aqui expostos. - disse Lemo. - Ainda mais você e eu Cheelai, que não somos superpoderosos que nem o Broly.
— Hahaha! Certo, vamos Broly!
O saiyajin acenou com a cabeça e ao segurar Cheelai e Lemo com os braços, partiu voando dali, deixando Freeza para resolver seu conflito sozinho e deixando em aberto suas pendências pessoais com ele por enquanto.

Longe dali, na Capital do Sul, Tenshinhan aterrissou em segurança diante da entrada para o subterrâneo de uma estação de metrô. Descendo a Lunch loira no chão, o triclope disse a ela:
— Aqui você estará segura, esconda-se aí dentro com as outras pessoas e não saia até eu voltar, está bem?
— Está sim, bonitão.
Tenshinhan ficou sem graça com o comentário, porém, seu constrangimento não durou muito, dado que no momento seguinte, um grande ogro vermelho com chifres de demônio e focinho de porco ascendeu às escadas, com seus passos a tremer o chão.
— Vão embora ou irei esmagar vocês! - ele disse com uma voz assustadora.
— O que é isso? - Lunch questionou ao olhar de imediato com o susto, levando a mão às costas, de onde sacou sua submetralhadora, guardada em uma cápsula. - Não sei o que você é, mas vai levar chumbo!
— Não atira, não atira, sou eu! - entrando em pânico, o monstro gerou em um estouro de fumaça, se transfigurando em sua real forma.
— Então é você, seu porco desgraçado! - ela exclamou, reconhecendo o pequeno, rosado e antropomórfico Oolong, que vestia camiseta branca e calça azul escuro com suspensórios.
— O que faz aqui Oolong? - questionou Tenshinhan. - Eu pedi para todo mundo ficar lá dentro!
— Eu sei, só que quando o pessoal lá em baixo descobriu que posso me transformar, me obrigaram a ficar de guarda para assustar as máquinas, como se elas fossem sentir medo, eu podia ter morrido Tenshinhan! - ele fez uma pausa e continuou, lembrando-se do que veio fazer na Capital do Sul. - Se eu soubesse que iam me enfiar nesse rolo, eu não teria inventado de viajar para ver as calcinhas das garotas daqui.
— É a sua cara... Não mudou em nada mesmo. - afirmou Lunch.
— E você também não está nada mau Lunch, heheheh... - ele disse com um sorriso safado.
— Cale a boca! - ela exclamou ao aplicar-lhe um soco no topo da cabeça, onde logo cresceu um galo enorme.
— Au! Me esqueci que a loira é a malvada...
— Os meus alunos estão por aqui, não é preciso guardar a entrada, entrem lá dentro e não saiam por nenhum motivo! Enquanto isso, eu irei procurar por mais pessoas que estejam precisando de ajuda.
Foi então que um corpo passou voando diante deles e colidiu as costas contra um carro que jazia abandonado ali na rua, veículo esse que se partiu ao meio com o impacto. Tenshinhan logo o reconheceu pelo gi verde e a cabeça careca, era um dos muitos estudantes de seu dojo e mais do que apressado correu até ele, com Lunch e Oolong logo atrás.
— Mestre... - o rapaz tentava falar com dificuldade para Tenshinhan, que se abaixou para ajudá-lo. - Me desculpe... Nós tentamos derrotá-lo, mas ele é muito forte...
— Ele? Ele quem?
Antes que pudesse ouvir a resposta, o monge viu seu aluno vomitar uma grande quantidade de sangue, antes de seus olhos se tornarem opacos e seu pescoço amolecer, tombando a cabeça para o lado.
— Ele... Ele morreu? - perguntou Oolong, que viu o pesar na expressão do triclope.
— Sim, está morto. - a resposta deixou Lunch e ele estarrecidos enquanto Tenshinhan analisava o corpo, onde encontrou uma mancha roxa do lado esquerdo do peito, algo que o deixou pensativo. - (Ele morreu com um único golpe em um ponto vital, mas apenas o Estilo Garça conhece esse ponto em específico. O que está havendo?)
— Hmpf... Esses seus alunos são patéticos Tenshinhan. - todos se voltaram para trás, na direção daquela voz que continuou. - Aposto que você foi muito mole com eles, deveria ter sido mais duro, assim como eu fui com você.
— Senhor Tao Pai Pai!
De calça escura e chang pao rosa, com o kanji "Satsu" estampado na frente e a mensagem "Kill You" escrita nas costas, Tao Pai Pai tinha a mesma aparência de antes de ter tido partes de seu corpo substituídas por partes mecânicas após a luta com Goku, salvo pela exceção dos olhos marcados por uma cruz e dos dispositivos auriculares nas orelhas, duas características comuns entre os Androides Mutantes. Com uma seriedade no rosto de bigode ralo, o assassino de madeixas amarradas em uma trança foi caminhando calmamente até eles com uma mão nas costas e a outra a segurar um pequeno homem em seu ombro.
— Há quanto tempo Tenshinhan? - Tao Pai Pai perguntou, antes de jogar o corpo desacordado que carregava a rolar até pés do monge.
— Chaos! - Tenshinhan se abaixou e o pegou nos braços, se enchendo de fúria na sequência. - O que foi que você fez com ele?
— Eu? Nada. - respondeu Tao Pai Pai. - Ele já estava assim quando o encontrei, deve ter se esforçado demais para derrotar o Blue. Seria fácil demais matá-lo desse jeito e você sabe que eu gosto que as minhas vítimas vejam o meu rosto antes de morrerem, como alguns dos seus alunos que ficaram em meu caminho.
— Miserável! Eles eram bons e só estavam tentando proteger a Terra dessas máquinas, você não tinha o direito!
— Eu sinto muito, mas meu trabalho para o Doutor Gero e o Doutor Myuu era assassinar todos os humanos, em especial aqueles que se rebelassem.
— Então você se aliou a essas máquinas?
— Não só me aliei como me tornei uma delas. Assim como o Blue, eu também fui convertido em um Androide Mutante!
— Isso explica o porquê de você estar diferente da última vez que te vi, mas eu não entendo, o General Blue era um inimigo do passado do Goku que reviveu como um Androide Mutante, mas você... Você não estava morto, como é possível?
— Aí é que você se engana Tenshinhan, pois eu estava morto há exatos dezesseis anos.
— O que?!
— Quando Majin Buu destruiu a Terra, todos morreram. Entretanto, na hora de reviver a todos que morreram, a pessoa que fez o desejo à Porunga de Namekusei excluiu as pessoas más e por causa disso, todos aqueles que eram considerados essencialmente maus no exato momento em que o desejo foi feito não foram revividos e por causa disso, tanto eu como o Tsuru continuamos mortos, com a diferença que eu acabei tendo mais sorte, pois quando o Doutor Myuu recentemente reuniu as Esferas do Dragão de Namekusei e desejou que todos os piores inimigos do passado de vocês fossem revividos, eu fui incluído no desejo.
— Então você reviveu?
— Exatamente e com meu corpo inteiro como ele era antes, o qual ganhou melhorias que você nem imagina... Apesar disso, Son Goku se tornou um monstro inalcançável e só o que posso fazer é me conformar que agora eu sou mais do que capaz de destruir o meu aluno que me humilhou em público no Torneio de Artes Marciais.
Olhando sério para seu antigo mestre, Tenshinhan não disse mais nada e deu as costas, voltando-se para Lunch e Oolong.
— Por favor, levem o Chaos para dentro e cuidem dele, eu vou fazer o Senhor Tao Pai Pai pagar por tudo o que ele fez!
— Eu vou proteger ele com a minha vida, pode ficar tranquilo Tenshinhan. - disse Lunch seriamente e Tenshinhan esboçou um leve sorriso de agradecimento, antes de voltar sua atenção para o assassino novamente.
Ela e Oolong então levaram o corpo desacordado de Chaos para dentro da estação, deixando os dois a se encararem enquanto o vento passeava pelo asfalto desolado.
— Muito bem Senhor Tao Pai Pai, agora somos só nós dois.
— Acho que vai ser interessante. - Tao Pai Pai sorriu, antes de se colocar em posição de combate. - Vejamos o quanto você evoluiu.
Tenshinhan nada respondeu e também se colocou em posição, os olhos de ambos se fitavam em silêncio, a espera do movimento do adversário, os pés dos dois davam passos cautelosos para o lado, como se fossem rodar um em volta do outro em sincronia. Eram dois artistas marciais ensaiando o que seria o reencontro de um mestre com seu ex-discípulo.
Eis que de repente, Tao Pai Pai tomou a iniciativa e Tenshinhan se moveu quase que imediatamente, um foi ao encontro do outro, sucedendo uma troca de golpes em alta velocidade e com movimentos fluídos. O assassino então balançou o braço horizontalmente, rumando a golpear o pescoço com a mão, mas o triclope desapareceu em um movimento rápido e tentou acertar seu antigo mestre na nuca com um golpe semelhante. Tao Pai Pai também acabou desaparecendo, reaparecendo atrás de Tenshinhan, que teve tempo apenas de virar-se para receber os próximos golpes de frente.
— Muito lento. - disse Tao Pai Pai, antes de aplicar um soco na barriga, seguido de outros três, alternados no tórax e por fim, finalizando com um empurrão usando as duas mãos, jogando o adversário a arrastar os pés para trás.
Não satisfeito, Tao Pai Pai ainda correu e saltou, desferindo uma voadora que atingiu a bochecha esquerda de seu antigo aluno e o lançou a colidir contra a parede de um prédio tombado. Caído no meio dos entulhos, Tenshinhan abriu os olhos e viu o assassino se aproximando, caminhando até ele com as mãos nas costas e um sorriso debochado no rosto.
— (Ele não é mais o mesmo de antes!) - Tenshinhan disse a si mesmo em pensamento, antes de limpar o sangue no canto da boca. - (Será que eu ainda sou capaz de derrotá-lo?)
— Veja só... - Tao Pai Pai parou a poucos passos dele. - Te ver de novo caído perante a mim não te trás lembranças Tenshinhan?
Como da vez em que lutaram no 23º Torneio de Artes Marciais, o triclope recordava-se do treinamento que Tao Pai Pai lhe dera na infância, onde o mesmo praticamente o torturava para que aprendesse a ser forte. Foi com essa lembrança que Tenshinhan foi se colocando de pé novamente, porém:
— Aah... - suas pernas fraquejaram ao sentir uma dor latejante no peito, o obrigando a apoiar-se apenas com um dos joelhos.
— Doeu não é? Com a minha evolução, eu ganhei uma capacidade extrassensorial capaz de sentir o ki em cada ponto do corpo do meu adversário individualmente, o que me permite escolher sempre o ponto vital mais vulnerável e assim maximizar os danos.
— (Então foi isso...) - Tenshinhan dizia a si mesmo em pensamento. - (Minha guarda baixou apenas por uma fração de segundo e isso foi o suficiente para ele me atingir no ponto mais exposto naquele momento!)
Envolvendo seu corpo em um manto de ki, o triclope se esforçou para se levantar mais uma vez e ao dar um grito, levou as mãos ao próprio peito e o golpeou com as pontas dos dedos, algo que chamou a atenção do assassino. No esvair da aura, Tenshinhan estava ofegante, mas já se sentia um pouco melhor.
— Interessante, vejo que não se esqueceu do que eu lhe ensinei, pressionou seu próprio ponto vital para amenizar os danos que causei.
— Eu me deixei levar, não devia ter me esquecido de quem você é, o grande assassino Tao Pai Pai. O que me incomoda é saber que o senhor não conseguiu essas habilidades com seu próprio esforço.
— Lá vem você de novo com esse papo de orgulho de lutador, isso é estupidez! Se o seu objetivo é matar o seu oponente, não importam os meios que use, desde que você consiga seu objetivo.
— Realmente me envergonha que pense assim, pois apesar de tudo, eu ainda respeito o senhor e ao Mestre Tsuru por tudo o que me ensinaram. - Tenshinhan novamente se colocou em posição de combate. - Nunca deixei de trilhar o verdadeiro caminho das artes marciais e através dos meus punhos, pretendo lembrá-lo de onde o ato de se esforçar para se superar a cada dia pode levar um guerreiro.
— Deixe de dizer bobagens! - Tao Pai Pai também ficou em guarda. - No próximo golpe, você estará morto Tenshinhan!
O assassino atacou primeiro outra vez, avançando contra um Tenshinhan que se manteve na defensiva, esquivando e bloqueando os golpes de seu oponente. Eis que em dado momento, a mão de Tao Pai Pai rumou como uma lâmina ao seu peito e foi quando o triclope agarrou-lhe o pulso, impedindo tal ato e revidou com um soco que lhe atingiu na lateral do peito, junto à articulação do ombro esquerdo, lançando-o a arrastar os pés no chão. Segurando o ombro com a mão direita ao resistir o golpe, o assassino viu Tenshinhan agora partir para a ofensiva, que ele respondeu trocando golpes em pé de igualdade. Tao Pai Pai tinha um sorriso caçoante no rosto, aparentando não estar fazendo muito esforço para se manter contra seu antigo pupilo, ainda que Tenshinhan o estivesse recuando para trás, golpe após golpe. Enxergando a brecha que queria, Tao Pai Pai se esquivou de um chute ao recuar o corpo para trás com as mãos nas costas e as mantendo lá, saltou a rasteira que o triclope desferiu ao girar o corpo depois do primeiro chute. Foi o momento do revide, quando ele jogou a perna direita para frente e chutou Tenshinhan no queixo, o lançando para longe a atravessar postes e entulhos. O triclope ainda se estabilizou ao cair em pé, só para ver seu adversário surgir na sua frente e na tentativa de acertá-lo com um soco, o mesmo desviou se abaixando, desferindo um golpe de palma com a esquerda no estômago, o qual sucedeu uma combinação de golpes com as pontas dos dedos, terminando com um chute na cabeça que o mandou para longe. Ainda para finalizar, o assassino se lançou em um salto mortal, alcançando Tenshinhan para golpeá-lo com o joelho na barriga, empurrando-o a pressionar as costas contra o chão, que se partiu com o impacto. Levantando-se de pé em meio a poeira que se alastrava, Tao Pai Pai deixou um Tenshinhan deitado a agonizar, este que logo engatinhou para tentar se reerguer.
— Isso é tudo o que o seu orgulho de lutador tem para me mostrar? Que patético, entenda que o tempo em que você podia se comparar com Son Goku já se foi e mesmo sendo o último descendente vivo do Clã dos Três Olhos, você ficou para trás Tenshinhan, chegou ao limite do nível que um humano pode alcançar apenas treinando. Se você não usar de outros meios como eu fiz ao me tornar um Androide Mutante, jamais poderá ficar mais forte!
— Eu não acredito nisso... - Tenshinhan cambaleou para conseguir ficar em pé. - A perfeição não existe, sempre há uma forma de melhorar... Sei que meu objetivo de superar o Goku já morreu há muito tempo, mas isso não significa que eu não possa superar a mim mesmo e é isso que vou lhe mostrar Senhor Tao Pai Pai!
Tenshinhan começou a elevar o seu ki, concentrando-o ao redor de seu corpo, se dividindo em dois e depois em quatro.
— É sério que pretende utilizar essa técnica inútil contra mim? - perguntou Tao Pai Pai ao reconhecer o Shishin no Ken. - Vai ser quatro vezes mais fácil te derrubar, pode vir Tenshinhan!
— Haaaah!
Dois se lançaram ao ataque, dando início a uma pressão de golpes rápidos que mantiveram Tao Pai Pai na defensiva. O confiante assassino logo percebeu que algo estava errado quando começou a perder o controle de sua defesa.
— (O que está acontecendo? Eu estou sendo pressionado!) - Tao Pai Pai disse a si mesmo em pensamento, quando o soco do primeiro Tenshinhan o atingiu no peito e o chute do segundo o atingiu no rosto, o lançando para longe onde o terceiro já o esperava para desferir um chute vertical nas costas que lançou o assassino para o alto. O quarto o aguardava lá em cima para dar início a uma combinação de golpes que o foram empurrando para baixo outra vez, mas o assassino ainda conseguiu reagir ao esquivar um dos socos e usar a oportunidade para girar seu corpo em volta do daquele Tenshinhan, desferindo assim uma cotovelada em suas costas. Entretanto, no momento em que o golpeou, outro Tenshinhan veio por sua esquerda, desferindo um forte soco que o jogou longe até o próximo, o qual o mandou em diagonal para baixo com uma estocada usando as duas mãos em um golpe em xis e a cabeça, o fazendo colidir com uma ponte, que desmoronou com o impacto. Mais que depressa, aquele Tenshinhan posicionou as mãos a desenhar um triângulo, com outro Tenshinhan se posicionando a sua esquerda a certa distância, apontando o dedo indicador enquanto que o último estava a sua direita, com as mãos juntas em forma de concha ao lado direito do corpo.
— Kikoho!
— Dodonpa!
— Kamehame... HA!
As rajadas dos três Tenshinhan's alinhados em círculo desceram do céu e rumaram a um único destino, causando uma explosão devastadora onde o assassino fora jogado, abrindo uma grande cratera. Ao final de tudo, Tao Pai Pai tinha alguns ferimentos e foi se levantando com os dentes a ranger enquanto fixava os olhos nos três Tenshinhan's lá no alto.
— Desgraçado, seu poder deveria ser dividido com essa técnica, não deveria?!
— Eu aperfeiçoei o Shishin no Ken, Senhor Tao Pai Pai. - disse o quarto Tenshinhan ao aparecer atrás dele. - Cada divisão minha tem, no mínimo, o poder que eu teria individualmente, o que significa que esse ponto fraco já não existe mais.
— Está me dizendo que conseguiu transformar o maior ponto fraco dessa técnica em um ponto forte?
— Isso mesmo e eu consegui isso depois de muito treinar. Como eu disse, sempre há uma forma de melhorar e aperfeiçoar o Shishin no Ken foi uma delas.
— Isso seria perfeito para um trabalho onde tivesse de eliminar vários alvos, poderia ter se tornado um assassino melhor do que eu. Você era aluno do Tsuru, mas eu decidi que queria te ensinar pessoalmente, sabe por que eu decidi isso Tenshinhan? - ele fez uma pausa, antes de virar-se e responder por si mesmo. - Porque eu conhecia a história dos seus ancestrais, a história do Clã dos Três Olhos.
Tao Pai Pai sorriu e Tenshinhan o olhou interrogativamente. Ao ouvir sobre seu passado nunca revelado a seus amigos, o veterano Guerreiro Z continua a enfrentar seu antigo mestre enquanto o conflito global contra as Máquinas Mutantes prossegue.