Sakura Pov - Bring Me To Life escrita por Naty-chan


Capítulo 3
Vim pra te Buscar.


Notas iniciais do capítulo

Arigatou pelas reviews. :*



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Naruto estava à minha frente, com uma kunai na mão.
Nosso inimigo ainda não mostrara sua verdadeira face, estava ainda com o ‘corpo’ de Sai.
De uma hora pra outra, o invasor mudou sua demonstração de sentimentos, agora, havia uma expressão gélida e brusca, quase macabra. Senti um arrepio dentro de mim naquele momento, lembrando-me de quando ele me teve em punho.
- Cuidado Naruto! – berrei – Ele é muito perigoso, pode querer te trancar num genjutsu, e eu não vou poder te liberar!
Naruto não respondera. Não movera nem se quer um músculo, ficara ali parado, olhando o homem, ou o rapaz.. Que seja.
Tive um estranho pressentimento. Tinha certeza que algo aconteceria, que algo daria mal, e, bem, meu instinto nunca falhou, nem mesmo uma única vez.
- Muito bem, chega de joguinhos. – o cara disse, transformando-se no que realmente era. Deu-me medo, muito medo. Mesmo se eu tentava parecer alguém forte, não era, e sabia muito bem. Mas a imagem é tudo, ou ao menos fora isso que eu aprendi... Até aquele momento.
Perdi a concentração. Talvez eu estivesse de novo em um genjutsu, o suor banhava até mesmo meus cabelos, meu olho começou a girar, junto com a minha mente, da qual eu acabara perdendo o controle. Portei os punhos pra perto do meu queixo, e coloquei-me numa posição de ataque direto, como uma lutadora profissional. Mas, o que realmente me dava horror, era o olhar dele. Era o mesmo do Sasuke-kun, da primeira vez que eu e o Naruto o vemos, um ano atrás. Os cabelos negros dele, até a altura da cintura, me lembrara o outro Uchiha... Itachi. O que mais me perturbava, era o modo em que ele me olhava. Parecia o olhar de um predador quando está pronto para capturar sua presa, era terrificante.
Naruto olhara pra trás. Aposto que até ele ouvia meu coração, de tão forte que batia. A expressão dele era de uma pessoa preocupada. Mas, era estranho, ele olhava pro vazio, e não pra mim. Caíra no chão, seus olhos ficaram brancos. Eu comecei a gritar como uma louca, deixei meu medo de lado por alguns segundos e corri pra perto dele, tentando entender o que acontecera.
- Agora, ele está lutando com seu maior medo, em sua mente.
- C-como assim? – aquelas palavras saíram de mim de um modo que nem eu mesma posso explicar. Talvez o medo de perdê-lo me deu forças o bastante pra retomar a autoridade da minha própria alma.
- Lembra o genjutsu que você caiu antes? Não é metade do que o seu amiguinho está passando agora, mais cinco minutos e ele terá uma morte cerebral, isso é, se ele mesmo não se matar antes.
Naruto se contorcia no chão, enquanto berrava, e começava a arranhar si mesmo. Eu entrei num estado de desespero, o que ele acabara de dizer era a verdade, e eu não poderia deixar que isso acontecesse.
Concentrei as forças que me deixavam em pé nas pontas dos dedos, tentando formar algo que parasse aquilo, tentar fazer algo que pudesse salva-lo, mesmo estando certa de que era simplesmente um desperdício de energias, o qual não poderia permitir.
- Não adianta. – o rapaz continuou. – Só eu posso parar o genjutsu, fora que seu ninjutsu não vale nada a essa altura.
- Então o que você quer eu faça?! – eu gritei, enquanto as lágrimas passavam levemente do meu rosto ao corpo do Naruto, que a cada segundo que passava se aproximava ao estado de loucura mental.
- Venha comigo, que eu o deixarei viver.
- O quê?
Eu vi que Naruto começara a se acalmar, talvez o que ele dizia fosse a verdade, mas, por que eu?
- Nós precisamos de uma ninja médica. Não se preocupe, ele vai viver, agora eu já o liberei do genjutsu.
Levantei-me do chão, olhei Naruto, o qual ainda estava vivo, mas que quase morreu por culpa minha. Não queria continuar assim.
- Se eu for com você... Promete-me que deixarei de ser uma inútil?
- Prometo. Mas, você será uma escrava da Akatsuki, lembre-se. Não que você tenha como escolher, de um modo ou de outro eu a levarei.
- Se é pra salvar o Naruto-kun... Eu aceito. – aquela fora a primeira vez em que eu o chamei naquele modo. Soluçava por culpa do choro, estava entregando minha alma para um desconhecido, não que isso fosse importante, eu sempre fui uma coisa desnecessária para a Vila.
Não conseguia me mover. O terror era mais forte, não queria abandonar tudo aquilo que eu sempre sonhei, ainda tinha que ajudar Naruto a trazer de volta o Sasuke-kun, e deveria levar a termine esta missão. Bem, eu sabia, era tudo em vão, eu sozinha não conseguiria vence-lo, e talvez nem mesmo com a ajuda do Sai poderia. Olhei-o. Estava ali, na minha frente, com a mão estendida. Entendi o que eu tinha acabado de fazer: Tinha deixado tudo. Tinha aceitado de ajudar a Akatsuki, e seus componentes. Há essa hora, já era tarde de mais. Tarde de mais pra se arrepender, tarde de mais pra fugir, tarde de mais pra tentar.
Fechei os olhos, por alguns instantes. Esperava que acontecesse como nos filmes, em que o mocinho salva a mocinha logo nas piores horas, e que tudo no final dava certo. Pena que essa seja a vida real.
- Calma. – eu tentei ganhar tempo – Porque você me deixou sair do genjutsu naquela hora? Porque não me pegou logo?
- Você faz perguntas de mais. – dissera ele.
- Bem, desculpe, mas, qual seu nome? – meu coração estava na garganta. Queria parecer o mais ‘normal’ o possível, tentando restabelecer o fluxo de chakra dentro de mim, para que seja ao menos o bastante pra fugir.
- Kaito Masahira.
- O meu você já deve saber.
- Claro, belíssima Haruno. – ele continuara, segurando meu queixo – Tome isto, coloque-o em seu pescoço. – tirara uma espécie de cordão de dentro da bolsa, não entendi o que fosse.
- O que é? – perguntei, levando o estranho objeto ao meu colo e colocando-o.
No mesmo instante, senti um estranho vazio perto do coração, com certeza não era um colar de enfeite. Caí no chão, inconsciente.
Horas, ou dias depois, não sei especificar, acordei.
Já não estava em Konoha, isso era óbvio. Estava em uma espécie de sala, muito mal tratada. Vi alguns arranhões na parede, Volverine deveria ter passado por lá. Permaneci no chão, descoberta. Prestei bem atenção, e aquelas não eram minhas roupas, estava com faixas por todo o corpo, e com uma espécie de vestido branco, que me cobria do pescoço ao joelho. Já não tinha meus acessórios ninja, e muito menos a bandana da Vila Oculta da Folha. Meus cabelos se encontravam em péssimo estado, sujos e cortados, provavelmente por uma kunai, até a altura das orelhas, mas minha franja continuava intacta. A primeira impressão foi tentar saber por que estava ali, mas logo me lembrei daquela tarde. Votei a chorar, mais uma vez, enquanto alisava meus próprios braços, numa tentativa de me esquentar e tentar ignorar o que existia à minha volta.
Notei uma câmera no canto esquerdo, perto de uma teia de aranha. Certamente estava sendo observada. Nesta hora, já estava melhor, minha mente já tinha processado todas as informações circunstantes e estava pronta pra provar algo.
Quando, ao tentar me levantar, alguma coisa tirou todas as forças de mim, de uma vez só. Estava por desmaiar, outra vez, quando notei a fonte daquela angústia. Era o colarinho, ou a coleira, que estava em volta do meu pescoço. Notei que aquilo sugava meu chakra, constantemente. Era um item muito útil para eles. Entendi que servia somente para tomar conta dos prisioneiros, e funcionava, com perfeição. Procurei não entrar em pânico, procurei entender como poderia quebrar aquilo sem que eles percebessem. Seria difícil, mas era minha única chance, antes que eles tomassem conta da minha mente, o que era muito provável.
“Tenho que sair daqui.” – minha mente repetia, ininterruptamente.
Um detalhe que eu deixei passar no começo, fora o barulho. Pareciam berros, de seres humanos, mas, quase não conseguia escutar.
Não poderia deixar tudo de lado, não agora. Sabia que conseguiria trabalhar no hospital de Konoha depois de mais dois ou três anos, e este sempre fora meu sonho.
Claro, como já disse antes, esta é a vida real, e depois dessa experiência, entendi que sonhos são para os fracos de espírito. Mas minha alma sempre foi muito forte.
Alguns dias se passaram, rapidamente. Nos dois primeiros, tentei fugir, tentei enganar a mim mesma, com a esperança de que tudo daria certo. Mas logo, percebi que não seria assim, não mesmo. A cada 6 horas, me mandavam uma garotinha, de lá seus treze anos, para trazer a comida. Notei também, que a cela não era completamente vigiada, e que em alguns pontos existiam umas falhas. Deveria ser uma pequena prova. Talvez a câmera nem mesmo funcionasse, simplesmente ficava lá, metendo medo. Aposto que queriam saber se eu tinha calma o bastante para agüentar sem me revelar, sem perder a própria noção do que é certo ou errado.
Vinte dias tinham-se passado. Entendi somente agora o porquê dos arranhões, foi alguém que perdeu o próprio controle. Era a hora certa, eu sabia. Acumulei força, a cada cíngulo segundo, para aquele momento, assim poderia destruir o terrível artefato. Os gritos dos outros ‘cômodos’ daquela prisão a esse ponto eram ainda mais altos. Controlar a própria mente não era fácil. Eram gritos de dor, gritos de pessoas que estão sendo mal-tratadas, gritos de desespero, pânico. Lembravam-me o que Kaito fizera ao Uzumaki, e isso me fazia ainda mais mal.
Pelas minhas contas, faltavam alguns minutos para a garotinha passar ali, seria o momento certo.
Calculei cada instante do que aconteceria ali, nos mínimos detalhes. Era o momento, vi a manilha da porta se mexer, com aquele barulho insuportável das pessoas lá fora, que aumentava a medida de que a porta se abria, lentamente. Mas do qual, eu... Já estava acostumada.

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Notas finais do capítulo

Bem, acho que ficou legal o capitulo, continuo assim que tiverem 7 reviews. *o*



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