Parasite Eve: 20th Birthday escrita por Max Lake


Capítulo 2
Capítulo 2: A verdadeira face de Melissa


Notas iniciais do capítulo

E trazendo o segundo capítulo com 1 dia de atraso porque era para sair no dia do aniversário de 20 anos do jogo, no caso, 29 de março. Pena, mas vamos seguindo.



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A entrada do Carnegie Hall estava lotada de policiais, médicos, bombeiros e jornalistas. Avistou seu acompanhante Bradley recebendo os devidos cuidados médicos. Ao aparecer na entrada, alguns policiais apontaram suas armas na direção de Aya, que se assustou.

—Estamos no mesmo time, gente - disse ela, erguendo os braços.

—Abaixem as armas, rapazes. - A conhecida voz de Daniel, seu parceiro e mentor na polícia, a deixava mais tranquila. - O que diabos aconteceu, Aya?

Aya resumiu a situação enquanto era atendida por uma médica. Por mais surreal que a história parecesse, Daniel conseguia acreditar nela. Mesmo recém-chegada, Aya já demonstrou muita coragem antes e não havia motivo para mentir em uma situação caótica como aquela. Além disso, coincidiu com o relato de outra testemunha.

—Agora Melissa, ou Eve, está lá dentro. - Concluiu.

—Vamos cuidar disso.

—Daniel, não!

O policial correu até a porta, mas uma barreira de calor o impediu de entrar. A manga de sua camisa começou a chamuscar.

—Que droga! - reclamou, apagando a manga.

—Por algum motivo eu sobrevivi. - Aya evitava lembrar da conversa com Eve. - Acho que só eu posso entrar, só eu sou imune ao calor dela.

—Depois de ouvir sua história, eu tenho certeza que você está certa, Aya. - disse Daniel.

—Senhorita Brea, não recomendo isso - alertou a enfermeira - Seu corpo está quente de uma maneira anormal!

—Não me importo com isso, ela não pode fugir. - Ela me deve respostas, pensou.

—Certo. - concedeu Daniel. - Pegue munição com o Carter e entre assim que possível. Mas faça um favor a nós dois: Tome cuidado.

Equipada com muito cartucho de Beretta, Aya entrou no bizarro buraco e pousou onde parecia o depósito de cenário. Seu calçado já era, não deixaria de quebrar com essa queda.

Descartando o salto ali mesmo, ela andava furtivamente até um corredor largo com paredes de tijolos marrons e cercado de portas vermelhas e duplas. Aya desacelerou o passo ao ouvir o som de um rato no chão.

O pequeno roedor sofria enquanto se debatia. Quando parou, seus dentes cresceram assim como a mandíbula, que rasgava o pelo da boca. As pálpebras dos olhos descascaram, expondo a carne interior do animal. Patas traseiras e frontais cresceram de tamanho e a cauda se alongou, dividindo-se em três, assemelhando-se a uma garra. Aquele pequeno roedor dava lugar a um monstro.

A cauda tripla dispara bolas de fogo na direção da policial. Aya xingou e desviou do ataque. Mirando na cabeça do monstro, atirou duas vezes com a beretta. Ele cambaleou, mas rugiu e atraiu a atenção de outros ratos já transformados. Encurralada, a policial se jogou contra uma das portas e entrou em um camarim luxuoso, mantendo as costas contra a porta. Os ratos forçavam batidas, tentavam quebrar aquela porta, mas resistia bastante. Depois de um tempo, as batidas cessaram.

—Ufa. 

Percebendo o camarim em que se encontrava, Aya logo o considerou perfeito para uma estrela em ascensão. Com certeza pertencia a Melissa Pearce.

Melissa não, Eve, corrigiu-se.

Observando a mesa de maquiagem, Aya encontrou um caderno fechado. “Diário de Melissa”, era o que estava escrito. Cada revelação que lia deixava Aya mais impressionada e mais decidida a arrancar respostas de Eve. Uma das revelações chamou a atenção da policial: Melissa já estava em mutação desde novembro. Sentiu o corpo esquentar e tomou medicamentos, chegou a desmaiar durante os ensaios. Continuou com o excesso de remédios. Em certo momento, Melissa relata que Suzanne, a outra atriz principal e que trazia inveja à Melissa, foi encontrada queimada em seu próprio apartamento. Melissa escreveu que poderia ser a culpa falando, mas se sentia mal por fazer a ópera sozinha como principal. E se entupiu de mais remédios às vésperas da apresentação, no dia 23 de dezembro.

Depois de encerrar a leitura do diário, Aya encontrou uma chave vermelha com o nome “Ensaio” gravado nas laterais.

Saiu cautelosamente do camarim, o corredor estava quase totalmente limpo. Sem rato, sem corpo queimado. Entretanto, Aya avistou uma menina loira de vestido azul correndo. Pensou em chamá-la, mas tão misteriosa foi sua vinda quanto seu desaparecimento no fim do corredor, ao encostar na porta. Não ficou surpresa ao saber que aquela era a sala de ensaio do teatro.

...

Melissa Pearce tocava no piano no canto da sala vazia. Um imenso espelho refletia Aya entrando pela porta. A artista parou de teclar ao ouvir os passos da policial.

—Eu sou… Melissa… Não… Sou… Eu sou… Eve… - falava, como se tivesse uma outra personalidade. -Eu sou… Está quente! Muito quente! - gritou.

—Melissa.

A atriz bateu com força no piano, esmagando as teclas. Suas mãos aumentaram de tamanho, as unhas viraram garras e o vestido rasgou na região da barriga. Ela flutuou e algo saiu de baixo do vestido, algo pontudo, grande e escamoso. Aya ficou à distância apontando sua arma, tentava acreditar no que via e ao mesmo tempo tentava manter a concentração. Eve gargalhou.

—Nós duas juntas mais uma vez - proferiu a assustadora voz grossa de Eve. - O dia em que as mitocôndrias se libertarão finalmente chegou!

A energia se acumulou ao redor da monstruosa atriz. Aya se afastou ao máximo e encostou na parede. Atirou duas, três, quatro vezes na barriga de Eve. Uma energia verde saía das mãos de Eve, encurralando Aya, que se agachou. Deu mais um tiro, acertando o braço direito. Eve pareceu recuar, mas não sentia dor alguma.

—Criança, suas mitocôndrias ainda precisam de tempo para despertar totalmente. - Ela gargalhou outra vez.

Minhas mitocôndrias? Aya arriscou mais um tiro, mas o pente estava vazio. Iria recarregar, porém tudo embranqueceu novamente. A maca, a menina deitada e o cenário hospitalar se refez, mas tinha algo a mais: Um homem de jaleco, baixinho, de cabelo preto caminhava até a criança. "Está na hora", disse ele.

Recobrando a consciência, Aya viu Eve caindo em um outro buraco bem próximo do piano. Tonta, a policial evitou pensar naquelas visões estranhas. O importante era impedir Eve de... Fazer seja lá o que pretendia fazer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo! =D
Eu disse que seriam 3 partes, mas acho que vou colocar um epílogo também.



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