Em Minha Pele escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO

E chega ao fim mais uma história minha. Obrigado a quem leu até aqui. E ainda bem que não abandonei apesar do flop. Espero que tenham gostado, nos vemos na próxima. Agora Boa Leitura.



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A polícia toda se mobilizou à procura de Duda por vários cantos da cidade e em distritos vizinhos, embora não saibam quem a sequestrou.

Solange parou o carro na blitz, desceu e foi conversar com um dos policiais rodoviários. A foto de Duda na mão da tenente fez com que ele se lembrasse dela pois tanto ela quanto uma outra mulher estiveram naquele lugar. Solange agradeceu e foi pela rodovia.

 

Duda percebeu que a sua vida acabará quando chegar no destino de Marta Simone. Aproveitou a oportunidade em que a vilã se distraiu para jogar o carro na lateral da rodovia. O veículo desceu um declive em meio a muito mato. Bateram numa árvore.

Duda bateu a cabeça no airbag no volante, mas ainda assim recebeu uma forte pancada, ficando com uma concussão. Marta Simone aparentemente estava inconsciente. A mais nova aproveitou a oportunidade para descer do carro e sair sem fazer barulho. Marta, porém, acordou logo em seguida.

Passando por gramas altas, Duda chegou num terreno com dezenas de carros abandonados. Toda a sorte de veículos, com várias marcas, abandonados. Um homem que vigiava os carros tentou ajudá-la.

— Pelo amor de Deus, moço. Preciso de ajuda.

— Que tá acontecendo? Você tá ferida...

— Pode me ajudar. O meu tornozelo dói muito.

O senhor, por volta dos seus sessenta anos, ajudou Duda até uma cadeira.

— Fique aqui. Tenho remédio logo ali.

— Chame a polícia.

— Nada de polícia. Sou pago para esconder esses carros que são roubados. Não vai me dedurar, vai?

— Não. A verdade é alguém quer me matar.

O velho saiu de perto de Duda e foi buscar o remédio. Um minuto depois, a moça escutou um tiro. Rapidamente correu para trás de um carro. Os pés de Marta apareceram na visão da mocinha.

— Você é a minha anátema, garota. Desde que a vi pela primeira vez ano passado, desde esse dia, não consegui mais dormir. Surgiu em mim um maniqueísmo desenfreado. Não consigo mais controlar o diabo dentro de mim. E tudo isso por sua culpa.

Duda saiu debaixo de um carro e, arrastando-se, foi para outro. Marta Simone olhava para cada um dos veículos. Viu uma sombra num carro, atirou, mas era apenas um gato que fugiu.

— Quatro balas. Não vá pensando que vai se safar de ser morta.

Duda correu para trás de uma kombi. Marta deu três tiros contra a moça, acertou um tiro na perna dele.

Duda caiu atrás do carro com um tiro na altura da panturrilha direita. Ficou gemendo de dor. Marta se aproximou dela e apontou o revólver para a sua cabeça.

— Por favor, Marta. Por tudo que passamos nesses dois meses.

— Você matou o meu filho. Eu me transformei numa leoa que está prestes a devorar a presa. Quais são as suas últimas palavras?

— Não faça isso, Marta! — disse Solange aparecendo por trás, apontando a arma. — Largue a arma e se entregue.

— Não! O destino tem que ser traçado. A assassina do meu filho precisa morrer para eu encontrar paz. E agora que você está aqui possivelmente Ivan também morreu.

— Ele não morreu. Ele está preso. Agora abaixe a arma e se entregue.

Um helicóptero da polícia iluminou o cemitério de carros. Vários policiais chegaram ao local em que o carro de Marta ficara.

— Acabou, Marta. A sua farsa será descoberta. As mulheres que você tanto ajudou, a comunidade afro vai levar um choque, todas essas pessoas que se identificavam com sua ideologia vão saber em breve de todos os seus crimes.

— Não... eu... não conseguirei encarar essa gente. Eu sou uma mártir e vou morrer como tal!

— Espera!

Marta Simone colocou o cano do revólver na boca e atirou. Solange virou o rosto, viu Marta parada e com a arma na boca. O revólver falhou na última bala. A vilã chorou, queria morrer, mas não conseguia. Foi presa imediatamente por Solange. A mulher que deu exemplo a milhares, fez boas ações, ajudou muitas pessoas, terá que enfrentar todas elas ao expor o seus crimes para a sociedade. Como o ying e yang, o coração de Marta assemelha-se ao de pessoas que fazem boas ações e, ao fazer uma má, pensa que ficarão impunes.

A polícia militar levou a psicóloga sob custódia.

— Você está bem?

— Caí de uma ladeira, levei um tiro, fora isso estou bem.

— Vem, eu te ajudo.

Solange carregou Duda até os socorristas.

 

No hospital municipal, a moça foi levada para a sala de cirurgia para a retirada do projétil ainda alojado na panturrilha. Rafael viu a mulher sendo levada, mas foi impedido de chegar perto.

— Que demora.

— Calma. Essas coisas demoram. Eu me lembro que noticiaram a sua cirurgia na TV. Durou umas oito horas, eu acho. Bom, tá na hora de velar o corpo do meu parceiro Becker. Diga para Eduarda que já fui.

Solange saiu do hospital acompanhada por outros policiais. Rafael aguardou mais alguns minutos quando o médico avisou que a remoção foi um sucesso.

— Posso vê-la?

— Pode.

O homem foi levado pelo médico até o quarto em que Duda estava. A sua panturrilha ficou enfaixada. Ela sorriu quando viu o marido chegar.

— Oi, querido.

— Fiquei com o coração na mão quando soube do seu sequestro.

— Então sentiu a mesma coisa que eu senti quando você estava entre a vida e a morte.

Rafael se aproximou um pouco mais. Os dois se beijaram ali mesmo na presença do médico.

— Olhe, não sei como será a partir de agora paralisado da perna pra baixo, mas posso garantir que "ele" ainda funciona.

— Eu já disse que quero ver isso.

— A paralisia não impede a ereção do seu pênis, senhor Cunha. Vocês podem ter uma vida sexual saudável se acharem um meio correto para isso. Inclusive precisa passar por fisioterapia. Quer que eu recomende um psicólogo?

Os dois se olharam e soltaram:

— Não!

...

6 Mese depois...

— "Pseudo-ativista das minorias é assassinada na prisão". Parece que a tua ex-psicóloga não aguentou a pressão na cadeia. — disse Rafael, lendo um site.

— Só em lembrar dela, dá um calafrio. Todo esse tempo que eu fiquei com depressão, a sombra do Iran ficava sobre mim. Mas não era o Iran, ele tá morto, e sim a sua mãe.

— Vamos descer? Quero tomar sol.

Duda ficou sentada nas pernas do marido e beijando seus lábios. Depois daquele namoro, a moça saiu do apartamento empurrando a cadeira de rodas.

O casal Cunha voltou para o mesmo resort de um ano atrás. Agora Duda não esboçou nenhum medo.

— Droga. Esqueci a minha carteira lá em cima...

— Aqui está. Não achou que eu permitiria que a história se repetisse, não achou?

Os dois ficaram na área da piscina. Enquanto Duda tomava banho de sol numa cadeira, um homem esbarrou.

— Desculpa, moça.

— De nad... — ela viu o homem. Era moreno, negro, alto e parecido com os dois filhos de Marta.

— Que foi?

— Viu aquele homem?

— Quem?

— Esquece. Minha mente sempre me pregando peças.

 

O homem caminhou pela praia enquanto via uma fotografia. A mesma foto que Marta tinha no porta-retrato.

— Conheceu a moça que prendeu a sua mãe? — disse uma mulher nova.

— Ela me fez um favor. Aquela família não me pertencia. Ainda bem que fui adotado.

— Falou o trigêmeo do bem. Sebastian.

O rapaz segurou a mão da garota e foram embora.


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Notas finais do capítulo

PERSONAGENS

PRINCIPAIS:

— Maria Eduarda Alves da Cunha (Duda) >> 13 capítulos

— Marta Simone do Nascimento >> 12 capítulos

— Solange Silva >> 12 capítulos

— Rafael Cunha >> 11 capítulos

SECUNDÁRIOS

Jocieli Rosano >> 7 capítulos
Natasha Lovegood (Celso) >> 6 capítulos
Júlio Becker >> 8 capítulos
Théo >> 6 capítulos
Prefeito Luís Rosano >> 4 capítulos
João Guedes >> 2 capítulos
Ivan Nascimento >> 4 capítulos
Iran Nascimento >> 2 capítulos.

:)