Diário de Bordo escrita por mahouswords


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo quero agradecer a NamiRoronoa por ter betado minha fic, a que esta no FF está aglomerada de erros, essa também deve estar, mas com um teor bem menor.

—-

Minha primeira fanfic aqui (certo?) e também a primeira sobre One Piece, qualquer erro é por incrivel descuido mental e preguiça em auto corrigir o texto, mas acreditem ou não, foi feito com muito sentimento, apesar de eu ser uma pessoa nada sentimental ( why?), divirtam-se, pois irei me divertir com o Zoro-san.

Zoro: Sobre o que está falando?

Autora: Swordsman Marimo sua custodia séra minha até 2012 , depois que o mundo terminar lhe devolvo ao seu pai criador.

Zoro: Que merda irá fazer comigo? ¬¬'

Autora: Desde cocegas a sexo, cale-se ou dessas palavras posso torna-las verdade.

Zoro: EI!



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Hoje era um dia como qualquer outro, o mar estava calmo e parecia que assim iria permanecer por um bom tempo. O céu azul cintilava, e as nuvens faziam grandes manchas se estendendo ao horizonte. O sol esquentava minha pele, a ponto de brônzea-la levemente, eu estava sentada no convés lendo o único jornal que eu tinha acesso, aquilo era a única coisa me mantinha informada com o resto do mundo.

 

Minha tranqüilidade foi ligeiramente quebrada por rosnados de uma voz rouca, eu conhecia muito bem de quem ela pertência, ela emanava de Roronoa Zoro, a pessoa que sempre me irritava e me tirava do sério rapidamente, a capacidade dele para me irritar era incrível. Para mim ele era praticamente um imprestável e insensível, foi quando notei que ele vinha em passos largos em minha direção, seu rosto sempre estava numa expressão de ódio e irritação, mas por mais que ele me incomodasse, por mais que eu chegasse facilmente aos extremos, um amor eu guardava por ele, algo que eu nunca quis admitir. E com o tempo isso foi piorando, hoje tenho vontade de agarrá-lo pelo pescoço e perguntar se ele nunca sentiu nada por mim, perguntar se ele era capaz de amar alguém. Só tinha um problema nisso tudo, eu não tinha coragem para encará-lo nos olhos e falar tudo que eu pensava, mas justamente nesse dia eu queria mudar essa situação.

 

- Nami, porque diabos você não sai dessa cadeira e me ajuda limpar a sala do aquário? Eu não quero ajudar aquele cozinheiro pervertido! – Ele estava na minha frente, seu rosto feroz não me assustava mais, afinal já havia me acostumado com sua presença e sua falta de educação. Me levantei calmamente e dobrei o jornal ao meio o colocando sobre a pequena mesa, eu o encarei por alguns segundos e falei calmamente.

 

- De tantas pessoas, porque justo eu você veio chamar?

 

- Que pergunta estúpida, ta todo mundo ocupado, deixe de ser mesquinha e venha ajudar! – Não pensei duas vezes ao escutar a sua resposta, se todos estavam ocupados, então teria uma oportunidade de ficarmos a sós e isso era muito raro.

 

- Está bem, irei te ajudar, SÓ dessa vez, se algo acontecer a mim, terá de me pagar. – Sai caminhando a sua frente, ele me olhava encabulado e foi me seguindo furiosamente.

 

Chegamos a sala, peguei um balde que estava cheio de água e coloquei no chão perto do grande aquário que envolvia a imenso ambiente, olhei para Zoro que começou a varrer o chão apressadamente.

 

- Ei ei, qual a pressa? Faça isso direito senão farei você refazer todo o serviço sozinho.

 

- Argh! Você me paga.

 

- Engano seu, quem está me devendo é você, então fique quieto e trabalhe! – Subi irritada numa escada para poder alcançar os vidros, só que numa fração de segundos, meu pé escorregou. Fechei os olhos instantaneamente, imaginando a dor de encontrar o chão, só que quando percebi algo já havia me envolvido, Zoro me segurava com suas mãos fortes e firmes, ele me envolvia ao peito como se eu fosse uma criança.

 

- Idiota, o que acha que está fazendo?

 

- Se você quiser posso te atirar no chão.

 

Meu rosto estava quente, era um contato próximo, eu sentia seus músculos delineados sobre a minha pele que ardia, eu fiquei completamente hipnotizada com o que eu via. Ele era perfeito. Como eu, Nami a gata ladra, poderia estar tão deslumbrada com o ex-caçador de piratas Roronoa Zoro, pestanejei boba e pulei de seus braços sem exatidão.

 

- Você é ridículo, sabia?

 

Eu era a pessoa mais mentirosa quando estava com ele, todo o meu suposto ódio era na realidade amor, desejo, paixão entre outras milhares de coisas. Ele fez uma careta, sua voz trovejou sobre meus ouvidos.

 

- Realmente eu sou, por salvar uma mulher tão irritante, devia ter deixado você cair até fraturar todos os ossos.

 

Eu soltei um bufado, gostaria que ele se importasse devidamente e corretamente comigo, mas ele não era assim e eu orgulhosa devolvia na mesma moeda. Peguei o pano que estava no chão e subi com fúria novamente as escadas, fiquei quieta, era o melhor que podia fazer para abstrair minha doce vontade de esganá-lo. Estava surpresa agora, um cantarolar invadia a sala fazendo eco, eu me virei para onde vinha o som, e sim, era dele, agora eu tinha um bom motivo para cair da escada.

 

- Desde quando você canta?

 

- Isso te irrita?

 

- Não, mas é um fato surpreendente para mim, eu nunca te vi cantar!

 

- Foi mal se tenho cordas vocais.

 

Eu estava deslumbrada, queria rir, na realidade queria pular em seu pescoço e pedir que cantasse para mim, mas não podia fazer isso, eu me reprimia, me esmagava e me encurralava de todas as maneiras, suspirei e o fitei intrigada, eu precisava largar algum comentário ao qual poderia chegar no que eu queria.

 

- Você já cantou para alguma namorada sua?

 

Ele se engasgou, não me pergunte com o que, ele respirou profundamente e me olhou com uma cara incrédula.

 

- Mas que diabos de pergunta é essa?

 

- Só uma curiosidade.

 

- Não, não cantei para ninguém.

 

Eu fiquei feliz com aquela resposta, quem sabe eu tenha sido a primeira garota ao escutar seu cantarolar rouco e quente. Baixei a cabeça que fervilhava, meu corpo parecia estar uns 100 graus, em baixo tom eu disse.

 

- Sua voz é bonita.

 

Ele me olhou incrédulo, eu não sabia se o encarava ou se corria, optei pela segunda opção, desci as escadas e toquei o pano em sua cabeleira verde.

 

- Já voltou vou pegar água!

 

Sai caminhando normalmente, mas quando dobrei o corredor, optei por correr, meu coração bombardeava sangue numa velocidade incrível.

 

- Será que estou pirando!

 

Me debrucei sobre a mesa da cozinha, eu só poderia estar ficando louca, não acreditava no que eu havia dito. Bati a cabeça contra a tabua da mesa, foi tão forte que um galo ficou na minha testa.

 

- Itai!

 

Vi uma sombra na porta da cozinha, me ajeitei, foi quando Sanji entrou sorridente, girando feito um furacão em minha direção.

 

- Nami-swan, o que faz aqui?

 

Ri falsamente.

 

- Estava bebendo um pouco de água.

 

Sanji me abraçou, ele sorriu para mim, fiquei um pouco encabulada, ele andava mais próximo de mim do que o habitual, tinha certeza que o que eu mais temia estava prestes a acontecer.

 

- Se precisar de alguma coisa pode me falar, sou todo seu Nami-swan!

 

- Está bem.

 

Eu o empurrei criando um espaço entre nós, foi quando noto pela fresta da porta da cozinha Zoro se afastando. Eu não acreditei no que meus olhos viram, não, eu não poderia aceitar isso, o que ele deveria estar pensando em me ver nos braços de outra pessoa, obviamente não estaria nem ligando. Mas mesmo assim estremeci meus braços quando pensei nessa hipótese, foi quando uma voz me chamou a tona.

 

- Nami-san, está tudo bem? Você está tremendo!

 

Olhei para Sanji, meus olhos ardiam, eu queria chorar mas não consegui, bati as bochechas com as mãos voltando para a realidade, fiquei de pé, não sabia se levava a água para Zoro, ou se me jogava de vez no mar, e assim o respondi.

 

- Estou ótima, agora irei levar essa água para Zoro.

 

Peguei a jarra e um copo, rapidamente e me dirigi as pressas até a sala do aquário, quando cheguei lá, o lugar estava vazio não havia ninguém lá. Minhas pernas ficaram frágeis, foi quando vejo aquele homem se erguer por de trás da mesa, ele estava limpando o chão da sala, suspirei mais aliviada, coloquei o copo sobre a mesa, enchi de água e lhe ofereci.

 

- Oh Zoro, peguei um pouco de água para você.

 

Ele se virou e me soltou um olhar que havia me detonado de cima a baixo, isso só poderia ser ilusão, afinal ele não tinha motivos para fazer isso comigo. Ele pegou o copo e virou o liquido em sua boca, acabando com o conteúdo de uma só vez, voltando para o seu silencioso trabalho. Também voltei a limpar o enorme vidro, eu sentia algo tenso no ar, nós dois não pronunciamos nenhuma palavra desde então, já havia se passado algum tempo, eu já estava terminando a limpeza, quando finalmente decidi quebrar aquele silêncio mórbido.

 

- Você ficou quieto.

 

Soltei um sorriso pulando da escada e me aproximei dele.

 

- Não vai cantarolar mais?

 

Ele me olhou sem nenhuma emoção, pegou o pano úmido e sacudiu respingando água em mim, saiu quieto assim como entrou, eu fiquei ali parada por algum tempo, isso foi extremamente rude. Sentei-me derrotada no sofá, fitei os peixes nadando de um lado para o outro, imaginava o porque dele ter feito isso... será que ele realmente ficou incomodado com aquela cena.

 

O dia passou rapidamente e finalmente a faxina havia terminado, desde aquela hora não havia mais falado com ele, me sentei em baixo das minhas laranjeiras vendo o fim de tarde. Zoro havia sumido desde o incidente, foi quando meus olhos se arregalaram ao ver aquele idiota conversando com Robin naquele perfeito fim de tarde, os dois pareciam se divertir, uma pontada de ciúmes invadiu meu peito. Mas porque eu estaria assim? Afinal Robin nunca teria nada com ele. Acho que a invejava por conseguir tirar sorrisos de sua face, depois de algum tempo Franky também sentou-se lá, os três estavam tão pacíficos. Fui invadida por uma solidão, fitei o céu alaranjado que se contrastava com as folhas de minhas laranjeiras, fechei meus olhos sentindo a doce brisa que o vento emanava sobre meus cabelos, foi quando senti um toque em meu braço.

 

- Nami-san, está tudo bem com você? – Seus olhos eram preocupados, me coloquei sentada e disse em tom calmo.

 

- Eu estou bem.

 

Meus olhos percorreram novamente o convés do navio, Zoro já não estava mais lá, somente Franky e Robin trocavam sorrisos, me perguntava aonde será que ele estava.

 

- Céus como ele consegue me tirar do sério.

 

- Nami-swan? – Ele me olhava confuso, meus pensamentos saíram pela minha boca, só agradecia por Sanji não saber sobre o que ou de quem eu estava falando, sorri para não perder a postura, coloquei-me de pé.

 

- Hahaha, desculpe, estava pensando alto.

 

Estava frustrada, fugi de Sanji como o diabo foge da cruz, rapidamente estava na sala em que desenhava meus mapas. Mas fui surpreendida em ver Zoro ali, meu olhos percorreram o caminho até ele, estava com as mãos no bolso com o rosto virado, sua expressão era um pouco seria, passei as mãos sobre meus cabelos os ajeitando por de trás de minha orelha, tentando não mostrar timidez.

 

- Zoro, o que faz aqui?

 

Seus olhos vieram rapidamente de encontro com os meus, ele caminhou até a estante olhando tediosamente alguns livros, fui até seu lado.

 

- Só estava procurando alguma coisa para ler.

 

- Desde quando você gosta de ler?Não minta para mim.

 

Eu não deveria ter falado aquelas palavras, seus olhos negros arregalaram-se rapidamente voltando ao normal, ele sorriu, sim ele havia sorrido para mim, mas porque diabos ele teria feito isso, não era do seu típico casual, céus, como ele é lindo.

 

- Não estou mentindo.. bem... eu estava indo para a casa de banho, mas resolvi parar aqui um instante.

 

Timidamente perguntei:

 

- Algo em especial?

 

Droga, acho que essa pergunta era ousada demais, dane-se eu havia dito, minhas bochechas estavam esquentando, ahh qual resposta ele daria, fechei meus olhos e fiquei esperando por algum momento e nada de resposta. Mas porque a demora, droga, quando me dei conta ele já não estava ali, como ele era idiota e irritante, meus pés batiam forte no chão, irritada sentei-me na minha tão amada mesa, em qual fazia meus mapas, ao me debruçar acabei adormecendo.


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