Qual é a cor da felicidade? escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 11
Dança comigo?


Notas iniciais do capítulo

Enfim a segunda chegou gente, e com ela mais um capitulo novo da fic, espero que gostem e se preparem por que esse promete.
Beijos e boa leitura.



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—Tem certeza que não quer falar sobre o que aconteceu hoje na casa dos seus pais?- questionei enquanto meu amigo separava as minhas roupas, após termos jantando.

Estávamos separando as roupas que possuíam uma cara esnobe demais para a minha nova fase, tive a brilhante idéia de fazer um bazar no final de semana, afinal qualquer mulher ficaria louca por roupas de grife.

—Não, já disse que não foi nada.

—Noah, sei disso. Mas sei também que mesmo você dizendo que não, isso te machuca, e você precisa colocar para fora.

—Tudo bem.- ele disse vencido.- Odeio essa situação. Odeio o fato de não ser aceito pelo meu pai, mas não trocaria nada na minha vida apenas para fazer o que ele quer. Por Deus, eu sou feliz. Tenho um marido que me ama mais do que qualquer coisa, temos uma linda história de amor que possui um fruto maravilhoso, a Manuela.

—Mantenha isso sempre em mente. E não deixe os comentários do seu pai abalar sua felicidade.- disse e ele concordou enquanto voltávamos a separar as roupas.

—O que houve?- questionei enquanto dobrava um vestido branco.

—Você não vai colocar esse vestido no bazar. Porque se fizer isso eu te mato.- ele disse e sorri.

—Noah, não sei se você percebeu, mas aqui em Coleman não tem nenhum evento para que eu use esse vestido.- disse seria e o coloquei na caixa do bazar, mas Noah o tirou.

—Pode não ter , mas é um Carolina Herrera, pelo amor de Deus. Não faça isso. E além do mais, foi o único presente que a sua ex-sogra maléfica lhe deu. E ele fica tão bem em você.- ele implorou enquanto me olhava suplicante.

—Tudo bem, vou ficar com ele.-disse e ele comemorou.

Ficamos até  tarde separando as roupas, mas conseguimos arrumar tudo, Noah se responsabilizou em organizar e promover o bazar, só precisávamos arranjar um lugar para realizá-lo.

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Depois que tomei café com a minha família, deixei meu filho na escola antes de ir para o meu primeiro dia na escola de dança.

Assim que cheguei á escola Guadalupe me explicou quais seriam as minhas funções de hoje e diante. Eram coisas básicas, como atender telefonemas, fazer matriculas, efetuar pagamentos, e controlar toda a programação das aulas de dança.

Estava ocupada demais organizando alguns arquivos que não percebi que alguém havia entrado na escola.

—Liv?- Alejandro questionou confuso e virei para vê-lo.

—Oi, precisa de ajuda?- questionei desconfortável, afinal ele me olhava de uma forma intima demais.- Se quiser, posso chamar a sua mãe.

—Desde quando você trabalha aqui?- ele questionou confuso.

—Desde hoje, sua mãe me contratou para ser recepcionista da escola. Está tudo bem? Você parece meio assustado?

—Eu estou bem, só que olhar para você aqui...- ele sussurrou sem desviar os olhos de mim.- Me levou em direção ao passado.

E eu entendia, afinal quando namorávamos, sempre ajudávamos a sua mãe na escola.

Algumas vezes chegamos a ajudar nas aulas.

—Acredite em mim, as coisas eram mais fácies quando éramos adolescentes.- disse suave e ele me olhou confuso.

—Do que você está falando?- ele questionou e de repente Megan entrou na escola acompanhada por uma garotinha que parecia ter em volta dos sete anos.

—Padrinho.- a garotinha disse feliz e correu para o colo de Alejandro que a pegou enchendo-a de beijos, o que a fez rir.

—Não acredito que essa escola ficou tão mal freqüentada.- Megan disse assim que se aproximou do balcão.- Não vou permitir que a minha filha, fique no mesmo lugar que uma ex-criminosa.

—Megan, seja gentil. Nada de escândalos na frente da Ária.- Alejandro pediu e ela respirou fundo concordando antes de sorrir para a filha.

—Querida, porque você não vai indo para a sua aula? A mamãe vai logo em seguida.- Megan disse carinhosa a filha que concordou antes de dá um beijo em Alejandro e outro na mãe.

—Vou ficar lhe esperando.- Ária disse suave antes de ir para a sua sala.

Depois que sua filha saiu, Megan se virou furiosa para mim.

—Não vou permitir que você fique nessa cidade. Você é um perigo para todos.- ela disse furiosa enquanto apontava o dedo para mim.- É o meu dever como primeira dama dessa cidade defender os moradores de uma má influencia que nem você.

—Não exagera Megan. Olívia foi acusada de algo que não fez, e isso foi provado. E ela tem o direito de recomeçar, afinal quem é você para ficar julgando os outros? Por acaso é Deus?- Alejandro questionou serio.

—E você continua apaixonadinho por ela. Depois não venha chorar para o meu marido quando ela te dê um chute de novo.- Megan o lembrou.

—Isso não é da sua conta. E além do mais, sabia que é feio escutar atrás da porta? Porque tenho certeza que meu amigo de infância não te contou isso.

—Era a casa do meu namorado Alejandro, e se não queria que todos escutassem os seus lamentos de garoto rejeitado, não devia tocar a campainha dos outros no meio da madrugada.

—Dios mio, não sei como o Douglas agüenta você. – Alejandro disse furioso.

—Vocês dois, chega. Somos adultos e não crianças.- disse seria no meio dos dois.- Megan, juro por Deus, que não quero fazer mal a ninguém dessa cidade, ou que  vou se uma má influencia para ninguém. Tudo que quero é recomeçar com o meu filho. Só quero protegê-lo de tudo que o pai fez. E você como mãe, sei que irá me entender.

—Eu jamais vou entender o seu lado Olívia, e nem adianta apelar para o meu lado materno.- Megan disse seria.

—Pelo que vejo nossa primeira dama já deve ter expressado seu ponto de vista.- Guadalupe disse aparecendo na recepção, e respirei aliviada.

Pois ela iria me impedir de estrangular Megan.

—E como mamá.- Alejandro disse furioso.

—Mais que coisa feia. Vocês dois são compadres, não deviam ficar brigando igual a dois moleques de rua. Dava para ouvir a briga de vocês lá do estúdio.- Guadalupe repreendeu os dois.

—E você Megan, se não estiver satisfeita com a minha escola pode ir. Mas não venha dizer quem contrato ou deixo de contratar, pois você manda nas suas obras de caridade e não na minha escola. Se não está satisfeita, é só ir embora. Só sentirei saudades de Ária, afinal ela é uma grande dançarina.- Guadalupe disse e Megan respirou fundo tentando controlar sua raiva.

—Tudo bem. Depois não diga que eu não avisei quando Olívia der um desfalque por aqui. E Alejandro, seja mais esperto dessa vez.- Megan disse antes de ir para a sala da sua filha.

—Vocês não deviam ficar brigando com a Megan por minha causa.- disse aos dois que me olharam confusos.

—E porque não?- Alejandro questionou serio.

—Porque a Megan é a primeira dama.- lembrei e os dois sorriram.

—Douglas é o meu melhor amigo, e sou padrinho da filha dele. E ele sabe muito bem o gênio de cão que a mulher dele tem. E nós brigamos de vez em quando, para que as coisas não fiquem monótonas. - Alejandro disse dando de ombros enquanto sua mãe revirava os olhos.

—E você hijo, não deveria estar cuidando da sua oficina?-Guadalupe questionou seria.

—Sim, mas achei que a senhora iria precisar de ajuda com algo, afinal não sabia que já tinha contratado uma recepcionista.

—Tudo bem, mas vou precisar da ajuda de vocês para algo.- ela pediu sorrindo suave.

—Eu conheço esse sorriso mamá. O que está aprontando?

—Preciso que me ajudem na aula de dança. É um favor simples.- ela disse enquanto olhava para nós suplicante.

—Quando a senhora diz ajudar...Quer dizer dançar?-questionei nervosa.

—Sim querida, algo simples. Vocês sempre fizeram isso para mim.

—Mamá, Liv não precisa fazer isso. Posso dançar com a senhora.- Alejandro disse suave e ela balançou a cabeça negando.

—Tudo bem, eu ajudo. Só que não danço a muito tempo, então acho que  vou fazer feio.- disse e eles riram.

—Tenho certeza que você será ótima como sempre.- Guadalupe disse agradecida antes de indicar que fossemos na frente.

—Porque sua mãe não quis dançar com você?- questionei a Alejandro enquanto caminhávamos em direção a sala de dança.

—Porque ela diz que para ela, um dançarino jamais deve dançar com outra pessoa que não seja o par dela. Afinal, não se pode criar uma intimidade com qualquer pessoa.- ele explicou cansado, como se já tivesse ouvido essa justificativa varias vezes.

—Entendo, mas ela dança com você.

—Porque sou filho do parceiro de dança dela, e isso só ocorre raramente.- ele sussurrou antes de entramos na sala.

—Crianças, hoje teremos a ajuda do meu filho Alejandro e da sua amiga Olívia. Digam oi para os dois.- Guadalupe disse nos apresentando as crianças que sorriram antes de dizer oi.

Assim que todos estavam devidamente sentados e uma musica suave encheu o ambiente, comecei a entrar em pânico, afinal não dançava a mais de doze anos.

—Olívia, você está tremendo. O que houve?- Alejandro sussurrou preocupado assim que segurou a minha mão.

—Acho que não vou ser capaz de dançar na frente de todo mundo. Já faz doze anos que não danço.- sussurrei nervosa e ele sorriu surpreso antes de pedir para que sua mãe desligasse o som.

—Serio? Você dança tão bem.  Porque não continuou?- ele questionou confuso.

—Luciano odiava dançar, na realidade ele era péssimo. Durante a nossa primeira dança em nosso casamento, ele pisou meu pé umas quatro vezes.- sussurrei e rimos.

—Garanto a você que não correrá esse risco comigo.- ele garantiu e concordei.- Sei que está nervosa, mas tem que confiar em mim. Pode fazer isso?

—Sim.- sussurrei e ele fez sinal para que Guadalupe ligasse o som.

—Dança comigo?- Alejandro pediu e concordei antes de aceitar a sua mão.

—Apenas, olhe nos meus olhos Liv. Só existe eu e você aqui.- ele sussurrou enquanto me guiava pelo salão durante uma valsa.

E durante aquele momento, senti que nosso vinculo estava sendo reconstruindo passo a passo.

Era como se tivéssemos dezoito anos outra vez.

Mas a minha ilusão terminou assim que ouvimos palmas, nos despertando de nossa bolha particular.

—Obrigado, e você ainda dança tão bem como antes.- Alejandro disse gentil  e beijou a minha mão assim que paramos de dançar .

—E isso meninos e meninas se chama química. É algo que não pode ser forçado na vida ou na dança. Se vocês se conectam é porque ele ou ela é o parceiro ideal.- Guadalupe disse e corei sem graça, afinal suas palavras estavam praticamente traduzido o que estava sentindo.

—Muito obrigada pela ajuda queridos, estão dispensados.- ela disse e sorriu para mim antes de piscar o olho.

Sem dizer uma palavra sai da sala e naquele momento entendi que Guadalupe faria de tudo para que ficássemos juntos de novo.


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