Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 30
Capítulo 30




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— Então vamos pegar os bastões e olharemos juntos os resultados dos testes. – Castle falou para a esposa assim que ambos estavam para entrar no banheiro.

Porém, com a agilidade que lhe era peculiar, Kate passou rapidamente na frente do marido. Esbaforida, ela parou de frente a ele, abriu os braços a fim de impedi-lo de entrar e essa atitude da esposa o deixou confuso.

— Hey! – Ele não compreendeu o motivo dela ter interditado o banheiro. De testa franzida, ele a olhava sem entender o que acontecia – O que houve, amor?

Tensa diante de uma situação desconhecida, Kate procurava aquietar o coração do marido e o seu próprio – É... É que... É que eu quero apenas te lembrar, amor, que não devemos ficar tristes ou chateados caso nenhum dos testes seja positivo... – ela estava visivelmente aflita.

— Ah, é isso? – Castle demonstrou estar aliviado diante do motivo que levou a esposa a impedi-lo de entrar para conferir os testes.

Torcendo a boca de um jeito maroto e tentando mostrar uma tranquilidade que, no fundo, não sentia, Castle deu uma piscada de olho para Kate – Ah, tudo bem... – ele deu um leve beijo no pescoço da esposa e um selinho nos lábios dela e a puxou pela cintura para um abraço – Temos a tarde toda pela frente para novas tentativas ali mesmo – ele a fez olhar para a imensa cama do casal – ou aí dentro – ele indicou a banheira – e mais quatro testes de farmácia novinhos. – Ele direcionou o olhar para a sacolinha plástica da farmácia onde estavam acondicionados os quatro testes remanescentes – Até o final da noite, Kate, algum daqueles testes vai dar positivo. Disposição, paixão, amor e tesão não nos faltam...

Kate não se aguentou e riu muito com a leveza típica e tão natural do marido. Ela o enlaçou pelo pescoço – Adoro seu jeito de me animar, Rick! Eu te amo! Você tem razão, querido, “disposição, paixão, amor e tesão não nos faltam...”— ela o imitou.

— Então, Sra. Castle, vamos olhar o resultado? – Castle retirou seu blazer – Está quente! Socorro! – Ele sorriu.

— Vamos, Sr. Castle. – Ao concordar em ver o resultado, Kate também retirou seu próprio blazer, ficando apenas de saia justa e uma camisa branca, com abotoamento frontal – está mesmo muito quente... Acho que, na verdade, estamos tensos...

Kate recolheu os testes e, sem, conferir nenhum deles, retornaram para o quarto.

Sentaram-se na cama, de pernas cruzadas, um de frente ao outro e ocultaram os quatro bastões sob um travesseiro ao lado deles.

Não dava para saber qual dos dois estava mais tenso.

Sem quebrar o contato visual, Castle deu uma sugestão – Você confere o primeiro e o terceiro e eu, o segundo e o último. Que tal?

— Perfeito! Então, lá vou eu... – Kate gostou da ideia e logo enfiou a mão por baixo do travesseiro e tocou os testes, sem, contudo, recolher qualquer um deles.

Kate fechou os olhos e apertou os lábios em sinal de tensão e assim que se sentiu confiante ela puxou um dos testes e seu coração gelou quando checou o resultado – Negativo!

Percebendo que ela ficava abalada com o resultado, procurou animá-la – Hey, moça, ainda faltam três... E lembre-se do nosso trato... – ele acariciou uma perna dela, depois deu três batidas leves no colchão onde estavam e deu um sorriso carregado de desejo e insinuações sensuais. – Vamos chacoalhar este colchão e a água daquela banheira até um daqueles quatro testes der o resultado “positivo”.

— Você não existe, Rick! Só você mesmo para se divertir num momento tenso como este. Só você sabe lidar comigo. – Kate deu um sorriso aflito.

— E deu certo, porque você sorriu, amor. – Ele se esticou e deu um selinho na esposa – Bem, então, eu sou o próximo – ele fez a mesma coisa que ela fizera, só que muito rápido e seus olhos foram direto para o resultado do pequeno bastão – Positivo! – Ele gritou e logo a puxou para si, derrubando-a na cama e deu um monte de selinhos pelo pescoço e pelo rosto dela – POSITIVO, AMOR! – Ele continuava gritando, morrendo de alegria – ESTAMOS GRÁVIDOS! Teremos mais um bebezinho! – Ele chorava, pois, não conseguia conter a emoção. – Nossa Senhora, como estou feliz. Obrigada, Kate! Você sempre me fazendo o homem mais feliz do mundo!

Kate estava na mesma sintonia de felicidade do marido e as lágrimas desciam livremente. – Também estou muito feliz, Rick. Mas não é pouco, não. Estou muito, muito, muito feliz mesmo! – Ela o abraçava como se ele fosse desaparecer, caso afrouxasse o abraço – Obrigada, Rick, por me dar outro bebê e agora você está aqui, do meu lado. Ah, como estou feliz!

Kate se soltou do marido e se sentou – Vamos conferir os outros dois?

— Vamos, mas pelo menos a gente sabe que quando um teste dá positivo, é porque a probabilidade de realmente ser positivo é de quase 100%..., mesmo que os outros dois apontarem “negativo”.

— Então você confere os dois, Rick. Vá, amor, você pega, confere e fala para mim.

E assim ele fez – Positivo e Positivo! – Castle era a personificação da alegria – Amor, você está grávida! – Ele a empurrou gentilmente sobre os travesseiros, onde estiveram deitados por alguns minutos e encheu o rosto dela de beijos e depois, levantou a blusa dela, desabotoando os botões e acariciou a barriga ainda plana de Kate como se fosse um tesouro de cristal – Hey, bebezinho... – As lágrimas de felicidade rolavam pelo rosto do Castle –, o papai e a mamãe estão muito contentes com a notícia da sua chegada. – Tão emocionada quanto o Castle, Kate pôs a mão direita dela sobre a mão esquerda do marido que acariciava seu ventre. Ambos estavam muito, muito, muito felizes. Ele passou a beijar cada centímetro da barriga da esposa e depois ficaram deitados de frente um para o outro, olhos nos olhos – Kate, este bebê chegou para coroar nosso amor e a nossa felicidade.

— Também sinto isso, Rick... – Kate lacrimejava – Obrigada por ter me dado este bebê, amor. – Kate deu um beijo apaixonado no marido.

Após alguns minutos, Kate afagou sua própria barriga e depois acariciou o rosto do marido – Meu Deus! É muito amor e muita felicidade. Ah, eu estou nas nuvens! – De repente ela ficou tensa – Hey, amor, como será que o Flynn vai reagir quando souber que vai ter um novo bebezinho em casa, eihm?

— Huumm!!! – Castle ficou pensativo – Você se lembra que no primeiro dia em que o Flynn conheceu Catarina aqui em casa, ele ficou com ciúmes dela porque ela estava nos meus braços? Ele a olhou cheia de ciúmes e pediu que eu a colocasse no chão... Ele também perguntou se eu gostava mesmo dele...

— Iiihh, foi mesmo!

— Pois é, Kate, mas depois ele lidou bem com a situação e brincou direitinho com ela e com as outras crianças... Os filhos do Ryan e do Hummer... Não brigaram por brinquedo nem por outro motivo e a professora do Flynn lá da creche, disse que ele é um amor e brinca muito direitinho com os coleguinhas, sempre em harmonia, até com aqueles que chegaram depois dele.

— Mas não podemos nos esquecer como ele reagiu maravilhosamente bem quando ele viu a barriga da Alice crescendo, todas as vezes que nos encontrávamos em Boston ou aqui mesmo em nossa casa... Era até engraçado, pois o Flynn fazia milhões de perguntas para Alice, mas foi tudo muito bem. E depois, quando viajamos até Boston para conhecer o Lucca assim que ele nasceu, o Flynn foi ótimo! Reagiu super bem com o Nick e com a Alice. – Kate se recordou.

— Ah, foi mesmo. O Flynn adorou o Lucca.

— E na semana passada quando fomos batizar o Lucca, o Flynn não ficou com ciúmes quando eu o carreguei na pia batismal, tampouco quando nós dois posamos para fotos, como Padrinhos, com o bebê nos braços. Ele apenas comentou que o Lucca era pequenininho demais... – eles riram.

— E nas vezes em que o chamamos para eu, você e ele tirarmos fotos com o Lucca, ele amou e até quis carregar o bebê no colo, você se lembra, amor? – Castle indagou.

— Bem, teremos que aprender a lidar com isso... Vamos observar e nos policiar para não enaltecer demais este bebê aqui para evitar que o Flynn se sinta desprezado.

— É, temos que valorizá-lo e envolvê-lo como parte do projeto, o que, na verdade, não deixa de ser verdade.

Sentando-se e abotoando sua blusa, Kate se preparou para sair da cama - Por falar em não desprezar o nosso Flynn, já está quase na hora do encerramento da creche, então, que tal se nós formos buscá-lo agora, eihm?

— Vamos!

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

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